Popular ▼   ResFinder  

UFBA Vestibular de 2008 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

37 páginas, 30 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > UFBA (Universidade Federal da Bahia) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

INSTRU ES Estas provas dever o ser respondidas por todos os candidatos. Para a realiza o destas provas, voc recebeu este Caderno de Quest es e uma Folha de Respostas. N O AMASSE, N O DOBRE, N O SUJE, N O RASURE A FOLHA DE RESPOSTAS, pois ela ir diretamente para a leitura tica. 1. Caderno de Quest es Verifique se este Caderno de Quest es cont m as seguintes provas: PORTUGU S 10 quest es objetivas; CI NCIAS NATURAIS 20 quest es objetivas. Registre seu n mero de inscri o no espa o reservado para esse fim, na capa deste Caderno. Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala. Neste Caderno, voc encontra apenas um tipo de quest o: O bjetiva de proposi es m ltiplas q uest o contendo 5, 6 ou 7 proposi es, indicadas pelos n meros 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64. Para responder a esse tipo de quest o, voc deve identificar as proposi es verdadeiras e as falsas; somar os n meros correspondentes s proposi es verdadeiras; marcar, na Folha de Respostas, os dois algarismos que representam o n mero resultante da soma das proposi es verdadeiras. A n o-inclus o de uma proposi o na soma significa consider -la falsa. A identifica o de uma proposi o verdadeira como falsa ou de uma proposi o falsa como verdadeira ser considerada erro, descontando-se, ent o: 0,5 (meio ponto) para um nico erro, nas quest es com 5, 6 ou 7 proposi es; 0,75 (setenta e cinco cent simos do ponto) para dois erros, apenas nas quest es com 6 ou 7 proposi es; 1,0 (um ponto inteiro) para dois ou mais erros, nas quest es com 5 proposi es; para tr s ou mais erros, nas quest es com 6 ou 7 proposi es. 2. Folha de Respostas Essa Folha de Respostas pr -identificada, isto , destinada exclusivamente a um determinado candidato. Por isso, n o pode ser substitu da, a n o ser em situa o excepcional, com autoriza o expressa da Coordena o dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabe alho e assine-o com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espa o reservado para esse fim. Nessa Folha de Respostas, cada quest o est representada por um n mero, abaixo do qual se encontram colunas paralelas com algarismos de 0 a 9, que possibilitam a marca o de qualquer resposta num rica inteira de 00 a 99. Fa a a marca o, preenchendo os espa os correspondentes aos algarismos da resposta encontrada, com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, de ponta grossa, sem ultrapassar os limites dos espa os. Para registrar a resposta de cada quest o, marque, na coluna da direita, o algarismo correspondente unidade e, na coluna da esquerda, o correspondente dezena. Quando a resposta for um n mero menor que 10, marque zero na coluna da esquerda (Ex.: 03). Se a resposta for zero, marque zero nas duas colunas (Ex.: 00). A Folha de Respostas com marca es indevidas ou feitas a l pis n o ser processada. Marque o hor rio de t rmino da prova no espa o indicado. Exemplo da Marca o na Folha de Respostas Portugu s QUEST ES de 01 a 10 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES de 01 a 04 CHAME UM SOCI LOGO 5 10 15 20 25 30 De tempos em tempos precisamos repensar sobre esta quest o: quem o povo brasileiro, essa entidade enigm tica? Principalmente em um ano eleitoral importante como este, em que de um lado est o aqueles que v em os problemas do Brasil, n o somente de car ter pol tico, como um resultado da falta de capacidade cr tica do povo brasileiro e de outro, aqueles que acreditam que a popula o sempre a v tima do nosso atraso hist rico, do abandono, da falta de educa o e de informa o. A id ia de que o brasileiro sempre um sujeito diferente daquele que fala antiga no Brasil. O povo o outro e nunca n s mesmos. E esse povo, que o outro, sempre o ignorante, o inculto, o amarfanhado, o pobre, o analfabeto, o distante.Em 1907, a revista Fon Fon! trazia em um de seus exemplares uma caricatura chamada de Z Povo. Tal como vir amos a usar esta express o at hoje, o Z Povo (ou Z Povinho) era o sujeito mal vestido, magro e desengon ado. Contra ele estava o mundo da pol tica ou o dos gr -finos. A caricatura da Fon Fon! fazia uma cr tica mordaz, sugerindo que, enquanto os pol ticos e os elegantes (que acabavam sendo da mesma elite) se divertiam, o Z Povo pagava as contas, trabalhava nas reparti es p blicas e sofria com sua vidinha modorrenta. [...] O mesmo acontece anos mais tarde quando, em 1914, Monteiro Lobato chamou o homem pobre rural de Jeca Tatu. Segundo o escritor, Jeca era o prot tipo do povo brasileiro que, acocorado sobre os calcanhares, seria incapaz de se levantar para encarar o trabalho disciplinado e a moderniza o do Pa s. As duas coisas ficariam a cargo dos imigrantes europeus que estavam ocupando os melhores postos de trabalho e forjando o progresso. Nos anos 30, a discuss o volta ao cen rio, e a grande preocupa o com o car ter da na o brasileira. Artistas, escritores, soci logos buscam uma defini o, e as manifesta es culturais populares s o recolhidas para fazer parte da m sica, da dan a, da literatura. O povo brasileiro passa a ser ingrediente fundamental na constitui o da na o, e Get lio Vargas, inaugurando o chamado populismo, fala em nome do povo e se define como o pai dos pobres, isto , do povo, para o povo. Mas quem era ele? O ndio, o nordestino, o nortista, o negro, o pobre, o caboclo, o oper rio, o homem rural? UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 1 35 40 45 50 55 60 Ao governo populista n o interessava o trabalhador organizado, mas este povo em abstrato, sujeito crente e passivo, protegido e reprimido pelo Estado. A discuss o volta com for a nos anos 50 e, em plena era desenvolvimentista, quando o Brasil come a o processo de industrializa o e urbaniza o mais agressivo, o Jeca Tatu retomado pelo cinema e Mazzaropi faz muito sucesso. A cr tica, generosa, escrevia que Mazzaropi levava o verdadeiro povo brasileiro s telas. Mas, podemos perguntar outra vez: quem se identifica com o Jeca Tatu de Mazzaropi? Provavelmente ningu m deseja tal identidade para si. Portanto, o que podemos dizer, a partir destes poucos exemplos, que a identidade nacional ou a condi o de povo brasileiro sempre atribu da a um sujeito que n o somos n s. Deste modo, reaparece sempre a id ia de que de um lado existe uma elite esclarecida, propriet ria, bem nascida, educada e cosmopolita, cidad do mundo e capaz de votar bem, claro. E de outro, o povo, o Z Povo, o inculto, o pobre, o sem eira nem beira, o brasileiro. Quem seria ele? Ora o ndio, ora o caboclo, ora o mulato, ora o cangaceiro, ora o Jeca, ora o favelado, ora o analfabeto, ora os descamisados. Mas o fato que o povo sempre o outro (n o sou eu, aquele que fala), e este outro quase sempre pintado como algu m cuja ignor ncia o faz objeto de riso, de pena, de rejei o, eleitor sem consci ncia. Com este deslocamento da identidade nacional, acabamos sempre por delegar ao outro a obriga o de comportar-se como povo. No entanto, se este sujeito n o apreens vel, n o identific vel, ent o acabamos por construir uma identidade abstrata que n o pertence a ningu m. Da para crer que o povo vota errado mas eu n o um passo. Sem d vida, existe este grande desafio para a sociedade brasileira, o de enxergar-se como tal, e isto n o quer dizer homogeneidade, nem aus ncia de conflitos sociais e de classes. Mas quer dizer que pertencer condi o de povo brasileiro significa ter alguma responsabilidade pelo coletivo, sair da individualidade consumista que nos assola e come ar a pensar que n s que fazemos a Hist ria. Enquanto isso n o acontecer, continuaremos procurando pelo tal do povo brasileiro, este outro impalp vel. TOLENTINO, C lia. Chame um soci logo. Sociologia: Ci ncia & Vida, S o Paulo: Escala, ano 1, n.3, 2007. p. 70-71. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 2 Quest o 01 Fundamentam-se na opini o da autora as seguintes proposi es: (01) leg timo identificar o povo brasileiro com personagens que vivem uma rotina desinteressante e med ocre. (02) Z Povo e Jeca Tatu s o idealiza es sentimentais do mundo rural, pintados como personagens representativos de uma determinada poca, inconsistentes no presente. (04) Faz parte da cultura brasileira a no o de povo como um segmento social marcado por comportamentos estigmatizados pelos grupos dominantes. (08) O personagem criado por Monteiro Lobato apresentado por ele como o paradigma do povo brasileiro. (16) A id ia de que o povo brasileiro, numa vis o hegem nica, se confunde com o caipira, despreparado para a rotina do trabalho organizado questionada. (32) A sociedade brasileira configurada por um universo social dualista que n o se identifica com a totalidade da popula o brasileira e exime-se de responsabilidade social. Quest o 02 Constituem afirma es verdadeiras sobre o texto: (01) O emprego da primeira pessoa do plural convoca o leitor a refletir sobre a quest o formulada pela autora no in cio do artigo. (02) As refer ncias temporais, no texto, a partir do segundo par grafo, atendem a uma ordem cronol gica linear. (04) A v rgula que aparece ap s a express o de outro, (l. 5) facultativa. (08) O vocabul rio utilizado e o emprego de verbos na primeira pessoa do plural s o evid ncias ling sticas que, no contexto, apresentam um car ter de neutralidade do autor em face do exposto. (16) O uso de aspas na express o este povo (l. 32-33) justifica-se, porque o enunciador alude a uma refer ncia anterior dentro de sua fala. (32) O enunciador, no fragmento (n o sou eu, aquele que fala) (l. 47), interrompe o fio do discurso e comenta o comportamento de um grupo social que pensa diferente dele. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 3 Quest o 03 A an lise do texto autoriza afirmar: (01) A express o entidade enigm tica (l. 2) acentua a natureza difusa da no o de povo. (02) Os termos do nosso atraso hist rico, do abandono, da falta de educa o e de informa o. (l. 6-7) modificam o substantivo v tima (l. 6). (04) A afirma o O povo o outro e nunca n s mesmos. (l. 9) introduz um novo ponto de vista a ser discutido pela autora. (08) A qualifica o generosa (l. 36), aplicada ao que a cr tica falou sobre o filme Jeca Tatu, conota ironia. (16) A express o adverbial quase sempre , na afirma o e este outro quase sempre pintado como algu m cuja ignor ncia o faz objeto de riso, de pena, de rejei o, eleitor sem consci ncia. (l. 47- 49), determina limita o ao voc bulo pintado . (32) O pronome tal , presente no fragmento o de enxergar-se como tal (l. 54-55), aplica-se express o sociedade brasileira (l. 54). (64) O pronome isto (l. 55) aponta para a nega o enunciada logo em seguida. Quest o 04 Relacionam-se adequadamente com o texto as proposi es (01) Os termos esta e essa , no primeiro per odo do primeiro par grafo, constituem mecanismos de coes o textual que mant m uma continuidade sem ntica. (02) As express es essa entidade enigm tica (l. 2), uma identidade abstrata (l. 52) e este outro impalp vel (l. 60) s o varia es de uma mesma id ia. (04) A frase A caricatura da Fon Fon! fazia uma cr tica mordaz, sugerindo que, enquanto os pol ticos e os elegantes (que acabavam sendo da mesma elite) se divertiam, o Z Povo pagava as contas, trabalhava nas reparti es p blicas e sofria com sua vidinha modorrenta. (l. 14-17) apresenta formas verbais que expressam a es simult neas e cont nuas no passado. (08) A frase As duas coisas ficariam a cargo dos imigrantes europeus que estavam ocupando os melhores postos de trabalho e forjando o progresso. (l. 21-23) constitui um exemplo de discurso direto em que Monteiro Lobato o co-enunciador. (16) O termo ele , em Quem seria ele? (l. 44-45), remete, ao mesmo tempo, a um antecedente determinado e a uma hipot tica pluralidade de indiv duos. (32) O termo eu , na frase Da para crer que o povo vota errado mas eu n o um passo. (l. 53-54), constitui uma marca da presen a do enunciador do discurso. (64) O demonstrativo isso (l. 59) refere-se a este outro impalp vel (l. 60). UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 4 Quest o 05 WATERSON. Calvin and em: 20 jun. 2006. Adaptado. Hobbes. Dispon vel em: <http://depositodocalvin.blogspot.com// Acesso Com base na leitura dos quadrinhos, que apresentam o di logo entre as personagens Calvin, o garoto, e Haroldo, o tigre, correto afirmar: (01) (02) (04) (08) (16) Os interlocutores estabelecem, no texto, uma intera o conflituosa. Haroldo demonstra predisposi o para aceitar, sem discuss o, as explica es de Calvin. Os argumentos de Calvin exp em um ponto de vista inflex vel sobre o jogo . A argumenta o de Calvin acolhida por Haroldo no decorrer do jogo . A ltima fala do tigre induz o leitor a uma suposi o de que o seu interlocutor n o age com lisura em seus neg cios. (32) O humor da hist ria provocado pela ambig idade das palavras na conversa o. (64) A an lise dos quadrinhos permite concluir que a vis o de uma dada realidade pode variar, quando as pessoas, a partir de seus interesses, falam de posi es distintas. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 5 Quest o 06 5 10 15 20 25 Um sol ardente de mar o esbate-se nas venezianas que vestem as sacadas de uma sala, nas Laranjeiras. A luz coada pelas verdes empanadas debuxa com a suavidade do nimbo o gracioso busto de Aur lia sobre o aveludado escarlate do papel que forra o gabinete. Reclinada na conversadeira com os olhos a vagar pelo crep sculo do aposento, a mo a parece imersa em intensa cogita o. O recolho apaga-lhe no semblante, como no porte, a reverbera o mordaz que de ordin rio ela desfere de si, como a chama sulf rea de um rel mpago. Mas a serenidade que se derrama por toda a sua pessoa, se de alguma sorte desmaia a cintila o de sua beleza, a embebe de um fluido inef vel de meiguice e carinho, que a torna irresist vel. [...] Sombreia o formoso semblante uma tinta de melancolia que n o lhe habitual desde certo tempo, e que n o obstante se diria o matiz mais pr prio das fei es delicadas. [...] Aur lia concentra-se de todo dentro de si; ningu m ao ver essa gentil menina, na apar ncia t o calma e tranq ila, acreditaria que nesse momento ela agita e resolve o problema de sua exist ncia; e prepara-se para sacrificar irremediavelmente todo o seu futuro. Algu m que entrava no gabinete veio arrancar a formosa pensativa sua longa medita o. Era D. Firmina Mascarenhas, a senhora que exercia junto de Aur lia o of cio de guarda-mo a. A vi va aproximou-se da conversadeira para estalar um beijo na face da menina, que s nessa ocasi o acordou da profunda distra o em que estava absorta. Aur lia correu a vista surpresa pelo aposento; e interrogou uma miniatura de rel gio presa cintura por uma cadeia de ouro fosco. [...] Est fatigada de ontem? perguntou a vi va com a express o de afetada ternura que exigia o seu cargo. Nem por isso; mas sinto-me l nguida; h de ser o calor, respondeu a mo a para dar uma raz o qualquer de sua atitude pensativa. ALENCAR, Jos de. Senhora. In: Jos de Alencar: fic o completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. v. 1, p. 665-666. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). O fragmento, contextualizado na obra, permite afirmar: (01) A descri o do cen rio e da protagonista se constr i atrav s da escolha de um vocabul rio que explora os elementos visuais. (02) A express o como a chama sulf rea (l. 7-8) qualifica o voc bulo mo a (l. 6). (04) O quarto par grafo apresenta Aur lia como uma jovem que d cil e delicada no trato com as pessoas, nos sal es do Rio de Janeiro. (08) O uso do adv rbio s (l. 23), no fragmento, enfatiza um valor sem ntico de tempo. (16) A frase Aur lia correu a vista surpresa pelo aposento (l. 24) acentua o desagrado de Aur lia diante da presen a ins lita de D. Firmina em seus aposentos particulares. (32) O fragmento para dar uma raz o qualquer de sua atitude pensativa (l. 29) sugere que Aur lia n o pretendia partilhar seus sentimentos com D. Firmina. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 6 Quest o 07 Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho p s-se a chorar, sentou-se no ch o. Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai. N o obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto n o acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo. A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O v o negro dos urubus fazia c rculos altos em redor de bichos moribundos. Anda, excomungado. O pirralho n o se mexeu, e Fabiano desejou mat -lo. Tinha o cora o grosso, queria responsabilizar algu m pela sua desgra a. A seca aparecia-lhe como um fato necess rio e a obstina o da crian a irritava-o. Certamente esse obst culo mi do n o era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, n o sabia onde. Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os p s. Pelo esp rito atribulado do sertanejo passou a id ia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, co ou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vit ria estirou o bei o indicando vagamente uma dire o e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cintur o, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao est mago, frio como um defunto. A a c lera desapareceu e Fabiano teve pena. Imposs vel abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a sinha Vit ria, p s o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe ca am sobre o peito, moles, finos como cambitos. Sinha Vit ria aprovou esse arranjo, lan ou de novo a interjei o gutural, designou os juazeiros invis veis. E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num sil ncio grande. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 99. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 9-11. Considerando-se o contexto da obra, pode-se afirmar que o fragmento destacado evidencia (01) a diferen a entre dois personagens aparentemente semelhantes Fabiano e sinha Vit ria; aquele, desprovido de sentimentos humanos; esta, racional e sonhadora. (02) o estado emocional do personagem Fabiano, como reflexo da a o do espa o geogr fico in spito atravessado por ele e sua fam lia. (04) a comunica o gestual entre Fabiano e sinha Vit ria, num clima de tens o, revelando o desn vel social e cultural entre eles, reflexo de suas origens. (08) a altera o do estado psicol gico de Fabiano em rela o ao filho, fato indicado pelas a es verbais. (16) as dist ncias f sicas, naturais, socioculturais e pol ticas que separam Fabiano de seu espa o geogr fico. (32) a obstina o de Fabiano para atingir o seu objetivo na viagem, apesar do obst culo imprevis vel e intranspon vel representado por sua fam lia. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 7 Quest o 08 5 10 15 20 25 30 Algu m que n o soubesse, algu m de fora, podia pensar que eram os mesmos. Mas n o eram. E n o por causa da luz desmaiada das lumeeiras criando sombras incertas nos rostos e nas moitas, n o por causa da noite carregada de visagens que os cercava, n o por causa das roupas. Pelo contr rio, as roupas que eram as mesmas que tinham envergado na festa de Santo Ant nio, para mostrar bailes dos pretos s visitas e a todo o povo que acorria das vizinhan as. De outros lugares tamb m vieram, a fim de tomar parte nas dan as e combates fingidos, pretos de nomeada em todo o Rec ncavo e em muitas outras partes da Bahia por onde passaram ou se ouviu not cia deles [...] Mas o c nego n o quis assistir a nada daquilo, porque o estridor dos atabaques, dos agog s e dos ganz s lhe dava dor de cabe a, e perguntou como podiam suportar tamanha zoeira, atordoante fun o avernal, ap s os p ncaros a que os tinha transportado a serafina da capela. [...] Perilo Ambr sio, a quem aquilo tudo tamb m incomodava, alegrou-se em ver que podiam voltar fresca das varandas, longe da zoadeira e do cheiro dos pretos, longe do mal-estar que lhe davam aqueles sons, aquelas cores, aqueles movimentos. Muita gente, contudo, decidiu ficar, entre palanganas de canjica e mungunz , tabuleiros de lel , pamonha, aca , milho cozido e docinhos de leite e ovos, sequilhos de goma, beijus e mingau de carim , de milho e de tapioca, alguidares de amendoim cozido, p -de-moleque, alfele, mel de engenho, bolo de fub , bolo chico-felipe e bolinho de milho solado da casca grossa e tantas outras coisas que a baronesa mandava fazer para que o povo comesse no dia de sua festa. E, porque sentia um intenso prazer secreto, em apreciar aquela multid o, homens, mulheres, meninos, velhos, mesti os, negros, funcion rios, oper rios, toda aquela gente, cuja baronesa era ela, se refocilando nos caldeir es de mingau e nos morros de cuscuz, emborrachando-se de tanto comer, carregando comida nas bochechas, m os, chap us e algibeiras tanto prazer que s vezes ria desatadamente, quase sem poder mais parar , porque tinha antecipado esse prazer, relutou em acompanhar o marido. Mas n o podia deixar de segui-lo e assim nem chegou a ver quando os negros principiaram a fazer roda no outro extremo do terreiro, meio escondidos pelo povo que os cercava e pelos jegues amarrados nos mour es do telheiro de palha onde se juntaram e de onde s vezes sa a um grito ou risada de som desencarnado, meio embu ados pela pr pria luz do sol, que cegava quem procurasse enxerg -los de longe. RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 145-146. O fragmento transcrito e a leitura do romance ap iam as afirma es (01) O trecho De outros lugares tamb m vieram, a fim de tomar parte nas dan as e combates fingidos, pretos de nomeada em todo o Rec ncavo e em muitas outras partes da Bahia por onde passaram ou se ouviu not cia deles. (l. 6-9) revela a import ncia da festa para a popula o negra da Bahia. (02) O trecho Mas o c nego n o quis assistir a nada daquilo, porque o estridor dos atabaques, dos agog s e dos ganz s lhe dava dor de cabe a, e perguntou como podiam suportar tamanha zoeira, atordoante fun o avernal, ap s os p ncaros a que os tinha transportado a serafina da capela. (l. 9-12) p e a nu um distanciamento entre a igreja e a cultura negra. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 8 (04) Perilo Ambr sio representa o colonizador de h bitos europeus, que, no entanto, admira a alegria dos pretos com os quais convive. (08) O narrador, ao dizer que Perilo Ambr sio se alegrou, demonstra onisci ncia dos pensamentos, a es e sentimentos da personagem. (16) Em Muita gente, contudo, decidiu ficar (l. 15-16) a narrativa estabelece uma aproxima o das camadas populares com os pretos da festa. (32) O confronto entre os trechos E, porque sentia um intenso prazer secreto, em apreciar aquela multid o (l. 21-22) e Mas n o podia deixar de segui-lo e assim nem chegou a ver quando os negros principiaram a fazer roda (l. 27-28) evidencia a submiss o da mulher na sociedade patriarcal do Brasil na poca. (64) A narrativa demonstra a integra o da baronesa com os segmentos populares da sociedade da poca. Quest o 09 Os seus artigos foram objecto de acaloradas discuss es entre europeus e africanistas e a fama de que beneficiou ent o aliciou-o a ir mais al m, publicando um op sculo, onde reuniu os n meros referentes aos ltimos dez anos de com rcio de importa o das col nias de frica, para sustentar a sua conclus o de que esse 5 com rcio era incipiente para a Europa, insuficiente para as necessidades do pa s e, logo, um profundo e instalado desperd cio das possibilidades oferecidas por uma explora o racional e inteligente das riquezas ultramarinas. N o basta apregoar ao mundo que se tem um imp rio conclu a ele tamb m necess rio explicar por que se merece t -lo e conserv -lo. O debate que se seguiu foi violento e intenso e, 10 do outro lado da trincheira, o africanista Quintela Ribeiro, dono de extensas fazendas em Mo medes, resolveu ripostar no Clarim, perguntando que conhecimentos tem de frica o licenciado Valen a? , e virando a frase contra o seu criador, conclu a: N o basta apregoar ao mundo, como este Valen a, que se tem uma cabe a. tamb m necess rio explicar por que se merece t -la e conserv -la. 15 A frase de Quintela Ribeiro e a pr pria discuss o p blica suscitada pelas interven es de Lu s Bernardo tornaram-se uma esp cie de cart o de visita do destinat rio, porque a verdade que muita Lisboa comentava ser tamb m um desperd cio que um homem com a sua idade e os seus talentos de intelig ncia e informa o gastasse o melhor da sua vida a olhar o Tejo por uma janela e a cirandar 20 pela cidade em busca de conquistas amorosas. TAVARES, Miguel Sousa. Equador. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. p. 14-15. O narrador apresenta alguns aspectos objeto da trama do romance que est o devidamente esclarecidos nas proposi es (01) Os africanistas , na narrativa, s o os partid rios de um discurso que legitima uma autoridade africana sobre o colonizador europeu. (02) Os europeus pregavam uma nova consci ncia no processo de coloniza o da frica com a finalidade de cristianiz -la. UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 9 (04) As id ias de Lu s Bernardo, em seus artigos referidos no fragmento, contemplam um projeto de reforma do sistema trabalhista nas col nias. (08) O pol mico duelo de palavras entre Lu s Bernardo e Quintela Ribeiro suspenso pelo rei D. Carlos, convidando e convencendo Lu s a servi-lo na frica. (16) Lu s Bernardo mostrado como um portugu s idealista, com propostas de mudan as da mentalidade colonialista. (32) A tese de Lu s Bernardo referida no texto transcrito vai ser refutada por setores da popula o lusitana por causa da sua instabilidade emocional e amorosa. (64) O narrador, nesse fragmento, revela-se cr tico em rela o ao sucesso na explora o das col nias portuguesas ultramarinas. Quest o 10 PASSADO HIST RICO Do a oite da mulata er tica da negra boa de eito e de cama (nenhum registro) F TIMA, S nia. In: QUILOMBHOJE (Org.). Cadernos negros: os melhores poemas. S o Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 118. Com base no poema, verdadeiro o que se afirma nas seguintes proposi es: (01) O discurso l rico se prop e fazer um tributo mulher negra, ressaltando, sobretudo, a sua espiritualidade. (02) O poema registra o passado da mulher negra, considerando-o distorcido e, mesmo assim, sugere reviv -lo. (04) A condi o feminina da mulher negra na atualidade questionada, negando-lhe o seu car ter de sensualidade. (08) O sujeito po tico pode ser considerado uma contra-voz a favor da mulher negra e contra as inst ncias hist ricas do poder. (16) A ing nua conduta sexual da mulher negra focalizada pelo eu-l rico como perigosa e maculadora da fam lia no passado colonial. (32) O lugar sociocultural da mulher negra, omitido pela hist ria oficial, resgatado pela voz po tica. *** UFBA / UFRB 2008 1a Fase Portugu s 10 C onstante de Avogadro = 6,02 x 1023 (valor aproximado) Kw = 1,0 x 10 -14 (a 25 C) Ci ncias Naturais UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 11 Ci ncias Naturais QUEST ES de 11 a 30 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES 11 e 12 No cen rio da evolu o molecular em que surgiu o sistema vivo, o DNA aparece como a mol cula que se estabeleceu com a fun o da hereditariedade em substitui o ao RNA, que, provavelmente, exercia tal fun o originalmente. Segundo o modelo consagrado por Watson e Crick, o DNA se organiza obedecendo a princ pios f sicos e qu micos, compat veis com as fun es biol gicas de informa o, heran a e varia o. A taxa de erro durante a replica o do DNA por exemplo, a incorpora o de um nucleot deo incorreto na seq ncia que est sendo constru da a partir do molde da ordem de 1 em 104 e mantida ainda mais baixa (1 em 108 a 109) pela a o de mecanismos enzim ticos de revis o e repara o. A incorpora o de uma base incorreta constitui uma muta o e pode introduzir uma mudan a em alguma caracter stica do organismo. (PENTEADO, 1998, p. 31). UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 12 Quest o 11 Com base nos conhecimentos das Ci ncias Naturais e na an lise da figura e das informa es, pode-se afirmar: (01) Elementos qu micos existentes na atmosfera primitiva da Terra est o presentes na estrutura qu mica do DNA. (02) A hip tese do RNA como primeira mol cula informacional apoiada, entre outros aspectos, no maior potencial de mudan as em suas seq ncias informativas. (04) O estabelecimento do mundo de DNA nos prim rdios da vida deve ser associado a um contexto ambiental j limitado por um incipiente envolt rio de natureza lip dica. (08) A universalidade do DNA no mundo celular ind cio de uma experi ncia evolutiva em que se consolidou uma mol cula heredit ria com a o catal tica. (16) O tipo de compartilhamento de pares eletr nicos entre os tomos que formam liga es pept dicas o mesmo existente nas liga es entre as mol culas de cido fosf rico, pentoses e bases nitrogenadas. (32) O erro percentual na replica o do DNA, na aus ncia de mecanismos enzim ticos de revis o e repara o, de 0,1%. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 13 Quest o 12 Em rela o a aspectos estruturais e funcionais da mol cula do DNA, correto afirmar: (01) A estrutura em h lice dupla do DNA foi revelada pela difra o de raios X, com comprimento de 10 onda de, aproximadamente, 10 m. (02) As liga es entre as mol culas das bases c clicas nitrogenadas constituem um tipo especial de liga o dipolo induzido. (04) O car ter b sico da timina e da adenina est relacionado com a presen a de grupos OH na estrutura desses compostos. (08) As in meras possibilidades de seq ncias de nucleot deos ao longo da cadeia polinucleot dica constituem a base molecular da diversidade da vida. (16) A ruptura das liga es de hidrog nio entre as mol culas de timina e adenina requer energia maior do que a necess ria para romper as liga es hidrog nio-nitrog nio na mol cula da timina. (32) O fato de o DNA, em princ pio, orientar a constitui o prot ica da c lula foi crucial na preserva o de uma ordem celular espec fica. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 14 Quest o 13 Estudos que v m investigando a origem prim ria da mudan a gen tica associada ao c ncer ainda n o est o conclusivos. Uma linha de pesquisa vem associando a origem do c ncer a altera es cromoss micas. Enquanto as c lulas humanas normais s o dipl ides, os cari tipos das c lulas de tumores s lidos ganharam ou perderam cromossomos inteiros ou segmentos deles. Isso poderia fazer a c lula produzir dosagens extremamente anormais de suas prote nas. Tem sido demonstrado que v rios materiais como amianto, alcatr o, hidrocarbonetos arom ticos, chumbo, n quel, certos corantes, dioxina e formas de radia o s o carcinog nicos, atuando como fonte de c nceres ocupacionais ou acidentais em humanos. A natureza extremamente conservadora quanto aos cromossomos e complementos cromoss micos espec ficos ou cari tipos, que determinam cada esp cie e s o bem definidos e est veis para a esp cie em quest o. A reprodu o sexual tamb m imp e a conserva o de um cari tipo espec fico. [...] Por outro lado, os genes individuais podem ser bem vari veis dentro de uma esp cie. (DUESBERG, 2007, p. 62). Com base nessas informa es e nos conhecimentos das Ci ncias Naturais, s o considera es pertinentes: (01) A dosagem anormal de prote na repercute no metabolismo, comprometendo as fun es celulares. (02) O desequil brio g nico da c lula pode comprometer a estrutura o do fuso mit tico, o que leva a divis es celulares imperfeitas. (04) A ocorr ncia de altera es cromoss micas anula a regra de invariabilidade do cari tipo de uma esp cie, estabelecida na fecunda o. (08) O n quel e o chumbo pertencem a uma mesma fam lia da Tabela Peri dica e, assim, possuem as mesmas propriedades qu micas. (16) A dioxina, representada pela f rmula estrutural arom ticos e o grupo funcional dos teres. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 15 , apresenta n cleos QUEST ES 14 e 15 CA A AOS PLANETAS A descoberta recente de um planeta semelhante Terra fora do sistema solar, o GL581c, o maior passo dado at hoje pela humanidade na busca de vida extraterrestre. Os cientistas acham que h gua em forma l quida na superf cie do GL581c, onde as temperaturas variam entre 0 C e 40 C. Tais condi es s o ideais para a exist ncia da vida. [...] O astro que ilumina e aquece o planeta rec m-descoberto cuja massa cinco vezes maior do que a da Terra uma estrela an vermelha, a Gliese 581, que tem um ter o da massa do Sol e emite 50 vezes menos energia. (CORR A, 2007, p. 80-84). Quest o 14 As informa es sobre essa recente descoberta sugerem rela es entre a realidade terrestre e as condi es identificadas em GL581c. Com base nessas rela es, pode-se inferir: (01) A luz emitida por uma estrela vista por um observador na Terra com freq ncia maior, se ocorrer aproxima o, e com freq ncia menor, se ocorrer afastamento entre ambos. (02) A intensidade da acelera o centr peta do planeta GL581c diretamente proporcional ao quadrado do seu per odo de rota o em torno da estrela Gliese 581. (04) A raz o entre o cubo do raio m dio da rbita do GL581c e o quadrado de seu per odo de rota o independem da massa da estrela Gliese 581. (08) O metano, PF = 182,5 PE = 161,6 l quido na temperatura m nima prevista para a C, C, superf cie do planeta rec m-descoberto, press o de 1,0atm. (16) O volume ocupado por um mol de O2, a 25 inferior ao ocupado pela mesma quantidade de C, mat ria desse g s temperatura m xima estimada para a superf cie do GL581c, press o de 1,0atm. (32) O afastamento do equil brio qu mico da atmosfera em GL581c seria uma evid ncia de vida, vez que os componentes da atmosfera terrestre se renovam a partir de processos biol gicos. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 16 Quest o 15 A luz refletida na superf cie do GL581c viaja no espa o interestelar com velocidade de 300 000km/s e demora, aproximadamente, duas d cadas para atingir a Terra. As condi es nesse Novo Planeta s o tais que uma pessoa com 70kg que estivesse na sua superf cie, se sentiria pesando 110kgf. A energia fornecida pela estrela Gliese 581 e a estrutura do Novo Planeta em especial a possibilidade de ele abrigar reservat rios de gua l quida s o compat veis a condi es que favoreceram o surgimento da vida na Terra. Informa es sobre o planeta rec m-descoberto e uma poss vel evolu o da vida nesse contexto ambiental permitem afirmar: (01) A dist ncia da superf cie da Terra superf cie do planeta GL581c da ordem de 1014km. (02) O m dulo do campo gravitacional na superf cie do GL581c , aproximadamente, 1,6 vezes maior do que na superf cie da Terra. (04) A transforma o H2O( ) H2O(g), Ho = 43,9kJ/mol, evidencia que a liquefa o da gua um processo exot rmico com Ho = 43,9kJ/mol. (08) A presen a de vapor d gua na atmosfera do GL581c suficiente para garantir a absor o total do calor proveniente da estrela Gliese 581. (16) A explora o da superf cie planet ria do GL581c em um processo de evolu o da vida, sob par metros terrestres, envolveria estrat gias de locomo o que respondessem a uma gravidade maior que a da Terra. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 17 Quest o 16 O TRAJETO DO PETR LEO NA PLATAFORMA Quando o petr leo extra do do fundo do mar chega ao navio ou plataforma semi-submers vel, passa por um oleoduto flex vel. O l quido que consiste inicialmente em uma mistura de leo, g s e gua, levado a um vaso separador trif sico, que, como diz o pr prio nome, separa os diferentes produtos. O leo retirado das outras mat rias-primas press o de 9,0kgf/cm2 e temperatura de 90 C. Quando sai do separador, bombeado at os tratadores, que retiram sais e res duos de gua. O leo passa ent o a outro vaso, que trabalha press o atmosf rica. A press o reduzida, nesta fase, de 9,0kgf/cm2 para apenas 0,5kgf/cm2. Nas plataformas, o leo bombeado em seguida para os tanques de carga. [...] M quinas seq estram o oxig nio da gua, para que bact rias aer bicas n o proliferem nos reservat rios, e depois injetam produtos qu micos para matar as bact rias anaer bicas. [...] (PLATAFORMA... [2007], p. 39). Considerando-se as informa es do texto e os conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) A destila o fracionada o m todo utilizado na separa o dos componentes do l quido que chega plataforma de petr leo. (02) Os materiais separados no vaso trif sico apresentam temperaturas de ebuli o constantes. (04) O leo submetido a uma descompress o de 8,5.105Pa, antes de ser conduzido ao vaso que trabalha press o atmosf rica. (08) Os campos de petr leo que se encontram a 500,0m de profundidade admitindo-se a densidade da gua e a acelera o da gravidade iguais, respectivamente, a 1g/cm3 e 10m/s2 est o sob uma press o cinco mil vezes maior do que a press o na superf cie do mar. (16) O seq estro do oxig nio compromete a etapa final da respira o em bact rias aer bicas, inviabilizando sua multiplica o. (32) A concentra o salina da gua do mar deve ser compat vel com estrat gias de manuten o do equil brio osm tico das bact rias. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 18 QUEST ES 17 e 18 Quantidades bem diferentes de combust vel f ssil (g s natural, petr leo e carv o) s o queimadas para produzir gasolina e etanol, considerando todos os passos da extra o ou cultivo entrega final. Os n meros s o m dias obtidas a partir de seis estudos realizados por pesquisadores do California Institute of Technology. (WALD, 2007, p. 48). No momento em que a quest o da energia aparece no cen rio mundial como fundamental para a pr pria sobreviv ncia humana, a alternativa de fontes de energia renov veis desponta como solu o promissora. Nessa perspectiva, a obten o de etanol a partir de biomassa vem motivando an lises em que se incluem, como par metros de avalia o, o custo energ tico na produ o, a emiss o de poluentes e a disponibilidade de biomassa. Quest o 17 A an lise da ilustra o que compara o custo energ tico relacionado obten o de energia a partir de tr s fontes distintas, permite afirmar: (01) O custo energ tico mais alto para a produ o do etanol a partir do milho em rela o quele obtido da celulose pode ser explicado pelo maior rendimento em ATP, na glic lise, a partir da celulose. (02) As diferentes propriedades f sicas e qu micas do amido e da celulose emergem da organiza o molecular espec fica desses pol meros de glicose. (04) A aplica o da lei da conserva o da energia s equa es qu micas, n o balanceadas, C 2 H 6 O( ) + O 2 (g) C O 2 (g) + H 2 O( ) + 1 ,4 . 10 3 kJ/mol e C8H18( ) + O2(g) CO2(g) + H2O( ) + 5,7.103kJ/mol revela que a energia liberada na queima de um mol de gasolina, representada por C8H18, aproximadamente igual da combust o de 184,0g de etanol. (08) A celulose reage com cidos carbox licos em presen a de catalisador, dentre outras condi es produzindo steres. (16) A produ o de um megajoule de etanol de milho consome 330kJ de energia derivada de combust veis f sseis. (32) A obten o de 21 bilh es de joules proveniente da combust o de etanol de milho, produzido utilizando-se somente carv o mineral cujo calor de combust o 1,6.107J/kg demandaria a queima de, aproximadamente, uma tonelada desse carv o. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 19 Quest o 18 A partir da an lise de aspectos biol gicos e industriais associados obten o de energia nas tr s situa es exemplificadas na figura, pode-se afirmar: (01) O etanol pode ser produzido a partir da hidr lise da glicose ou da frutose. (02) A obten o de etanol a partir dos refugos do milho beneficia o ambiente, porque inclui o aproveitamento mais eficiente da produtividade prim ria do cultivo. (04) O potencial energ tico do milho est associado ao direcionamento de sua reserva de energia na estrat gia reprodutiva da esp cie. (08) A produ o do etanol a partir da fermenta o dos a cares do milho inclui processo f sico de separa o, que constitui base para a obten o da gasolina a partir do petr leo. (16) Um litro da mistura E 85 85% de etanol e 15% de gasolina comum, utilizada para abastecer carros com motor flex tem massa de 788g, considerando-se as densidades do etanol e da gasolina comum, temperatura ambiente, iguais a 800g/dm3 e 720g/dm3, respectivamente. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 20 Quest o 19 ELES VIRAM A LUZ Durante 0,13 segundo, pesquisadores conseguiram pela primeira vez observar f tons, a part cula fundamental da luz, sem destru -los. [...] um grupo de cientistas, liderado pelo f sico franc s Serge Haroche, afirmou ter observado, pela primeira vez na Hist ria, o f ton, sem destru -lo. [...] Como a luz viaja a 3,0.105km/s, o primeiro desafio dos pesquisadores era aprisionar o f ton em um recipiente com dimens es razo veis. A solu o encontrada foi a utiliza o de uma esp cie de caixa com espelhos de material supercondutor ultra-reflexivos, de 2,7cm de largura, resfriada a 0,5 grau do zero absoluto. [...] [...] Os detectores convencionais de luz funcionam, porque absorvem os f tons, destruindo-os. Para contornar essa dificuldade, os pesquisadores desenvolveram uma forma de inferir a presen a do f ton por meio de tomos do metal rub dio. Os f sicos parisienses fizeram tomos de rub dio passar pela caixa de espelhos, um de cada vez. Se algum f ton estivesse presente na caixa, ele alterava ligeiramente os n veis de energia do tomo, sem desaparecer , diz Haroche. Assim, comparando os n veis de energia dos tomos de rub dio que passam pela caixa, os pesquisadores conseguiram determinar por quanto tempo houve um f ton ali dentro. (ELES viram..., 2007, p. 83). A partir das informa es do texto e considerando-se os conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) As postula es de B hr acerca do tomo t m rela o com o experimento realizado pelos f sicos parisienses. (02) O cloroplasto, no sistema celular eucari tico, pode ser considerado como um detector de luz, absorvendo f tons. (04) A caixa com espelhos ultra-reflexivos utilizada para aprisionar o f ton foi resfriada a 273 C. (08) Os espelhos planos da caixa conjugam uma quantidade inumer vel de imagens de uma fonte de luz puntiforme localizada no centro da caixa. (16) Os el trons do tomo de rub dio, ao absorverem f tons, em quantidade suficiente, passam de uma rbita mais interna para outra mais externa. (32) Os tomos de rub dio apresentam reatividade qu mica pr xima dos gases nobres e por isso foram escolhidos para o experimento. (64) O n mero de tomos presentes em 1,0g de rub dio igual a 6,02.1023. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 21 Quest o 20 A partir da an lise das figuras que ilustram o espectro da radia o solar e intera es da luz com o sistema biol gico e com base nos conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) A efici ncia dos pigmentos clorofilianos e acess rios na absor o de luz deve ter sido fundamental para a evolu o das estruturas fotossintetizantes, repercutindo na constru o da biosfera. (02) A absor o do f ton incidente pela clorofila o pren ncio da convers o de energia luminosa em energia qu mica. (04) A radia o eletromagn tica com freq ncia de 5,0.1014Hz que se propaga no ar, cujo ndice de refra o igual a 1, pode ser percebida atrav s de seus efeitos sobre a retina, o que resulta na sensa o de vis o. (08) A intensidade dos raios X que incidem em uma chapa fotogr fica diretamente proporcional rea da chapa. (16) Os el trons dos tomos dos elementos qu micos, quando excitados, liberam energia que neutraliza a carga nuclear. (32) O n mero de raias espectrais produzidas por um elemento qu mico tem rela o com a quantidade de el trons presentes nas rbitas de seus tomos. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 22 Quest o 21 Considerando-se as informa es apresentadas e os conhecimentos das Ci ncias Naturais a elas relacionados, correto afirmar: (01) O cido C17H31COOH, presente no leo de soja, um composto de cadeia insaturada. (02) O g s natural e o biodiesel poderiam ser alternativas complementares em que a fonte n o poluidora, o biodiesel, inativaria a a o poluidora da outra, o g s natural, tornando-o menos nocivo ao homem. (04) O g s natural mais poluente do que o etanol, porque sua combust o completa produz mon xido de carbono e fuligem. (08) A placa solar fotovoltaica de 40,0m2, ao ser submetida a uma intensidade luminosa de 400,0W/m2, que gera tens o de 120,0V e corrente el trica de 3,0A, tem efici ncia m xima de 30%. (16) O aperfei oamento das c lulas fotovoltaicas, no sentido de torn -las mais acess veis e mais produtivas, pode constituir uma perspectiva de competi o entre os organismos fotoprodutores e essa estrat gia tecnol gica. (32) O princ pio de funcionamento dos geradores de uma usina aerogeradora, onde ocorre a transforma o de energia e lica em energia el trica, a indu o eletromagn tica. (64) O c todo da pilha de hidrog nio, representado pela , onde ocorre a redu o do oxig nio. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 23 semi-equa o Quest o 22 Na maioria dos lugares onde barragens s o eliminadas, a limpidez da gua e o n vel de oxig nio aumentam, medida que o sistema fluvial se recupera. Contudo, a recupera o de certos rios tem envolvido a cria o de novas represas em decorr ncia de problemas, dentre os quais a grande reten o de detritos nos reservat rios e fora deles. Essas novas represas, constru das com travertino, rocha calc ria formada naturalmente medida que as guas ricas em carbonato de c lcio das nascentes interagem com algas, formam barreiras que criam lagos pequenos e de cor azul turquesa, o habitat perfeito para uma variedade de peixes e de insetos, entre outros seres vivos. (MARKS, 2007, p. 81). Diante dessas informa es e com base nos conhecimentos das Ci ncias Naturais, pertinente afirmar: (01) A parede de uma represa possui base mais espessa para suportar press es mais elevadas. (02) As represas dificultam ou mesmo inviabilizam a migra o dos peixes, comprometendo o desempenho reprodutivo de muitas esp cies. (04) A concentra o de oxig nio nas guas dos rios tende a diminuir nas esta es mais quentes do ano. (08) A abertura de comportas restabelecendo o fluxo do rio pode concretizar a expectativa ecologicamente positiva de recuperar a fauna do rio com esp cies ex ticas. 9 2 (16) Um litro de gua considerada rica em carbonato de c lcio, CaCO3, Ks = 5,0.10 (mol/L) , a 4 25 C, apresenta concentra o de ons carbonato superior a 5,0.10 mol/L, na mesma temperatura. (32) Os lagos profundos se apresentam com colora o azul-turquesa, porque suas guas absorvem a luz azul proveniente do Sol. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 24 QUEST ES de 23 a 25 Segundo dados do IBGE de 2000, em cerca de 71,5% das cidades brasileiras com servi o de limpeza urbana, o lixo depositado em lix es. [...] E, praticamente, em todos esses lix es, existem pessoas trabalhando, incluindo crian as. [...] S o meninos e meninas de diferentes idades. [...] Vivem em condi es de pobreza absoluta. Realizam um trabalho cruel. S o crian as no lixo. Uma situa o dram tica e comum no Brasil. (SANTOS; M L (Coord.), 2003, p. 22). Quest o 23 O cotidiano nesse ambiente exp e as pessoas a condi es insalubres e de alta periculosidade. Essa situa o repercute em problemas que amea am a sa de e a sobreviv ncia do indiv duo, como os seguintes: (01) Manifesta o de doen as heredit rias, como a anemia falciforme, favorecidas pelas condi es prec rias dos lix es. (02) Eleva o da temperatura ambiente, o que contribui para aumentar a energia cin tica das mol culas respons veis pelo mau cheiro nos lix es. (04) Produ o de toxinas a partir da decomposi o microbiana dos res duos org nicos nos lix es, deixando sobras de alimentos com enorme poder infectante, o que caracteriza surtos de doen as contagiosas. (08) Ocorr ncia de ferimentos provocados por objetos perfuro-cortantes enferrujados, revestidos por xido de ferro III formado por c tion com 23 el trons , o que facilita a multiplica o de bact rias anaer bicas como Clostridium tetani. (16) Libera o, na atmosfera, de cianeto de hidrog nio, HCN(g), ocasionada pela incinera o de certos pl sticos subst ncia extremamente venenosa que, possuindo grau de ioniza o igual a 0,08%, em solu o aquosa, classificada como cido fraco. (32) Avan o da dengue associado ocorr ncia de mat ria em decomposi o, ambiente favor vel ao desenvolvimento das larvas do mosquito Aedes aegypti. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 25 Quest o 24 Um aprofundamento da abordagem do problema referido no texto, em uma perspectiva fisiol gica e ambiental, permite afirmar: (01) A car ncia ferro-prot ica esperada nessas condi es de vida interfere no desenvolvimento da crian a, comprometendo a fun o de transporte de oxig nio para as c lulas, exercida pelo sangue. (02) A desnutri o, causando um d ficit na prote o imunol gica da crian a, associada insalubridade do ambiente, propicia a ocorr ncia de doen as infecciosas. (04) A fome cr nica impede a produ o do horm nio do crescimento, que deveria atuar durante toda a vida do indiv duo, estimulando o crescimento permanente de regi es espec ficas do organismo. (08) A pilha descart vel, que contribui para o aumento da contamina o do lixo por produtos qu micos, torna-se in til quando sua resist ncia interna diminui. (16) Os processos de transforma o de energia que ocorrem no aproveitamento de lixo para gerar eletricidade s o iguais aos de uma usina termoel trica alimentada com carv o mineral. (32) O descarte inadequado de pilhas e baterias de n quel-c dmio e de merc rio-zinco contamina o solo pelo vazamento de l quidos que cont m ons divalentes de metais mais densos que os metais alcalinos. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 26 Quest o 25 A coleta, o transporte, a reciclagem dos res duos urbanos e os riscos iminentes dos lix es, envolvem considera es, como as seguintes: (01) A coleta seletiva de pl sticos realizada nos lix es, removendo o poluente da natureza, um procedimento suficiente para permitir que o uso desse material seja compat vel com a demanda progressiva das popula es. (02) O guindaste eletromagn tico utilizado para separar objetos met licos em um lix o constitu do de uma barra de ferro doce no interior de um solen ide, percorrido por corrente el trica. (04) A dist ncia m nima percorrida, horizontalmente, por um caminh o a 36,0km/h at parar em um local onde a acelera o da gravidade vale 10m/s2 de modo que um cont iner cheio de lixo transportado na carroceria cujo coeficiente de atrito est tico 0,25 mantenha-se parado sem deslizar igual a 20,0m. (08) O resfriamento do vidro fundido mistura de silicatos de s dio e de c lcio no processo de reciclagem, devolve ao material uma rigorosa estrutura cristalina, como aquela evidenciada por subst ncias i nicas, a exemplo do xido de c lcio. (16) O p ra-brisa da cabine de uma aeronave que sobrevoa um lix o a 540,0km/h e colide, perpendicularmente, durante 1,0.10 3s, com um urubu de 2,0kg e velocidade bem menor do que a da aeronave, fica submetido a uma for a de 3,0.105N. (32) Uma solu o para o problema dos lix es deve envolver, em um projeto industrial, a inclus o de um destino definido para o lixo, que seja compat vel com o equil brio natural do ambiente. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 27 QUEST ES de 26 a 28 A din mica do ecossistema inclui uma rede de intera es qu micas do organismo com o meio ambiente estabelecida com a entrada de elementos e compostos inorg nicos e do seu retorno ao meio que se realizam em vias mais ou menos circulares e que se identificam nos ciclos biogeoqu micos. O organismo seq estra do ambiente cerca de 40 elementos imprescind veis estrutura o e manuten o do sistema vivo, alguns exigidos em grandes quantidades e outros, como micronutrientes. Quest o 26 A partir da an lise das informa es e da figura que apresenta, de forma simplificada, um ciclo biogeoqu mico superposto ao fluxo de energia passando pelo sistema vivo e esquematiza etapas do ciclo do nitrog nio , pode-se concluir: (01) O fluxo unidirecional de energia movimentado pela ciclagem dos nutrientes. (02) A diferen a entre a produ o prim ria bruta e a produ o prim ria l quida representa o consumo de biomassa pelos produtores. (04) Um ciclo biogeoqu mico que dissipa da energia total tem rendimento de 40%. (08) A transforma o de am nia em nitritos e nitratos envolve aumento do n mero de oxida o do nitrog nio e fornecimento de energia a microorganismos. (16) As bact rias nitrificantes s o respons veis pelo retorno do nitrog nio ao ar atmosf rico, em processo exclusivamente oxidativo. (32) Uma mol cula de xido de nitrog nio II arrastada por ventos que sopram, simultaneamente, com velocidades de m dulos iguais a v, sendo um na dire o 30 a latitude norte e o outro . a 30 a latitude sul, se desloca com velocidade resultante de m dulo igual a UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 28 Quest o 27 Em rela o a aspectos da din mica em ciclos biogeoqu micos, correto afirmar: (01) Reservas de combust vel f ssil, como as de carv o mineral, devem estar associadas expans o das plantas terrestres sob atmosfera rica em CO2. (02) O g s metano difunde-se na atmosfera mais rapidamente do que o di xido de carbono. (04) O campo el trico resultante no centro de uma mol cula de metano,CH4, isolada igual a zero. (08) O aumento da concentra o de CO2(aq) nos oceanos implica eleva o do pH das guas marinhas. (16) A intensidade da for a de empuxo aplicada pelo ar atmosf rico sobre as part culas de cido sulf rico, que flutuam no ar formando um smog irritante, maior do que o peso dessas part culas. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 29 Quest o 28 A gua constitui a chuva, a neve, os oceanos e conduz dep sitos de sedimentos, al m de ser condi o imprescind vel vida. A quantidade de gua doce imediatamente acess vel que cai sobre o globo, a cada ano, est continuamente circulando e distribu da na realiza o do ciclo hidrol gico. Uma an lise da import ncia da gua e dos fen menos envolvidos no ciclo hidrol gico permite afirmar: (01) O vapor d gua, na atmosfera, constitui uma suspens o de l quido em g s. (02) O valor elevado da capacidade t rmica dos oceanos impede que a temperatura das guas superficiais variem bruscamente do inverno para o ver o. (04) A condensa o de vapor d gua exclui a possibilidade de forma o de liga es de hidrog nio entre as mol culas de gua. (08) O vapor d gua presente na atmosfera, ao se condensar para formar nuvens, absorve calor do meio ambiente. (16) A temperatura de fus o de blocos de gelo, de gua pura, de 10,0kg igual de blocos de 100,0g, nas mesmas condi es. (32) A regula o da temperatura terrestre pelas grandes massas de gua dos oceanos propiciou condi es clim ticas que favoreceram a evolu o da vida na Terra. RASCUNHO UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 30 Quest o 29 As chuvas come am a cair no sert o a cada final de ano. o novo ciclo que j se aproxima sucedendo a um longo per odo estival. Entre abril e maio, as chuvas se despedem e recome a a seca abrasadora. A folhagem se estiola, os pastos secam, as aguadas se evaporam, as sombras desaparecem. Num toque de sinos, de repente, a caatinga toma a cor da esmeralda. O Nordeste se transforma num imenso laborat rio bot nico ao renascer de sua extraordin ria comunidade bi tica. E os defl vios pluviais elaboram o milagre da terra. S o os rios sazonais que correm e se precipitam em avalanches tempestuosas nos caminhos que levam ao mar. Dezenas e milhares de musgos, samambaias e orqu deas, al m de cip s e trepadeiras, se insinuam pelos troncos e galharias. A luz solar penetra pela copa das rvores e estas se desenvolvem com rapidez surpreendente. A caatinga entra num intenso processo evolutivo, em que o mundo vegetal se explode numa verdadeira mudan a apote tica. a vida que retorna terra. (RIBEIRO, 2007, p. 47-48). Com base em princ pios f sicos, qu micos e biol gicos, a an lise do texto permite afirmar: (01) A vegeta o xer fila expressa o resultado de um processo co-evolutivo que criou uma comunidade bi tica perfeitamente ajustada s condi es clim ticas do semi- rido. (02) Um sistema radical superficial e pouco ramificado e com elevado poder osm tico s o aspectos caracter sticos da vegeta o da caatinga. (04) O ressurgimento da vegeta o da caatinga traduz a mobiliza o das reservas nutritivas das plantas, decorrente da a o de enzimas reativadas pela entrada de gua nas c lulas. (08) Os raios de luz que penetram na copa das rvores, se propagam do sol at a superf cie terrestre, mantendo a mesma dire o. (16) As terras da caatinga s o revitalizadas com a chuva, porque compostos org nicos, como o metano e a ur ia, s o dissociados pela a o da gua, gerando nutrientes necess rios s plantas. (32) Os arenitos predominantes no solo da caatinga formados basicamente por quartzo, SiO2, e por feldspatos, a exemplo do Na2O . Al2O3 .6SiO2 apresentam em sua composi o, um xido anf tero e um xido b sico. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 31 Quest o 30 O atual Projeto da Transposi o de guas do rio S o Francisco deveria ser executado simultaneamente com obras e a es de revitaliza o do rio: abertura de canais, bombeamento da gua, recupera o de reas degradadas, recomposi o das matas ciliares, pereniza o de rios tempor rios, tratamento dos esgotos e desenvolvimento social das popula es que vivem s suas margens. Manoel Bonfim Ribeiro (2007) afirma que esse projeto traz a imagem de um banho de gua no Semi- rido, mitigando a sede de 12 milh es de nordestinos sequiosos e acrescenta que o Nordeste, mais precisamente o Semi- rido, a regi o mais a udada do Planeta. Os oito grandes a udes dos tr s Estados: Rio Grande do Norte, Para ba e Cear , que ir o receber 2,10 bilh es de metros c bicos das guas do rio S o Francisco, j possuem um volume de 12,6 bilh es de metros c bicos de gua, equivalentes a 5,3 vezes o volume da Guanabara. O problema do Nordeste n o gua. A partir das informa es do texto e considerando os conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) Uma recomposi o das matas ciliares exige, preliminarmente, a preserva o dessas reas, para a recupera o de comunidades end micas. (02) O bombeamento de 1,0m3/s de gua do leito do rio S o Francisco at o pice da Chapada do Araripe, a 160,0m de altura considerando-se a acelera o da gravidade, 10m/s2 e a densidade da gua, 1kg/dm3 consumiria 16MJ de energia a cada segundo. (04) A eleva o da acidez do solo provocada por chuva cida minimizada com a adi o de solu o de sacarose ao terreno mido. (08) Uma amostra de 2,0 litros de gua, retirada de um a ude, que cont m 11,7g de cloreto de s dio dissolvidos apresenta concentra o desse sal igual a 0,1mol/L. (16) A redu o da vaz o de gua nas usinas da CHESF, provocada pela transposi o do rio S o Francisco, compromete a gera o de energia el trica, porque o volume de gua despejado atinge as turbinas com velocidade menor. (32) A alimenta o dos rios tempor rios para torn -los perenes pode comprometer um contexto ambiental onde as esp cies nativas est o adaptadas. UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 32 REFER NCIAS CORR A, R. Uma nova Terra. Veja, S o Paulo: Abril, ed. 2006, ano 40, n. 17, 2 maio 2007. Adaptado. DUESBERG, P. Caos cromoss mico e c ncer. Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 6, n. 61, jun. 2007. Adaptado. ELES viram a luz. poca, S o Paulo, n. 461, 19 mar. 2007. MARKS, J. C. Abaixo as represas. Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 6, n. 59, abr. 2007. Adaptado. PENTEADO, P. C. M. F sica: conceitos e aplica es. S o Paulo: Moderna, 1998. PLATAFORMA: uma cidade no oceano. Scientific American: Brasil, S o Paulo. Edi o especial n. 3. Petr leo. RIBEIRO, M. do B. D. A potencialidade do Semi- rido brasileiro. [S.I.]: Gr fica e Editora Qualidade, jan. 2007. Adaptado. SANTOS, W. L. P. S.; M L, G. de S. (Coord.) Qu mica e sociedade: a ci ncia, os materiais e o lixo. S o Paulo: Nova Gera o, 2003. (Cole o Nova Gera o). WALD, M. L. Vale pensar no etanol a longo prazo? Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 6, n. 61, jun. 2007. Fontes das ilustra es CAMPBELL, N. A.; REECE, J. B.; MITCHELL, L. G. Biology. 5. ed. New York: Addison Wesley Longman, 1999. p. 173 e 174. (Quest o 20). CORR A, R. Uma nova Terra. Veja, S o Paulo: Abril, ed. 2006, ano 40, n. 17, 2 maio 2007. p. 82. (Quest es 14 e 15). FELTRE, R. Qu mica: qu mica org nica. 6. ed. rev. e ampl. S o Paulo: Moderna, 2004. v. 3, p. 82. (Quest es 14 e 15). ODUM, E. P. Ecologia. Tradu o Christopher J. Tribe. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. p. 112-113. (Quest es de 26 a 28). O MUNDO busca uma sa da... Veja, S o Paulo: Abril, ed. 1987, ano 39, n. 50, 20 dez. 2006. p. 164. (Quest o 21). PENTEADO, P. C. M. F sica: conceitos e aplica es. S o Paulo: Moderna, 1998. p. 30 e 31. Adaptada. (Quest es 11 e 12). WALD, M. L. Vale pensar... Scientific American: Brasil, S o Paulo, ano 6, n. 61, jun. 2007. p. 48. Adaptada. (Quest es 17 e 18). *** UFBA / UFRB 2008 1a Fase C. Naturais 33 VESTIBULAR UFBA UFRB 2008 1a FASE GABARITO PORTUGU S QUEST ES 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. PROPOSI ES VERDADEIRAS 04 + 08 + 16 + 32 01 + 02 + 16 + 32 01 + 08 + 16 + 32 01 + 02 + 04 01 + 16 + 64 01 + 08 + 32 02 + 08 01 + 02 + 08 + 16 + 32 04 + 08 + 16 08 GABARITO OBSERVA O 60 51 57 07 81 41 10 59 28 08 CI NCIAS NATURAIS QUEST ES 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. PROPOSI ES VERDADEIRAS 01 + 02 + 04 + 16 01 + 08 + 32 01 + 02 + 16 01 + 16 + 32 01 + 02 + 04 + 16 04 + 16 + 32 02 + 04 + 08 + 32 02 + 04 + 08 + 16 01 + 02 + 08 01 + 02 + 04 + 32 01 + 32 + 64 01 + 02 + 04 02 + 08 + 16 01 + 02 + 16 + 32 02 + 04 + 16 + 32 02 + 04 + 08+ 32 01 + 02 + 04 02 + 16 + 32 01 + 04 + 32 01 + 08 + 32 GABARITO 23 41 19 49 23 52 46 30 11 39 97 07 26 51 54 46 07 50 37 41 Em 18 de novembro de 2007 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA OBSERVA O

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : ufba vestibular, ufba vestibular provas,ufba provas e gabaritos, ufba provas resolvidas, ufba provas anteriores, ufba provas 2 fase, ufba provas 2011, ufba provas 1 fase, ufba provas 2010, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat