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UFBA Vestibular de 2007 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

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INSTRU ES Estas provas dever o ser respondidas por todos os candidatos. Para a realiza o destas provas, voc recebeu este Caderno de Quest es e uma Folha de Respostas. N O AMASSE, N O DOBRE, N O SUJE, N O RASURE A FOLHA DE RESPOSTAS, pois ela ir diretamente para a leitura tica. 1. Caderno de Quest es Verifique se este Caderno de Quest es cont m as seguintes provas: PORTUGU S 10 quest es objetivas; CI NCIAS NATURAIS 20 quest es objetivas. Registre seu n mero de inscri o no espa o reservado para esse fim, na capa deste Caderno. Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala. Neste Caderno, voc encontra apenas um tipo de quest o: O bjetiva de proposi es m ltiplas q uest o contendo 5, 6 ou 7 proposi es, indicadas pelos n meros 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64. Para responder a esse tipo de quest o, voc deve identificar as proposi es verdadeiras e as falsas; somar os n meros correspondentes s proposi es verdadeiras; marcar, na Folha de Respostas, os dois algarismos que representam o n mero resultante da soma das proposi es verdadeiras. A n o-inclus o de uma proposi o na soma significa consider -la falsa. A identifica o de uma proposi o verdadeira como falsa ou de uma proposi o falsa como verdadeira ser considerada erro, descontando-se, ent o: 0,5 (meio ponto) para um nico erro, nas quest es com 5, 6 ou 7 proposi es; 0,75 (setenta e cinco cent simos do ponto) para dois erros, apenas nas quest es com 6 ou 7 proposi es; 1,0 (um ponto inteiro) para dois ou mais erros, nas quest es com 5 proposi es; para tr s ou mais erros, nas quest es com 6 ou 7 proposi es. 2. Folha de Respostas Essa Folha de Respostas pr -identificada, isto , destinada exclusivamente a um determinado candidato. Por isso, n o pode ser substitu da, a n o ser em situa o excepcional, com autoriza o expressa da Coordena o dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabe alho e assine-o com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espa o reservado para esse fim. Nessa Folha de Respostas, cada quest o est representada por um n mero, abaixo do qual se encontram colunas paralelas com algarismos de 0 a 9, que possibilitam a marca o de qualquer resposta num rica inteira de 00 a 99. Fa a a marca o, preenchendo os espa os correspondentes aos algarismos da resposta encontrada, com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, de ponta grossa, sem ultrapassar os limites dos espa os. Para registrar a resposta de cada quest o, marque, na coluna da direita, o algarismo correspondente unidade e, na coluna da esquerda, o correspondente dezena. Quando a resposta for um n mero menor que 10, marque zero na coluna da esquerda (Ex.: 03). Se a resposta for zero, marque zero nas duas colunas (Ex.: 00). A Folha de Respostas com marca es indevidas ou feitas a l pis n o ser processada. Marque o hor rio de t rmino da prova no espa o indicado. Exemplo da Marca o na Folha de Respostas Portugu s QUEST ES de 01 a 10 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES de 01 a 04 5 10 15 20 25 30 35 Se perguntarmos hoje a um homem de cultura mediana o que ele entende por arte, prov vel que na sua resposta apare am imagens de grandes cl ssicos da Renascen a, um Leonardo da Vinci, um Rafael, um Michelangelo: arte lembra-lhe objetos consagrados pelo tempo, e que se destinam a provocar sentimentos v rios e, entre estes, um, dif cil de precisar: o sentimento do belo. Essa resposta fere, sem d vida, alguns aspectos importantes da obra de arte. A objectualidade: um quadro, por exemplo, um ser material. E o efeito psicol gico: uma obra percebida, sentida e apreciada pelo receptor, seja ele visitante de um museu ou espectador de um filme. Mas, necess rio convir, o nosso interrogado sempre um homem do seu tempo, algu m que nasceu e cresceu entre os mil e um engenhos da civiliza o industrial, e que tende a ver em todas as coisas possibilidades de consumo e frui o. Ter ou desejar ter uma gravura, um disco ou um livro finamente ilustrado o seu modo habitual de relacionar-se com o que todos chamam de arte. Tal comportamento, embora se julgue mais requintado que o prazer til de usar um bonito liquidificador, afinal tamb m est preso nas engrenagens dessa m quina em moto cont nuo que o consumo, no caso o mercado crescente de bens simb licos. Constatar, por m, o uso social da pintura e da m sica, ou a sua fun o de mercadoria, n o deve impedir-nos de ver antropologicamente a quest o maior da natureza e das fun es da arte. preciso refletir sobre este dado incontrol vel: a arte tem representado, desde a Pr -Hist ria, uma atividade fundamental do ser humano. Atividade que, ao produzir objetos e suscitar certos estados ps quicos no receptor, n o esgota absolutamente o seu sentido nessas opera es. [...] [...] A arte um fazer. A arte um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a mat ria oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida regularmente a um fim, pode chamar-se art stica. Para Plat o exerce a arte tanto o m sico encordoando a sua lira quanto o pol tico manejando os cord is do poder ou, no topo da escala dos valores, o fil sofo que desmascara a ret rica sutil do sofista e purga os conceitos de toda ganga de opini o e erro para atingir a contempla o das Id ias. A arte uma produ o: logo, sup e trabalho. Movimento que arranca o ser do n o ser, a forma do amorfo, o ato da pot ncia, o cosmos do caos. Techn chamavam-na os gregos: modo exato de perfazer uma tarefa, antecedente de todas as t cnicas dos nossos dias. A palavra latina ars, matriz do portugu s arte, est na raiz do verbo articular, UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 1 40 45 50 55 60 65 que denota a a o de fazer junturas entre as partes de um todo. Porque eram opera es estruturantes, podiam receber o mesmo nome de arte n o s as atividades que visavam a comover a alma (a m sica, a poesia, o teatro), quanto os of cios de artesanato, a cer mica, a tecelagem e a ourivesaria, que aliavam o til ao belo. Ali s, a distin o entre as primeiras e os ltimos, que se imp s durante o Imp rio Romano, tinha um claro sentido econ mico-social. As artes liberales eram exercidas por homens livres; j os of cios, artes serviles, relegavam-se a gente de condi o humilde. E os termos artista e art fice (de artiflex: o que faz a arte) mant m hoje a milenar oposi o de classe entre o trabalho intelectual e o trabalho manual. O pensamento moderno recusa, n o raro, o crit rio hier rquico dessa classifica o. O exerc cio intenso da cria o demonstra, ao contr rio, que existe uma atra o fecunda entre a capacidade de formar e a per cia artesanal. No pintor trabalham em conjunto a m o, o olho e o c rebro. No mais humilde dos trabalhadores manuais, adverte Gramsci, h uma vida intelectual, s vezes atenta e aguda, dobrando e plasmando a mat ria em busca de novas formas, ainda que, no jogo social, o art fice n o receba o grau de reconhecimento prestado ao artista. Plat o viu luminosamente a conex o que existe entre as pr ticas ou t cnicas e a metamorfose da realidade: Sabes que o conceito de cria o (poiesis) muito amplo, j que seguramente tudo aquilo que causa de que algo (seja o que for) passe do n o ser ao ser cria o, de sorte que todas as atividades que entram na esfera de todas as artes s o cria es; e os artes os destas s o criadores ou poetas (poiet s) (O Banquete). O conceito de arte como produ o de um ser novo, que se acrescenta aos fen menos da natureza, conheceu alguns momentos fortes na cultura ocidental. E tomou fei es radicais na po tica do Barroco, quando se deu nfase artificialidade da arte, ou seja, distin o n tida entre o que dado por Deus aos homens e o que estes forjam com o seu talento. No s culo XX, as correntes est ticas que se seguiram ao Impressionismo levaram ao extremo a convic o de que um objeto art stico obedece a princ pios estruturais que lhe d o o estatuto de ser constru do, e n o de ser dado, natural . Matisse, abordado por uma dama a prop sito de um quadro seu com o coment rio Mas eu nunca vi uma mulher como essa! , replicou, cortante: Madame, isto n o uma mulher, uma tela . BOSI, Alfredo. Reflex es sobre a arte. 7. ed. S o Paulo: tica, 2004. p. 7-14. (S rie Fundamentos). Quest o 01 No texto, o autor (01) define como arte as obras cl ssicas e consagradas, capazes de despertar o sentimento do belo. (02) critica a concep o de arte que n o considera o aspecto material da obra art stica nem seu aspecto psicol gico. (04) conceitua a arte como representa o, a o, produto e cria o. UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 2 (08) valoriza a atividade art stica em detrimento do trabalho artesanal. (16) afirma que, ao criar uma outra realidade, o artista distancia-se do contexto social que lhe pr prio. (32) distingue o objeto n o-art stico do art stico atrav s do grau de talento de seu criador. (64) questiona a distin o entre arte e artesanato, uma vez que se fundamenta em uma discrimina o econ mico-social. Quest o 02 De acordo com o texto, pode-se afirmar: (01) O suposto entendimento da arte atribu do ao homem de cultura mediana (l. 1), no primeiro par grafo, discriminador, por ser um julgamento que privilegia um certo tipo de arte. (02) A obra de arte deve ser vista de maneira objetiva, evitando-se rea es sentimentais, o que est evidente nos par grafos segundo e terceiro. (04) O valor utilit rio da arte, referido no terceiro par grafo, atende a uma sociedade que ignora a natureza do objeto art stico, vendo-a em outra dire o: a do consumo. (08) O voc bulo arte (l. 35), no s timo par grafo, estabelece com os termos m sica, poesia, teatro (l. 38) e cer mica, tecelagem e ourivesaria (l. 39) uma rela o classe-elementos. (16) A id ia de que a obra de arte deve ser fiel realidade est trabalhada no ltimo par grafo. (32) A fala de Matisse, no ltimo par grafo, deixa entender que, para ele, uma obra de arte constitui em si mesma um objeto extra, que deve ser examinado como algo singular. Quest o 03 Est o coerentes com o texto as seguintes proposi es: (01) O autor contesta o pensamento de Plat o no que concerne distin o entre arte e of cios. (02) O quinto par grafo inicia-se com uma afirma o cuja justificativa se estende ao par grafo seguinte. (04) Os gregos valorizavam a t cnica com a qual o artista constru a sua obra. (08) Os romanos ressaltaram a atividade de composi o das partes, que o artista realiza para criar sua obra. (16) As id ias s o desenvolvidas, no texto, seguindo uma seq ncia temporal que vai do passado ao presente e retorna ao passado. (32) O autor parte de uma generaliza o sobre a arte, apresenta, em seguida, argumentos particulares historicamente consolidados e finaliza seu texto com um racioc nio que destaca a atividade de cria o na arte. UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 3 Quest o 04 Constitui uma afirma o que se relaciona adequadamente com o texto: (01) O autor, no primeiro par grafo, apropria-se do ponto de vista de um enunciador hipot tico. (02) A declara o do segundo par grafo pressup e uma dupla valora o para a obra de arte: a material e a espiritual. (04) A express o objetos consagrados pelo tempo (l. 4) constitui uma refer ncia a imagens de grandes cl ssicos da Renascen a (l. 2-3). (08) A palavra Mas (l. 10) n o refuta o que se enuncia nos dois primeiros par grafos; contextualiza o que antes foi declarado. (16) A express o n o s (l. 37) e a palavra quanto (l. 38), no contexto da frase, introduzem id ias que se excluem. (32) Os termos Ali s (l. 39) e ou seja (l. 61) equivalem-se no contexto e antecedem uma retifica o de enunciados. (64) Os verbos abordar e replicar, nas respectivas formas abordado (l. 65) e replicou (l. 66), antecedem falas referidas no texto. Quest o 05 O escravo africano o rei do feiti o. Ele o trouxe para o Brasil como o levou para quantas col nias o mandaram comprar, apanhar, surpreender, ca ar em seus bosques e em suas aldeias selvagens da p tria. Nessa importa o inqualific vel e for ada do homem, a prepot ncia do importador que vendeu e do comprador que tomou e pagou o escravo, p de pela for a que n o direito, reduzir o homem a cousa, a objeto material de propriedade, a instrumento de trabalho; mas n o p de separar do homem importado os costumes, as cren as absurdas, as id ias falsas de uma religi o extravagante, rudemente supersticiosa, e eivada de rid culos e est pidos preju zos. Nunca houve comprador de africano importado, que pensasse um momento sobre a alma do escravo: comprara-lhe os bra os, o corpo para o trabalho; esquecera-lhe a alma; tamb m se estivesse conscienciosamente lembrado, n o compraria o homem, seu irm o diante de Deus. Mas o africano vendido, escravo pelo corpo, livre sempre pela alma, de que n o se cuidou, que n o se esclareceu, em que n o se fez acender a luz da religi o nica verdadeira, conservou puros e ilesos os costumes, seus erros, seus preju zos selvagens, e inoculou-os todos na terra da proscri o e do cativeiro. O g rmen lan ado superabundante no solo desenvolveu-se, a planta cresceu, floresceu, e frutificou: os frutos foram quase todos venenosos. Um corrompeu a l ngua falada pelos senhores. Outro corrompeu os costumes e abriu fontes de desmoraliza o. Ainda outro corrompeu as santas cren as religiosas do povo, introduzindo nelas ilus es infantis, id ias absurdas e terrores quim ricos. E entre estes (para n o falar de muitos mais) fundou e propagou a alucina o do feiti o com todas as suas conseq ncias muitas vezes desastrosas. UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 4 E assim o negro d frica, reduzido ignom nia da escravid o, malfez logo e naturalmente a sociedade opressora, viciando-a, aviltando-a e pondo-a tamb m um pouco assalvajada, como ele. O negro d frica africanizou quanto p de e quanto era poss vel todas as col nias e todos os pa ses, onde a for a o arrastou condenado aos horrores da escravid o. No Brasil a gente livre mais rude nega, como o faz a civilizada, a m o e o tratamento fraternal ao escravo; mas adotou e conserva as fantasias pavorosas, as supersti es dos m seros africanos, entre os quais avulta por mais perigosa e nociva a cren a do feiti o. MACEDO, Joaquim Manuel de A. As v timas-algozes: quadros da escravid o. 4 ed. S o Paulo: Zouk, 2005. p. 59. A leitura e a an lise desse fragmento permitem afirmar: (01) O texto encerra uma condena o severa escravid o. (02) O trabalho servil desumaniza o escravo, reduzindo-o condi o de besta irracional. (04) O narrador assume um ponto de vista imparcial, limitando-se a relatar as a es praticadas pelas personagens. (08) Os escravos eram selvagens e rudes, sendo imposs vel realizar, com sucesso, a convers o de suas almas religi o de seus senhores. (16) O texto explicita um ponto de vista etnoc ntrico em rela o aos povos escravizados. (32) O narrador, ao dizer que o negro africanizou as sociedades para as quais foi transplantado, ap ia seu julgamento em um ponto de vista preconceituoso e estigmatizante. (64) A influ ncia do negro na esfera religiosa foi nociva, mas se revelou altamente produtiva nos demais campos da atividade social. Quest o 06 No geral conceito, esse nico filho var o devia ser o amparo da fam lia, rf de seu chefe natural. N o o entendiam assim aquelas tr s criaturas, que se desviviam pelo ente querido. Seu destino resumia-se em faz -lo feliz; n o que elas pensassem isto, e fossem capazes de o exprimir; mas faziam-no. Que um mo o t o bonito e prendado como o seu Fernandinho se vestisse no rigor da moda e com a maior eleg ncia; que em vez de ficar em casa aborrecido, procurasse os divertimentos e a conviv ncia dos camaradas; que em suma fizesse sempre na sociedade a melhor figura, era para aquelas senhoras n o somente justo e natural, mas indispens vel. [...] Dessa vida faustosa, que ostentava na sociedade, trazia Seixas para a intimidade da fam lia n o s as provas materiais, mas as confid ncias e sedu es. Era ent o muito mo o; e n o pensou no perigo que havia, de acordar no cora o virgem das irm s desejos que podiam suplici -las. Quando mais tarde a raz o devia adverti-lo, j o doce h bito das confid ncias a havia adormecido. Felizmente D. Camila tinha dado a suas filhas a mesma vigorosa educa o que recebera; a antiga educa o brasileira, j bem rara em nossos dias, que, se n o fazia UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 5 donzelas rom nticas, preparava a mulher para as sublimes abnega es que protegem a fam lia, e fazem da humilde casa um santu rio. Mariquinhas, mais velha que Fernando, vira escoarem-se os anos da mocidade, com serena resigna o. Se algu m se lembrava de que o outono, que a esta o nupcial, ia passando sem esperan a de casamento, n o era ela, mas a m e, D. Camila, que sentia apertar-se-lhe o cora o, quando lhe notava o desdobre da mocidade. Tamb m Fernando algumas vezes a acompanhava nessa m goa; mas nele breve a apagava o bul cio do mundo. Nicota, mais mo a e tamb m mais linda, ainda estava na flor da idade; mas j tocava aos vinte anos, e com a vida concentrada que tinha a fam lia, n o era f cil que aparecessem pretendentes m o de uma menina pobre e sem prote es. Por isso cresciam as inquieta es e tristezas da boa m e, ao pensar que tamb m esta filha estaria condenada mesquinha sorte do aleij o social, que se chama celibato. ALENCAR, Jos de. Senhora. In: Jos de Alencar: fic o completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. v. I, p. 684-685. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). Dentre as id ias focalizadas na obra, t m comprova o no texto as proposi es (01) A narrativa apresenta censura sociedade da poca por n o preparar devidamente a mulher para exercer o papel que lhe reservado. (02) O narrador p e a nu uma vis o de mundo patriarcalista, no que tange aos pap is sociais atribu dos ao homem e mulher. (04) A vida que Seixas e sua fam lia levavam obedecia s regras sociais que vigoravam na poca. (08) A exist ncia de uma oposi o entre a vida do lar e a realidade mundana est evidenciada no fragmento. (16) Fernando Seixas caracterizado como um ser humano de car ter e de sentimentos nobres, al m de generoso com sua fam lia. (32) O casamento aparece como um contrato em que o dote da mulher e o prest gio social de sua fam lia s o pr -requisitos essenciais. (64) O narrador mant m-se impessoal, seguindo os padr es narrativos ent o vigentes. Quest o 07 A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o p lo ca ra-lhe em v rios pontos, as costelas avultavam num fundo r seo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a incha o dos bei os dificultavam-lhe a comida e a bebida. Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princ pio de hidrofobia e amarrara-lhe no pesco o um ros rio de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, ro ava-se nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de moscas, semelhante a uma cauda de cascavel. Ent o Fabiano resolveu mat -la. [...] Sinha Vit ria fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 6 adivinhavam desgra a e n o se cansavam de repetir a mesma pergunta: V o bulir com a Baleia? [...] Ela era como uma pessoa da fam lia: brincavam juntos os tr s, para bem dizer n o se diferen avam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, amea ava cobrir o chiqueiro das cabras. Quiseram mexer na taramela e abrir a porta, mas sinha Vit ria levou-os para a cama de varas, deitou-os e esfor ou-se por tapar-lhes os ouvidos: prendeu a cabe a do mais velho entre as coxas e espalmou as m os nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjug -los, resmungando com energia. Ela tamb m tinha o cora o pesado, mas resignava-se: naturalmente a decis o de Fabiano era necess ria e justa. Pobre da Baleia. [...] Na luta que travou para segurar de novo o filho rebelde, zangou-se de verdade. Safadinho. Atirou um cocorote ao cr nio enrolado na coberta vermelha e na saia de ramagens. Pouco a pouco a c lera diminuiu, e sinha Vit ria, embalando as crian as, enjoou-se da cadela achacada, gargarejou muxoxos e nomes feios. Bicho nojento, bab o. Inconveni ncia deixar cachorro doido solto em casa. Mas compreendia que estava sendo severa demais, achava dif cil Baleia endoidecer e lamentava que o marido n o houvesse esperado mais um dia para ver se realmente a execu o era indispens vel. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 74. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 85-86. Sobre o fragmento, contextualizado na obra, correto afirmar: (01) O primeiro e o segundo par grafos cont m argumentos que justificam a decis o a ser tomada em rela o a Baleia. (02) Fabiano demonstra cuidados com Baleia, apesar de ser o seu algoz. (04) O comportamento de sinha Vit ria caracteriza-a como a m e protetora, zelosa do bem-estar de seus filhos. (08) O poder de decis o do chefe de fam lia no ambiente rural fica evidente no texto. (16) Sinha Vit ria, ao aceitar passivamente a decis o do marido no que se refere a Baleia, demonstra ser indiferente ao animal e preocupar-se exclusivamente com seus filhos. (32) A decis o de matar Baleia deixa patente o temperamento agressivo de Fabiano. (64) A palavra Mas , no ltimo par grafo, antecede uma explica o do conflito entre raz o e emo o vivido por sinha Vit ria. UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 7 Quest o 08 CAN O DA MO A-FANTASMA DE BELO HORIZONTE Eu sou a Mo a-Fantasma que espera na Rua do Chumbo o carro da madrugada. Eu sou branca e longa e fria, a minha carne um suspiro na madrugada da serra. Eu sou a Mo a-Fantasma. O meu nome era Maria. Maria-Que-Morreu-Antes. existente no Brasil (agora dormem embriagados), espreito os carros que passam com choferes que n o suspeitam de minha brancura e fogem. Os t midos guardas-civis, coitados! Um quis me prender. Abri-lhe os bra os... Incr dulo, me apalpou. N o tinha carne Sou a vossa namorada que morreu de apendicite, no desastre de autom vel ou suicidou-se na praia e seus cabelos ficaram longos na vossa lembran a. Eu nunca fui deste mundo: Se beijava, minha boca dizia de outros planetas em que os amantes se queimam num fogo casto e se tornam estrelas, sem ironia. Morri sem ter tido tempo de ser vossa, como as outras. N o me conformo com isso, e quando as pol cias dormem em mim e fora de mim, meu espectro itinerante desce a Serra do Curral, vai olhando as casas novas, ronda as hortas amorosas (Rua Cl udio Manuel da Costa), p ra no Abrigo Cear , n o h abrigo. Um perfume que n o conhe o me invade: o cheiro do vosso sono quente, doce, enrodilhado nos bra os das espanholas... Oh! deixai-me dormir convosco. e por cima do vestido e por baixo do vestido era a mesma aus ncia branca, um s desespero branco... Podeis ver: o que era corpo foi comido pelo gato. E vai, como n o encontro nenhum dos meus namorados, que as francesas conquistaram, e que beberam todo o u sque As mo as que ainda est o vivas (h o de morrer, ficai certos) t m medo que eu apare a e lhes puxe a perna... Engano. Eu fui mo a, serei mo a deserta, per omnia secula.* N o quero saber de mo as. Mas os mo os me perturbam N o sei como libertar-me. Se o fantasma n o sofresse, se eles ainda me gostassem e o espiritismo consentisse, mas eu sei que proibido, v s sois carne, eu sou vapor. Um vapor que se dissolve quando o sol rompe na Serra. Agora estou consolada, disse tudo que queria, subirei quela nuvem, serei l mina gelada, cintilarei sobre os homens. Meu reflexo na piscina da Avenida Para na (estrelas n o se compreendem), ningu m o compreender . * per omnia secula por todos os s culos. ANDRADE , Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. In: COUTINHO, Afr nio (Org.). Carlos Drummond de Andrade: obra completa: poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 102-103. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 8 Sobre o poema, correto afirmar: (01) O texto permeado por um tom de lamento da mo a fantasma, motivado pela perda do mundo real. (02) O espa o f sico pelo qual a personagem transita delimitado na superf cie do texto. (04) As express es eu sou branca , minha brancura , aus ncia branca e desespero branco intensificam a id ia de um ser abstrato, inorg nico. (08) O discurso l rico da segunda estrofe identifica a figura do fantasma com outros seres que se tornaram invis veis para o mundo real. (16) A voz po tica revela desejo de comunh o com a natureza, com o sagrado e com os homens. (32) O poema l rico revela imagens de t dio, de dio e de desespero de um ser oprimido, desejoso de mudan as sociais. (64) O final do poema evidencia o restabelecimento da integra o da personagem com o mundo real. Quest o 09 N o se deve esposar um determinismo r gido quanto a essas quest es, pois fatores outros, tais como a ra a, desempenham pap is cruciais, mas a verdade que a clara defini o do ano em quatro esta es distintas civilizada e civilizadora. As na es como o Brasil, em que praticamente s existe inverno e ver o, imperando a mesmice de janeiro a dezembro, parecem fadadas ao atraso e s o abundantes os exemplos hist ricos e contempor neos. At culturalmente, as varia es sazonais se revestem de enorme import ncia, eis que for am a diversifica o de interesses e atividades em fun o das altera es clim ticas, de modo que os povos a elas expostos t m maior gama de aptid es e sensibilidade necessariamente mais apurada. Al m disso, o frio estimula a atividade intelectual e obvia a in rcia pr pria dos habitantes das zonas t rridas e tropicais. N o se v a pregui a na Europa e parece perfeitamente justificada a infer ncia de que isto se d em raz o do acicate proporcionado pelo frio, que, comprovadamente, ao causar a constri o dos vasos sangu neos e o abaixamento da temperatura das v sceras luxuriosas, n o s cria condi es org nicas prop cias pr tica do trabalho superior e da inven o, quer t cnica, quer art stica, como co be o sensualismo modorrento dos negros, ndios, mesti os e outros habitantes dos climas quentes, at mesmo os brancos que n o logrem vencer, pela pura for a do esp rito civilizado europeu, as avassaladoras press es do meio f sico. Assim, enquanto um se fortalece e se engrandece, o outro se enfraquece e se envilece. Os fatos s o claros, pensou Bonif cio Odulfo; n o v -los , como diz o vulgo, querer tapar o sol com uma peneira. Quando escreveria esse ensaio, que lhe vinha cabe a t o pronto, t o inteiro, t o acabado e escorreito, t o alicer ado na evid ncia dos fatos e no racioc nio despido de paix es? Talvez nunca, concluiu com certa tristeza, pois que banqueiros n o escrevem ensaios, nem conv m que certas coisas, embora sabidas por todos, sejam ditas. Era uma pena, como tamb m fora uma pena que n o tivesse podido anotar o poema UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 9 que o invadira aos borbot es quando, curvado para enfrentar o vento que varria a Baixa de Lisboa, fez quest o de descer a p a Rua do Ouro, a fim de ter a emo o de estacar entrada da Pra a do Com rcio, e bateu-se com a Ribeira das Naus, a amplid o gr vida e cinzenta da boca do Tejo, ondinas arrulando na rampa como se ali come asse o mar e se abrisse o Infinito. Conquistadores dos oceanos! Nautas intimoratos, exploradores do Universo, dominadores de mundos, viajantes do Desconhecido! Gl ria a v s, que desbravastes... RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 467-468. A an lise do texto transcrito, contextualizado na obra, permite afirmar que Bonif cio Odulfo (01) interpreta o pa s como o espa o da barbariza o sociocultural, determinada pelas condi es naturais. (02) exalta a predisposi o do colonizador portugu s para miscigenar-se e a positividade dessa experi ncia. (04) dessacraliza a vis o paradis aca do Brasil, ao consider -lo como uma terra sem possibilidades de tornar-se avan ada econ mica e socioculturalmente. (08) confronta a realidade da metr pole lusitana e a da col nia, exaltando as duas: a primeira, pela superioridade geogr fica e a segunda, pela pujan a da natureza e pela sensualidade do seu povo. (16) considera o elemento n o europeu como uma degenera o conseq ente de ambientes clim ticos de altas temperaturas. (32) legitima o privil gio do colonizador pelo trabalho e justifica a nulidade do colonizado pela indol ncia. Quest o 10 [...] Estava uma noite de estrelas, serena e sem nuvens, por vezes at com uma ligeir ssima brisa que agitava ao de leve as folhas das rvores do outro lado do terreiro e que trouxe a Lu s Bernardo, de repente, saudades do ver o de Portugal. Afundado na sua poltrona de verga, com almofadas de pano cosido m o, fumando com lento prazer o seu Partagas, Lu s Bernardo soltou baixinho um suspiro que tanto podia ser de bem-estar como de acomoda o. Mas Maria Augusta devia ter ouvido o suspiro, porque lhe perguntou: Saudades de casa? Ele sorriu, sem querer dar parte de fraco: s vezes sim, mas nada de especial. S o mais as noites que s o diferentes. Acaba por se habituar, vai ver. [...] Que costuma voc fazer aqui, em noites destas? Foi a vez dela suspirar. Ele viu-lhe o peito subir no corpete do vestido, os olhos escuros que brilharam luz do candeeiro pr ximo. Sentiu-lhe o corpo a distender-se, um UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 10 desprendimento, um desejo mal escondido que lhe subia pelas pernas, pela barriga, pelo peito, que brilhava no olhar. A voz era rouca, vinda de longe, de noites e noites como esta, na varanda: Penso na vida. No que foi, no que podia ter sido e no que h -de ser ainda. Que mais acha que poderia fazer? E faz algum sentido? O qu ? A vida, a minha vida? Sim. N o me pergunte isso. Essas perguntas n o se fazem aqui. De que serviria? Voc est c apenas de passagem, mais ano menos ano, volta para Portugal. A sua vida l , aqui s uma passagem. Mas eu, n o: eu vivo c para sempre, foi o que o destino me reservou. N o escolhi nada nem estou em situa o de escolher. Agarro o que passa e quando consigo: s o as coisas que v m ter comigo e n o eu que vou ter com elas. Percebe o que digo? TAVARES, Miguel Sousa. Equador. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. p. 216-217. Constitui uma afirma o verdadeira sobre o texto, contextualizado na obra: (01) Maria Augusta e Lu s Bernardo s o personagens de ideologias conflitantes, que travam di logos dissimulados em encontros amorosos. (02) O di logo das personagens apresenta uma atmosfera fatalista, que perpassa pela narrativa da vida de Maria Augusta. (04) A ang stia existencial de Lu s Bernardo, evidente no fragmento, reflete a conseq ncia de um embate pol tico entre ele e Maria Augusta, em que ela expressa atos de viol ncia e autoritarismo arbitr rio. (08) Maria Augusta, como propriet ria de ro a em S o Tom , o exemplo do grande propriet rio rural que trata o cidad o negro como um ser inumano. (16) O interesse da personagem Maria Augusta pelo estado de nimo de Lu s Bernardo pode ser considerado como o cl max da narrativa, pois, a partir da , ela vai inviabilizar o projeto civilizat rio dele. (32) Maria Augusta exemplifica o ser humano que, apesar de isolado no seu espa o geogr fico, detentor de um certo grau de cultura e de autonomia que o torna diferente de outras mulheres da col nia. (64) Maria Augusta, apesar do pouco conv vio com Lu s Bernardo, experimenta, com o desenrolar dos fatos, a sensa o de ter sido tra da por ele nos planos pessoal e pol tico. *** UFBA / UFRB 2007 1a Fase Portugu s 11 C onstante de Avogadro = 6,02 x 1023 (valor aproximado) Kw = 1 ,0 x 10 -14 (a 25 C) Ci ncias Naturais UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 12 Ci ncias Naturais QUEST ES de 11 a 30 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. Quest o 11 As artes pl sticas inspiram reflex es em diversas reas do saber. No que se refere s Ci ncias Naturais, a partir dos elementos que integram o trabalho do artista, podem ser feitas reflex es, expressas corretamente nas seguintes proposi es: (01) A exist ncia de flores limita a reprodu o vegetal ao fen meno de autofecunda o, possibilitando a forma o de descendentes geneticamente id nticos em um processo natural de clonagem. (02) O fruto uma aquisi o privilegiada das angiospermas, constituindo uma estrat gia de dispers o da esp cie. (04) O m dulo da acelera o de uma ma que cai em queda livre igual a em que G a constante da gravita o universal; M, a massa da Terra, e R, o raio da Terra. (08) Os m dulos do peso da jarra e da normal exercida pela superf cie de apoio constituem, na Mec nica Cl ssica, o par a o-rea o da terceira lei de Newton. (16) O acetato de vinila, CH3COOCHCH2, e o metacrilato de metila, CH2C(CH3)COOCH3, subst ncias utilizadas na composi o de tintas possuem cadeias carb nicas insaturadas. UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 13 Quest o 12 A m sica, como arte, fundamentada, para sua cria o e execu o, em princ pios espec ficos que tamb m est o presentes nas Ci ncias Naturais, como evidenciados corretamente nas proposi es (01) As propriedades dos elementos qu micos se repetem, de oito em oito elementos, em toda a Tabela Peri dica, assim como as notas, na escala musical. (02) O som emitido pela vibra o de uma corda exibe fen menos de interfer ncia, difra o, refra o e reflex o. (04) O potencial de combina o dos desoxirribonucleot deos expresso na diversidade das mol culas de DNA pode, em princ pio, ser comparado s diferentes associa es de notas musicais em infinitas melodias. (08) A freq ncia da vibra o de uma corda depende de sua densidade linear, de seu comprimento e da tens o aplicada nessa corda. (16) As etapas de mitose e interfase, em c lulas embrion rias, ocorrem ciclicamente, sob ritmo que propicia a r pida prolifera o celular. (32) O som que se propaga a 200,0m/s, em um tubo aberto de 60,0cm de comprimento, contendo um g s, emite o som fundamental com freq ncia de 120,0Hz. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 14 Quest o 13 [...] estou colocando uma linha de n ilon que me veio de Salvador por interm dio de Luiz Cui ba, que me traz essa linha verde e grossa, com dois chumbos de cunha e anz is presos por uma esp cie de rosca de arame, linha esta que n o me d confian a, agora se vendo que especializada em carrapatos. Mas temos uma vazante despreocupada, vem a setembro com suas arraias no c u e, com esses dois punhados de camar o mi do que Sete Ratos me deu, eu amarro a canoa nos restos da torre de petr leo e solto a linha pelos bordos [...]. Daqui diviso os fundos da Matriz e uns meninos como formiguinhas escorregando nas areias descarregadas pelos saveiros [...]. Temos uma carteira quase cheia de cigarros; uma moringa, fresca, fresca; meia quartinha de batida de lim o; [...], a gua, se n o fosse a correnteza da vazante, era mesmo um espelho; n o falta nada e ent o botamos o chap u um pouco em cima do nariz, ajeitamos o corpo na popa, enrolamos a linha no tornozelo e quedamos, pensando na vida. (RIBEIRO, 2000, p. 479). A partir dos fatos descritos e das imagens sugeridas pelo escritor no conto que inspirou o filme Deus brasileiro , s o considera es verdadeiras: (01) O material utilizado na fabrica o de linhas de pesca, por ser um pol mero obtido a partir da rea o de condensa o entre uma diamina e um di cido, uma poliamida. (02) A linha de n ilon enrolada no tornozelo, que leva 30 segundos para realizar de volta, tem freq ncia igual a 0,25Hz. (04) A gua contida em uma moringa tem temperatura menor que a do meio ambiente, porque o elevado valor do coeficiente de condutividade t rmica do barro permite uma r pida troca de calor com o ambiente. (08) Os invertebrados carrapatos, camar es e formigas compartilham caracter sticas em n vel de filo, definido pela presen a de ap ndices articulados e exoesqueleto quitinoso. (16) Formigas apresentam organiza o social estabelecida com o trabalho integrado das diversas castas, o que propicia a constru o e a sobreviv ncia do formigueiro. (32) A correnteza da vazante forma um movimento ondulat rio em que os raios luminosos que incidem perpendicularmente sobre as cristas e sobre os vales das ondas formadas resultam, ap s refratados, respectivamente, em raios convergentes e raios divergentes. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 15 Quest o 14 Temas freq entemente veiculados pela imprensa podem ser associados a conhecimentos relativos a Ci ncias Naturais. Considerando-se as manchetes em destaque, correto afirmar: (01) A informa o de que humanos atuais compartilham varia es gen ticas com neandertais sugere a ocorr ncia de poss veis eventos de hibrida o em poca em que esses homin deos conviveram. (02) Os estudos comparativos do DNA de diferentes organismos se fundamentam na complementaridade de bases na dupla h lice, permitindo estimar o percentual de seq ncias id nticas entre os genomas em an lise. (04) A c mara fotogr fica usada como vis o do rob , constitu da essencialmente de uma c mara escura provida de uma lente a objetiva e do filme, forma uma imagem real de um objeto sobre o filme. (08) Um aparelho celular, ao receber uma liga o de um rob que se encontra a uma dist ncia d por meio de ondas esf ricas, capta ondas de intensidade igual a sendo P a pot ncia da fonte geradora dessas ondas. (16) A gipsita, CaSO4.2H2O, que ser lavrada no munic pio de Camamu, tem massa molecular igual a 136 u. UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 16 Quest o 15 Decis es judiciais, no mbito das rela es na sociedade, s o subsidiadas por conhecimentos cient ficos de diversas reas, exemplificados corretamente nas proposi es (01) A profundidade de penetra o de um proj til de massa m que atinge uma parede, de for a resistiva de m dulo f, com uma velocidade de m dulo v, dada por (02) Um indiv duo do grupo sang neo O no que se refere heran a no sistema ABO deve ser exclu do, com 100% de acerto, como pai de uma crian a de sangue A, cuja m e tamb m do grupo A. (04) Testes de DNA s o de baixa confiabilidade para decis es judiciais de paternidade, porque a varia o entre os genomas de pai e filho se restringe ocorr ncia de muta es novas, um fen meno raro. (08) A concentra o m xima permitida de chumbo no ar atmosf rico sendo de 1,5 g/m3 corresponde a uma concentra o de 1,5.10 6ppm (M/V). (16) O aumento do n vel de di xido de carbono no ar atmosf rico permite uma maior quantidade de radia o infravermelha refratada da atmosfera terrestre para o espa o. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 17 Quest o 16 Escava es arqueol gicas revelam descobertas sobre a Odontologia Descobertas recentes apresentadas por arque logos e antrop logos franceses revelaram que alde es paquistaneses que viveram h 9 500 anos, durante o Per odo Neol tico, usavam brocas de pedra para abrir buracos nos pr prios dentes. Pesquisas mostraram que as antigas civiliza es da Mesopot mia, que se estabeleceram entre os rios Tigre e Eufrates, foram as primeiras a mencionar um verme respons vel pela destrui o das estruturas dent rias. A lenda do verme do mal n o s evoluiu como se transformou em verdade cient fica ao longo dos s culos, confirmada por escritores e especialistas a famosa c rie. Apesar de as enfermidades da poca serem as mesmas de hoje, as c ries tornaram-se mais freq entes medida que a dieta primitiva de carne e vegetais duros foi sendo substitu da pelos alimentos mais a ucarados. (ESCAVA ES..., 2006). A partir das informa es do texto e considerando-se as pr ticas odontol gicas realizadas atualmente, pode-se afirmar: (01) As brocas utilizadas no Per odo Neol tico eram feitas de material mais duro que o diamante usado em brocas modernas. (02) A transforma o da lenda do verme do mal em verdade cient fica est associada descoberta de uma comunidade microbiana bucal que apresenta procariotos fermentativos. (04) A dor de dente reflete a presen a de uma rede neural distribu da por toda a camada de esmalte que recobre o dente. (08) O aumento da incid ncia de c rie est associado a alimentos que apresentam numerosas liga es pept dicas na estrutura molecular. (16) A amplia o da imagem conjugada de um dente por um espelho odontol gico, de raio de curvatura igual a 4,0cm, colocado a 1,0cm de dist ncia desse dente, igual ao dobro do tamanho do dente observado. (32) O princ pio de funcionamento de um motor el trico que produz a movimenta o da broca, que se encontra acoplada ao instrumento de alta rota o, tem como base as leis de Amp re e de Faraday-Lenz. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 18 Quest o 17 Conhecido pelo alto teor cal rico e de gorduras, o acaraj quem diria rico em fibras, c lcio e pot ssio. J a carne de charque cozida outra iguaria nacional fonte de ferro, mas possui, em 100g, mais da metade do s dio que se deve ingerir por dia. Informa es como essas, referentes aos teores nutricionais de pratos tipicamente brasileiros, est o dispon veis gra as ao lan amento da segunda fase do projeto TACO (Tabela Brasileira de Composi o de Alimentos), realizado pelo NEPA (N cleo de Estudos e Pesquisa em Alimenta o) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em parceria com o governo federal. (MANTOVANI, 2006). Com base nas informa es relacionadas a alimentos t picos brasileiros, correto afirmar: (01) O acaraj um alimento de baixo valor nutricional pela inexist ncia de prote nas em seu ingrediente principal o feij o fradinho. (02) O c lcio e o pot ssio, presentes no acaraj , apresentam o mesmo n mero de camadas eletr nicas, e seus ons s o isoeletr nicos do tomo de arg nio. (04) O volume submerso do acaraj que flutua no azeite de dend aumenta com a eleva o da temperatura do azeite, desprezando-se a perda de gua com a fritura e a absor o do leo. (08) A energia fornecida por um acaraj , 720kJ, se fosse utilizada para acender uma l mpada de especifica o 60W 120V a faria funcionar por, aproximadamente, 12,3 horas. (16) Os produtos da digest o do azeite de dend n o participam do metabolismo oxidativo, devido s cadeias carb nicas insaturadas dos cidos graxos constituintes. (32) A carne de charque, por ser fonte de ferro para o organismo humano, cont m ons desse elemento qu mico. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 19 QUEST ES de 18 a 20 Alian a contra a PRESS O S rem dio n o basta. Pesquisa mostra que sucesso no tratamento da hipertens o maior se o m dico der mais aten o ao doente. (RODRIGUES, 2006, p. 83). O xito no cuidado com a sa de humana exige, cada vez mais, uma abordagem interdisciplinar que envolve o trabalho integrado de diversos profissionais da rea de sa de. Quest o 18 Com base nos conhecimentos das Ci ncias Naturais, pode-se afirmar que aspectos morfofisiol gicos associados fun o circulat ria incluem a (01) exist ncia de uma estrutura contr til uma novidade evolutiva particular de organismos que apresentam circula o fechada, como o humano. (02) condi o de pluricelularidade que evoluiu em fun o da especializa o celular, que pode ser exemplificada no tecido muscular card aco. (04) fun o de defesa do sangue que caracteriza a a o imunol gica da hemoglobina. (08) eleva o do pH sang neo, que ocorre em fun o do aumento da concentra o de di xido de carbono no sangue. (16) press o sist lica decorrente da contra o dos ventr culos impulsionando o sangue para a circula o sist mica e a pulmonar. (32) press o m nima exercida pelo cora o de uma pessoa que est em um local cujo m dulo da acelera o da gravidade 10m/s2 para bombear o sangue, de densidade 1,2g/cm3, at o c rebro que est 50,0cm acima do cora o que igual a 6,0.103Pa. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 20 Quest o 19 A figura refere-se ao sistema excretor humano, mostrando inter-rela es com o sistema circulat rio na forma o do n fron unidade fundamental do rim. A partir da an lise da ilustra o e considerando-se aspectos da produ o da urina, correto afirmar: (01) A passagem de gua para a rede capilar ao longo do t bulo renal realiza-se por transporte ativo, em fun o da elevada concentra o h drica do filtrado. (02) O filtrado glomerular forma-se na passagem lenta e sob baixa press o do sangue na rede capilar proveniente da arter ola aferente. (04) A reabsor o diferenciada dos componentes do filtrado, ao longo do n fron, produz a urina, contribuindo para a homeostase do organismo. (08) Uma concentra o de ur ia, no sangue humano, igual a 0,13g/L superior a uma concentra o plasm tica dessa subst ncia de 20,00mg/dL. (16) O cido rico, , encontrado na urina, em pequenas quantidades, apresenta porcentagem em massa de nitrog nio igual a 33%, aproximadamente. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 21 Quest o 20 * * Placa de gordura formada a partir do ac mulo de part culas contendo colesterol (LDL) Considerando-se a constitui o celular e a anatomia e fisiologia dos vasos sang neos em uma perspectiva evolutiva, correto afirmar: (01) A presen a do colesterol na bicamada lip dica contribui para a fluidez, essencial din mica da membrana plasm tica. (02) A rede capilar como um sistema multirramificado de vasos perme veis de fin ssimo calibre propicia a intera o do sistema circulat rio com as c lulas. (04) A forma o de placas de gordura nas art rias compromete, de imediato, o retorno do sangue para o cora o. (08) A exist ncia de colesterol nos eucariotos, mas n o nos procariotos, pode ser justificada considerando-se a depend ncia de uma atmosfera oxidante para a s ntese desse ester ide. (16) A freq ncia de uma onda cont nua emitida por um aparelho de ultra-som percebida por algumas c lulas vermelhas do sangue, medida que se afastam da fonte emissora, como sendo maior do que a emitida pela fonte. (32) O stent, dispositivo utilizado para desobstruir art rias, por ser uma mola helicoidal, funciona de acordo com a lei de Hooke. (64) Os grupos funcionais dos alde dos e dos fen is est o presentes na estrutura, representada ao lado, da sinvastatina uma subst ncia utilizada no controle da hipercolesterolemia. UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 22 Quest o 21 O engenheiro mec nico um perito em transformar energia potencial, gerada por diversos tipos de fontes (el trica, t rmica ou qu mica), em energia cin tica, ou seja, em movimento. Na montagem de autom vel, por exemplo, esse profissional preocupa-se em aproveitar ao m ximo a energia liberada pela quebra das liga es qu micas das mol culas de combust vel para mover o carro. [...] O que ocorre na c mara do combust vel a primeira etapa da transforma o energ tica. Atingido por uma descarga el trica gerada pela bateria, o combust vel explode e, transformado em g s, expande-se empurrando os pist es. A partir desse ponto, o engenheiro mec nico procura, por meio de eixos e engrenagens, transmitir a for a que move os pist es at as rodas do ve culo. [...] (LUZ; LVARES, 2003, p. 124). A partir da an lise dos conte dos abordados no texto, correto afirmar: (01) A energia liberada, nos seres vivos, pela quebra das liga es qu micas das mol culas org nicas combust veis exige a fisiologia da mitoc ndria organela universal no mundo vivo. (02) Processos bioenerg ticos dependentes de enzimas ocorrem com maior velocidade, porque liberam, de uma s vez, a energia contida nos alimentos. (04) O biodiesel, resultante da rea o de cidos graxos com lcoois, um combust vel que apresenta a fun o dos steres. (08) A expans o do g s proveniente da explos o de combust vel, que realiza trabalho para deslocar os pist es dos motores dos autom veis, constitui um ciclo que opera segundo o ciclo de Carnot. (16) A rea o global de uma bateria de autom vel, representada pela equa o qu mica Pb(s) + PbO2(s) + (aq) + 2H3O+(aq) 2PbSO4(s) + 4H2O(l), mostra que o chumbo o p lo negativo da bateria. (32) O n mero de el trons que constitui a corrente el trica medida por um amper metro ideal, quando ligado aos terminais de uma bateria de for a eletromotriz e resist ncia interna r, no intervalo de tempo t, determinado pela express o sendo q a carga el trica elementar. (64) A equa o qu mica 2C4H10(g) + 13CO2(l) 8CO2(g) + 10H2O(l), Ho = 2873,3kJ, que representa a combust o total do g s butano, evidencia que a energia liberada na queima de 58,1g desse g s igual a 2873,3kJ. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 23 Quest o 22 Casa do Com rcio (Salvador-Bahia) O arquiteto utiliza os avan os da t cnica e da arte como promotores da qualidade de vida, do equil brio ecol gico e do bem-estar geral. Com base em conhecimentos relevantes das Ci ncias Naturais, associados ao conjunto de atividades do arquiteto, correto afirmar: (01) A equa o CaCO3(s) + Na2CO3(s) + SiO2(s) (02) (04) (08) (16) CaO.SiO2(l) + Na2O.SiO2(l) + 2CO2(g), que representa a obten o do vidro comum, evidencia que esse material uma subst ncia pura composta, obtida em rea o exot rmica. O uso indiscriminado de paredes de vidro nos projetos de constru o em pa ses tropicais inadequado, porque esse material, al m de deixar passar radia o solar, ret m os raios infravermelhos que geram aumento da temperatura do ambiente. As fachadas de pr dios constitu das de vidro duplo, mantido a v cuo, reduzem perdas t rmicas, mas permitem a propaga o do som. O xido de alum nio, Al2O3, presente no alum nio anodizado utilizado em janelas, portas e fachadas de edif cios conduz a corrente el trica quando fundido. Os ambientes livres de prote o especial, quando destinados ao uso para exames radiol gicos e procedimentos radioter picos, apresentam risco sa de pelo seu potencial de induzir danos nas mol culas de cido desoxirribonucl ico. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 24 Quest o 23 As atividades na constru o civil exigem conhecimentos sobre diversos materiais e suas repercuss es na pr tica profissional. Assim sendo, correto afirmar: (01) Trabalhadores da constru o civil e da ind stria do cimento est o sujeitos silicose decorrente da inala o de part culas de s lica, que provocam a desestabiliza o dos lisossomos e a conseq ente degrada o de c lulas pulmonares. (02) Os materiais que comp em uma viga que fica exposta a grandes varia es de temperatura devem apresentar os valores do coeficiente de dilata o linear n o muito diferentes entre si. (04) O tri xido de ferro, subst ncia encontrada no cimento, oxidado na presen a de ar atmosf rico, gerando o xido de ferro III. 5 (08) Um peda o de bloco de 4,0.10 dy abandonado de um pr dio, a uma altura de 75,0m, chega ao solo com energia de 0,3kJ. (16) A quantidade de mat ria de xido de c lcio, CaO, presente em 1,0kg de cimento Portland, que possui teor desse xido igual a 65% em massa, de aproximadamente 11,6mol. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 25 Quest o 24 Embora a utiliza o de fertilizantes aumente a produtividade do solo, o seu uso vem constituindo um problema que causa s rios danos ao meio ambiente. Considerando-se conhecimentos cient ficos na pr tica agr cola, correto afirmar: (01) A eutrofiza o expressa em uma explos o no crescimento populacional do fitopl ncton destaca-se entre os problemas ambientais decorrentes do uso abusivo de fertilizantes. (02) Os macronutrientes prim rios, nitrog nio e f sforo, s o elementos qu micos que pertencem a um mesmo per odo da Tabela Peri dica. (04) A necessidade de nitrog nio na nutri o vegetal se justifica pela participa o desse elemento na composi o de biomol culas, entre as quais, amino cidos e nucleot deos. (08) O gr o de trigo ao ser abandonado da esteira, em posi o vertical, de uma altura de 1,25m, em um local onde a acelera o da gravidade 10m/s2 alcan a, ao chegar ao solo, uma velocidade de m dulo igual a 5,0m/s. (16) Os ons e presentes em diversos fertilizantes, possuem liga es covalentes. (32) A massa M de gr os ao ser despejada verticalmente na carroceria de um caminh o, de massa 2M, em movimento uniforme reduz o m dulo da velocidade do caminh o de v para (64) A produ o de um mol do fertilizante (NH4)2SO4, de acordo com a equa o qu mica n o balanceada, NH3(g) + H2SO4(aq) (NH4)2SO4(s), implica uso de quantidades equimolares dos reagentes. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 26 Quest o 25 O desenvolvimento de solu es t cnicas e de a es para reparar, prevenir, minimizar danos ao meio ambiente e promover a sa de ambiental uma tarefa de destaque do engenheiro sanitarista e ambiental. A partir da an lise do fen meno ilustrado, correto afirmar: (01) O efeito estufa que ret m, na Terra, parte do calor que seria dissipado no espa o, constitui, em qualquer intensidade, um fen meno que atenta contra a vida nesse planeta. (02) As ondas infravermelhas que t m freq ncias menores do que as da luz vis vel s o respons veis pelo transporte de calor na transmiss o por irradia o. (04) O di xido de carbono difunde-se na atmosfera mais rapidamente do que o g s de efeito estufa metano. (08) A forma o de buracos na camada de oz nio, causada pelo efeito estufa, favorece a maior incid ncia de radia o ultravioleta que, atingindo as c lulas mais profundas dos organismos, danificam rg os internos do ser humano. (16) Em 22,4L de di xido de carbono, est o contidas menos mol culas desse g s do que em 32,08g de metano, nas CNTP. UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 27 Quest o 26 A reprodu o de uma imagem digital na tela de um computador um processo dos mais interessantes e utiliza uma ampola de Crookes sofisticada um tubo de raios cat dicos que o tubo do monitor. No interior desse tubo, 1 ou 3 feixes de el trons, conforme a imagem seja respectivamente em preto-e-branco ou em cores, s o dirigidos sobre a tela que internamente revestida de f sforo, subst ncia luminescente. Para compreender como o computador, cuja linguagem feita de 0 e 1, capaz de reproduzir uma imagem na tela, preciso lembrar que a camada de f sforo compar vel a uma matriz de min sculos pontos. (FONSECA, 2003, p. 134). Considerando-se as informa es do texto e a inter-rela o entre sistemas eletr nicos e biol gicos, correto afirmar: (01) Os el trons, de massa m e carga q, emitidos pelo c todo aquecido e acelerado por uma alta diferen a de potencial U em dire o ao nodo e percorrendo uma dist ncia d est o submetidos a uma acelera o constante de m dulo igual a (02) A propaga o do impulso nervoso envolve altera es no potencial de membrana, associadas ao fluxo de ons, mediado por prote nas espec ficas. (04) Os raios cat dicos produzidos no tubo do monitor de um computador t m massa superior dos raios X e s o desviados por um campo magn tico. (08) O f sforo branco e o f sforo vermelho s o usados indiferentemente nas telas dos monitores, uma vez que s o elementos qu micos com as mesmas propriedades. (16) A compress o do teclado de um computador, que funciona como sendo uma das placas met licas de um capacitor com ar, provoca a diminui o da capacit ncia desse dispositivo. (32) A fisiologia nervosa est subordinada estrutura sin ptica que assegura a transmiss o unidirecional do impulso nervoso do ax nio para outro neur nio. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 28 Quest o 27 Desde a primeira descoberta de petr leo no mar, no campo de Guaricema (Sergipe), no final da d cada de 60 do s culo XX, at os dias atuais, o avan o tecnol gico obtido pela Petrobras foi mais do que significativo. Dos anos 70 em diante, as pesquisas indicavam que o petr leo deveria ser extra do sob guas muito profundas. medida que as sondas se aprofundavam a 500, 1000 e a 2000 metros, surgiam novas descobertas, levando os t cnicos busca de solu es tecnol gicas. Hoje, a Petrobras extrai petr leo da profundidade de 1886 metros, em Roncador, e parceira da Shell, em guas de 2307 metros, no campo de Coulomb, Golfo do M xico (EUA). (MERGULHO..., 2006, p. 89-90). Considerando-se as informa es do texto e conhecimentos associados a aspectos da din mica da Terra e dos oceanos, pode-se afirmar: (01) As teias alimentares em ecossistemas marinhos se mant m com a mesma organiza o de esp cies ao longo da coluna l quida. (02) A elevada press o gasosa em jazidas de petr leo encontradas sob guas profundas possibilita a obten o de um petr leo constitu do por alcanos de menor cadeia carb nica do que aquele retirado de po os localizados ao n vel do mar. (04) Uma for a de intensidade ghA atua sobre um equipamento de rea de sec o transversal A, a uma profundidade h, em guas marinhas de densidade , onde a acelera o da gravidade tem m dulo g. (08) A camada gasosa encontrada nas jazidas de petr leo constitui uma solu o de hidrocarbonetos saturados de densidade inferior da gua do mar. (16) A penetra o diferenciada da luz nas guas oce nicas condicionou, entre os fotoaut trofos, a evolu o de estrat gias espec ficas para a utiliza o de diversos comprimentos de onda. (32) O paralelep pedo de arestas 10,0cm, 20,0cm e 40,0cm e massa 8,0kg ao ser mergulhado em gua, de densidade 1,0g/cm3, no local em que o m dulo da acelera o da gravidade 10,0m/s2 permanece em equil brio, quando desprezada a viscosidade. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 29 QUEST ES 28 e 29 A figura representa o modelo conceitual hidrogeoqu mico do Sistema Aq fero Guarani que mede 1,2.106km2, abrangendo territ rios do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai e mostra os ciclos de recarga e descarga. Quest o 28 A partir da an lise da din mica das rela es entre chuvas, forma es geol gicas e atividades biol gicas impl citas no modelo, correto afirmar: (01) A magnitude do aq fero Guarani se mant m na depend ncia do eq il brio de um ciclo hidrol gico que inclui fatores bi ticos e abi ticos. (02) As rochas vulc nicas s o importantes para estudos evolutivos, constituindo ricos dep sitos fossil feros, testemunhos da cria o de esp cies novas. (04) O composto SiO2, P.F. = 2570 C, no processo de forma o de rochas vulc nicas duras, solidifica-se primeiro do que o composto CaO, P.F. = 1700 C. (08) O potencial el trico de uma gota de chuva, quando formada pela jun o de oito got culas, cada uma com carga Q e raio R, oito vezes maior do que o potencial anterior aglutina o. (16) A energia de intensidade 4,4 .10 4cal/cm 2. min absorvida pelas guas no processo de evapora o equivale a, aproximadamente, 2,9W/m2, considerando-se 1,0cal como sendo igual a 4J. UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 30 Quest o 29 Levando-se em considera o as part culas dispersas no sistema aq fero e suas repercuss es na biosfera, correto afirmar: (01) A presen a de ons e sais na gua torna essa subst ncia impr pria para o uso pelos animais e vegetais que, para o metabolismo, requerem gua em sua forma pura, deionizada. (02) O trabalho realizado pela for a el trica sobre os ons que conduzem uma carga de 2,00 C, ao serem submetidos a uma ddp de 0,15V, igual a 0,30 J. (04) A concentra o do on H 3O + (aq), no equil brio representado por H 2CO 3(aq) + H 2O( l ) H 3O +(aq) + concentra o do mesmo on, obtida em 7 , K a = 4 ,3 . 10 , maior do que a + H2O(l) H3O+(aq) + 11 Ka = 5,61.10 , na temperatura das guas do aq fero. ao aflorar de um aq fero, origina o fen meno (08) A gua de descarga profunda contendo ons que se caracteriza como chuva cida, prejudicial ao ambiente. (16) As guas com elevado teor de ons Ca2+ e Mg2+ s o denominadas guas pesadas e possuem ons de metais alcalinos. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 31 Quest o 30 O Departamento de Defesa dos Estados Unidos implanta chips no c rebro de tubar es a fim de monitorar seus movimentos e transform -los em silenciosos e precisos agentes secretos dos mares. Aspectos da biologia do tubar o, relevantes no experimento, podem ser reconhecidos corretamente nas proposi es: (01) Os vorazes tubar es predadores ocupam geralmente o ltimo elo das cadeias alimentares marinhas, sendo, assim, representados no pice de pir mides ecol gicas. (02) O tubar o sente, por meio do olfato, a presen a de sangue no mar, em concentra o correspondente a, aproximadamente, 6,7.10 4mL/L, considerando-se o volume da gota igual a 5,0.10 2mL. (04) A dispers o de gotas de sangue em gua constitui uma solu o. (08) Os sinais el tricos emitidos pelos seres vivos s o ondas que se propagam com velocidade constante nas guas de diferentes temperaturas. (16) A implanta o de chips favorece a sobreviv ncia dos tubar es, por compensar as defici ncias naturais desses animais na percep o do meio. (32) Os sinais emitidos do computador que controla o c rebro do tubar o constituem oscila es formadas pelos campos el trico e magn tico, ambos vari veis, que se propagam em fases e s o perpendiculares entre si. RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 32 REFER NCIAS ESCAVA ES arqueol gicas... Dispon vel em: <http://odontologika.uol.com.br/ arqueologicas.htm>. Acesso em: 26 jun. 2006. Adaptado. FONSECA, M. R. M. da. Interatividade qu mica: cidadania, participa o e transforma o. S o Paulo: FTD, 2003. (Cole o Delta). HUMANIDADE pode ser... Folha de S. Paulo, S o Paulo, 4 ago. 2006. Ci ncia. p. A 16. LUZ, A. M. R. da; LVARES, B. A. F sica. S o Paulo: Scipione, 2003. MANTOVANI, F. Nova fase do projeto TACO. Folha de S. Paulo, S o Paulo, 13 jul. 2006. Cotidiano. Adaptado. MERGULHO no fundo do mar. Isto , S o Paulo: Tr s, n. 1910, 31 maio 2006. Suplemento Especial n. 6. Adaptado. OLIVEIRA, N. teis e quase simp ticos. Veja Tecnologia, S o Paulo: Abril, ano 38, ed. especial, n. 46, jul. 2005. RIBEIRO, J. U. O santo que n o acreditava em Deus. In: Os cem melhores contos do Brasil. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. RODRIGUES, G. Alian a contra a press o. Isto , S o Paulo: Tr s, n. 1910, 31 maio 2006. Adaptado. SANTOS, C. Camamu recebe mineradora. A Tarde, Salvador, 6 ago. 2006. Economia. p. 26. Fontes das ilustra es AUGUSTO, J. Flores. 1985. 1 original de arte sobre tela, 61x42 cm. In: Homenagem a Jenner Augusto: folheto ilustrativo da exposi o MC R Galeria de Arte: 24 mar. a 10 abr. 2004. (Quest o 11). CAMPBELL, N. A.; REECE, J. B.; MITCHELL, L. G. Biology. 5. ed. New York: Addison Wesley Longman. 1999. p. 883. (Quest o 19). KLINTOWITZ, J. Apocalipse j . Veja, S o Paulo: Abril, ed. 1961, ano 39, n. 24, 21 jun. 2006. p. 80. (Quest o 25). MACHADO, J. L. F. A redescoberta do aq fero Guarani. Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 4, n. 47, abr. 2006. p. 36. (Quest es 28 e 29). RODRIGUES, G. Alian a contra a press o. Isto , S o Paulo: Tr s, n. 1910, 31 maio 2006. (Quest o 20). SGARBI, L. O tubar o espi o. Isto , S o Paulo: Tr s, n. 1900, 22 mar. 2006. p. 92. (Quest o 30). YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; SANDIN, T. R. (Col.); FORD, A. L. (Col.). Sears e Zemansky: F sica III: eletromagnetismo. Tradu o e revis o t cnica Adir Moys s Luiz. 10. ed. S o Paulo: Addison Wesley, 2004. p. 84. (Quest o 26). *** UFBA / UFRB 2007 1a Fase C. Naturais 33 CONCURSO VESTIBULAR UFBA/UFRB 2007 GABARITO PROVA DE PORTUGU S E CI NCIAS NATURAIS 1 FASE QUEST O 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 PROPOSI ES VERDADEIRAS 02 + 04 + 64 01 + 04 + 08 + 32 02 + 04 + 08 + 32 01 + 02 + 04 + 08 + 64 01 + 16 + 32 01 + 02 + 08 + 32 01 + 02 + 04 + 08 + 64 01 + 02 + 04 + 08 01 + 04 + 16 + 32 02 + 32 + 64 02 + 04 + 16 02 + 04 + 08 + 16 01 + 08 + 16 + 32 01 + 02 + 04 01 + 08 02 + 16 02 + 04 + 32 02 + 16 + 32 04 + 16 01 + 02 + 08 + 32 04 + 16 + 32 02 + 08 + 16 01 + 02 + 08 + 16 01 + 04 + 08 + 16 + 32 02 + 16 02 + 04 + 32 04 + 08 + 16 + 32 01 + 04 02 + 04 01 + 02 + 32 * Anulada a Proposi o (64). O gabarito fica mantido 52 ** Anulada a proposi o (08). O gabarito passa a ser 19 Em 01 de Dezembro de 2006 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA GABARITO 70 45 46 79 49 43 79 15 53 98 22 30 57 07 09 18 38 50 20 43 52 * 26 27 19 ** 61 18 38 60 05 06 35

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