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UFBA Vestibular de 2006 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

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Portugu s QUEST ES de 01 a 10 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES de 01 a 04 5 10 15 20 25 30 35 40 Volta e meia, leitores me questionam sobre o que lhes parece ser o exagerado ou pouco razo vel ceticismo do cientista. As abordagens variam. Algumas vezes, acham inconsistente um cientista se dizer ateu quando n o pode responder a certas quest es b sicas, como, por exemplo, a origem do Universo ou da vida. Dizem eles: Voc s falam do Big Bang, o evento que iniciou tudo. Mas de onde veio a energia que provocou esse evento? Como falar de algo material surgindo do nada, sem a a o de um ser imaterial, isto , divino? Outras cr ticas dizem respeito descren a em fen menos paranormais, sobrenaturais, OVNIs e seres extraterrestres, espiritismo etc. Segundo estat sticas recentes feitas pela funda o Gallup nos Estados Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percep o extra-sensorial. Mais de 40% acreditam em possess es demon acas e casas mal-assombradas, e em torno de 30% cr em em clarivid ncia, fantasmas e astrologia. N o conhe o estat sticas semelhantes para o Brasil, mas imagino que os n meros devam ser no m nimo compar veis. Sem a menor d vida, a luta do c tico ingrata; ele estar sempre em minoria. Existem muito mais colunas sobre astrologia do que sobre astronomia ou ci ncia nos jornais e revistas do Brasil e do mundo. Mas, sem ceticismo, a sociedade estaria fadada a ser controlada por indiv duos oportunistas que se alimentam dessa necessidade muito humana de acreditar. Ela existe para todos n o h d vidas. Mesmo o c tico deve acreditar no poder da raz o para desvendar os muitos mist rios que existem. A paix o que o alimenta a mesma do crente, mas direcionada em sentido oposto. Devido a esse ceticismo, muitas vezes os cientistas (incluindo este que lhes escreve) s o acusados de insensibilidade. De jeito nenhum. Eu tenho grande respeito pelos que acreditam. O que me dif cil aceitar a explora o que existe em torno dessa necessidade, a explora o da f . Na ndia, por exemplo, recentemente apareceram milhares de homens-deuses , que se dizem meio deuses, meio gente. No M xico, funcion rios do governo freq entam semin rios sobre como usar o poder dos anjos. O Peru est cheio de ps quicos, enquanto na Fran a s o aromaterapeutas. Testes em laborat rio visando verificar poderes extra-sensoriais invariavelmente falham. [...] Voltando quest o do Big Bang. A religi o n o deve existir para tapar os buracos da nossa ignor ncia. Isso a desmoraliza. verdade, n o podemos ainda explicar de forma satisfat ria a origem do Universo. Existem in meras hip teses, mas nenhuma muito convincente. Mesmo se tiv ssemos uma explica o cient fica, sobraria uma outra quest o: o que determinou o conjunto das leis f sicas que regem este Universo? Por que n o um outro? Existe aqui uma confus o sobre qual a miss o da ci ncia. Ela n o se prop e responder a todas as quest es que afligem o ser humano. A ci ncia, ou melhor, a descri o cient fica da natureza, uma linguagem criada pelos homens (e mulheres) para interpretar o cosmo em que vivemos. Ela n o absoluta, mas est sempre em transi o, gradativamente aprimorada pela valida o emp rica obtida atrav s de observa es. A ci ncia um processo de descoberta, cuja l ngua universal e, ao menos em princ pio, profundamente democr tica: qualquer pessoa, com qualquer cren a UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 1 45 religiosa ou afilia o pol tica, de diferentes classes sociais e culturas pode participar desse debate. (Claro, na pr tica a situa o mais complexa.) Ela n o ter jamais todas as respostas, pois nem sabemos todas as perguntas. O c tico prefere viver com a d vida a aceitar respostas que n o podem ser comprovadas, que s o aceitas apenas pela f . Para ele, o n o saber n o gera inseguran a, mas sim mais apetite pelo saber. Essa talvez seja a li o mais importante da ci ncia, nos ensinar a viver com a d vida, a idolatr -la. Pois, sem ela, o conhecimento n o avan a. GLEISER, Marcelo. O ceticismo do cientista. Folha de S. Paulo, S o Paulo, 16 mar. 2003. Suplemento MAIS! p. 18. Quest o 01 Com base na leitura do texto, pode-se concluir que o autor (01) discorda da vis o estereotipada que tem o homem sobre o cientista e se revela um ser voltado para o transcendentalismo. (02) aborda o equil brio entre tend ncias opostas que tentam explicar os segredos da origem do Universo. (04) discute a origem do Universo a partir da teoria da explos o do tomo primordial. (08) rejeita o conhecimento pautado em explica es sobrenaturais, acreditando em uma compreens o do Universo baseada em evid ncias experimentais. (16) defende o m todo anal tico de racioc nio cartesiano para explicar o mundo, ao mesmo tempo em que aceita os fen menos sobrenaturais como de natureza divina. (32) conclui que a incerteza est na base da natureza humana e nega a teoria de um universo org nico, perfeito. Quest o 02 S o afirma es verdadeiras sobre o texto: (01) O uso dos travess es isolando a express o ou pouco razo vel (l. 2) acentua uma vis o preconceituosa dos leitores (l. 1). (02) O segundo par grafo exemplifica um discurso de linguagem predominantemente poliss mica. (04) As aspas em homens-deuses (l. 25) expressam ironia, enquanto em Voc s falam do Big Bang [...] isto , divino? (l. 4-7) destacam uma outra voz do discurso. (08) O fragmento Ela n o ter jamais todas as respostas, pois nem sabemos todas as perguntas. (l. 43) constitui um enunciado cuja segunda parte explica a primeira. (16) A frase O c tico prefere viver com a d vida a aceitar respostas que n o podem ser comprovadas (l. 44) uma declara o em que se manifestam pontos de vista excludentes. (32) Marcelo Gleiser, ao falar sobre ci ncia, trata o tema de modo impessoal, sem manifestar o seu ponto de vista. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 2 Quest o 03 Sobre as rela es morfossint ticas e/ou sem nticas que ocorrem no texto do artigo, pode-se afirmar: (01) isto (l. 7) uma express o que pode ser substitu da por ou melhor, sem alterar o sentido da frase. (02) em torno de (l. 10) apresenta rela o sinon mica com cerca de. (04) percep o extra-sensorial (l. 10) tem rela o sem ntica com fen menos paranormais (l. 7). (08) Sem a menor d vida, a luta do c tico ingrata; ele estar sempre em minoria. (l. 14) evidencia uma rela o de altern ncia. (16) de acreditar (l. 18) apresenta rela o sint tica com se alimentam (l. 17). (32) Mesmo (l. 18) e Mesmo (l. 32) denotam a id ia de concess o. (64) ainda , no fragmento n o podemos ainda explicar de forma satisfat ria a origem do Universo. (l. 30-31) indica intensidade. Quest o 04 A ci ncia um processo de descoberta, cuja l ngua universal e, ao menos em princ pio, profundamente democr tica: qualquer pessoa, com qualquer cren a religiosa ou afilia o pol tica, de diferentes classes sociais e culturas pode participar desse debate. (l. 39-42) Sobre o fragmento destacado, correto afirmar: (01) cuja l ngua universal pode ser reestruturada em a l ngua da ci ncia universal , sem altera o de sentido. (02) ao menos em princ pio relativiza a declara o profundamente democr tica . (04) qualquer pessoa e qualquer cren a religiosa s o express es que denotam id ia de especificidade. (08) e , nas duas ocorr ncias, apresenta equival ncia de sentido. (16) de diferentes classes sociais e culturas expressa uma generaliza o. (32) pode participar exemplifica uma falha de concord ncia verbal. (64) desse debate encerra uma informa o que ser esclarecida, posteriormente, no texto. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 3 Quest o 05 Da o terror que sentia ao ver-se pr xima desse abismo de abje es, e o afastamento a que se desejava condenar. Bem vezes revoltavam-lhe a alma as indignidades de que era v tima, e at mesmo as vilanias cujo eco chegava a seu obscuro retiro. Mas que podia ela, fr gil menina, em v spera de orfandade e abandono, contra a formid vel besta de mil cabe as? Quando a riqueza veio surpreend -la, a ela que n o tinha mais com quem a partilhar, seu primeiro pensamento foi que era uma arma. Deus lha enviava para dar combate a essa sociedade corrompida, e vingar os sentimentos nobres escarnecidos pela turba dos agiotas. Preparou-se pois para a luta, qual talvez a impelisse principalmente a id ia do casamento que veio a realizar mais tarde. Quem sabe, se n o era o aviltamento de Fernando Seixas que ela punia com o esc rnio e a humilha o de todos os seus adoradores? ALENCAR, Jos de. Senhora. In: COUTINHO, Afr nio et al. (Org.). Jos de Alencar: fic o completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. v. I, p. 742. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). A partir da leitura do romance e de acordo com o fragmento transcrito, pode-se concluir: (01) Aur lia se sente aterrorizada diante da possibilidade de viver na mis ria. (02) O dinheiro, para Aur lia, funciona como instrumento de combate torpeza de um meio social sem valores ticos. (04) O texto prenuncia a mudan a de atitude da personagem, que se submete ao poder da fortuna. (08) Aur lia, ao rejeitar o ass dio de seus pretendentes, est desdenhando o homem a quem ama. (16) Existe um contraste entre a vis o que Aur lia tem da sociedade carioca e os princ pios morais que ela defende. (32) O narrador, falando de Aur lia, antecipa fatos que se concretizar o no futuro. (64) Aur lia, desiludida com a crueldade do mundo, decide afastar-se do conv vio social. Quest o 06 Os meninos sumiam-se numa curva do caminho. Fabiano adiantou-se para alcan -los. Era preciso aproveitar a disposi o deles, deixar que andassem vontade. Sinha Vit ria acompanhou o marido, chegou-se aos filhos. Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde tinha vivido alguns anos; o patr o, o soldado amarelo e a cachorra Baleia esmoreceram no seu esp rito. E a conversa recome ou. Agora Fabiano estava meio otimista. Endireitou o saco da comida, examinou o rosto carnudo e as pernas grossas da mulher. Bem. Desejou fumar. Como segurava a boca do saco e a coronha da espingarda, n o p de realizar o desejo. Temeu arriar, n o prosseguir UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 4 na caminhada. Continuou a tagarelar, agitando a cabe a para afugentar uma nuvem que, vista de perto, escondia o patr o, o soldado amarelo e a cachorra Baleia. Os p s calosos, duros como cascos, metidos em alpercatas novas, caminhariam meses. Ou n o caminhariam? Sinha Vit ria achou que sim. [...] Por que haveriam de ser sempre desgra ados, fugindo no mato como bichos? Com certeza existiam no mundo coisas extraordin rias. Podiam viver escondidos, como bichos? Fabiano respondeu que n o podiam. O mundo grande. Realmente para eles era bem pequeno, mas afirmavam que era grande e marchavam, meio confiados, meio inquietos. Olharam os meninos que olhavam os montes distantes, onde havia seres misteriosos. Em que estariam pensando? zumbiu sinha Vit ria. Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma obje o. Menino bicho mi do, n o pensa. Mas sinha Vit ria renovou a pergunta e a certeza do marido abalou-se. Ela devia ter raz o. Tinha sempre raz o. Agora desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem. Vaquejar, opinou Fabiano. Sinha Vit ria, com uma careta enjoada, balan ou a cabe a negativamente, arriscando-se a derrubar o ba de folha. Nossa Senhora os livrasse de semelhante desgra a. Vaquejar, que id ia! Chegariam a uma terra distante, esqueceriam a catinga onde havia montes baixos, cascalhos, rios secos, espinhos, urubus, bichos morrendo, gente morrendo. N o voltariam nunca mais, resistiriam saudade que ataca os sertanejos na mata. Ent o eles eram bois para morrer tristes por falta de espinhos? Fixar-se-iam muito longe, adotariam costumes diferentes. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 120-122. A an lise do fragmento, contextualizado no romance Vidas Secas, permite afirmar: (01) Fabiano considera necess ria a imers o das crian as no mundo convencional para apreend -lo e, assim, libert -las das condi es socioculturais vividas. (02) Sinha Vit ria n o se submete s expectativas sociais dominantes, contudo vislumbra um retorno s trivialidades da sua vida social da inf ncia. (04) O conjunto de personagens da trama simboliza, alegoricamente, os her icos seres que sonham em reformar a sociedade agr ria brasileira custa da luta armada. (08) Fabiano e sinha Vit ria configuram um tipo de ser que vive reiterando a es, sem nada acrescentar a seu processo de crescimento humano. (16) Fabiano constitui uma met fora de ser humano derrotado, que sofre as conseq ncias das estruturas vigentes e n o consegue impor seus pontos de vista. (32) A narrativa como um todo retrata um espa o em que a imutabilidade social e o abismo entre povo e governo s o incontest veis. (64) A intera o entre humanos e inumanos na narrativa explica a descontinuidade das a es narradas. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 5 Quest o 07 CIDADE PREVISTA Guardei-me para a epop ia que jamais escreverei. Poetas de Minas Gerais e bardos do Alto-Araguaia, vagos cantores tupis, recolhei meu pobre acervo, alongai meu sentimento. O que eu escrevi n o conta. O que desejei tudo. Retomai minhas palavras, meus bens, minha inquieta o, fazei o canto ardoroso, cheio de antigo mist rio mas l mpido e resplendente. Cantai esse verso puro, que se ouvir no Amazonas, na cho a do sertanejo e no sub rbio carioca, no mato, na vila X, no col gio, na oficina, territ rio de homens livres que ser nosso pa s e ser p tria de todos. Irm os, cantai esse mundo que n o verei, mas vir um dia, dentro em mil anos, talvez mais... n o tenho pressa. Um mundo enfim ordenado, uma p tria sem fronteiras, sem leis e regulamentos, uma terra sem bandeiras, sem igrejas nem quart is, sem dor, sem febre, sem ouro, um jeito s de viver, mas nesse jeito a variedade, a multiplicidade toda que h dentro de cada um. Uma cidade sem portas, de casas sem armadilha, um pa s de riso e gl ria como nunca houve nenhum. Este pa s n o meu nem vosso ainda, poetas. Mas ele ser um dia o pa s de todo homem. ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. In: COUTINHO, Afr nio (Org.). Carlos Drummond de Andrade: obra completa: poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 194-195. (Biblioteca Luso-Brasileira. S rie Brasileira). Analisando-se a manifesta o do sujeito po tico nesse poema, conclui-se que ele (01) aconselha outros poetas a dar continuidade sua arte a servi o de um mundo em que tudo encontre a sua ordem, o seu lugar. (02) almeja um novo mundo em que as rela es sociais se estabele am de forma transparente, cont nua e harmoniosa. (04) v a linguagem po tica como meio nico de passar bons sentimentos aos outros seres. (08) expressa, por meio de um tom evocativo, um desejo de que a sua obra sirva de base para outras obras. (16) sonha com um outro mundo em que o homem viva sem conven es sociais e preserve a sua singularidade interior. (32) deseja que sua obra ganhe um sentido que abra um novo mundo ao homem e o homem a si mesmo. (64) assume uma atitude de temor em face da precariedade da exist ncia, transportando-se para um imagin rio de reflex es ntimas. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 6 Quest o 08 A decis o de partir n o fora tomada de repente, sob um impulso. Tinha-a tomado aos poucos, insensivelmente, como se no fundo, desde o princ pio, desde aquela tarde em Vila Vi osa, o destino lhe tivesse escapado das m os e j n o fosse a sua vontade que o comandava. Mais tarde, sentira que, de facto, fora v tima de uma cilada, em que todos pareciam conjurados para o empurrar para ali, onde estava: tinham sido as palavras do rei, secundadas pelas do conde de Arnoso; os argumentos do Jo o, fazendo-o sentir-se envergonhado se dissesse que n o ao rei; a proposta de compra da Insular, t o extraordinariamente ca da do c u, justamente naquela altura. Fora-se sentindo cercado, empurrado, cada vez mais fechado dentro de um c rculo de circunst ncias, de onde j n o havia fuga, pelo menos honrosa. Tinha sido desafiado o seu esp rito de aventura e de descoberta, o seu sentimento de dever patri tico e de servi o de uma causa nobre, a sua coer ncia de id ias e de car cter e, acima de tudo e como dissera o Jo o, a necessidade de marcar, pela grandeza de um gesto, inesperado e altru sta, a legitima o de uma vida at ent o apenas confort vel e ociosa. Fora assim que tinha sido cercado. Mas Matilde acabara por pesar tamb m muito nessa decis o, ou nessa n o-decis o, e isso era a parte menos nobre das coisas. Perante a sua pr pria consci ncia, Lu s Bernardo reconhecia friamente que S. Tom lhe dava a possibilidade de fugir dignamente de Matilde. [...] S lhe restava fugir. Mas fugir com dignidade, melhor ainda, com uma aura de romantismo, de sacrif cio, de hero smo. S. Tom era um pretexto que ca a dos c us: de repente, tudo se transformava a seu favor, a favor da imagem e da recorda o que ela guardaria para sempre dele. Partia, maldito destino, contra a sua vontade, arrancado aos bra os da sua amada, ao servi o do pa s e do rei, para que o mundo n o pudesse dizer que em Portugal ainda se praticava a escravatura ou para ser ele o homem que iria p r termo a essa indignidade, se porventura a cal nia fosse verdade. TAVARES, Miguel Sousa. Equador. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. p. 95-98. Em rela o ao fragmento destacado, contextualizado na obra, correto afirmar: (01) Lu s Bernardo, um desbravador nato de terras in spitas, simboliza, na narrativa, o ser humano pactuado com o poder olig rquico lusitano, que vai expandir seus tent culos na frica. (02) Lu s Bernardo encontra no seu amigo Jo o Forjaz o seu articulador pol tico e porta-voz dos seus ideais colonialistas junto Corte lusitana. (04) A personagem tenta, sem xito, transformar a realidade colonial numa outra social e politicamente mais humana. (08) O deslocamento da personagem por motiva o externa e interna: fuga de um cotidiano alienado e desejo de preservar um amor sublimado. (16) A situa o hist rica de S. Tom e Pr ncipe serve de pretexto para a narrativa, com deslocamento para o in cio do s culo XX. (32) O protagonista, egresso de um grupo social marginalizado da sociedade lisboeta, busca a sua auto-afirma o no continente africano, por meio de uma pr tica social agressiva e intolerante. (64) O foco principal da trama o conflito de um grupo de fazendeiros de S. Tom e Pr ncipe com o governador Lu s Bernardo, por causa de condi es de trabalho atrozes. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 7 Quest o 09 5 10 15 20 Sime o foi ator nesse teatro de reais e despeda adoras afli es, em que s ele tinha papel estudado. Os transportes de dor, em que se estorciam Ang lica e Florinda, n o o comoveram. Viu sem se enternecer as l grimas que Ang lica chorara de joelhos, abra ando os p s de seu marido quase agonizante, e em um momento supremo, em que a todos se afigurou derradeiro trance de Domingos Caetano, e quando Florinda nesse desespero que olvida tudo, tudo e at o pudor de donzela, quando Florinda descabelada, delirante se lan ava no leito de seu pai, e era dali arrancada por parentes, contra quem se debatia em desatino, ele, o escravo, o animal composto de gelo e dio, ele teve olhos malvados, sacr legos, infames que pastassem lubricamente nos seios nus, nos seios virginais da donzela que se deixava em desconcerto de vestidos pelo mais sagrado desconcerto da raz o. Sime o, escravo, contando com a liberdade, e calculando com o roubo de sacos de prata e ouro, velava sinistro ao lado de seu senhor agonizante, estudando-lhe na desfigura o, na decomposi o do rosto, e no arfar do peito os avan os da morte, que era o seu desejo. [...] N o condeneis o crioulo; condenai a escravid o. O crioulo pode ser bom, h de ser bom amamentado, educado, regenerado pela liberdade. O escravo necessariamente mau e inimigo de seu senhor. A madre-fera escravid o faz perversos, e vos cerca de inimigos. MACEDO, Joaquim Manuel de. As v timas-algozes: quadros da escravid o. 4. ed. S o Paulo: Zouk, 2005. p.26-27. O fragmento transcrito e a leitura da obra respaldam as seguintes proposi es: (01) Ao dizer Sime o foi ator nesse teatro de reais e despeda adoras afli es, em que s ele tinha papel estudado. (l. 1-2), o narrador onisciente critica a postura dissimulada do escravo. (02) As express es n o o comoveram (l. 2-3), sem se enternecer (l. 3), animal composto de gelo e dio (l. 8), olhos malvados, sacr legos, infames (l. 8-9) sublinham a transpar ncia da personalidade de Sime o. (04) O fragmento velava sinistro ao lado de seu senhor agonizante, estudando-lhe na desfigura o, na decomposi o do rosto, e no arfar do peito os avan os da morte, que era o seu desejo. (l. 13-15) antecipa a es que v o marcar o desfecho da narrativa. (08) A escravid o avilta o ser humano que, nessa condi o, desenvolve sentimentos e atitudes irracionais e cru is. (16) Ao afirmar O escravo necessariamente mau e inimigo de seu senhor (l. 19), o narrador assume um ponto de vista fatalista, inspirado na tese do determinismo social. (32) Os tr s par grafos finais do texto apresentam ind cios de que se deve abolir a escravid o por raz es humanit rias e econ micas. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 8 Quest o 10 I. [...] Se n o tivesse o nariz um pouco esparramado, seria de fato um homem muito belo. N o, n o, mesmo com aquele nariz, era bonito; talvez com outro, melhor proporcionado, ficasse bonito demais. Sim, era bonito, era um belo homem e Maria da F teve um arrepio e vontade de v -lo novamente. Mas sem demora se aborreceu pelo sentimento. Como podia permitir que isso acontecesse, mesmo que s em pensamento? N o, n o podia ser. Desde o come o que aprendera que, para ser considerada de valor igual ao dos homens, tinha de ser melhor, ainda mais precisando comand -los. N o, nada de fraqueza, nada de sentimentos t o perturbadores que podiam lev -la a devanear ou a escorregar, nada disso. Se fosse homem, podia ter at v rias mulheres, mas, sendo mulher, n o podia ter homem nenhum, exceto um que n o quisesse mandar nela ou achar que a tinha subjugado s porque a levara para a cama. Isso, por m, n o existia, era in til ficar pensando bobagens. II. Maria da F respondeu-lhe que n o concordava. Ele mesmo acreditava na liberdade, tanto assim que preferia morrer a viver sem ela. E n o acreditava tamb m na justi a? Ela acreditava na justi a, acreditava que um dia se faria justi a, que havia um povo e n o um bando de gente sem alma, gente rebotalho, acreditava que o povo devia tamb m acreditar nisso e que eles deviam fazer alguma coisa para que isso acontecesse. Mas saber o sentido de cada a o, n o sabia. Saber muito mais do que isto, n o sabia. E os segredos da canastra, ele lembrasse, eram mais segredos do como que segredos do porqu , ali s o como de se achar o porqu , j que o porqu estava nos segredos descoberto com a pr tica de cada um, e eles estavam praticando. RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p.395-396 e 399. Os dois fragmentos transcritos e a leitura do romance Viva o povo brasileiro permitem afirmar que Maria da F (01) apresenta inquieta es que resultam de uma concep o segundo a qual, para afirmar-se como ser humano, a mulher precisa neutralizar sua feminilidade. (Fragmento I). (02) tenta resgatar valores de justi a que justificam a luta de seu povo. (Fragmento II). (04) caracterizada, nos dois fragmentos, como algu m que aceita agir de acordo com normas preestabelecidas. (08) demonstra consci ncia de que o futuro come a a ser constru do hoje, coletivamente. (16) apresenta-se como personagem plana e transparente, de atitudes previs veis. (32) tematiza a ambival ncia de atitudes femininas marcadas pela androginia comportamental e fisiol gica. UFBA 2006 - 1 Fase - Portugu s - 9 Constante de Avogadro = 6,02 x 1023 (valor aproximado) -14 Kw = 1,0 x 10 (a 25 C) Ci ncias Naturais UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 10 Ci ncias Naturais QUEST ES de 11 a 30 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. Quest o 11 A escolha de 2005 [como o Ano Mundial da F sica] coincide com o centen rio da publica o dos primeiros trabalhos de Albert Einstein que revolucionaram a F sica. As cinco contribui es extraordin rias, que apareceram na prestigiosa revista alem Annalen der Physik, foram a teoria da relatividade especial, a introdu o do conceito de quantum de luz, a explica o do movimento browniano, a equival ncia entre massa e energia e um m todo de determina o de dimens es moleculares (sua tese de doutorado). O ano de 2005 assinala ainda o cinq enten rio de sua morte e o octog simo ano de sua passagem pelo Brasil. (STUDART, 2005, p.1). Considerando-se as teorias f sicas conhecidas poca das publica es de Einstein e as contribui es advindas de seus trabalhos para o desenvolvimento das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) O movimento browniano de um meio coloidal incompat vel com o princ pio de organiza o pr prio do sistema vivo. (02) A temperatura de um g s ideal diretamente proporcional energia cin tica m dia das suas mol culas. (04) A velocidade da luz, no v cuo, menor do que em um meio material transparente. (08) Um referencial dito inercial, quando ele est em repouso ou se move com velocidade constante em rela o a outro referencial inercial. (16) A excita o da clorofila por um f ton de luz propicia a convers o de energia solar em energia qu mica da glicose. (32) Se a quantidade de energia resultante da transforma o total de 1,0kg de mat ria igual a 13 23 9,0.10 kJ, ent o essa mesma quantidade de energia gerada a partir de 6,02.10 mol culas de hidrog nio, H2, ou de sacarose, C12H22O11. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 11 Quest o 12 Ve culos de comunica o, como Ci ncia Hoje, exercem importante papel de divulga o cient fica. Cientistas, ao longo dos s culos, v m construindo novos modelos que permitem melhor compreens o do mundo. Nas diferentes reas do conhecimento, a Ci ncia questiona, investiga e define conceitos que impactam as sociedades no curso da Hist ria. Repercuss es da produ o cient fica incluem (01) a prote o de alimentos contra a contamina o por microorganismos ___ um desdobramento industrial da pesquisa de Pasteur. (02) a produ o de antibi ticos sint ticos, resultante das pesquisas desenvolvidas por Albert Sabin sobre o agente causador da poliomielite. (04) a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming, e a produ o de antibi ticos dela derivados, como o representado pela estrutura molecular ao lado, que possui grupos funcionais encontrados em prote nas. (08) as m quinas t rmicas, que tiveram papel destacado na Primeira Revolu o Industrial, no final do s culo XVIII, e que resultaram da formula o do Princ pio da In rcia pelo f sico Galileu Galilei. (16) o desenvolvimento das telecomunica es, em n vel planet rio, que tem como base a teoria eletromagn tica formulada pelo f sico James Clerk Maxwell. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 12 Quest o 13 A vida como a concebemos (nem vamos especular aqui sobre formas de vida al m da nossa compreens o atual) uma feliz composi o de diversos ingredientes na medida certa, como atmosfera, luz, calor e gua. (ARAIA, 2005, p. 71-72). A partir da constata o de Araia, em rela o s condi es favor veis vida na Terra, s o pertinentes as seguintes considera es: (01) A presen a de luz na Terra foi uma condi o que possibilitou o processo de fotoss ntese, criando condi es para a origem da vida nesse planeta. 2 2 (02) A detec o de ondas solares de intensidade 1,4.10 W/m , na superf cie da Terra, a uma 11 dist ncia de 1,5.10 m do Sol, possibilita a determina o da pot ncia dissipada pelo Sol 13 de 2,1.10 W. (04) Temperaturas elevadas, incompat veis com a maioria dos seres vivos, n o exclu ram a possibilidade de adapta es evidenciadas como estrat gias em arqueobact rias. (08) As rea es qu micas ocorrem a partir do momento em que a energia das mol culas dos reagentes torna-se igual energia das mol culas dos produtos. (16) A evapora o de 1,0g de gua l quida, a 25 C e 1atm, consome 2,43kJ de energia, logo a entalpia da rea o representada por H2O( l ) H2O(g) aproximadamente igual a 43,8kJ. (32) A acelera o da gravidade da Terra 4 vezes maior do que a acelera o da gravidade em Marte, considerando-se que o raio e a massa de Marte s o, respectivamente, 2,5 vezes e 25 vezes menores do que o raio e a massa da Terra. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 13 QUEST ES 14 e 15 A pr pria natureza exerce a es de car ter corretivo sobre a composi o do ar, visando sua uniformiza o atrav s da dispers o de gases, precipita o de part culas ou assimila es e transforma es qu micas e biol gicas. Por m, sua efic cia limitada. Ultrapassados os limites, cabe a cada um de n s zelar pela qualidade do ar que respiramos. (BRANCO, MURGEL, 2004, p. 107). Quest o 14 Em rela o aos fen menos envolvidos nos processos de corre o da composi o do ar atmosf rico que reduzem a presen a de poluentes, correto afirmar: (01) As mol culas dos gases que constituem a atmosfera t m maior velocidade m dia em dias quentes do que em dias frios. (02) A dispers o de gases t xicos no ar atmosf rico torna-se mais dif cil nos dias mais quentes. (04) Part culas poluentes, de massas diferentes, lan adas ao mesmo tempo pela chamin de uma ind stria, com a mesma velocidade inicial e exclusivamente sob a a o gravitacional, atingem o solo no mesmo instante, depositando-se a , sob a forma de fuligens e poeiras. (08) Transforma es biol gicas incluem a libera o de oxig nio em rea es de decomposi o da gua pelos fotoaut trofos. (16) A rea o dos gases NO2 e SO2 com o vapor d gua presente na atmosfera eleva o pH do ar atmosf rico. (32) A oxida o do mon xido de carbono, na atmosfera, produz uma das subst ncias respons veis pelo efeito estufa. (64) A manuten o das taxas de carbono e nitrog nio ocorre em um fluxo efetivado por meio de fen menos puramente abi ticos. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 14 Quest o 15 Interven es humanas que objetivam a melhoria do ar que se respira nas cidades e nos campos s o evidenciadas nas proposi es (01) O manejo racional dos solos evita queimadas que produzem quantidades elevadas de g s carb nico, fuligem e cinzas. (02) A utiliza o de filtros de celulose nas chamin s de f bricas impede a dispers o, na atmosfera, de gases de densidade elevada. (04) A emiss o de gases poluentes pelo escapamento de ve culos automotores pode ser evitada com a utiliza o de um motor que opere segundo o ciclo de Carnot. (08) O uso alternativo do lcool como combust vel recomend vel por constituir energia de biomassa, n o liberando, portanto, gases associados s altera es clim ticas. (16) As concentra es superiores a 4,5ppm(m/V) de mon xido de carbono na atmosfera indicam polui o do ar e, assim, a manuten o da concentra o desse xido em valores inferiores a 4,5mg/mL de ar garante ar atmosf rico de boa qualidade. (32) A atra o de part culas poluentes que passam pelo filtro eletrost tico de duas placas paralelas no qual uma delas se encontra aterrada, enquanto a outra mantida a um potencial el trico dezenas de milhares de volts acima do potencial el trico da Terra se deve a o do campo el trico existente no filtro que retira el trons dessas impurezas. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 15 Quest o 16 A ilustra o apresenta parte do sistema muscular humano, detalha n veis de organiza o e destaca um sarc mero. Considerando-se aspectos associados fisiologia celular, correto afirmar: (01) A c lula muscular apresenta alto n vel de diferencia o, traduzido em especificidade de fun o em organismos multicelulares. (02) A densidade superficial de carga el trica em uma membrana de c lula muscular que apresenta, em m dia, 19 uma carga eletr nica de 1,6.10 C para cada quadrado 8 8 de 2.10 m de lado igual a 4.10 C/m2. (04) O citosol que apresenta pH igual a 6,5 tem concentra o de ons H3O+(aq) igual a 6,5mol/L. (08) A contra o de fibras musculares estriadas uma atividade caracterizada pela aus ncia de intera o com os demais sistemas que comp em o organismo. (16) A riqueza em actina e miosina reflete a acentuada express o seletiva de genes que integram um pequeno percentual do genoma humano. (32) A intensidade da for a el trica sobre um on Ca2+ que se encontra no interior de uma 12 membrana celular aproximadamente igual a 2,2.10 N, considerando-se a carga do 19 el tron igual a 1,6.10 C e a membrana sendo um capacitor de placas paralelas de 8 espessura 10 m e potencial el trico 70mV. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 16 Quest o 17 O Minist rio da Ci ncia e Tecnologia coordenou, neste ano de 2005, como parte da Semana Nacional de Ci ncia e Tecnologia, uma atividade integrada nacionalmente Brasil, Olhe Para a gua! , com o objetivo de discutir temas ligados gua. A estrutura, a qualidade e a reutiliza o da gua, a polui o dos rios e lagos e a vida nas guas foram alguns dos temas discutidos. (BRASIL, 2005). Uma abordagem das Ci ncias Naturais associada aos temas discutidos no evento referido no texto permite afirmar: (01) O m dulo da for a el trica resultante exercida pelos tomos de hidrog nio, de carga el trica q, sobre o tomo de oxig nio, de carga el trica 2q, em uma mol cula de H2O, 4k0 q2 no v cuo, igual a . cos , sendo d o comprimento das liga es OH, , o d2 ngulo formado entre essas liga es, e k0, a constante eletrost tica do v cuo. (02) O NaOCl, utilizado no tratamento da gua para consumo humano, um sal classificado como cido e, por isso, elimina os germens causadores de doen as. (04) Os consumidores, em ecossistemas terrestres, est o na estrita depend ncia dos produtores para a obten o da gua exigida para a manuten o do metabolismo org nico. (08) O alto calor espec fico da gua respons vel pela conserva o da vida nos lagos dos pa ses de inverno rigoroso, porque mant m a gua em estado l quido, no fundo desses lagos, com temperaturas em torno de 4 C. (16) A disponibilidade de gua constituiu-se fator decisivo na sele o de organismos que excretam res duos nitrogenados sob a forma de am nia. (32) Os rios contaminados pelos metais Cd e Hg cont m ons de elementos representativos, pertencentes a um mesmo per odo da Tabela Peri dica. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 17 Quest o 18 A cacha a pertence nobre fam lia das aguardentes, da eau de vie ou aquavit. O processo de produ o da bebida tem in cio com a planta o da cana-de-a car. Ap s a moagem da cana, a garapa colocada em condi es ideais para que os fermentos e as leveduras selecionados transformem o a car no lcool da cacha a dentro do ciclo biol gico natural que dura cerca de 24 horas. A garapa fermentada levada para alambiques, onde, destilada, separa-se em tr s fra es: cabe a, cora o e cauda. Os destilados de cabe a e de cauda s o ricos em subst ncias t xicas, que alteram o sabor da cacha a e devem ser eliminados. O destilado de cora o, fra o de melhor qualidade, deve apresentar teor alco lico em torno de 38% a 54%, segundo a legisla o brasileira. A partir dessas informa es, correto afirmar: (01) A energia contida nas mol culas de lcool et lico proveniente das reservas energ ticas acumuladas nas leveduras. (02) A convers o de cana-de-a car em lcool envolve uma via metab lica independente da a o de enzimas mitocondriais. (04) A produ o da cacha a em alambiques constitui um processo de destila o simples. (08) A destila o da garapa fermentada resulta de transforma es qu micas, porque separa subst ncias simples de diferentes pontos de ebuli o. (16) O destilado de cauda apresenta teor alco lico. (32) Um peda o maci o de parafina, de densidade 0,88g/cm3, permanece completamente imerso e em equil brio, quando colocado em uma mistura de volumes iguais aos dos destilados de cabe a, de densidade 0,80g/cm3, e de cauda, de densidade 1,00g/cm3. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 18 Quest o 19 (LOPES, 2003, p. A14). Considerando-se a absor o de carbono pelas plantas, na forma de CO2, e as informa es destacadas na reportagem, correto afirmar: 12 (01) Uma caracter stica comum s plantas que absorvem mais C a produ o de sementes com subst ncias de reserva em um nico cotil done. (02) A cana-de-a car, o milho, a uva e a cevada absorvem tomos de carbono com o mesmo n mero de pr tons. 13 (04) Plantas que absorvem menos C s o menos afetadas pela concentra o de CO2 como fator limitante do processo fotossint tico. (08) Os ons hipot ticos 12C+ levam menor tempo para alcan ar uma dist ncia horizontal d do que os ons hipot ticos 13C+, ap s submetidos a uma mesma diferen a de potencial el trico e, em seguida, lan ados, horizontalmente, em um espectr metro de tempo de v o. (16) Os ons hipot ticos 12C+ e 13C+ s o identificados, porque, quando acelerados por uma mesma diferen a de potencial e, em seguida, lan ados perpendicularmente a um campo magn tico uniforme, em um espectr metro de massa, realizam movimento circular uniforme com raios diferentes. (32) A concentra o de lcool de cana-de-a car em vinho nacional, de 3% em volume, corresponde de uma solu o preparada utilizando-se 3,0mL de lcool e 100,0mL de gua. UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 19 Quest o 20 Pesquisadores descobrem esp cies cobi adas em guas brasileiras. Elas eram capturadas por barcos pesqueiros estrangeiros sem que ningu m soubesse. [...] o caso do caranguejo de profundidade que chega a pesar 1,6 quilo e medir 18 cent metros. Ele encontrado a 500 metros abaixo da superf cie, a cerca de 180 quil metros da costa ao longo do trecho de litoral que vai de Florian polis fronteira com o Uruguai.[...] (ESCANDIUZZI, 2005, p. 54). Aristaeopsis edwardsiana (Camar o carabineiro) Lophius gastrophysus (Peixe-sapo) Chaceon ramosae (Caranguejo vermelho) A distribui o dos organismos em ambientes aqu ticos, fun o de suas estrat gias morfofisiol gicas, expressa a intera o de fatores bi ticos e abi ticos que pode ser configurada em situa es, como (01) Chaceon ramosae e Aristaeopsis edwardsiana s o crust ceos que, em fun o de seu modus vivendi, integram o primeiro n vel tr fico em comunidades de guas profundas. (02) A for a de empuxo sobre um peixe-sapo que flutua submerso em gua maior em guas profundas do que em guas rasas, desprezando-se as varia es nas densidades da gua e do peixe-sapo. (04) Ecossistemas marinhos apresentam absoluta autonomia em rela o aos ambientes terrestres e aos de transi o, como os manguezais. (08) O carbonato de c lcio, presente na carapa a de crust ceos, ap s hidr lise, provoca aumento da concentra o de ons OH (aq) no meio aqu tico. (16) O caranguejo de profundidade encontrado a 500,0m abaixo da superf cie da gua fica 6 submetido a uma press o de 5,0.10 Pa, causada pela gua, em um local em que o m dulo da acelera o da gravidade igual a 10,0m/s2 e a densidade da gua 1,0g/cm3. (32) O aumento da concentra o de CO2(aq) no meio aqu tico favorece o desgaste da carapa a do caranguejo de profundidade, constitu da por carbonato de c lcio, de acordo com a rea o 2HCO_ (aq) qu mica representada por CaCO3(s) + CO2(aq) + H2O( l ) Ca2+(aq) + 2HCO3 (aq) . UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 20 Quest o 21 Um estudo mostra por que algumas pessoas s o mais sujeitas a picadas de mosquitos do que outras. Na verdade, os mosquitos s o atra dos primeiramente pelo di xido de carbono no ar expirado. Eis porque os adultos e dentre eles os mais corpulentos costumam ser mais picados do que as crian as. Quanto maiores os pulm es, mais di xido de carbono eles exalam. S depois de se aproximarem da pessoa, atra dos pelo di xido, que os mosquitos s o capazes de avaliar quem, entre os integrantes do grupo, lhes garantir a refei o mais apetitosa. (O BANQUETE... 2004, p. 144). Os conhecimentos das Ci ncias Naturais, associados tem tica abordada no texto, permitem afirmar: (01) A obten o de prote nas, essenciais fecundidade das f meas, a partir da ingest o de sangue, uma estrat gia que se inclui entre os h bitos alimentares em mosquitos. (02) O di xido de carbono resultante da respira o produto da hematose, ou seja, da convers o de gases realizada ao n vel dos alv olos pulmonares. (04) A massa de di xido de carbono expirada pelo ser humano a 27 C e 1atm de press o ocupa, nessas condi es, maior volume do que o ocupado pela mesma massa gasosa, nas condi es normais de temperatura e press o. (08) Os mosquitos s o rapidamente atra dos pelo di xido de carbono contido no ar que sai dos pulm es, porque esse g s se difunde na atmosfera com velocidade maior que a do g s oxig nio. (16) O resfriamento de repelentes embalados para uso sob a forma de aerossol decorre de uma expans o adiab tica dos gases da mistura. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 21 Quest o 22 Pl stico de soja, tecido de fibra de milho e at fibras prova de bala v m sendo criados por cientistas que pin am na natureza os genes que d o caracter sticas especiais a animais e plantas e os implantam em organismos que passam, assim, a produzir mat ria-prima que serve para a fabrica o de milhares de produtos. O biosteel, ou a o biol gico, foi desenvolvido a partir de teias de aranha das esp cies Araneus diadematus e Nephila clavipes. O biosteel est sendo testado na confec o de uniformes militares e na blindagem de aeronaves e ve culos de combate. O geneticista El bio Rech Filho, que concluiu o genoma de uma esp cie de aranha da Amaz nia, criou uma soja transg nica com o gene do aracn deo. (COUTINHO, 2004, p. 143). Considerando-se a produ o e a aplica o de materiais resultantes da biotecnologia, pode-se afirmar: (01) A produ o da teia de aranha envolve a atividade de bioss ntese, com base em informa o gen tica especificada em seq ncias nucleot dicas. (02) O procedimento de cria o de uma soja que produz prote nas espec ficas de aracn deo se fundamenta na universalidade do c digo gen tico. (04) A tenacidade uma caracter stica de materiais fabricados a partir do biosteel. (08) O a o comum, uma liga de ferro e carbono, tem composi o fixa, porque formado por subst ncias simples. (16) O kevlar, , uma fibra mais resistente que o a o, utilizada na confec o de equipamentos de combate, um pol mero obtido por meio de rea o de condensa o. (32) Uma lente bic ncava, feita de material pl stico transparente de soja, pode ser utilizada para corre o de miopia, desde que a sua dist ncia focal seja adequada ao grau de miopia apresentado pelo paciente. (64) A tens o suportada por um cabo de a o ideal que puxa, verticalmente para cima, um elevador de massa m, com acelera o a, igual a m(g a), sendo g o m dulo da acelera o da gravidade local. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 22 Quest o 23 O poder do licuri O leo agridoce que escorre da polpa e da fibra do licuri t o saboroso quanto a am ndoa o popular coquinho vendida em forma de ros rio nas feiras livres do Nordeste, de Pernambuco at o sul da Bahia, e igualmente rico em c lcio, magn sio, cobre e zinco. Saborosos e nutritivos tamb m s o os produtos aliment cios desenvolvidos a partir da polpa e da am ndoa do licuri, em forma de conserva, barra de cereais e farinha [...]. (DONATO, 2005, p. 4). Sobre os aspectos nutricionais do licuri e seu potencial como fonte energ tica, correto afirmar: (01) O licuri rico em metais alcalinos e em elementos de transi o interna. (02) Os elementos qu micos c lcio, magn sio, cobre e zinco, presentes no licuri, formam ons divalentes de raios menores do que os respectivos raios at micos. (04) O leo extra do do licuri um composto obtido a partir da rea o entre um cido graxo e uma base forte. (08) Uma dieta base de licuri atende especificamente o suprimento de amino cidos necess rios constru o de componentes celulares. (16) O organismo de uma crian a que faz uma refei o de 600,0kcal enriquecida com licuri absorve energia suficiente para desenvolver pot ncia de 2,0kcal/min durante 1 hora, considerando-se que o organismo tem rendimento igual a 20%. (32) O rendimento de uma m quina t rmica que opera segundo o ciclo de Carnot tendo como fluido operante o biodiesel obtido a partir do leo de licuri diminui, se esse biodiesel for substitu do por etanol. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 23 Quest o 24 Por muito tempo, sistemas de sa de p blica consideravam como limite de normalidadde uma taxa de glicemia que n o excedesse 110 miligramas por decilitro de sangue. Tamb m consideravam como limite de normalidade uma taxa de 240 miligramas de colesterol por decilitro de sangue. N o havia um par metro para os valores-limite para hipertens o. Atualmente, esses valores foram reduzidos, sendo considerados como aceit veis os n veis de glicemia at 100 miligramas por decilitro de sangue e os de colesterol at 200 miligramas por decilitro de sangue e a press o arterial n o superior a 12mmHg por 8mmHg. Uma an lise dessas informa es consideradas no contexto da F sica, da Qu mica e da Biologia, permite afirmar: (01) A diferen a entre os par metros antigo e atual para as taxas de glicemia de aproximadamente 0,001mol de glicose, C6H12O6, por litro de sangue. 4 (02) O indiv duo que apresenta menos de 9,0.10 g de glicose por mililitro de sangue considerado diab tico de acordo com o par metro de normalidade atual. (04) O controle da glicemia est subordinado a o do glucagon e da insulina horm nios que atuam de modo antag nico. (08) A varia o entre a press o sist lica de 12mmHg e a diast lica de 8mmHg, em uma pessoa com a press o normal, equivalente quela exercida na base da coluna de gua de 4,0cm de altura, sendo as densidades do merc rio e da gua iguais, respectivamente, a 13,6g/cm3 e a 1,0g/cm3. (16) A taxa de colesterol no organismo humano deve ser mantida pr ximo a zero, a fim de garantir a fluidez das membranas celulares. (32) As condi es de normalidade e de doen a s o express es multifatoriais da intera o gen tipo-meio. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 24 Quest o 25 Em rela o a materiais magn ticos e a organismos que expressam atividade magn tica, pode-se afirmar: (01) O Fe3O4, que constitui um m natural, denominado xido de ferro III, segundo a IUPAC. (02) Um pequeno prego enrolado por um fio condutor percorrido por uma corrente el trica cont nua comporta-se como um m . (04) A condutibilidade el trica de uma liga de sam rio e cobalto, utilizada na fabrica o de motores e alto-falantes, justificada pela presen a de um composto i nico formado por esses metais. (08) O m dulo do campo magn tico gerado no eixo de um solen ide, mantido sob tens o U, diretamente proporcional ao quadrado do raio R da se o transversal do fio de resistividade el trica e comprimento l , que constitui o solen ide. (16) Bact rias que apresentam orienta o magn tica locomovem-se por flagelos impulsionados por energia proveniente de for as magn ticas, dispensando o suprimento de ATP. (32) A simplicidade de organiza o da bact ria magnetoest tica subordina esse organismo a o do ambiente, sem configurar uma resposta dependente de informa o gen tica. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 25 Quest o 26 [...] com a conex o de nanopart culas magn ticas a c lulas cancerosas, seria poss vel aplicar um campo magn tico alternado suficientemente forte para movimentar essas part culas e aquecer o tumor, provocando a elimina o do c ncer sem os indesejados efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia. (KNOBEL, 2005, p. 26). Em refer ncia s terapias do c ncer citadas no texto, correto afirmar: (01) O aumento da temperatura local est associado ao aumento da energia potencial el trica m dia do sistema constitu do pelas part culas da c lula cancerosa e pelas nanopart culas. (02) A aplica o de campos magn ticos alternados levar mudan a peri dica da orienta o dos campos magn ticos das nanopart culas. (04) O aumento da temperatura produzido pela vibra o de nanopart culas aumenta a probabilidade de rutura de liga es qu micas e de morte das c lulas cancerosas. (08) Nanopart culas magn ticas substituem, com xito, as fibras prot icas que orientam a distribui o eq itativa dos cromossomos na tel fase, favorecendo divis es mit ticas normais. (16) O aquecimento do tumor pelo magnetismo, desnaturando prote nas essenciais funcionalidade celular, pode justificar sua utiliza o no tratamento do c ncer. (32) O is topo 60Co, utilizado em radioterapia, tem massa at mica igual a 60g. Co 27 RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 26 Quest o 27 (COUTINHO, 2005, p. 54-59). Com rela o ao amplo leque de quest es que envolvem a problem tica da Amaz nia, sob a ptica das Ci ncias Naturais, pode-se afirmar: (01) A substitui o de floresta nativa por plantio de soja e pecu ria configura-se como um problema ambiental, por inviabilizar a ocorr ncia do ciclo biol gico do carbono no ecossistema. (02) O m dulo da velocidade m dia, em rela o s margens, de um barco que vai, de Manaus at 2 2 vB vC Urucu, descendo o rio e, em seguida, retorna cidade de partida igual a , vB desconsiderando-se o tempo gasto na manobra e sendo vB o m dulo da velocidade do barco, em rela o gua, e vC, o m dulo da velocidade da correnteza em rela o s margens. (04) O on As5+ que produzido durante a minera o do mangan s e que contamina len is fre ticos da Regi o Amaz nica tem, na eletrosfera, 38 el trons. (08) Um g s natural, com press o p, contido em um compartimento de volume V acoplado 3 a um gasoduto expande-se isotermicamente, com a abertura da v lvula, para outro 2p compartimento de volume 2V , ficando com press o final igual a . 3 3 (16) O alum nio obtido por meio da eletr lise gnea da bauxita purificada, Al2O3, de acordo com a equa o qu mica global, n o balanceada, Al2O3( l ) + C(s) Al( l ) + CO2(g), e, desse modo, s o produzidos 54,0g do metal a partir de 102,0g do xido, considerando-se 100% de rendimento da rea o. (32) A atividade devastadora de madeireiras adentrando a floresta corrigida pelo reflorestamento que recomp e, com sucesso, a biodiversidade original. UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 27 Quest o 28 Os cosm ticos, com pouqu ssimas varia es, cont m como ingrediente b sico a lanolina, que se constitui de uma mistura de cidos graxos e steres, tem propriedades hidrof licas e absorvida pela pele. Apesar de resultarem da mistura de vitaminas, algas, extratos de embri o e cidos, entre outros, n o existem evid ncias de que os cosm ticos realmente funcionem. Atualmente, costuma-se colocar, em suas f rmulas, vitaminas C e E, que pertencem ao grupo das hidrossol veis e antioxidantes, mas cujos efeitos por absor o cut nea n o est o documentados cientificamente de forma irrefut vel. A prepara o de alguns cremes positivamente bizarra, envolvendo fermenta o durante meses, ao som de borbulhas gravadas em fermenta es anteriores, e com pulsos peri dicos de luz para energizar o creme . Com base em conhecimentos das Ci ncias Naturais, uma an lise dessas informa es permite afirmar: (01) A lanolina, como um produto org nico, caracteriza uma excre o realizada por c lulas que comp em gl ndulas end crinas. (02) A absor o da lanolina, servindo como ve culo em cosm ticos, deve ser associada s propriedades que lhe permitem interagir com a bicamada lip dica. (04) As vitaminas C e E, na condi o de subst ncias antioxidantes, s o reduzidas em rea es qu micas. (08) Os compostos ZnO e TiO2, presentes na composi o de muitos cosm ticos, s o xidos neutros, porque reagem com cidos e bases fracas sem agredir a pele. (16) A propaga o da energia luminosa se deve a varia es de press o no meio em que ela se propaga. (32) A presen a de uma camada de ar, entre as paredes duplas de embalagens de cremes faciais, dificulta a propaga o de calor por condu o e por convec o t rmica, favorecendo a conserva o desses produtos. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 28 Quest o 29 A entropia de uma natureza-morta um meio de corrigir a natureza Merc de sua fant stica genialidade, o famoso pintor surrealista espanhol Salvador Dal (1904-1989) tra ou com seu pincel e, ao comentar seu quadro com a frase acima, descreveu com sua pena a id ia de um universo em que a normalidade est subvertida: h ma s que voam, gua que sobe saindo do gargalo de uma garrafa, um p ssaro est tico, pairando no ar... Ele pr prio descrevia as imagens que criava como sonhos fotogr ficos pintados m o . (TORRES e outros, 2001, p. 264). Associando-se conhecimentos cient ficos aos sonhos fotogr ficos pintados m o por Dal , correto afirmar: (01) A quantidade de energia aproveit vel do universo diminui, medida que os fen menos naturais o levam para estados de desordem crescente. (02) A diferen a entre as varia es das entropias nas fontes quente e fria de uma m quina t rmica que opera entre as temperaturas de 27,0 C e 127,0 C, fornecendo 800,0J em cada ciclo da subst ncia operante e rejeitando 400,0J para a fonte fria, igual a 4,0J/K. (04) O di xido de tit nio, TiO2, o pigmento branco, atualmente utilizado na fabrica o de tintas, um composto que, dissolvido em gua, impede a passagem da corrente el trica na solu o. (08) O cido linol nico, C17H29COOH, usado como secante em pinturas a leo, apresenta cadeia carb nica insaturada. (16) A apar ncia est tica de certos p ssaros no ar implica, paradoxalmente, alta taxa metab lica, traduzida em elevado consumo de oxig nio. (32) A ma , sob condi es naturais, representa a possibilidade de dispers o da esp cie, independentemente da incapacidade de deslocamento da planta. UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 29 Quest o 30 Aquarela Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas f cil fazer um castelo. Corro o l pis em torno da m o e me dou uma luva, E se fa o chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva. Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, Num instante imagino uma linda gaivota a voar no c u. Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul, Vou com ela, viajando, Hava , Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela branco, navegando, tanto c u e mar num beijo azul. Entre as nuvens vem surgindo um lindo avi o rosa e gren . Tudo em volta, colorindo, com suas luzes a piscar Basta imaginar e ele est partindo, sereno e lindo E se a gente quiser ele vai pousar. (TOQUINHO; VIN CIUS, 2005). Imagens contidas nos versos da can o, que inspiram diferentes abordagens na rea das Ci ncias Naturais, permitem afirmar: (01) A base biol gica do processo criativo envolve redes neurais que se estabelecem a partir de intera es dependentes da a o de mediadores qu micos ao n vel das sinapses. (02) A percep o das cores se concretiza na retina, onde o est mulo processado, e a resposta visual, efetivada. (04) A cor uma propriedade qu mica da mat ria, indispens vel na identifica o das subst ncias. (08) A emiss o de diferentes cores por elementos qu micos, em determinadas condi es, est associada a determinados movimentos de el trons nos tomos. (16) As cores da aquarela constitu da do espectro do arco- ris podem ser reproduzidas com a incid ncia de luz branca sobre a superf cie da gua contida em um recipiente com fundo plano espelhado. (32) O c u, onde h uma linda gaivota a voar, azul, porque a radia o do espectro da luz solar que se refrata na atmosfera terrestre predominantemente de cor azul. RASCUNHO UFBA 2006 - 1 Fase - C. Naturais - 30 REFER NCIAS ARAIA, Eduardo. Vida fora da Terra: em busca de outros mundos habitados. Planeta, S o Paulo, v. 389, n.2, fev. 2005. BRANCO, Samuel Murgel; MURGEL, Eduardo. Polui o do ar. 2. ed. reform. S o Paulo: Moderna, 2004. (Cole o Pol mica) BRASIL. Minist rio da Ci ncia e Tecnologia (Coord.) Semana Nacional de Ci ncia e Tecnologia. 3-9 out. 2005. F lder informativo. Adaptado. COUTINHO, Leonardo. Esta roupa de milho. Veja, S o Paulo, ano 37, n. 31, ed. 1862, 4 ago. 2004. Adaptado. ______. A m rtir da floresta. In:______, S o Paulo, ano 38, n. 8, ed. 1893, 23 fev. 2005. DONATO, Ari. Licuri: ouro verde do semi- rido. A Tarde, Salvador, 27 jun. 2005. Rural. Suplemento. Adaptado. ESCANDIUZZI, Fabr cio. No anzol dos outros. poca, S o Paulo, n. 358, 28 mar. 2005. KNOBEL, Marcelo. Aplica es do magnetismo. Ci ncia Hoje, Rio de Janeiro, v. 36, n. 215, maio 2005. Revista de divulga o cient fica da S.B.P.C. Adaptado. LOPES, Reinaldo Jos . tomo denuncia lcool de cana em vinho. Folha de S. Paulo, S o Paulo, 23 dez. 2003. Folha Ci ncia. O BANQUETE dos mosquitos. Veja, S o Paulo, ano 37, n. 31, ed. 1862, 4 ago. 2004. Adaptado. STUDART, Nelson. Einstein e o Ano Mundial da F sica. Revista Brasileira de Ensino de F sica. 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Naturais - 31 CONCURSO VESTIBULAR 2006 GABARITO PROVA DE PORTUGU S E CI NCIAS NATURAIS 1 FASE QUEST O 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 PROPOSI ES VERDADEIRAS GABARITO 04 + 08 + 32 04 + 08 + 16 01 + 02 + 04 01 + 02 + 08 + 16 02 + 08 + 16 + 32 08 + 16 + 32 01 + 02 + 08 + 16 + 32 04 + 16 + 64 01 + 04 + 08 + 16 01 + 02 + 08 02 + 08 + 16 01 + 04 + 16 04 + 16 + 32 01 + 04 +08 + 32 01 + 32 01 + 16 + 32 01 + 16 02 + 16 02 + 08 + 16 08 +16 + 32 01 + 04 + 16 01 + 02 + 04 + 16 + 32 02 + 16 01 + 04 + 32 02 + 08 02 + 04 + 16 02 + 16 02 + 32 01 + 08 + 16 + 32 01 + 08 + 16 44 28 07 27 58 56 59 84 29 11 26 21 52 45 33 49 17 18 26 56 21 55 18 37 10 22 18 34 57 25 Em 20 de novembro de 2005 NELSON ALMEIDA E SILVA FILHO DIRETOR DO SSOA/UFBA

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