Popular ▼   ResFinder  

UFBA Vestibular de 2005 - PROVAS 2ª FASE - Português

9 páginas, 6 perguntas, 0 perguntas com respostas, 0 respostas total,    0    0
vestibular
  
+Fave Message
 Página Inicial > vestibular > UFBA (Universidade Federal da Bahia) >

Instantly get Model Answers to questions on this ResPaper. Try now!
NEW ResPaper Exclusive!

Formatting page ...

Portugu s QUEST ES de 01 a 06 LEIA CUIDADOSAMENTE O ENUNCIADO DE CADA QUEST O, FORMULE SUAS RESPOSTAS COM OBJETIVIDADE E CORRE O DE LINGUAGEM E, EM SEGUIDA, TRANSCREVA COMPLETAMENTE CADA UMA NA FOLHA DE RESPOSTAS. INSTRU ES: Responda s quest es, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e leg vel. Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais mai sculas. O rascunho deve ser feito no espa o reservado junto das quest es. Na Folha de Respostas, identifique a numera o das quest es e utilize APENAS o espa o correspondente a cada uma. Ser atribu da pontua o ZERO quest o cuja resposta n o se atenha situa o ou ao tema proposto; esteja escrita a l pis, ainda que parcialmente; apresente texto incompreens vel ou letra ileg vel. Ser ANULADA a prova que n o seja respondida na respectiva Folha de Respostas; esteja assinada fora do local apropriado; possibilite a identifica o do candidato. Quest o 01 (Valor: 15 pontos) Respirei e sentei-me. D. Pl cida atroava a sala com exclama es e l stimas. Eu ouvia, sem lhe dizer coisa nenhuma; refletia comigo se n o era melhor ter fechado Virg lia na alcova e ficado na sala; mas adverti logo que seria pior; confirmaria a suspeita, chegaria o fogo p lvora, e uma cena de sangue... Foi muito melhor assim. Mas depois? que ia acontecer em casa de Virg lia? mat -la-ia o marido? espanc -la-ia? encerr -la-ia? expuls -la-ia? Estas interroga es percorriam lentamente o meu c rebro, como os pontinhos e v rgulas escuras percorrem o campo visual dos olhos enfermos ou cansados. Iam e vinham, com o seu aspecto seco e tr gico, e eu n o podia agarrar um deles e dizer: s tu, tu e n o outro. De repente vejo um vulto negro; era D. Pl cida, que fora dentro, enfiara a mantilha, e vinha oferecer-se-me para ir casa do Lobo Neves. Ponderei-lhe que era arriscado, porque ele desconfiaria da visita t o pr xima. ASSIS, Machado de. Mem rias p stumas de Br s Cubas. 2. ed. S o Paulo: FTD, 1992. p. 149. (Cole o Grandes Leituras). Transpor a obra narrativa para o cinema um processo complexo que implica a elei o de a es a serem representadas, pois num filme est o envolvidas diferentes linguagens al m da verbal. No trecho transcrito do romance Mem rias P stumas de Br s Cubas, de Machado de Assis, indique a parte da narrativa que oferece dificuldade de transposi o para a linguagem f lmica e explique de que modo essa dificuldade pode ser resolvida. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 5 Quest o 02 (Valor: 15 pontos) I. Lembro-me do soldado vesgo e de farda branca que, na Col nia Correcional, ao receber-nos, amea ava destruir-nos, n o num forno cremat rio, mas pouco a pouco. Dizia aos rec m-chegados: Aqui n o h direito. Escutem. Nenhum direito. Quem foi grande esque a-se disto. Aqui n o h grandes. Tudo igual. Os que t m protetores ficam l fora. Aten o. Voc s n o v m corrigir-se, est o ouvindo. N o v m corrigir-se: v m morrer. Todos iguais ladr es e ladr es , nenhum direito, os soldados podiam jogar-nos impunemente no ch o, rolar-nos a pontap s. E finar-nos- amos devagar. Os que t m protetores ficam l fora. SANTIAGO, Silviano. Em liberdade: uma fic o de Silviano Santiago.4. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 31. II. GUERNICA (1937). Pablo Picasso - obra que retrata a Guerra Civil Espanhola. HARRIS, Nathaniel. Vida e obra de Picasso. Tradu o Talita M. Rodrigues. 2. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 58-59. A luta contra o autoritarismo e a intoler ncia tem inspirado escritores e artistas de todas as pocas. Comente o tratamento dado a esse tema no romance Em Liberdade, de Silviano Santiago; no quadro Guernica de Pablo Picasso e no filme A Exc ntrica Fam lia de Ant nia, de Marleen Gorris. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 6 Quest o 03 (Valor: 20 pontos) I. Sinhazinha, qu cocada hoje? N o, respondeu Capitu. Cocadinha t boa. V -se embora, replicou ela sem rispidez. De c ! disse eu descendo o bra o para receber duas. Comprei-as, mas tive de as comer sozinho; Capitu recusou. Vi que, em meio da crise, eu conservava um canto para as cocadas, o que tanto pode ser perfei o como imperfei o, mas o momento n o para defini es tais; fiquemos em que a minha amiga, apesar de equilibrada e l cida, n o quis saber de doce, e gostava muito de doce. Ao contr rio, o preg o que o preto foi cantando, o preg o das velhas tardes, t o sabido do bairro e da nossa inf ncia: Chora, menina, chora, Chora, porque n o tem Vint m, a modo que lhe deixara uma impress o aborrecida. Da toada n o era; ela a sabia de cor e de longe, usava repeti-la nos nossos jogos da puer cia, rindo, saltando, trocando os pap is comigo, ora vendendo, ora comprando um doce ausente. [...] ASSIS , Machado de. Dom Casmurro. 27. ed. S o Paulo: tica, 1994. p. 37. (S rie Bom Livro). II. Na plan cie avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem tr s l guas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, atrav s dos galhos pelados da catinga rala. Arrastaram-se para l , devagar, sinha Vit ria com o filho mais novo escanchado no quarto e o ba de folha na cabe a, Fabiano sombrio, cambaio, o ai a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cintur o, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atr s. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 9. III. Estou vendo, estou vendo disse Lel u. Que que eu posso fazer, n o sou o reis dos mares. Todo dia a gente come o peixe ia dizendo e um dia o peixe tem de comer um. Mas n o disse, ficou escutando incr dulo o que lhe pediam. T todos dois doidos, doidos, doidos sentenciou, virando as costas. Est certo, podiam estar doidos, mas que custava Lel u concordar com o que propunham? Custa meu barco respondeu zangado. Se aquele bicho mascou o bote como quem mastiga um carapicu frito, com meu barco que ele vai palitar os dentes? RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 258. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 7 As rela es entre l ngua e sociedade s o indiscut veis. Explique o modo como a diversidade ling stica se manifesta nos fragmentos transcritos. Quest o 04 (Valor: 15 pontos) Esfor o-me para n o fazer fic o a partir dos acontecimentos que narro neste di rio.[...] N o gosto de imaginar como as pessoas se encontram, como as coisas acontecem, gerando enfado ou surpresa; n o gosto de imaginar que frases s o ditas, que gestos s o feitos. Pego, na minha lembran a, uma cena antiga, constru da pelo meu cotidiano, e trabalho-a segundo a minha inten o no romance. Como um bom cozinheiro, recheio a personagem com a minha pessoa, antes de ass -la no forno da imagina o po tica. Transformo-a em personagem que pode apetecer os mais requintados gostos. Como bom copeiro, ponho a mesa, pratos e talheres para a situa o banal do dia-a-dia, enriquecendo-a de detalhes acess rios e significativos. Gosto que tudo signifique. At uma v rgula. SANTIAGO, Silviano. Em liberdade: uma fic o de Silviano Santiago.4. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 98-99. Leia o fragmento transcrito e explique a forma como a fun o metaling stica nele se manifesta. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 8 Quest o 05 (Valor: 15 pontos) [...] I. Crimes da terra, como perdo -los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns achei belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Ra o di ria de erro, distribu da em casa. Os ferozes padeiros do mal. Os ferozes leiteiros do mal. P r fogo em tudo, inclusive em mim. Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Por m meu dio o melhor de mim. Com ele me salvo e dou a poucos uma esperan a m nima. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, nibus, rio de a o do tr fego. Uma flor ainda desbotada ilude a pol cia, rompe o asfalto. Fa am completo sil ncio, paralisem os neg cios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor n o se percebe. Suas p talas n o se abrem. Seu nome n o est nos livros. feia. Mas realmente uma flor. Sento-me no ch o da capital do pa s s cinco horas da tarde e lentamente passo a m o nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maci as avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em p nico. feia. Mas uma flor. Furou o asfalto, o t dio, o nojo e o dio. ANDRADE, Carlos Drummond de. A flor e a n usea. In: Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. p. 98. II. Ainda por cima, a menina nasceu n o s antes do dia como antes da hora, por assim dizer. Nasceu quase dentro do saveiro em que viajavam para a Encarna o e ningu m contava com isso, pois pelas contas ela era para nascer em mar o. [...] Te segura, aperta essas pernas! gritara Nego Lel u, que nunca havia imaginado ficar t o inquieto vendo pela primeira vez uma mulher parir. J t chegando, j t chegando, j vamo chegando, j cheguemos! Mas n o tinham chegado e, ao atracarem s pressas, o pessoal de terra segurando a borda do barco com as m os porque nem tempo de fazer as amarras houve, foram carregando Vev para a casinha de da Hora com a menina j botando o cocuruto pelo meio das pernas da m e e, assim que a deitaram, o nascimento se completou. Da Hora nem acreditou que era primeiro filho nem que era de oito meses e meio, uma menina t o forte, de choro t o estridente, um parto que mais parecia uma bufa ficou desconfiada. E Lel u tamb m ficaria, se n o tivesse praticamente testemunhado todos os acontecimentos que levaram quele parto e se, mesmo enrolada num pano e de olhos fechados, n o se visse que a menina era mulata, talvez puxada ao UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 9 pai. Foi o que se foi vendo mais tarde, pois, apesar da pele azeitonada parecida com a da m e, os cabelos eram praticamente lisos e os olhos que lindos olhos tinha a serelepe! verdes, verdes, verdes como duas contas, t o bonitos que vinha gente v -los, tinham feito fama. RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 254-255. Considerando o contexto do poema de Carlos Drummond de Andrade e o do romance Viva o Povo Brasileiro, analise o nascimento da flor e o da menina, nas respectivas obras, evidenciando o simbolismo de cada um. Quest o 06 (Valor: 20 pontos) I. O meu dono come ou a andar para casa e eu l fui atr s, era para isso que existia. N o falou ao major da mijada que dera nos cal es, devia ter vergonha. Mas era evidente. Eu n o vi, quem sou eu para entrar na casa onde despacham os nobres directores da majest tica Companhia das ndias Ocidentais? Tinha uma certa curiosidade em conhecer o director Nieulant. Diziam ser o melhor dos dois representantes da toda poderosa Companhia, fundada para colonizar os territ rios volta do Atl ntico. Mas tive de ficar na rua, espera de Baltazar Van Dum. Tudo o que possa vir a saber do ocorrido dentro do gabinete ser gra as imagina o. Sobre este caso e sobre muitos outros. Um escravo n o tem direitos, n o tem nenhuma liberdade. Apenas uma coisa lhe n o podem amarrar: a imagina o. Sirvo-me sempre dela para completar relatos que me s o sonegados, tapando os vazios. PEPETELA. A gloriosa fam lia: o tempo dos flamengos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 14. II. Pare o conhecer nos menores detalhes essa nordestina, pois se vivo com ela. E como muito adivinhei a seu respeito, ela se me grudou na pele qual melado pegajoso ou lama negra. Quando eu era menino li a hist ria de um velho que estava com medo de atravessar um rio. E foi quando apareceu um homem jovem que tamb m queria passar para a outra margem. O velho aproveitou e disse: Me leva tamb m? Eu bem montado nos teus ombros? O mo o consentiu e passada a travessia avisou-lhe: J chegamos, agora pode descer. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 10 Mas a o velho respondeu muito sonso e sabido: Ah, essa n o! t o bom estar aqui montado como estou que nunca mais vou sair de voc ! Pois a datil grafa n o quer sair dos meus ombros. [...] LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 21-22. III. A mulher que me escreve tem que continuar a me escrever. A qualquer pre o. Sei como fazer. [...] Para continuar a me escrever, a mulher que me escreve precisa continuar a viver. E para continuar a viver, ela precisa de algu m que lhe fa a companhia, no seu desespero e no seu arrependimento e no seu remorso. Ela precisa de algu m que a ajude a carregar a pr pria culpa. [...] Eu odeio a mulher que me escreve. Mais uma vez, ela falou, porque eu quis. A minha vontade a conduz pelos elos da minha imagina o. Desejei ouvi-la no seu del rio, s para sentir at que ponto eu a odeio. Ela me odeia. Estamos vivas. Escravas uma da outra. Minha autora espera ansiosamente terminar este livro. Olha as folhas escritas e suspira, sem saber o que eu sei. Sei o que preciso, para levar adiante a minha est ria. Agora a mulher que me escreve tem outros motivos para se recusar a me escrever. [...] CUNHA, Helena Parente. Mulher no espelho. S o Paulo: Art Ed., 1985. p.142; 154-155. Considere cada fragmento no contexto do romance do qual foi extra do e comente o foco narrativo nas tr s obras, explicitando as rela es do narrador com as personagens da trama. UFBA 2005 - 2 fase - Portugu s - 11 SERVI O P BLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA SERVI O DE SELE O, ORIENTA O E AVALIA O VESTIBULAR 2005 2 FASE GABARITO PORTUGU S Quest o 01 (valor: 15 pontos) O narrador-personagem, Br s Cubas, no fragmento, reflete consigo mesmo, narra suas a es internas, o que dificulta uma transposi o para o cinema, sem que haja adequa o de procedimentos formais, como uso de signos ic nico, ling stico, sonoro e musical, cuja heterogeneidade dist ingue o texto f lmico do texto verbal. A dificuldade existente nas linhas 2 a 8 poderia ser resolvida: atrav s do uso da linguagem escrita legenda; atrav s do uso de uma voz off narrador; atrav s de quadros, bal es que reproduzem a situa o, como n as revistas em quadrinhos transposi o do discurso interior para o discurso direto, criando -se a possibilidade de o personagem narrador dialogar com outro personagem, exteriorizando, dessa forma, os seus pensamentos. Quest o 02 (valor: 15 pontos) A luta contra o autoritarismo e a intoler ncia manifesta -se em Em Liberdade, de Silviano Santiago, atrav s da cr tica aos governos (tomando como par metro o Governo Vargas)ante a den ncia das pr ticas carcer rias no Brasil: Aqui n o h direito. Escutem. Nenhum direito. No filme, Ant nia desafia os padr es de comportamento de um vilarejo tradicional, onde as apar ncias e a hipocrisia s o regras dominantes. J em Guernica, Picasso retrata a guerra que tudo destr i, manifestando seu horror diante do autoritarismo de Franco e da intoler ncia maior em tempo de conflito. Quest o 03 (valor: 20 pontos) Os fragmentos transcritos confirmam que a l ngua varia sob a influ ncia de v rios fatores. Assim, no texto 1, percebem-se diferen as de uso em rela o linguagem atual, que explicam a varia o cronol gica: Sinhazinha , preg o , toada , mas tive de as comer... , a modo que . Tamb m est o presentes no texto 1, tra os que caracterizam a varia o social, revelando a origem sociocultural do falante: qu , t . No texto 2, a diversidade ling stica manifesta -se no vocabul rio t pico de uma regi o da catinga: juazeiros , galhos pelados da catinga rala , escanchado no quarto , ba de folha , cambaio , o ai a tiracolo , a cuia pendurada , espingarda de pederneira e na linguagem usada pelo narrador, de padr o culto. Finalmente, no texto 3, destaca-se a varia o social, manifestada atrav s da fala de Lel u: n o sou o reis dos mares. , T todos dois doidos j o narrador utiliza norma culta, evidenciando que ocupa um outro estrato na sociedade. Quest o 04 (valor: 15 pontos) A fun o metaling stica tem destaque quando, num texto, se discute o processo de sua constru o, quando se reflete sobre o funcionamento da linguagem. No fragmento transcrito, o narrador-personagem explicita os crit rios que utiliza para escrever, usando, inclusive, a met fora do bom cozinheiro : recheio a personagem com a minha pessoa, antes de ass -la no forno da imagina o po tica, como um bom copeiro (...) significativos . Quest o 05 (valor: 15 pontos) No poema de Carlos Drummond de Andrade, numa realidade esp cio -temporal ca tica, (paradoxal) verifica -se o nascimento de uma flor , contrapondo -se imagem anterior, como se fosse uma esperan a m nima que surge. O nascimento da f lor quebra a rotina violenta do cotidiano e introduz o elemento l rico, s mbolo de esperan a (fr gil) de um novo tempo, confian a no renovar -se dos dias, na humaniza o da realidade. O nascimento da flor, como o nascimento da menina Maria da F - , no livro de Jo o Ubaldo, um momento hist rico em que uma outra realidade se configura: o ato inaugural, com seu car ter m tico. Daf , nascida de um ato de viol ncia, primeira vista poderia ser apenas mais um ser marginal, fadado ao destino subumano do povo negro ou mesti o, contudo n o isso que vai acontecer. Ela vai lutar pela liberdade de sua gente, buscar solu es novas. Vai materializar a id ia ou o sentimento de um novo mundo, um novo tempo em que haja justi a social. Concluindo, a flor e Daf s o d ois seres ins litos, que representam a possibilidade de constru o de realidades diversas e n o adversas . Quest o 06 (valor: 20 pontos) Em A Hora da Estrela, o narrador, Rodrigo S.M., faz -se tamb m personagem da trama, identificando-se com a protagonista Macab a, e projetando -se nela. um narrador onisciente intruso e onipotente. Em A gloriosa fam lia, o narrador fict cio um escravo mesti o, sem nome expl cito, que vai subjetivar a Hist ria a partir dos acontecimentos envolvendo a fam lia do seu dono, o holand s Baltazar Van Dum. O escravo narrador participa da trama apenas como observador dos fatos que presencia, ouve ou imagina, sem ser onisciente. Em Mulher no espelho, a personagem assume, de forma autorit ria e auto suficiente, a sua ficcionalidade. Subverte a realidade: a personagem cria a sua narradora e se sobrep e a ela. Obs: Em toda a prova poder o ser explorados outros aspectos, desde que pertinentes. Em 09 de janeiro de 2005 NELSON ALMEIDA E SILVA FILHO Diretor do SSOA/UFBA

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

Formatting page ...

 

  Print intermediate debugging step

Show debugging info


 


Tags : ufba vestibular, ufba vestibular provas,ufba provas e gabaritos, ufba provas resolvidas, ufba provas anteriores, ufba provas 2 fase, ufba provas 2011, ufba provas 1 fase, ufba provas 2010, vestibular brasil, vestibular provas, provas de vestibular com gabarito, vestibular provas anteriores, vestibular Gabaritos, provas de vestibular, vestibular provas e gabaritos, provas resolvidas, enem, fuvest, unicamp, unesp, ufrj, ufsc, espm sp, cefet sp, enade, ETECs, ita, fgv-rj, mackenzie, puc-rj, puc minas, uel, uem, uerj, ufv, pucsp, ufg, pucrs  

© 2010 - 2025 ResPaper. Terms of ServiceFale Conosco Advertise with us

 

vestibular chat