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UFBA Vestibular de 2007 - PROVAS 2ª FASE - Redação

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Reda o Escreva sua Reda o, com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara e leg vel. Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais mai sculas. O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Quest es. Na Folha de Resposta, utilize apenas o espa o a ela destinado. Ser atribu da pontua o ZERO Reda o que n o se atenha ao tema proposto; esteja escrita a l pis, ainda que parcialmente; apresente texto incompreens vel ou letra ileg vel; esteja escrita em verso; n o seja respondida na respectiva Folha de Resposta; esteja assinada fora do local apropriado; possibilite, de alguma forma, a identifica o do candidato; apresente texto padronizado, comum a v rios candidatos. Os textos a seguir dever o servir de base para a sua Reda o. I. O solo, um dos mais importantes recursos naturais, composto por fragmentos de rocha, argilominerais formados pela altera o qu mica dos minerais da rocha-matriz e pela mat ria org nica produzida por organismos que nele vivem. A cor dos solos vari vel, desde o vermelho e marrom intenso dos solos ricos em ferro at o preto de solos ricos em mat ria org nica. Os solos tamb m variam de textura. Alguns s o repletos de seixos e areia; outros s o compostos quase que inteiramente de argila. O solo, por ser uma parte essencial do meio ambiente e da economia, tornou-se um campo de estudo separado, a ci ncia do solo, desenvolvida no s culo XX. Os cientistas do solo, bem como agr nomos, ge logos e engenheiros, estudam a composi o e a origem do solo, sua aptid o para a agricultura e a constru o e seu valor como registro das condi es clim ticas do passado. PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradu o Rualdo Menegat et al. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. p.173-185. Adaptado. II. A Terra em que pisamos, habitamos, por onde andamos, atravessamos, viajamos, no contato (ro ar) com sua superf cie, produz uma poderosa sensa o de abrigo, seguran a, acolhida, tal qual a prote o de um imenso colo de m e. N o toa que a Terra m e, em oposi o ao desconhecido, enigm tico e contradit rio C u. Ora luz, engravidando a Terra de vida, ora escuro mist rio do infinito insond vel. A vista a rea da Terra, por sua vez, ao nos arrancar do contato com a superf cie , simultaneamente, encantadora e inquietante. Na mudan a de escala do olhar, a paisagem da Terra borbulhante nas formas e cores da natureza e acrescida pelas linhas, vincos, estrias e configura es variadas das marcas do fazer humano transforma-se em uma esp cie de planta-baixa, chapada, mas ao mesmo tempo t til e multiforme. SANTAELLA, L cia. Cultura das m dias. S o Paulo: Experimento, 1996. p. 256. UFBA / UFRB 2007 2a fase Reda o 2 I II . IV. TERRA [...] Eu estou apaixonado por uma menina terra Signo de elemento terra do mar se diz terra vista Terra para o p firmeza terra para a m o car cia Outros astros lhe s o guia [...] De onde nem tempo nem espa o, que a for a m e d coragem Pra gente te dar carinho, durante toda a viagem Que realizas do nada, atrav s do qual carregas o nome da tua carne Terra, terra, Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria? CIO DA TERRA Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do p o e se fartar de p o Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a do ura do mel, se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra, prop cia esta o De fecundar o ch o NASCIMENTO, Milton; BUARQUE, Chico. C io da terra. Dispon vel em: <http://miltonnascimento.letras.terra.com.br/letras/47414/>. Acesso em: 23 jul. 2006. VELOSO, Caetano. Terra . Dispon vel em: <http:// caetano-veloso.letras.terra.com.br/letras/44780/>. Acesso em: 23 jul. 2006. V. O RETIRANTE CHEGA ZONA DA MATA, QUE O FAZ PENSAR, OUTRA VEZ, EM INTERROMPER A VIAGEM Bem diziam que a terra se faz mais branda e macia quanto mais do litoral a viagem se aproxima. Agora afinal cheguei nessa terra que diziam. Como ela uma terra doce para os p s e para a vista. Os rios que correm aqui t m a gua vital cia. Cacimbas por todo lado; cavando o ch o, gua mina. Vejo agora que verdade o que pensei ser mentira. Quem sabe se nesta terra n o plantarei minha sina? N o tenho medo de terra (cavei pedra toda a vida), e para quem lutou a bra o contra a pi arra da Caatinga ser f cil amansar esta aqui, t o feminina. MELO NETO, Jo o Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. 4. ed. Rio de Janeiro: Sabi , 1969. p. 88-89. UFBA / UFRB 2007 2a fase Reda o 3 VI. ASSENTAMENTO Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapad o contente com minha terra cansado de tanta guerra crescido de cora o T o (apud Guimar es Rosa) [...] Quando eu morrer Cansado de guerra Morro de bem Com a minha terra: Cana, caqui Inhame, ab bora Onde s vento se semeava outrora Amplid o, na o, sert o sem fim Chico Buarque SALGADO, Sebasti o. Terra. S o Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 74 (il.) e 103. Com base nos enfoques sobre a intera o do homem com a terra/Terra presentes nos textos, nos seus conhecimentos de mundo e nas suas experi ncias, produza um texto dissertativo sobre o tema: A rela o do homem com a terra. UFBA / UFRB 2007 2a fase Reda o 4 RASCUNHO UFBA / UFRB 2007 2a fase Reda o 5 VESTIBULAR 2007 2a FASE GABARITO REDA O Espera-se que o candidato, a partir da leitura dos textos oferecidos na colet nea e das experi ncias e conhecimentos de mundo, produza um texto dissertativo sobre a rela o do homem com a terra, focalizando, por exemplo, assuntos como: a terra como condi o de vida, de sustento; a terra como um direito de todos os homens, um direito universal e divino; a estrutura agr ria feudal e r gida, em alguns espa os terrestres, e a impossibilidade de grande parte da humanidade dispor da terra para sobreviver dignamente; a disputa da terra como fator de desagrega o entre os homens; a terra = solo = ch o espa o de onde brota a vida e onde a vida termina. a rela o forte do homem com a terra, e a terra como sin nimo de p tria, na o, pa s, planeta. a terra, elemento feminino, m e que acolhe o homem, etc. Obs: Outras abordagens poder o ser aceitas, desde que sejam pertinentes. Em 17 de dezembro de 2006 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA

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