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UFBA Vestibular de 2005 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

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Portugu s INSTRU O: QUEST ES de 01 a 10 Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES de 01 a 04 5 10 15 20 25 30 35 Os muitos livros que temos e que envolvem, de maneira descritiva, ensa stica ou ficcional, o territ rio chamado Brasil e o povo chamado brasileiro, sempre serviram a n s de farol (e n o de espelho, como quer uma teoria mim tica apegada rela o estreita entre realidade e discurso). Com a sua ajuda e facho de luz que temos caminhado, pois eles iluminam n o s a vasta e multifacetada regi o em que vivemos, como tamb m a n s, habitantes que dela somos, alertando-nos tanto para os acertos quanto os desacertos administrativos, tanto para o sentido do progresso moral quanto para o precip cio dos atrasos irremedi veis. S o eles que nos instruem no tocante s categorias de an lise e interpreta o dos valores sociais, pol ticos, econ micos e est ticos que conservadores, liberais ou revolucion rios; pessimistas, entreguistas ou ufanistas foram, s o e ser o determinantes da nossa condi o no concerto das na es do Ocidente e, mais recentemente, das na es do planeta em vias de globaliza o. O interesse mais profundo e direto que esses livros manifestam n o pelo habitante privilegiado desde a primeira hora. Aquele que, ao se transplantar de l para c , recebeu benesses, ou aquele outro que foi alvo de ato de nomea o para ocupar cargo oficial, auferindo altos proventos e jurando obedi ncia irrestrita Coroa portuguesa. Interessam-se, antes e quase que exclusivamente, pelo habitante que, j nascido nestas terras, buscava construir (ou inventar) um pequeno dom nio de que seria propriet rio exclusivo, sem reconhecer os limites das amarras pol ticas e fiscais metropolitanas, ou ainda pelo estrangeiro que, ao adotar a nova p tria, queria coloniz -la sua pr pria maneira, dela extraindo o que havia de mais rent vel para si pr prio e para os seus descendentes. Todos eles procuravam se autodefinirem e definir as v rias regi es do pa s em palavras, gestos e ordens de independ ncia (sempre relativa, claro) com rela o aos pa ses europeus e, a partir do s culo XIX, com rela o a todo e qualquer pa s que questionasse a soberania nacional. [...] Temos de acrescentar que s o poucos os pa ses do Novo Mundo que podem ostentar pensadores com esse conhecimento e erudi o, livros meditados e escritos com tanta fibra e coragem, com esse transbordante amor pelo pa s e os brasileiros, de que falou Jos Guilherme Merquior, amor que n o se confunde com as declara es apaixonadas, ret ricas e in cuas dos aventureiros da primeira e da ltima hora, expostas em livrecos que buscam agradar os poderosos do momento e os pouco escrupulosos. [...] Para melhor compreenderem a na o e os cidad os nas suas origens, no seu devir colonial e, finalmente, soberano , nossos pensadores avan am os olhos por todo o mapa do pa s, tomam emprestado lunetas para melhor alcan ar outras pocas e outras civiliza es, com o intento de chamar a aten o para as grandes conquistas que foram feitas desde sempre, pelo mais an nimo dos ndios e dos escravos, passando pelos lavradores, faiscadores, trabalhadores, funcion rios p blicos, profissionais liberais, latifundi rios, capit es de ind stria, etc., tornando o pa s uma das na es mais adiantadas UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 1 Cad1et1.p65 1 04/11/04, 20:54 40 da Am rica Latina, mas tamb m querem acercar-se das causas das injusti as sociais, combat -las pelas armas da palavra, saber o porqu de tanta mis ria e sofrimento por parte de um povo, no entanto, trabalhador e sempre disposto a buscar a prosperidade e o progresso moral seja dos seus, seja da na o. Brasil, o nosso claro enigma . SANTIAGO, Silviano. (Coord.), Int rpretes do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. v. I. p. XV- XLVIII. Quest o 01 Do ponto de vista tem tico, o texto p e em destaque (01) o papel progressista que exercem os administradores portugueses na configura o da sociedade brasileira. (02) a import ncia da produ o bibliogr fica brasileira na constru o do pensamento nacional. (04) o compromisso social e a qualidade das an lises dos pensadores brasileiros. (08) a condi o de mis ria e sofrimento do brasileiro como conseq ncia de sua passividade e inoper ncia. (16) a contribui o de diferentes segmentos da popula o na constru o da na o brasileira. (32) a preocupa o dos pensadores brasileiros em explicar e combater as injusti as sociais. (64) a transpar ncia da realidade social tal como analisada pelos pensadores que a t m estudado. Quest o 02 Constituem afirma es verdadeiras sobre o texto: (01) A express o de maneira descritiva, ensa stica ou ficcional (l. 1-2) uma ressalva que acentua a natureza abrangente da produ o bibliogr fica nacional que toma o Brasil como tema. (02) Ao fazer oposi o entre farol (l. 3), e espelho (l. 3), o autor critica o ponto de vista que relaciona, de modo simplista, linguagem e sociedade. (04) A qualifica o estreita (l. 3) um ju zo de valor que expressa uma id ia de dimens o. (08) Nos fragmentos conservadores, liberais ou revolucion rios (l. 10) e pessimistas, entreguistas ou ufanistas (l. 10), conservadores se op e a revolucion rios assim como entreguistas se op e a ufanistas . (16) A afirma o foram, s o e ser o determinantes [...] do Ocidente (l. 11-12), aplicada a valores sociais, pol ticos, econ micos e est ticos, acentua o car ter eventual do que se declara. (32) O enunciado O interesse mais profundo e direto que esses livros manifestam n o pelo habitante privilegiado desde a primeira hora. (l. 13-14) encerra simultaneamente uma afirma o e uma nega o. (64) A produ o liter ria brasileira caracteriza-se pela descri o do territ rio nacional. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 2 Cad1et1.p65 2 04/11/04, 20:54 Quest o 03 Todos eles procuravam se autodefinirem e definir as v rias regi es do pa s em palavras, gestos e ordens de independ ncia (sempre relativa, claro) com rela o aos pa ses europeus e, a partir do s culo XIX, com rela o a todo e qualquer pa s que questionasse a soberania nacional. (l. 22-25). Em rela o ao fragmento transcrito, correto afirmar: (01) Todos eles recupera anaforicamente esses livros (l. 13). (02) se autodefinirem e definir completa o sentido de procuravam . (04) em palavras, gestos e ordens de independ ncia traduz uma restri o em rela o ao verbo definir . (08) (sempre relativa, claro) uma avalia o cr tica que momentaneamente interrompe um processo declarativo. (16) com rela o aos pa ses europeus expressa uma generaliza o, que ratificada e ampliada no fragmento com rela o a todo e qualquer pa s . (32) todo e qualquer uma express o que exemplifica uma incoer ncia sem ntica, visto que os voc bulos s o antit ticos. (64) que questionasse a soberania nacional amplia o significado de pa s . Quest o 04 Sobre as rela es morfossint ticas e/ou sem nticas do ltimo par grafo do texto, pode-se afirmar: (01) poucos (l. 26) quantifica pa ses (l. 26), assim como tanta (l. 28) intensifica fibra e coragem (l. 28). (02) Novo Mundo (l. 26) para Am rica Latina (l. 39), bem como Am rica Latina (l. 39) para Brasil (l. 42), configuram hiperon mias. (04) que (l. 28), na express o de que falou Jos Guilherme Merquior (l. 28-29), um mecanismo de coes o que evita repetir pensadores com esse conhecimento e erudi o, livros meditados e escritos com tanta fibra e coragem (l. 27-28). (08) expostas (l. 30) est grafada no plural, porque concorda com os antecedentes da primeira e da ltima hora (l. 30). (16) que buscam agradar os poderosos do momento e os pouco escrupulosos (l. 31) uma declara o que, no contexto, pode aplicar-se semanticamente tanto a declara es (l. 29) e aventureiros (l. 30) como a livrecos (l. 31). (32) Em Para melhor compreenderem a na o e os cidad os (l. 32) e em com o intento de chamar a aten o (l. 35), os termos em negrito expressam, respectivamente, id ias de concess o e de modo. (64) mas tamb m (l. 39) e no entanto (l. 41) s o marcadores de coes o textual que introduzem id ias opostas s assertivas imediatamente anteriores na frase. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 3 Cad1et1.p65 3 04/11/04, 20:54 Quest o 05 5 10 15 20 25 N o que ele acreditasse nessas coisas, mas a verdade era que todos os que falavam pela deusa If , a que tudo sabe, sempre disseram a Z Pop que ele era de Ox ssi. Um belo Ox ssi tinha ele, um bel ssimo, simp tico e valente Ox ssi, orix ca ador da madrugada, comedor de galo, perito no arco e flecha. Z Pop n o dizia nada, mas todos os babala s, todos os babalorix s e ialorix s jogadores de b zios e contas, sem conhecer uns aos outros e sem nunca t -lo visto antes, diziam sempre que Ox ssi estava perto. Acostumou-se ent o com o orix , aprendeu a preferir sua cor azul-clara e descobriu, com grande surpresa, que j de nascen a n o gostava do que ele n o gostava: n o gostava de formiga, n o gostava de quiabo, n o gostava de mel de abelha. Tudo quizila de Ox ssi, mas ele n o sabia, s foi saber depois de grande. Enfim, s o coisas que podem ser ou podem n o ser, s que Z Pop , primeiro destacado para a faxina da cozinha, mas, logo depois do toque de parada, requisitado para servir como um dos ordenan as do oficial de estado de seu batalh o, passando a primeira parte da manh sem ter muito o que fazer, percebeu um bul cio esquivo nos matos, qualquer coisa viva se agitando e, n o soube por que, achou que era coisa de Ox ssi, achou at que havia um press gio nas nuvens, que o santo queria avis -lo de alguma coisa. Ainda mais sendo o dia da semana consagrado a ele, o dia em que Z Pop tamb m era obrigado a reconhecer lhe acontecia a maior parte dos momentos decisivos. Mas estaria aqui mesmo, esse orix ? Que vinha fazer t o longe de seus terreiros e de seu povo, aqui onde n o h orix s, mas outras entidades, monstros de cabe a de boi e corpo de serpente com rabo de navalha, segundo contam os homens destas paragens, bem como os argentinos e os orientais? Bem verdade que, diziam os negros vindos mais recentemente da frica, Ox ssi era um orix muito brasileiro, bem mais brasileiro do que africano, pois l na frica se perdia no meio de mais de trezentos outros e muita gente nem se lembrava dele. Assim, n o era improv vel que tivesse acompanhado seus filhos brasileiros at aqui, para lutar ao lado deles e proteg -los. RIBEIRO, Jo o Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p.437-438. O fragmento transcrito e a leitura da obra respaldam as seguintes proposi es: (01) As d vidas de Z Pop revelam seu preconceito em rela o s tradi es religiosas afrobrasileiras. (02) A express o nessas coisas (l. 1) diz respeito a algo referido no cap tulo anterior. (04) mas (l. 1) introduz uma oposi o que atenua a declara o negativa N o que ele acreditasse nessas coisas (l. 1). (08) Ao referir-se a If (l. 2) e a Ox ssi (l. 3) , e ao usar o termo quizila (l. 10), elementos caracter sticos da cultura iorub o narrador valoriza a religiosidade afro-brasileira. (16) Analisando-se o processo narrativo, percebe-se que a voz do narrador se superp e da personagem. (32) As a es de Ox ssi, como as de outros orix s tamb m evocados na obra, demonstram que as divindades do candombl , embora pertencentes a uma realidade superior, interagem com seus filhos na Terra, protegendo-os em suas vidas cotidianas. (64) As indaga es de Z Pop ilustram sua progressiva descren a nos valores de seus antepassados. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 4 Cad1et1.p65 4 04/11/04, 20:54 Quest o 06 5 10 15 20 25 Aur lia revoltava-se contra si mesma, por causa daquele momento de fragilidade. Como que ela depois de haver arrebatado sua rival o homem a quem amava, e de haver desdenhado esse triunfo, por indigno de sua alma nobre, dava a essa rival o prazer de recear-se de suas sedu es? Descontente, contrariada, cogitava uma vindita desse eclipse de seu orgulho. O que o ci me? disse de repente sem olhar o marido, e com um tom incisivo. Seixas compreendeu que a vinha a refega e preparou-se, chamando a si toda a calculada resigna o de que se costumava revestir. Exige uma defini o fisiol gica, ou a pergunta apenas mote para conversa? Acredita na fisiologia do cora o? N o lhe parece um disparate esta ci ncia pretensiosa que se mete a explicar e definir o incompreens vel, aquilo que n o entende o pr prio que o sente, e que sente-se, sem ter muitas vezes a consci ncia desse fen meno moral? S h um fisiologista, mas esse n o define, julga. Deus, que formando sua criatura do limo da terra, como ensina a Escritura, deixou-lhe ao lado esquerdo, por amassar, uma por o do caos de que a tirou. Quanto ao ci me, todos n s sabemos mais ou menos a significa o da palavra. O que eu desejava era saber sua opini o sobre este ponto: se o ci me produzido pelo amor? Assim pensam geralmente. E o senhor? Como nunca o senti, n o posso ter opini o minha. Pois tenho-a eu, e por experi ncia. O ci me n o nasce do amor, e sim do orgulho. O que d i neste sentimento, creia-me, n o a priva o do prazer que outrem goza, quando tamb m n s podemos goz -lo e mais. unicamente o desgosto de ver o rival possuir um bem que nos pertence ou cobi amos, ao qual nos julgamos com direito exclusivo, e em que n o admitimos partilha. H mais ardente ci me do que o do avaro por seu ouro, do ministro por sua pasta, do ambicioso por sua gl ria? Pode-se ter ci me de um amigo, como de um traste de estima o, ou de um animal favorito. Eu quando era crian a tinha-o de minhas bonecas. ALENCAR, Jos de. Romance urbano: Senhora. In: COUTINHO, Afr nio et al. (Org.). Jos de Alencar: fic o completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965. p.803-804. O fragmento transcrito e a leitura do romance permitem afirmar: (01) O orgulho apresentado como um sentimento nobre, que dignifica o ser humano. (02) O di logo revela n o s o esfor o de Aur lia para dissimular sua indigna o diante do marido, como tamb m a aparente indiferen a de Seixas em rela o aos sentimentos da esposa. (04) Demonstrar ci mes do marido era inadmiss vel, para Aur lia, pois isso lhe revelaria sua vulnerabilidade. (08) Aur lia, ao discorrer sobre o ci me (l.21-28), busca uma explica o l gica para tal sentimento, ao tempo em que sinaliza para Seixas que, se lhe pareceu ter ci mes, porque o considera como sua propriedade. (16) A personagem Aur lia movida por sentimentos apaixonados, mas justifica suas a es atrav s de uma argumenta o racional. (32) O fragmento p e s claras o materialismo de Seixas e a religiosidade de Aur lia. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 5 Cad1et1.p65 5 04/11/04, 20:54 Quest o 07 Pois n o que quis descansar as costas por um dia? Sabia que se falasse isso ao chefe ele n o acreditaria que lhe do am as costelas. Ent o valeu-se de uma mentira que convence mais que a verdade: disse ao chefe que no dia seguinte n o poderia trabalhar porque arrancar um dente era muito perigoso. E a mentira pegou. s vezes s a mentira 5 salva. Ent o, no dia seguinte, quando as quatro Marias cansadas foram trabalhar, ela teve pela primeira vez na vida uma coisa a mais preciosa: a solid o. Tinha um quarto s para ela. Mal acreditava que usufru a o espa o. E nem uma palavra era ouvida. Ent o dan ou num ato de absoluta coragem, pois a tia n o a entenderia. Dan ava e rodopiava porque ao estar sozinha se tornava: l-i-v-r-e! Usufru a de tudo, da arduamente conseguida solid o, do 10 r dio de pilha tocando o mais alto poss vel, da vastid o do quarto sem as Marias. Arrumou, como pedido de favor, um pouco de caf sol vel com a dona dos quartos, e, ainda como favor, pediu-lhe gua fervendo, tomou tudo se lambendo e diante do espelho para nada perder de si mesma. Encontrar-se consigo pr pria era um bem que ela at ent o n o conhecia. Acho que nunca fui t o contente na vida, pensou. N o devia nada a ningu m e 15 ningu m lhe devia nada. At deu-se ao luxo de ter t dio um t dio at muito distinto. LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 41-42. Considerando-se o fragmento e a obra, correto afirmar: (01) A personagem apresenta-se como um ser dissimulado, astuto e ambicioso. (02) A liberdade proporciona a Macab a um momento de autoconhecimento. (04) A felicidade, para Macab a, reside na supera o de desafios cotidianos. (08) A declara o s vezes s a mentira salva . (l. 4-5) revela relativismo moral e ironia. (16) Solid o e liberdade apresentam-se como ingredientes necess rios ao bem-estar da personagem. (32) Os motivos da felicidade vivenciada pela personagem apontam para a complexidade de seus projetos existenciais. (64) A express o as quatro Marias cansadas (l. 5) revela, simultaneamente, a perda da individualidade dessas personagens e o contraste com a situa o de Macab a, narrada no fragmento. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 6 Cad1et1.p65 6 04/11/04, 20:54 Quest o 08 Recordou-se do que lhe sucedera anos atr s, antes da seca, longe. Num dia de apuro recorrera ao porco magro que n o queria engordar no chiqueiro e estava reservado s despesas do Natal: matara-o antes de tempo e fora vend -lo na cidade. Mas o cobrador da prefeitura chegara com o recibo e atrapalhara-o. Fabiano fingira-se desentendido: n o compreendia nada, era bruto. Como o outro lhe explicasse que, para vender o porco, devia pagar imposto, tentara convenc -lo de que ali n o havia porco, havia quartos de porco, peda os de carne. O agente se aborrecera, insultara-o e Fabiano se encolhera. Bem, bem. Deus o livrasse de hist ria com o governo. Julgava que podia dispor dos seus tro os. N o entendia de imposto. Um bruto, est percebendo? Supunha que o cevado era dele. Agora se a prefeitura tinha uma parte, estava acabado. Pois ia voltar para casa e comer a carne. Podia comer a carne? Podia ou n o podia? O funcion rio batera o p agastado e Fabiano se desculpara, o chap u de couro na m o, o espinha o curvo: Quem foi que disse que eu queria brigar? O melhor a gente acabar com isso. Despedira-se, metera a carne no saco e fora vend -la noutra rua, escondido. Mas, atracado pelo cobrador, gemera no imposto e na multa. Daquele dia em diante n o criara mais porcos. Era perigoso cri -los. [...] Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um dio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patr o, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas s vezes se arreliava. N o havia paci ncia que suportasse tanta coisa. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 94-96. O fragmento, contextualizado na obra, apresenta (01) as contradi es de um poder p blico descumpridor do seu papel social. (02) a a o deformadora do ser humano em face s transforma es do sistema. (04) um ser humano que oscila entre a resigna o e a revolta, na luta pela sobreviv ncia. (08) um ser sonhador, na busca obsessiva do sucesso, em um momento de confronto com as for as adversas que infestam os centros urbanos. (16) um momento de colis o entre o protagonista e o antagonista, definidor de um final dram tico para a fam lia do retirante. (32) duas personagens em confronto, que n o abrem m o dos seus princ pios e que simbolizam indiv duos isolados por causa de suas convic es arcaicas. (64) a personagem Fabiano frustrada em suas expectativas e, por isso, praticando uma a o que contradiz sua postura habitual, a sua personalidade. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 7 Cad1et1.p65 7 04/11/04, 20:54 Quest o 09 Savedra e Juli o discutiam a imprensa. O redator do S culo gabava a profiss o de jornalista quando a gente, j se sabe, tem alguma coisa de seu; mais tarde ou mais cedo apanha-se um nicho, n o verdade? Depois as entradas nos teatros, a influ ncia nas cantoras. Sempre se um bocado temido... E o conselheiro, cortando os ovos queimados, saboreando as alegrias da conviv ncia, dizia a Jorge: Que maior prazer, meu Jorge, que passar assim as horas entre amigos, todos de reconhecida ilustra o, discutir as quest es mais importantes, e ver travada uma conversa o erudita?... Parecem excelentes os ovos. A Sr . Filomena, ent o, com solenidade, veio colocar-lhe ao p uma garrafa de champagne. O Savedra pediu logo para a abrir, porque o fazia com muito chic. E apenas a rolha saltou, e, no sil ncio que criou a cerim nia, se encheram os copos, o Savedra, que ficara de p , disse: Conselheiro! Ac cio curvou-se, p lido. Conselheiro, com o maior prazer que bebo, que todos bebemos, sa de dum homem, que e arremessando o bra o, deu um pux o ao punho da camisa com eloq ncia pela sua respeitabilidade, a sua posi o, os seus vastos conhecimentos, um dos vultos deste pa s. sua sa de, conselheiro! Conselheiro! Conselheiro! Amigo conselheiro! Beberam com ru do. Ac cio, depois de limpar os bei os, passou a m o tr mula pela calva, levantou-se comovido, e come ou: Meus bons amigos! Eu n o me preparei para esta circunst ncia. Se a soubesse de antem o, teria tomado algumas notas. N o tenho a verbosidade dos Rodrigos ou dos Garretts. E sinto que as l grimas me v o embargar a voz... Falou ent o de si, com mod stia [...] O caf foi servido na sala. As velas de estearina punham uma luz triste naquela habita o fria; o conselheiro foi dar corda caixa de m sica; e, ao som do coro nupcial da L cia, ofereceu em redor charutos. E a Sr . Adelaide pode trazer os licores disse Filomena. Viram ent o aparecer uma bela mulher de trinta anos, muito branca, de olhos negros e formas ricas, com um vestido de merino azul, trazendo numa bandeja de prata, onde tremelicavam copinhos, a garrafa de cognac e o frasco de cura au. Boa mo a! rosnou com o rosto aceso o Alves Coutinho. Juli o quase lhe tapou a boca com a m o. E falando-lhe ao ouvido, olhando o conselheiro, recitou: N o ouses, temer rio, erguer teus olhos Para a mulher de C sar! QUEIROZ, E a de. O primo Bas lio. S o Paulo: FTD, 1994. p. 317-319. Sobre o fragmento e a obra, pode-se afirmar: (01) O narrador, por meio do conselheiro Ac cio, evoca um passado her ico de Portugal, descrevendo determinados comportamentos t picos da hist ria europ ia e dos ambientes sociais nos quais decorre a intriga. (02) As personagens Juli o e Savedra t m em comum um comportamento previs vel: seus atos ou rea es s o recorrentes em toda a trama. (04) Savedra uma personagem de comportamento d bio, um tipo humano que se utiliza do poder da imprensa em benef cio pr prio. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 8 Cad1et1.p65 8 04/11/04, 20:54 (08) O conselheiro Ac cio destaca-se por sua pretensa erudi o, por seu conservadorismo irreprim vel, detentor de um discurso moralizador dos costumes de sua poca. (16) A presen a da Sr . Adelaide na cena destacada ind cio de uma moralidade aparente do Conselheiro, que n o corresponde ao que ele representa na vida p blica. (32) Juli o exemplifica um tipo humano defensor de uma religiosidade intolerante e da institui o do casamento como formas de regenerar moralmente a sociedade portuguesa. (64) O narrador descreve acontecimentos dos quais tomou parte, como confidente dos personagens, ouvindo as suas aventuras, as desilus es ou os triunfos. Quest o 10 RETRATO DE FAM LIA Este retrato de fam lia est um tanto empoeirado. J n o se v no rosto do pai quanto dinheiro ele ganhou. Ficaram tra os da fam lia perdidos no jeito dos corpos. Bastante para sugerir que um corpo cheio de surpresas. Nas m os dos tios n o se percebem as viagens que ambos fizeram. A av ficou lisa, amarela, sem mem rias da monarquia. A moldura deste retrato em v o prende suas personagens. Est o ali voluntariamente, saberiam se preciso voar. Os meninos, como est o mudados. O rosto de Pedro tranq ilo, usou os melhores sonhos. E Jo o n o mais mentiroso. Poderiam sutilizar-se no claro-escuro do sal o, ir morar no fundo dos m veis ou no bolso de velhos coletes. O jardim tornou-se fant stico. As flores s o placas cinzentas. E a areia, sob p s extintos, um oceano de n voa. A casa tem muitas gavetas e pap is, escadas compridas. Quem sabe a mal cia das coisas, quando a mat ria se aborrece? No semic rculo das cadeiras nota-se certo movimento. As crian as trocam de lugar, mas sem barulho: um retrato. O retrato n o me responde, ele me fita e se contempla nos meus olhos empoeirados. E no cristal se multiplicam Vinte anos um grande tempo. Modela qualquer imagem. Se uma figura vai murchando, outra, sorrindo, se prop e. os parentes mortos e vivos. J n o distingo os que se foram dos que restaram. Percebo apenas a estranha id ia de fam lia Esses estranhos assentados, meus parentes? N o acredito. S o visitas se divertindo numa sala que se abre pouco. viajando atrav s da carne. ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia: A rosa do povo. In: COUTINHO, Afr nio (Org.). Carlos Drummond de Andrade: obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p.180-181. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 9 Cad1et1.p65 9 04/11/04, 20:54 S o afirma es verdadeiras sobre o poema: (01) O sujeito po tico, numa atitude contemplativa, percebe a realidade enfocada, contudo, em seguida, o objeto contemplado ele pr prio. (02) O retrato, objeto que se interp e entre o sujeito po tico e a realidade sonhada, funciona como um elemento dissipador de m goas do passado em fam lia. (04) O sujeito po tico se v como um indiv duo rebelde que se infiltra no mundo da fam lia, para enxerg -la no seu aspecto negativo, isto , alienador. (08) O objeto real focado o retrato se transforma em abstra o, quando os seus limites s o quebrados, fundindo presente e passado na mem ria do sujeito po tico. (16) A realidade do retrato ampliada, numa dimens o temporal e espacial, por meio do fluxo da mem ria. (32) O eu l rico, ao falar do retrato, destaca a a o corrosiva do tempo sobre os seres e objetos do cotidiano. (64) O retrato evoca uma imagem melanc lica do passado, no sujeito po tico, e, com isso, ele passa a viver uma rela o de desencanto com o presente. UFBA 2005 - 1 Fase - Portugu s - 10 Cad1et1.p65 10 04/11/04, 20:54 Cad1et1.p65 11 Ci ncias Naturais UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 11 04/11/04, 20:54 (a 25 C) -14 Kw = 1,0 x 10 Constante de Avogadro = 6,02 x 1023 (valor aproximado) Ci ncias Naturais INSTRU O: Assinale QUEST ES de 11 a 30 as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES 11 e 12 [...] Einthoven recebeu o Nobel de fisiologia e medicina em 1924. Ao receber o pr mio, em Estocolmo, declarou modestamente que um novo cap tulo se abria no estudo das doen as do cora o, n o por obra de um homem s , mas pelo trabalho conjugado de muitos homens de talento que, espalhados pelo mundo e sem respeitar fronteiras pol ticas, convergiam seus esfor os para um prop sito comum: aumentar nosso conhecimento da doen a, para al vio da humanidade sofredora . (SEADE. In: Ci ncia Hoje, 2003, p. 74). A cria o do chamado galvan metro de corda , em 1903, por Einthoven, permitiu a obten o do primeiro eletrocardiograma em seres humanos e r pido progresso no conhecimento sobre o ritmo e os mecanismos card acos. O dispositivo que tem como componente mais importante um filamento de quartzo, (SiO2) n, muito fino e leve, revestido com prata, o precursor do eletrocardi grafo dos dias atuais. Quest o 11 Considerando-se as caracter sticas do galvan metro e suas aplica es no registro de dados relativos fisiologia circulat ria, correto afirmar: (01) O revestimento do filamento de quartzo constitu do totalmente por ons Ag+. (02) O quartzo um cristal covalente que apresenta estrutura molecular tetra drica. (04) A deflex o do ponteiro de um galvan metro, correspondente ao registro de uma determinada intensidade de corrente el trica, produzida pela for a restauradora da mola ligada ao ponteiro. (08) O estabelecimento de uma diferen a de press o entre a circula o pulmonar e a circula o sist mica est associado compartimenta o do cora o e extens o do trajeto a ser percorrido pelo sangue. (16) O registro da atividade card aca em um eletrocardiograma reflete a capacidade de contra o permanente das fibras musculares, sem per odos de relaxamento. UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 12 Cad1et1.p65 12 04/11/04, 20:54 Quest o 12 A evolu o de um sistema circulat rio foi acoplada ao desenvolvimento fluido o sangue que, entre outras fun es, nutre o organismo. de um Uma an lise desse sistema permite que se afirme o seguinte: (01) O sangue humano uma solu o de cor vermelha cujos componentes plasm ticos s o todos separ veis por centrifuga o. (02) O sangue humano, sendo levemente alcalino, apresenta concentra o hidrogeni nica diferente daquela de uma solu o aquosa dilu da de NH4NO3. (04) O plasma sang neo constitui o componente produtor das mol culas envolvidas na defesa do organismo contra agentes estranhos. (08) A especificidade no sistema sang neo ABO, associada varia o gen tica, se revela na composi o do glicoc lix da membrana das hem cias. (16) A diferen a de potencial el trico na superf cie do cora o, da ordem de 1,0 milivolt, , aproxi 3 madamente, igual a 10 joule/coulomb. (32) A capacit ncia de uma c lula muscular depende da densidade dessa c lula. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 13 Cad1et1.p65 13 04/11/04, 20:54 QUEST ES 13 e 14 Cozinha uma fonte de prazer e, falemos a verdade, de crendice. [...] Altas press es, temperaturas elevad ssimas, raios de energia, mol culas em disparada, tudo isso est envolvido mesmo em uma modesta refei o. (COZINHA de verdade. In: Di logo M dico, 2003, p. 28). Quest o 13 Uma an lise do preparo de alimentos e de sua import ncia para a manuten o do organismo permite considerar: (01) Os alimentos, quando colocados na panela de press o, com gua, s o cozidos rapidamente, porque a quantidade de calor latente da gua aumenta, proporcionalmente, com a press o. (02) O consumo de carnes constitui suprimento de amino cidos integrantes do pool de mol culas exigidas ao processo de tradu o da mensagem gen tica. (04) A vasculariza o do m sculo esquel tico proporciona carne vermelha um maior teor de ferro, elemento qu mico essencial funcionalidade da hemoglobina. (08) O vinagre, uma solu o aquosa de cido ac tico, CH3COOH, a 5% em volume, cont m 5mL desse cido em 100mL de gua. (16) A f rmula qu mica estrutural, destacada em negrito, na ilustra o, evidencia os grupos funcionais dos alde dos, dos teres e dos fen is. (32) O sistema obtido misturando-se vinagre filtrado com azeite de oliva e alguns cristais de cloreto de s dio trif sico. UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 14 Cad1et1.p65 14 04/11/04, 20:54 Quest o 14 A experimenta o que conduziu interpreta o de fen menos naturais e a aplica o de princ pios cient ficos na constru o de aparelhos e utens lios utilizados no preparo e na conserva o de alimentos podem ser identificadas nas proposi es: (01) Os experimentos com ervilha Pisum sativum propiciaram a Mendel a elucida o da individualidade dos fatores, hoje conhecidos como genes, associados transmiss o de caracteres heredit rios. (02) Os cruzamentos entre plantas de ervilhas heterozigotas para uma caracter stica monog nica produzem descend ncia em que se pode inferir a propor o genot pica 3:1. (04) O equil brio qu mico representado pela equa o qu mica H2O(l) H2O(g) estabe- lecido, quando determinado volume de gua aquecido em uma chaleira a 100 C e 1,0atm. (08) O v cuo existente entre as paredes duplas de vidro espelhado da garrafa t rmica favorece a irradia o do calor de fora para dentro da garrafa. (16) O uso do teflon, representado pela f rmula ( CF2 C n , como revestimento de utens lios de cozinha deve-se alta reatividade qu mica desse pol mero. (32) A varia o da energia interna da subst ncia refrigerante utilizada no ciclo de transfer ncia de calor do congelador para a atmosfera, quando comprimida adiabaticamente, igual ao trabalho realizado pelo compressor da geladeira. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 15 Cad1et1.p65 15 04/11/04, 20:54 QUEST ES 15 e 16 Uma teoria sobre aquecimento global prop e que a temperatura da Terra est se elevando rapidamente por conta da queima de combust veis f sseis e de outros processos industriais que liberam gases que se acumulam em uma camada superior da atmosfera, retendo parte da radia o solar, como faz o vidro das estufas utilizadas no cultivo de plantas. (ARAIA. In: Planeta, 2004, p. 16). (LEAL; FRAN A. In: poca, 2004, p. 54). Quest o 15 Com base em conhecimentos das Ci ncias Naturais, relacionados constata o do aquecimento global, s o considera es pertinentes: (01) O crescente aquecimento global deve-se grande capacidade de as mol culas de CO2(g) e de H2O(g) refletirem o calor proveniente do Sol. (02) O efeito estufa acentuadamente reduzido com a eleva o da concentra o de oz nio, na atmosfera, uma vez que esse g s ret m a radia o ultravioleta proveniente do Sol. (04) A energia radiante que penetra atrav s do vidro de uma estufa de plantas, absorvida pelo ch o pintado de preto, reemitida sob a forma de raios infravermelhos. (08) O aprisionamento de calor associado a certo n vel de efeito estufa vem possibilitando, desde os prim rdios da vida, uma temperatura ambiente compat vel com a din mica da biosfera. (16) O car ter cido do CO(g), liberado em grande quantidade, em rea o de combust o incompleta de material f ssil, respons vel pelo agravamento do efeito estufa em regi es de queimadas. (32) O vidro de estufas de plantas opaco aos raios ultravioleta provenientes do Sol. UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 16 Cad1et1.p65 16 04/11/04, 20:54 Quest o 16 Uma an lise das repercuss es previstas pelos climatologistas, em rela o ao aquecimento global crescente e continuado, permite afirmar: (01) A expans o de doen as, como mal ria e febre amarela, seria uma conseq ncia da maior disponibilidade de habitats prop cios ao ciclo de vida de organismos vetores. (02) A elimina o de manguezais, por possibilitar maior express o do potencial bi tico de esp cies marinhas devido maior oferta de espa o para reprodu o e disponibilidade de alimentos, comprometeria o equil brio de ecossistemas aqu ticos. (04) A fus o das neves do Kilimanjaro seria reduzida, se a press o, no cume desse monte, fosse 1,0atm. (08) A diminui o de 10 C na temperatura, em determinada regi o da Terra, corresponderia a uma varia o de 18 F. (16) A press o sobre um corpo fixo, no fundo do mar, aumentaria em 10% da press o atmosf rica, com a eleva o do n vel do mar de 1,0m de altura, considerando-se a densidade da gua igual a 1,0g/cm3, a acelera o da gravidade local 10m/s2 e a press o 5 atmosf rica 1,0.10 Pa. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 17 Cad1et1.p65 17 04/11/04, 20:54 Quest o 17 Em 1960, pela primeira vez, obteve-se o raio laser, um feixe de luz que apresentava caracter sticas diferentes da luz do sol ou de uma l mpada incandescente, por ser gerado de forma distinta. A depender do estado de agrega o do meio ativo, os raios laser podem ser a g s, l quidos e de estado s lido. No grupo de estado s lido se incluem os raios laser de metais de transi o. (MENDON A. In: Revista Brasileira de Ensino de F sica, 1998). Sobre radia es luminosas, bem como sobre a sua percep o e utiliza o na investiga o cient fica, correto afirmar: (01) A percep o de luz pelo homem est associada a pigmentos presentes em c lulas especializadas da retina. (02) A exig ncia de certos comprimentos de onda de luz para vis o colorida minimiza a participa o de um componente heredit rio na distin o das cores. (04) O ndice de refra o do n cleo de uma fibra ptica que conduz os raios laser maior que o ndice de refra o do revestimento. (08) Os raios laser de metais de transi o s o provenientes de elementos qu micos que apresentam caracter sticas intermedi rias entre metais e n o-metais. (16) A intensidade de um feixe cil ndrico de raios laser com pot ncia de 1,0W e raio da ordem de 4 4 10 cm, incidindo perpendicularmente em uma superf cie, igual a 10 W/m2, aproximadamente. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 18 Cad1et1.p65 18 04/11/04, 20:54 Quest o 18 Se essa rua, se essa rua fosse minha, Eu mandava, eu mandava ladrilhar Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes Para o meu, para o meu amor passar. Os versos do cancioneiro popular, mesmo sem a inten o, evocam de modo subjacente a presen a do carbono, elemento qu mico abundante na biosfera. Sobre as propriedades do carbono e suas possibilidades de organiza o estrutural em minerais e na mat ria viva, correto afirmar: (01) A universalidade do carbono no mundo vivo contraria a hip tese de uma evolu o pr -bi tica a partir de compostos org nicos precursores das biomol culas. 24 (02) O brilhante de um quilate, 0,2g, constitu do por 1,0.10 tomos de carbono. (04) A interconvers o de compostos de carbono em subst ncias minerais e em mol culas org nicas traduzida, no sistema vivo, em atividades de s ntese e de decomposi o inerente din mica do ecossistema. (08) O di xido de carbono obtido a partir da combust o completa de 2,0g de diamante apresenta grau de pureza superior ao que se obt m por meio da combust o completa de igual massa de grafite. (16) A imers o de um brilhante de 3,5mg em um recipiente contendo gua desloca um volume 3 desse fluido de 1,0.10 cm3, se a densidade dessa pedra preciosa de 3,5g/cm3, a 25 C. (32) Os raios de luz que emergissem das pedras de brilhantes de uma rua, formariam ngulos de nar n p incid ncia menores que arcsen pedras. , sendo nar o ndice de refra o do ar e np, o das RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 19 Cad1et1.p65 19 04/11/04, 20:54 QUEST ES 19 e 20 Trigo, caf , batata e chocolate cruzaram oceanos e ca ram no gosto popular. Quest o 19 Sob o ponto de vista das Ci ncias Naturais, uma reflex o sobre as navega es que possibilitaram interc mbio entre diferentes povos permite considerar: (01) O m dulo da velocidade m dia da embarca o que navega a primeira metade da rota com velocidade v1 e a segunda, com velocidade v2 igual a v 1v 2 v1 + v 2 . (02) A brisa noturna favorece o deslocamento de uma embarca o a vela, que se afasta do continente. (04) A massa da carga colocada no interior de um navio, de densidade dn e volume V, equilibrando-se com 25% do volume submerso em gua, de densidade da, dada pela d express o m = a dn V. 4 (08) A destila o fracionada o processo que os navegadores primitivos utilizavam para obter gua pot vel a partir da gua do mar. (16) A exist ncia de um fluxo g nico acentuou as diferen as gen ticas entre popula es humanas. (32) A dispers o influenciou a evolu o de esp cies vegetais, propiciando a express o de gen tipos em diferentes contextos ambientais, preservados em processos de adapta o. UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 20 Cad1et1.p65 20 04/11/04, 20:54 Quest o 20 Conhecimentos f sico-qu micos aplicados an lise de alimentos em fun o de a es biol gicas permitem afirmar: (01) O amido, (C6H10O5)n constituinte importante do trigo, da batata e do milho um polissacar deo que reage com a gua, sob determinadas condi es, produzindo uma subst ncia identificada como aldose. (02) Os monossacar deos participam do metabolismo celular aer bico, quando, no interior da mitoc ndria, a glicose clivada em piruvato e CO2. (04) A concentra o aproximada de sacarose, C12H22O11, em 50,00mL de um cafezinho ado ado com 3,42g desse a car de 0,20mol/L. (08) O amido, presente na batata e nos alimentos derivados do trigo, come a a ser decomposto na boca pela a o enzim tica da saliva. (16) O extrato do chocolate que se obt m a partir dos gr os de cacau inclui gorduras, carboidratos e prote nas, portanto cont m, respectivamente, pol meros naturais, sais org nicos e subst ncias que apresentam pelo menos uma liga o pept dica. (32) A energia de 100cal, fornecida por uma x cara de caf com leite quente, promove varia o de 0,5 C na temperatura de uma massa de 200,0g de gua, cujo calor espec fico igual a 1,0cal/g C. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 21 Cad1et1.p65 21 04/11/04, 20:54 QUEST ES 21 e 22 Os raios T, produzidos nas explos es solares, vibram mais lentamente que os raios gama e t m alta intensidade. Esses fatos os colocam como fortes candidatos para a leitura de imagens m dicas j que oferecem menor risco para os pacientes. Acredita-se que a radia o na faixa dos Terahertz seja produzida por part culas at micas 8 eletricamente carregadas, aceleradas a velocidades pr ximas da luz 3,0 .10 m/s. Curiosamente, essa forma de radia o surge tamb m em experimentos feitos em aceleradores de part culas, equipamentos usados em testes de f sica at mica. (OS NOVOS raios de sol. In: Pesquisa FAPESP, 2004, p.45). Quest o 21 Sabendo-se da import ncia das radia es solares para a vida na Terra, s o considera es pertinentes: (01) A radia o solar essencial vida, sendo a fonte prim ria de energia na constru o da biosfera. (02) As rea es fotoqu micas apresentam varia o de entalpia negativa, uma vez que ocorrem a partir da absor o de luz solar. (04) A energia envolvida na produ o de 73,02g de HCl(g), segundo a equa o qu mica H2(g) + Cl2(g) luz 2HCl(g), denominada entalpia-padr o de forma o do HCl(g). (08) O uso de radia o com as caracter sticas dos raios T, no in cio do s culo XX, seria irrelevante para as considera es de Rutherford sobre a dispers o das part culas no interior do tomo. 3 (16) O comprimento de onda dos raios T, de freq ncia 1,0.1011hertz, da ordem de 10 m. (32) A incid ncia de raios ultravioleta emitidos nas explos es solares sobre a superf cie terrestre foi um dos fatores que favoreceu a coloniza o das reas emersas do planeta. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 22 Cad1et1.p65 22 04/11/04, 20:54 Quest o 22 Caracter sticas e comportamento das part culas eletrizadas e suas intera es nos sistemas vivos podem ser expressas nas seguintes proposi es: (01) A energia luminosa convertida em energia qu mica nas mol culas de glicose, em processo pr prio dos fotoaut trofos, dependente de propriedades da clorofila. (02) O uso da gua como doador de hidrog nio na fotoss ntese propiciou a expans o da vida aer bica. (04) A no o de part culas at micas eletricamente carregadas surge nas Ci ncias Naturais somente ap s a proposi o de um modelo at mico por J. Thomson. (08) A part cula de carga q e massa m acelerada exclusivamente por um campo magn tico uniforme e perpendicular sua velocidade realiza um movimento de per odo igual a 2 m . qB (16) As part culas carregadas que se deslocam sem deflex o, em uma regi o do selecionador de velocidades onde existe um campo magn tico uniforme B e um campo el trico uniforme E , ortogonais entre si, t m velocidade de m dulo igual a B . E RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 23 Cad1et1.p65 23 04/11/04, 20:54 Quest o 23 Pesquisadores do Estado de Massachussets, nos EUA, resolveram um antigo mist rio sobre os vagalumes: identificaram a subst ncia que os insetos usam para controlar os sinais luminosos de atra o sexual. Para acender e apagar suas luzes, os insetos usam xido n trico, NO, o mesmo composto que, nos humanos, ajuda o batimento card aco, a fun o cerebral e aciona a ere o masculina. Em compara o a um circuito el trico, pode-se dizer que os cientistas sabiam onde estava a l mpada e o que a fazia brilhar, mas ainda n o tinham encontrado o interruptor que a ligava e desligava. O pisca-pisca dos vagalumes e o brilho de uma l mpada envolvem transforma es que, explicadas pelas Ci ncias Naturais, permitem considerar: (01) A bioluminesc ncia exemplifica um processo de transdu o de energia qu mica em luminosa, em rea es catalisadas por enzimas. (02) A luz emitida pelos vagalumes an loga quela produzida pelo circuito constitu do por um gerador ideal, de for a eletromotriz , por uma l mpada e por um capacitor, de capacit ncia C, ligado alternadamente, ora fonte, ora l mpada e, nesse caso, a corrente m dia na l mpada ser igual a C , sendo t o tempo de carga e descarga do capacitor. t (04) O uso de sinais luminosos pelos vagalumes como um meio de atra o sexual propicia cruzamentos interespec ficos, favorecendo a forma o de novas esp cies. (08) O xido n trico reage rapidamente com a gua, gerando um cido que contribui para a forma o da chuva cida. (16) A produ o de 44,8L de xido n trico por meio da rea o representada por Cu(s) + HNO3(aq) Cu(NO3)2(aq) + NO(g) + H2O(l) consome 3,0mol de cobre met lico, nas CNTP, estando essa equa o balanceada. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 24 Cad1et1.p65 24 04/11/04, 20:54 Quest o 24 A Bahia dever sediar o Programa de Gera o de Energia em Comunidades Rurais. O projeto piloto prev a implanta o de uma miniusina para gera o de energia a partir do biodiesel, que equivale ao diesel de petr leo, s que produzido a partir de leos vegetais, como mamona, soja, algod o, girassol e dend . Um conv nio entre o Minist rio de Ci ncia e Tecnologia e institui es baianas viabilizar a implanta o de um laborat rio de refer ncia nacional em an lise de motores e emiss es atmosf ricas, na Escola Polit cnica da Universidade Federal da Bahia. (SILVA. In: A Tarde, 2004, p.21). Referindo-se aos processos de obten o e ao uso do biocombust vel, correto afirmar: (01) O biodiesel como fonte de energia alternativa se justifica por ser produto obtido a partir da fotoss ntese, ao contr rio dos combust veis f sseis. (02) A obten o de biodiesel a partir da rea o entre cido palm tico, C16H32O2, e etanol, C2H6O, envolve as mesmas quantidades de mat ria desses reagentes e implica forma o de ster de cadeia saturada. (04) A varia o de entalpia da rea o de combust o do biodiesel independe da fonte de obten o desse combust vel. (08) A densidade do leo de mamona, em rela o da gua, igual a h1 , sendo determinada h2 equilibrando-se uma balan a de pratos com um tubo cil ndrico contendo leo at a altura h1, e com outro, id ntico, com gua at a altura h2. (16) O abastecimento de autom veis com biodiesel estabelecer um novo n vel na pir mide ecol gica representativa das transfer ncias de energia. (32) O rendimento de um motor, com pot ncia til de 40kW, que, a cada hora, recebe 180 000kcal da combust o do biodiesel igual a 20%, considerando-se 1cal = 4J. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 25 Cad1et1.p65 25 04/11/04, 20:54 Quest o 25 Sonda hi-tech se aproxima do planeta Saturno e promete desvendar Tit , a maior de suas luas. A din mica da atmosfera de Tit estranhamente semelhante da Terra. O nitrog nio domina nas duas atmosferas, mas, em Tit , o metano desempenha o papel meteorol gico da gua no planeta Terra. Os pesquisadores acreditam que o ciclo atmosf rico possa incluir uma chuva de hidrocarbonetos l quidos, que poderia se acumular em lagos ou oceanos. A temperatura da superf cie de Tit de 179 C. (LUNINE. In: Scientific American Brasil, 2004, p.72). Uma an lise das considera es feitas pelos cientistas sobre o planeta Saturno e sua maior lua, Tit , na oportunidade da chegada da nave Cassini-Huygens na rbita do planeta dos an is, permite afirmar: (01) O peso de um corpo na superf cie de Saturno, que, comparado Terra, tem massa 95 vezes maior e raio 9 vezes maior, aumentaria de aproximadamente 17% do valor medido na superf cie terrestre. (02) A superf cie de Tit tem a cor avermelhada, porque as freq ncias azuis da radia o solar s o absorvidas pela atmosfera do sat lite. (04) A densidade absoluta do g s nitrog nio, N2, aproximadamente 3,63g/L, a 1,0 atm, temperatura da superf cie de Tit . (08) A natureza das intera es intermoleculares no metano l quido d suporte previs o de cientistas sobre chuva de hidrocarbonetos nessa lua de Saturno. (16) A detec o de metano em Tit seria suficiente para supor a exist ncia de vida similar vida terrestre, considerando-se que, provavelmente, esse g s estaria presente na atmosfera da Terra primitiva. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 26 Cad1et1.p65 26 04/11/04, 20:54 Quest o 26 Atualmente, o desenvolvimento das t cnicas de imagens em medicina, como a tomografia computadorizada e a resson ncia magn tica, tornou poss vel observar, sem riscos, detalhes anat micos do c rebro humano elevando a imagem estrutural a n veis nunca antes sonhados. Na tomografia por emiss o de p sitrons, um radiois topo muito importante o fl or 18, (18F), que pode servir como marcador de glicose, o que permite seu emprego no mapeamento de processos metab licos cerebrais. (ARA JO et al. In: Ci ncia Hoje, 2003, p. 28-30). A partir das informa es do texto, correto afirmar: (01) A tomada de conhecimento das condi es do meio pelo c rebro se efetiva com o processamento das informa es envolvendo arcos reflexos simples. (02) A interpreta o da imagem da atividade cerebral est associada compreens o da fisiologia de uma complexa rede neural, em que a comunica o se faz por meio de impulsos el tricos e sinais qu micos. (04) A massa molecular do g s fluor, F2, diferente de 36u. (08) O raio at mico do radiois topo 18F maior do que o raio do on 18F . (16) A presen a de um campo magn tico na atividade neuronal assegura que a corrente el trica que percorre os neur nios cont nua e constante. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 27 Cad1et1.p65 27 04/11/04, 20:54 Quest o 27 Subiu a constru o como se fosse m quina Ergueu no patamar quatro paredes s lidas Tijolo com tijolo num desenho m gico Seus olhos embotados de cimento e l grima E trope ou no c u como se fosse b bado E flutuou no ar como se fosse um p ssaro E se acabou no ch o feito um pacote fl cido Agonizou no meio do passeio p blico Morreu na contram o atrapalhando o tr fego A an lise dessas imagens po ticas do compositor Chico Buarque de Holanda, associada aos conhecimentos das Ci ncias Naturais, permite afirmar: (01) O prumo utilizado pelo pedreiro instrumento constitu do de uma massa presa extremidade de um fio quando utilizado para nivelar uma parede, orienta-se, independentemente da latitude do lugar, radialmente para o centro da Terra, que se sup e esf rica e homog nea e que est em rota o. (02) A pot ncia m dia desenvolvida por um oper rio que pesa 750N e sobe, em 30s, a escada de uma constru o, composta de 30 degraus id nticos, cada um com 20cm de altura, igual a 150W. (04) Os xidos CaO e (SiO2)n, principais constituintes do cimento, t m estrutura qu mica semelhante dos xidos CO e CO2, respectivamente. (08) A l grima uma secre o glandular, que umedece permanentemente a face do globo ocular exposta ao ar e tem a o anti-s ptica. (16) A rea o representada pela equa o qu mica 3C2H5OH(g) + 2K2Cr2O7(aq) + 8H2SO4(aq) 3CH3COOH(aq) + 2Cr2(SO4 )3 (aq) + 2K2SO4 (aq) + 11H2O(l), que ocorre em instrumentos destinados a medir a gradua o alco lica no sangue de pessoas supostamente b badas, tem como agente redutor o etanol e produz sais que evidenciam liga es covalentes na estrutura qu mica. (32) Os p ssaros constituem um grupo de organismos em que a evolu o privilegiou a flutua o, exigindo a preserva o de um esqueleto cartilaginoso. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 28 Cad1et1.p65 28 04/11/04, 20:54 Quest o 28 Os quadrinhos se valem de conhecimentos do senso comum para ilustrar o ditado popular Um dia da ca a, o outro, do ca ador . A partir de uma abordagem ecol gica abrangente relacionada aos fatos apresentados, pode-se afirmar: (01) A perturba o produzida pela queda de uma gota na superf cie da gua se propaga em regi es de diferentes profundidades, com comprimento de onda constante. (02) A tens o, no fio da vara de pescar, quando o peixe de massa m e densidade d, puxado g , no interior da gua, de densidade igual a gm(4d-3 ), 3 sendo g o m dulo da acelera o da gravidade local. com acelera o de m dulo (04) A posi o da imagem de um peixe situado a uma profundidade p, quando vista por um pescador situado nas proximidades da vertical que passa pelo peixe, dada por nar n gua p, sendo nar e n gua os ndices de refra o dos meios. (08) O odor caracter stico de peixes, atribu do ao composto (CH3)3N, pode ser reduzido pela rea o dessa subst ncia com suco de lim o. (16) Os peixes de grande porte, como os marlins, podem reter, em seus tecidos, at 16mg de monometilmerc rio por kg e, assim, a concentra o desse composto, nesses peixes, atinge 16ppm. (32) As intera es alimentares representadas sugerem a ocupa o do mesmo n vel tr fico, pelos v rios consumidores. (64) A rela o ecol gica presa-predador uma intera o associada ao controle de densidades de popula es suport veis por um dado ambiente. UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 29 Cad1et1.p65 29 04/11/04, 20:54 QUEST ES 29 e 30 Apesar de o encanto do esporte estar no acaso e na incerteza das disputas, sua pr tica envolve cada vez mais o desenvolvimento de tecnologias, al m do conhecimento profundo das potencialidades e dos limites do organismo. Quest o 29 Em rela o ao exerc cio f sico e sua fisiologia, correto afirmar: (01) A eleva o da concentra o de cido l tico, CH3CHOHCOOH, na corrente sang nea do atleta, mant m o pH do sangue inalterado, porque a ioniza o dessa subst ncia produz ons + H3O (aq) e OH-(aq) em quantidades equimolares. (02) O desenvolvimento do sistema muscular no treinamento para o atleta melhorar o seu desempenho reflete a natureza involunt ria da contra o dos m sculos esquel ticos. (04) O cido l tico, CH3CHOHCOOH, produzido pelo tecido muscular do atleta, notadamente durante exerc cio intenso e prolongado, um composto classificado como mono cido. (08) A freq ncia dos batimentos card acos de um atleta correndo, 100 batidas por minuto, igual freq ncia de oscila o de um p ndulo simples de comprimento igual a 9,0cm, 2 considerando-se, no SI, g= . (16) Os programas de exerc cios f sicos que privilegiam um aumento de gl bulos vermelhos, em limites fisiol gicos, possibilitam maior aporte de oxig nio e melhor performance do atleta. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 30 Cad1et1.p65 30 04/11/04, 20:54 Quest o 30 A disputa pelas medalhas nas diversas modalidades esportivas de uma olimp ada, analisada sob diferentes enfoques das Ci ncias Naturais, permite afirmar: (01) A fosfocreatina uma mol cula de reserva energ tica do m sculo, mobilizada na atividade f sica para recupera o de ATP. (02) A realiza o da fermenta o l ctica nas c lulas musculares, durante atividade intensiva, uma estrat gia fisiol gica que aproveita, de forma mais eficiente o potencial energ tico da glicose. (04) O atleta que realiza uma prova de salto com vara converte, no in cio da prova, energias potenciais gravitacional e el stica em energia cin tica. (08) O dacron, representado pela f rmula , utilizado na confec o de velas de iates de competi o, um poli ster que apresenta n cleo benz nico na estrutura molecular. (16) O resultado alcan ado por um atleta nas provas de arremesso de peso realizadas em cidades do litoral melhor do que aquele obtido em cidades situadas em grandes altitudes, considerando-se que o atleta aplica o mesmo impulso nas duas situa es. (32) As medalhas de cobre (E red = 0,34V) s o recobertas por prata (E red = 0,80 V), quando pilhas formadas por eletrodos desses metais s o colocadas em funcionamento. RASCUNHO UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 31 Cad1et1.p65 31 04/11/04, 20:54 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ARAIA, Eduardo. Efeito estufa: a realidade planet ria nas telas do cinema. Planeta, S o Paulo, ed. 381, ano 32, n. 6, jun. 2004. Adaptado. ARA JO, Dr ulio Barros de et al. Imagens do c rebro em a o. Ci ncia Hoje, Rio de Janeiro, v. 33, n. 197, set. 2003. Adaptado. COZINHA de verdade. Di logo M dico, S o Paulo, ano 29, n. 6, nov./dez. 2003. LEAL, Renata; FRAN A, Val ria. Furac o fora das telas. poca, S o Paulo, n. 316, 7 jun. 2004. LUNINE, Jonathan I. Saturno, afinal! Scientific American Brasil, S o Paulo, jul. 2004. Adaptado. MENDON A, Paulo Eduardo Marques Furtado de. O laser na Biologia. Revista Brasileira de Ensino de F sica, v. 20, n. 1, mar. 1998. Dispon vel em: www.moderna.com.br/f sica/f sicaonline/ leituras/0002. Acesso em: 29 jun. 2004. Adaptado. OS NOVOS raios do Sol. Pesquisa Fapesp, S o Paulo, n. 97, mar. 2004. Adaptado. SEADE, Marcus. Registros do ritmo card aco. Ci ncia Hoje, Rio de Janeiro, v. 33, n. 196, ago. 2003. SILVA, Danniela. Biodiesel esquenta mercado de energia alternativa no pa s. A Tarde, Salvador, 13 jun. 2004. Economia. FONTES DAS ILUSTRA ES CI NCIA HOJE. Rio de Janeiro, v. 33, n. 196, ago. 2003. p. 73. (Quest es 11 e 12). POCA. S o Paulo, n. 316, 7 jun. 2004. p. 54. (Quest es 15 e 16). GILMAR. In: Voc s.a., S o Paulo, ed. 49, ano 5, jul. 2002. p. 23. (Quest o 28). LEAL, Fernando. In: Di logo M dico, S o Paulo, ano 29, n.6, nov. / dez. 2003. p. 29 e 32. (Quest es 13 e 14). ROCHA, Rui. A viagem dos sabores. Ensaio sobre a hist ria da alimenta o. (S culos 9-19). In: Galileu, n. 145, ago. 2003. p. 42-43. (Quest es 19 e 20). UFBA 2005 - 1 Fase - C. Naturais - 32 Cad1et1.p65 32 04/11/04, 20:54 SERVI O P BLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA SERVI O DE SELE O, ORIENTA O E AVALIA O CONCURSO VESTIBULAR 2005 1 FASE GABARITO - PROVA DE PORTUGU S E CI NCIAS NATURAIS QUEST ES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 PROPOSI ES VERDADEIRAS 02 + 04 + 16 + 32 01 + 02 + 04 + 08 + 32 02 + 04 + 08 + 16 01 + 02 + 16 04 + 08 + 16 + 32 02 + 04 + 08 + 16 02 + 08 + 16 + 64 01 + 04 + 64 02 + 04 + 08 + 16 01 + 08 + 16 + 32 02 + 0 8 02 + 08 + 16 02 + 04 + 16 01 + 32 04 + 08 01 + 08 + 16 01 + 04 04 + 16 + 32 02 + 04 + 32 01 + 04 + 08 + 32 01 + 08 + 16 01 + 02 + 08 01 + 02 + 16 02 + 3 2 01 + 02 + 04 02 + 04 02 + 08 + 16 04 + 08 + 16 + 64 04 + 08 + 16 01 + 08 GABARITO 54 47 30 19 60 30 90 69 30 57 10 26 22 33 12 25 05 52 38 45 25 11 19 34 07 06 26 92 28 09 Em 05 de dezembro de 2004 NELSON ALMEIDA E SILVA FILHO Diretor do SSOA/UFBA OBSERVA ES

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