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UFBA Vestibular de 2009 - PROVAS 1ª FASE - Português e ciências naturais

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INSTRU ES Estas provas dever o ser respondidas por TODOS os candidatos. Para a realiza o destas provas, voc recebeu este Caderno de Quest es e uma Folha de Respostas. N O AMASSE, N O DOBRE, N O SUJE, N O RASURE A FOLHA DE RESPOSTAS. 1. Caderno de Quest es Verifique se este Caderno de Quest es cont m as seguintes provas: PORTUGU S 10 quest es objetivas; CI NCIAS NATURAIS 20 quest es objetivas. Registre seu n mero de inscri o no espa o reservado para esse fim, na capa deste Caderno. Qualquer irregularidade constatada neste Caderno deve ser imediatamente comunicada ao fiscal de sala. Neste Caderno, voc encontra apenas um tipo de quest o: O bjetiva de proposi es m ltiplas q uest o contendo 5, 6 ou 7 proposi es, indicadas pelos n meros 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64. Para responder a esse tipo de quest o, voc deve identificar as proposi es verdadeiras e as falsas; somar os n meros correspondentes s proposi es verdadeiras; marcar, na Folha de Respostas, os dois algarismos que representam o n mero resultante da soma das proposi es verdadeiras. A n o-inclus o de uma proposi o na soma significa consider -la falsa. A identifica o de uma proposi o verdadeira como falsa ou de uma proposi o falsa como verdadeira ser considerada erro, descontando-se, ent o: 0,5 (meio ponto) para um nico erro, nas quest es com 5, 6 ou 7 proposi es; 0,75 (setenta e cinco cent simos do ponto) para dois erros, apenas nas quest es com 6 ou 7 proposi es; 1,0 (um ponto inteiro) para dois ou mais erros, nas quest es com 5 proposi es; para tr s ou mais erros, nas quest es com 6 ou 7 proposi es. 2. Folha de Respostas Essa Folha de Respostas pr -identificada, isto , destinada exclusivamente a um determinado candidato. Por isso, n o pode ser substitu da, a n o ser em situa o excepcional, com autoriza o expressa da Coordena o dos trabalhos. Confira os dados registrados no cabe alho e assine-o com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, sem ultrapassar o espa o reservado para esse fim. Nessa Folha de Respostas, cada quest o est representada por um n mero, abaixo do qual se encontram colunas paralelas com algarismos de 0 a 9, que possibilitam a marca o de qualquer resposta num rica inteira de 00 a 99. Fa a a marca o, preenchendo os espa os correspondentes aos algarismos da resposta encontrada, com caneta esferogr fica de TINTA PRETA ou AZUL-ESCURA, de ponta grossa, sem ultrapassar os limites dos espa os. Para registrar a resposta de cada quest o, marque, na coluna da direita, o algarismo correspondente unidade e, na coluna da esquerda, o correspondente dezena. Quando a resposta for um n mero menor que 10, marque zero na coluna da esquerda (Ex.: 03). Se a resposta for zero, marque zero nas duas colunas (Ex.: 00). A Folha de Respostas com marca es indevidas ou feitas a l pis n o ser processada. Marque o hor rio de t rmino da prova no espa o indicado. Exemplo da Marca o na Folha de Respostas Portugu s QUEST ES de 01 a 10 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. Quest o 01 Texto I Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa reflex o, o sujeito, a hist ria e a l ngua em uma rela o particular, que a rela o de significa o. Como significa a cidade? [...] Como os sentidos a se constituem, se formulam e transitam? S o essas as quest es que nos 5 ocupam. Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma rela o face na o. [...] Uma na o, por outro lado, uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimens es, formas vis veis, sendo percept vel em primeira inst ncia. Assim, podemos dizer que outra caracter stica de cidade, importante para nossos fins, o fato de que 10 a cidade introduz a dimens o da representa o sens vel de suas formas, ao lado da considera o de um espa o de cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira percept vel. [...] E podemos dizer que um pa s feito de muitas cidades distribu das em sua superf cie. A trazemos uma outra considera o, a de que se sup e uma localiza o territorial. Cidade e 15 territ rio s o solid rios. No territ rio urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade, de tal modo que o destino de um n o se separa do destino do outro, em suas in meras e variadas dimens es: material, cultural, econ mica, hist rica etc. O corpo social e o corpo urbano formam 20 um s . Para nossa poca, a cidade uma realidade que se imp e com toda sua for a. Nada pode ser pensado sem a cidade como pano de fundo. Todas as determina es que definem um espa o, um sujeito, uma vida cruzam-se no espa o da cidade. ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11. A an lise do texto autoriza afirmar: (01) A autora, ao definir a cidade como objeto de sua reflex o, explicita seu prop sito de privilegiar o que ela significa e o que nela significativo. (02) Eni Orlandi chama a aten o do leitor para o seu modo diferente de abordar o tema. (04) A articula o entre o homem, o tempo e o lugar fundamental para que a cidade seja estudada em seus m ltiplos sentidos. (08) O ponto de vista escolhido pela autora para falar da cidade alicer a-se em estudos sociol gicos realizados sobre o tema. (16) O crescimento das cidades no mundo atual sufoca os seres humanos, assim como os dispersa. (32) A cidade funciona como um texto com m ltiplos sentidos, pass vel de leituras ricas em reflex o. (64) O texto defende a necessidade da volta ao campo como alternativa s dificuldades da vida nos centros urbanos. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 1 Quest o 02 Texto II TRILHOS URBANOS O melhor o tempo esconde, longe, muito longe Mas bem dentro aqui, quando o bonde dava a volta ali No cais de Ara jo Pinho, tamarindeirinho Nunca me esqueci onde o imperador fez xixi 5 Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir Bonde da Trilhos Urbanos v o passando os anos E eu n o te perdi, meu trabalho te traduzir Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde 10 Tudo bom de v , seu Pop do Maculel Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa N o d pr entender o Apolo e o rio Suba Pena de Pav o de Krishna, maravilha, vixe Maria M e de Deus, ser que esses olhos s o meus? 15 Cinema transcendental, Trilhos Urbanos Gal cantando o Balanc Como eu sei lembrar de voc VELOSO, C. Trilhos urbanos. 1989. Dispon vel em: <http://letras.com.br/caetano-veloso/44784>. Acesso em: 5 jul. 2008. Constituem afirma es verdadeiras sobre o texto: (01) Em Trilhos Urbanos , Caetano Veloso manifesta-se sobre o passado, a partir de modelos que o presente lhe oferece. (02) Na primeira estrofe, as no es de tempo e lugar se confundem na evoca o do poeta. (04) No verso 3, o tamarindeirinho diminutivo afetivo aparece no cen rio como testemunha de fatos ocorridos no passado. (08) No verso 12, ao referir-se a Apolo e ao rio Suba , o poeta relaciona um monumento da cultura cl ssica a um patrim nio natural. (16) Nesse poema-can o, as palavras do poeta demonstram a indissociabilidade do trip sujeito, hist ria e lugar. (32) No texto em estudo, os valores da terra s o desqualificados pelo enunciador. (64) Nos versos de Caetano, a pluralidade de sentidos sugerida pela express o Trilhos Urbanos permite ao leitor articular a id ia objetiva de uma empresa de transporte com representa es po ticas dos caminhos de uma cidade determinada. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 2 Quest o 03 Texto III AS VITRINES 5 Eu te vejo sair por a Te avisei que a cidade era um v o D tua m o Olha pra mim N o faz assim N o vai l n o Os letreiros a te colorir Embara am a minha vis o Eu te vi suspirar de afli o 10 E sair da sess o, frouxa de rir J te vejo brincando, gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos tamb m posso ver As vitrines te vendo passar 15 Na galeria, cada clar o como um dia depois de outro dia Abrindo um sal o Passas em exposi o Passas sem ver teu vigia 20 Catando a poesia Que entornas no ch o BUARQUE, C. As vitrines, 1981. Dispon vel em: <http://www,chicobuarque.com.br/letras/asvitrin_81.htm>. Acesso em: 5 jul. 2008. A leitura do poema-can o As Vitrines permite afirmar: (01) A cidade mostrada como lugar de perigo. (02) O enunciador, na primeira pessoa, dirige-se mulher amada, colocando-se como seu protetor. (04) A id ia associada a vitrines acentua o aspecto da mercantiliza o de seres e objetos na cidade. (08) O temor do sujeito apaixonado diante da possibilidade de coisifica o da mulher amada percebido no texto. (16) A rela o entre os termos letreiros (v. 7), colorir (v. 7) e Embara am (v. 8) expressa o deslumbramento do poeta com o mundo citadino. (32) Chico Buarque, ao dizer Passas sem ver teu vigia (v. 19), se apresenta como um poeta encantado por sua musa, que o ignora. (64) A repetida refer ncia a vitrines reflete o fasc nio que elas exercem sobre o poeta. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 3 Quest o 04 No territ rio urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade (Texto I, l. 16-17) Relacionando esse fragmento destacado do Texto I com o conte do dos textos II e III, identifique as proposi es que exemplificam a afirma o nele contida. (01) O melhor o tempo esconde, longe, muito longe/Mas bem dentro aqui, quando o bonde dava a volta ali/[...]/Nunca me esqueci onde o imperador fez xixi (Texto II, v. 1-4) (02) Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro/Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir (Texto II, v. 5-6) (04) Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde/Tudo bom de v , seu Pop do Maculel (Texto II, v. 9-10) (08) Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa/N o d pr entender o Apolo e o rio Suba (Texto II, v. 11-12) (16) Pena de Pav o de Krishna, maravilha, vixe Maria/M e de Deus, ser que esses olhos s o meus? (Texto II, v. 13-14) (32) Os letreiros a te colorir/Embara am a minha vis o/Eu te vi suspirar de afli o/E sair da sess o, frouxa de rir (Texto III, v. 7-10) (64) J te vejo brincando, gostando de ser/Tua sombra a se multiplicar/Nos teus olhos tamb m posso ver/As vitrines te vendo passar (Texto III, v. 11-14) QUEST ES 05 e 06 Ent o nunca amou a outra? Eu lhe juro, Aur lia. Estes l bios nunca tocaram a face de outra mulher, que n o fosse minha m e. O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti... 5 Soerguendo-se para alcan ar-lhe a face, n o viu Seixas a s bita muta o que se havia operado na fisionomia de sua noiva. Aur lia estava l vida, e a sua beleza, radiante h pouco, se marmorizara. Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos. 10 A voz da mo a tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos l bios como a o. Aur lia! Que significa isto? Representamos uma com dia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com per cia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores n o nos 15 excederiam. Mas tempo de p r termo a esta cruel mistifica o, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que , eu, uma mulher tra da; o senhor, um homem vendido. Vendido! Exclamou Seixas ferido dentro d alma. ALENCAR, J. de. Senhora. In: Jos de Alencar: fic o completa e outros escritos. 3. ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1965, v. 1, p. 714. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 4 Quest o 05 Constitui uma afirmativa verdadeira sobre esse fragmento destacado do romance: (01) Aur lia e Seixas s o caracterizados como seres movidos pela raz o. (02) Os termos ti e esposa , em O meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti... (l. 3-4), equivalem-se semanticamente. (04) A express o com a ponta dos dedos (l. 9) acentua a delicadeza de Aur lia em rela o ao marido. (08) Aur lia, ao referir-se sua rela o matrimonial como com dia (l. 13), nega o drama por ela vivenciado. (16) Constata-se, no fragmento, que Aur lia considera Seixas um marido interesseiro, um objeto de com rcio. (32) O fragmento reproduzido p e em cena as duas personagens como se vivessem numa representa o, segundo avalia o da protagonista. Quest o 06 Quanto ao uso da linguagem utilizada no fragmento apresentado, correto afirmar: (01) outra (l. 1) e outra (l. 2) referem-se a diferentes seres. (02) o em guardei-o (l. 3) e isto em Que significa isto? (l. 12) completam a es verbais. (04) lhe em alcan ar-lhe (l. 5) e lhe em lhe sublevava (l. 11) expressam id ia de posse. (08) que (l. 5) refere-se a face (l. 5). (16) eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio (l. 10-11), esclarece a express o timbre cristalino (l. 10). (32) eu, uma mulher tra da; o senhor, um homem vendido. (l. 17-18), um fragmento cujas v rgulas s o facultativas. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 5 Quest o 07 Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se carrancudo e evitava conversas. S lhe falavam com o fim de tirar-lhe qualquer coisa. [...] Pregui osos, ladr es, faladores, mofinos. 5 Estava convencido de que todos os habitantes da cidade eram ruins. Mordeu os bei os. N o poderia dizer semelhante coisa. Por falta menor ag entara fac o e dormira na cadeia. Ora, o soldado amarelo... Sacudiu a cabe a, livrou-se da recorda o desagrad vel e procurou uma cara amiga na multid o. Se encontrasse um conhecido, iria cham -lo para a cal ada, abra -lo, sorrir, bater palmas. Depois 10 falaria sobre gado. Estremeceu, tentou ver o coc de sinha Vit ria. Precisava ter cuidado para n o se distanciar da mulher e dos filhos. Aproximou-se deles, alcan ou-os no momento em que a igreja come ava a esvaziar-se. [...] Convidou a mulher e os filhos para os cavalinhos, arrumou-os, distraiu-se um pouco vendo-os rodar. Em seguida encaminhou-os s barracas de jogo. Co ou-se, 15 puxou o len o, desatou-o, contou o dinheiro, com a tenta o de arrisc -lo no boz . Se fosse feliz, poderia comprar a cama de couro cru, o sonho de sinha Vit ria. Foi beber cacha a numa tolda, voltou, p s-se a rondar indeciso, pedindo com os olhos a opini o da mulher. Sinha Vit ria fez um gesto de reprova o, e Fabiano retirou-se, lembrando-se do jogo que tivera em casa de seu In cio, com o soldado amarelo. Fora 20 roubado, com certeza fora roubado. Avizinhou-se da tolda e bebeu mais cacha a. Pouco a pouco ficou sem vergonha. Festa festa. RAMOS, G. Vidas secas. 99. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 76-77. Com base na leitura desse fragmento, contextualizado na obra, pode-se afirmar: (01) O texto transcrito revela uma rivalidade expl cita entre Fabiano e sinha Vit ria, o que se pode comprovar pela comunica o n o verbal entre eles. (02) O narrador, que tamb m personagem, n o concorda com as id ias malucas de sinha Vit ria, sobre a educa o dos filhos. (04) A leitura do texto mostra que Fabiano detesta aqueles que, como ele, s o oriundos da classe baixa e t m modos rudes. (08) O fragmento evidencia que a decis o sobre o destino da fam lia de Fabiano partilhada com sinha Vit ria. (16) A personagem Fabiano focalizada num momento de reflex o sobre os desacertos que t m pautado a sua vida. (32) Esse fragmento um recorte que evidencia a inabilidade ou a falta de vontade de sinha Vit ria em aceitar mudan as pol tico-sociais. (64) O texto em estudo p e a nu as adversidades sofridas pelos menos favorecidos no contexto nordestino. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 6 Quest o 08 5 10 15 20 25 [...] Pensando sobre como ganhara tanto dinheiro, j nem admitia para si mesmo, a n o ser vagamente e a cada dia com menos freq ncia, que desviara os recursos do bar o e se apropriara de tudo em que pudera p r as m os, em todo tipo de tranquib rnia poss vel. N o, n o fora bem assim, precisava acabar com a mania de ser excessivamente severo consigo mesmo, chegava a parecer uma propens o ao mart rio. E o tino comercial empregado a servi o do bar o, as dificuldades sem fim, as solu es her icas encontradas para problemas insuper veis? E o sangue, isto mesmo, o sangue e o suor dados ao bar o? E a situa o tranq ila da baronesa, hoje empobrecida, verdade, mas vivendo com toda a dignidade, ainda na mesma casa do B ngala, assistida em todas as suas necessidades e as de seus filhos? N o tinha mais tantos negros, tamb m verdade, apenas tr s negras e dois negros, pois a dureza dos tempos atuais e os azares que por todos os lados perseguiram os neg cios do bar o aconselharam a que a escravatura fosse reduzida ao m nimo indispens vel. Que queriam? A pesca da baleia piorava a cada ano, era cada vez mais coisa do passado que o progresso soterraria, e a venda da Arma o do Bom Jesus fora um excelente neg cio, apesar do pre o aparentemente baixo. N o contara baronesa haver sido ele mesmo, oculto numa associa o com dois comerciantes franceses, quem comprara a Arma o e agora efetivamente a venderia com bom lucro. Afinal, fora uma venda como outra qualquer e de que maneira iriam enfrentar as despesas que se avultavam, com a crise da lavoura e do com rcio flagelando todos os neg cios do bar o? Alguns amigos da baronesa haviam mesmo concordado em que tinha sido bom neg cio, como acontecera com o Bacharel No mio Pontes de Oliveira, hoje prestando servi os de advocacia a Amleto, depois de, com a estreita colabora o deste, realizar o invent rio do bar o invent rio, por sinal, decepcionante, com tantas d vidas, nus e gravames que, n o fora a dedica o de Amleto, trabalhando frente de tudo at mesmo sem remunera o durante muitos meses, a baronesa e seus filhos talvez tivessem sorte muito triste. [...] RIBEIRO, J. U. Viva o povo brasileiro: romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p. 229-230. Em rela o ao fragmento transcrito, pode-se afirmar: (01) A an lise do texto demonstra que uma realidade pode apresentar m ltiplas faces, a depender de quem a observa e do lugar ocupado pelo observador. (02) Os sucessivos questionamentos presentes no texto s o recursos utilizados por Amleto para justificar sua tica irretoc vel. (04) A autocompaix o de Amleto em rela o a seus atos demonstrada ironicamente no texto. (08) O trecho em que Amleto se diz severo consigo mesmo e afirma que isso parecia uma propens o ao mart rio (l. 5-6) revelador do cinismo da personagem e da ironia do narrador. (16) As qualifica es sem fim (l. 6), her icas (l. 7) e insuper veis (l. 7) valorizam o esfor o sincero de Amleto para servir fam lia do bar o. (32) As ressalvas hoje empobrecida, verdade (l. 8-9) e apesar do pre o aparentemente baixo. (l. 16) contradizem as avalia es positivas enunciadas sobre a situa o da baronesa e sobre a venda da Arma o do Bom Jesus. (64) A observa o n o fora a dedica o de Amleto (l. 25) expressa uma conseq ncia das a es passadas da personagem. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 7 Quest o 09 5 10 15 20 25 30 Afastou o mosquiteiro, levantou-se da cama e foi abrir as portadas da janela. L fora o c u estava ainda carregado de estrelas e apenas um breve clar o subia por detr s da montanha, de onde a manh ia afastando a noite. [...] A noite afastava-se rapidamente mas, em lugar da claridade do dia, havia uma neblina branca, como algod o l quido, que flutuava ao n vel do ch o. Atrav s dela, conseguia distinguir ao fundo a silhueta das casas da sanzala, onde um crescente vaiv m de figuras negras, esbatidas no nevoeiro, ia engrossando aos poucos. De uma das casas elevou-se, de repente e sem raz o, um c ntico arrastado e triste, uma voz cantando num dialecto de algures em Angola uma cantiga que arrepiava os sentidos, prontamente respondida em coro por mais umas quantas vozes.O c ntico foi engrossando e tomando conta da sanzala, atravessou o terreiro e chegou casa grande, janela de onde Lu s Bernardo espreitava a manh emergente. Era um c ntico de tristeza pelo dia que nascia embrulhado em nevoeiro, pelo sol que tinham deixado para tr s, pelo mar sem regresso que adivinhavam dali sem nunca o verem, pela noite que acabara, sepultando nela todos os sonhos. Mas n o, n o era um c ntico: antes um lamento cantado. Um lamento por um mundo perdido e sobrevivendo apenas na mem ria de outros dias felizes. Choravam pela sua outra frica, das plan cies a perder de vista, do capim seco ao sol, dos animais correndo livremente, do mato onde o le o espreita a zebra e o leopardo persegue silenciosamente o ant lope, dos rios atravessados em fr geis canoas por entre jacar s e hipop tamos adormecidos, das noites na savana, ouvindo os gritos da selva e aquecendo o medo num fogo aceso entre pedras. Uma frica para o horizonte sem fim, e n o aquela pris o de cinq enta por trinta quil metros, aquele sufoco espesso e sempre molhado, aqueles estreitos caminhos entre a selva, com o seu eterno cheiro enjoativo a cacau, aquele sino de todos os dias, tocando invariavelmente s quatro e meia da manh , s seis da tarde e s nove da noite, aprisionando o seu tempo, sempre inexoravelmente igual e previs vel, como se Deus os tivesse marcado nascen a com um hor rio que nada, nem a alegria nem a trag dia, nem a festa nem a dor, poderia mudar. E ali, naquela janela sobre o terreiro da ro a Porto Alegre, que o esfor o tit nico do bar o de gua Iz fundara em local onde nenhum homem escolheria viver, ocorreu a Lu s Bernardo a mais inesperada das descobertas. A de que j ouvira aquele c ntico. Ouvira-o noutra l ngua, mas exactamente o mesmo: no L Op ra de Paris, quatro anos antes, quando assistira ao Nabucco, de Verdi. Era o Va, pensiero , o c ntico dos escravos hebreus. TAVARES, M. S. Equador. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. p. 178-179. A leitura e a an lise desse fragmento permitem afirmar: (01) O fragmento transcrito estabelece uma rela o de contraste entre dois espa os um africano, outro europeu onde as diferen as culturais s o evidentes. (02) O c ntico dos negros compara o que a terra natal tem com o que a terra alheia n o tem, exaltando aquilo que est longe do desterro. (04) A p tria distante evocada com um colorido que provoca saudades e melancolia nos negros, em S o Tom . UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 8 (08) O trecho Um lamento por um mundo perdido e sobrevivendo apenas na mem ria de outros dias felizes. (l. 15-16) apresenta uma rela o de causalidade estabelecida entre a saudade da p tria e o c ntico dos negros. (16) Lu s Bernardo, ao se lembrar do Nabucco, de Verdi (l. 33), estabelece uma rela o de similaridade com o c ntico ouvido na ro a Porto Alegre. (32) A mobilidade social do homem negro angolano reivindicada por Lu s Bernardo e posta em pr tica nas col nias de S o Tom e Pr ncipe. Quest o 10 LINHAGEM Eu sou descendente de Zumbi Zumbi meu pai e meu guia Me envia mensagens de orum Meus dentes brilham na noite escura 5 Afiados como o agad de Ogum Eu sou descendente de Zumbi Sou bravo valente sou nobre Os gritos aflitos do negro Os gritos aflitos do pobre 10 Os gritos aflitos de todos Os povos sofridos do mundo No meu peito desabrocham Em for a em revolta Me empurram pra luta me comovem 15 Eu sou descendente de Zumbi Zumbi meu pai e meu guia Eu trago quilombos e vozes bravias [dentro de mim Eu trago os duros punhos cerrados Cerrados como rochas 20 Floridos como jardins ASSUMP O, C. de. Linhagem. In: QUILOMBHOJE (Org.). Cadernos Negros: os melhores poemas. S o Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 31. Sobre o sujeito po tico, nesse poema, correto afirmar: (01) Situa-se na esfera de um ser envolvido com uma religiosidade tradicional africana. (02) Aparece como uma figura multifacetada, que tende a acentuar tanto a igualdade quanto a diferen a entre ele e Zumbi. (04) fruto de um nascimento predestinado, que tem como objetivo de vida a preserva o de sua individualidade. (08) Herda uma condi o adversa, mas tem consci ncia de que nasceu para alterar a ordem encontrada. (16) Revela-se um ser ambivalente, que n o permanece ligado ao tempo e ao espa o que lhe deram origem. (32) Assume uma posi o coletiva com ideal de pacifica o social e imposi o de uma cren a m tica. (64) Confessa que as suas caracter sticas adv m de sua origem e dela resulta uma esp cie de miss o que ele tem de cumprir. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica Portugu s 9 Constante de Avogadro = 6,02 x 1023 (valor aproximado) Kw = 1,0 x 10 -14 (a 25 C) Ci ncias Naturais UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 10 Ci ncias Naturais QUEST ES de 11 a 30 INSTRU O: Assinale as proposi es verdadeiras, some os n meros a elas associados e marque o resultado na Folha de Respostas. QUEST ES 11 e 12 A espa onave chamada PLANETA TERRA uma esfera com cerca de 12600km de di metro, que pesa cerca de 6.1021 toneladas e se desloca no espa o com uma velocidade m dia de m dulo aproximadamente 106000km/h. [...] Do espa o exterior nos chega a energia solar sem a qual n o existiria na Terra a vida tal qual a conhecemos. (FELTRE, 2004, p. 10). Quest o 11 No campo das Ci ncias Naturais, o conhecimento das caracter sticas do planeta Terra permite as seguintes considera es: (01) As supostas condi es do planeta Terra que propiciaram a forma o do sistema vivo de acordo com a hip tese que fundamentou experi ncia cl ssica sobre evolu o qu mica pr -bi tica inclu am uma atmosfera rica em mol culas de nitrog nio e de oxig nio. (02) A radia o solar, mantenedora da vida na Terra, uma onda transversal que exibe fen menos de interfer ncia, difra o e polariza o. (04) A Terra descreve um movimento aproximadamente circular ao redor do Sol, com velocidade vetorial constante. (08) O aumento no teor dos gases de efeito estufa, repercutindo na hidrosfera, compromete a biodiversidade principalmente pela desestrutura o de ecossistemas aqu ticos e costeiros. (16) Alum nio, ferro, c lcio e s dio metais mais abundantes no planeta Terra sob a forma de compostos pertencem a diferentes grupos peri dicos. (32) A porcentagem do xido de c lcio, CaO, na Terra de 5,0%, portanto a massa de c lcio proveniente desse xido, no Planeta, da ordem de 1020 toneladas. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 11 Quest o 12 Com base nas informa es do texto e em conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) Um sat lite situado a 800,0km da superf cie da Terra fica submetido acelera o de m dulo igual a no SI, sendo g o m dulo da acelera o da gravidade na superf cie terrestre e R, o raio da Terra, considerada esf rica. (02) A ordem de grandeza do valor m dio da quantidade de movimento da Terra igual a 1031kg.m/s. (04) O surgimento de vias metab licas que possibilitaram a manuten o de um fluxo permanente de energia a partir de uma fonte externa, estruturando as cadeias alimentares, foi essencial constru o da biosfera. (08) Os principais componentes da atual atmosfera terrestre s o subst ncias simples, cujas mol culas apresentam liga es apolares. (16) Aquisi es gen ticas que definiram as principais vias de fixa o de nitrog nio e de carbono e a utiliza o do oxig nio s o altamente conservadas no processo evolutivo, propiciando condi es que sustentam a din mica dos ecossistemas. (32) Os xidos SiO2, MnO2 e TiO2 , encontrados na crosta terrestre, s o esp cies isoeletr nicas. (64) Os silicatos, os sulfatos e os carbonatos de metais encontrados na litosfera apresentam, em sua estrutura, liga es covalentes e i nicas. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 12 QUEST ES 13 e 14 Charles Robert Darwin (1809-1882) um dos cientistas mais conhecidos na hist ria da Ci ncia. Aos 22 anos iniciou uma viagem a bordo do Beagle que durou 5 anos e foi fundamental para sua maior contribui o ci ncia. Desde os gregos at o s culo XIX, reinou uma grande controv rsia sobre se as mudan as que acontecem no mundo se devem ao acaso ou necessidade. Foi Darwin quem descobriu uma solu o brilhante para essa quest o capciosa: elas se devem a ambos. (MAYR, 2008, p. 256). Ernest Rutherford (1871-1937) Nasceu em Nelson (Nova Zel ndia), foi professor no Canad e na Inglaterra nas universidades de Manchester e Cambridge. Trabalhou com ondas eletromagn ticas, raios X, radioatividade e teoria nuclear, e realizou a primeira transmuta o artificial. Recebeu o Pr mio Nobel de Qu mica de 1908. Em sua homenagem, o elemento qu mico 104 foi chamado de rutherf rdio (Rf). (FELTRE, 2004, p. 305). James Clerk Maxwell (1831-1879) F sico escoc s, cuja import ncia no estudo da Eletricidade e do Magnetismo comparada quela que Newton teve na Mec nica, em virtude do car ter fundamental das leis que ele estabeleceu. Deu contribui es importantes no campo do Eletromagnetismo, em que seus trabalhos tiveram maior realce, devendo-se destacar a previs o da exist ncia das ondas eletromagn ticas e o estabelecimento da natureza eletromagn tica da luz, um dos triunfos desta teoria. (LUZ; ALVARES, 2008, p. 305). Quest o 13 O impacto, nas ci ncias, do pensamento desses cientistas extrapola os limites de suas respectivas reas de conhecimento, inaugurando uma nova vis o de mundo. Considerando-se aspectos relacionados aos estudos de Darwin, Rutherford e Maxwell, correto afirmar: (01) A teoria da sele o natural proposta, h 150 anos, por Charles Darwin mudou, na Biologia, a compreens o da natureza, possibilitando uma vis o integrada e complexa da vida sob a l gica da evolu o. (02) Darwin desenvolveu a teoria da evolu o a partir da observa o e da an lise da din mica das popula es, evitando estabelecer rela es com aspectos f sicos do ambiente. (04) O espalhamento de part culas produzido por uma fina folha de ouro possibilitou a Rutherford reconhecer que o n cleo at mico muito pequeno e de alta densidade, contendo todas as cargas positivas do tomo. (08) As part culas fundamentais aos experimentos de dispers o de part culas, realizados por Rutherford, possuem duas unidades de massa a menos que o tomo do g s h lio, devido presen a de dois el trons na eletrosfera desse tomo. (16) Maxwell provou, nas suas experi ncias, que um campo produzido por um fio condutor percorrido por corrente el trica n o interage com a agulha de uma b ssola colocada em suas proximidades. (32) Maxwell demonstrou matematicamente que a perturba o eletromagn tica, que se propaga pelo espa o devido m tua e sucessiva produ o dos campos el trico e magn tico, compartilha com as ondas mec nicas algumas caracter sticas, como ser refletida, refratada e sofrer interfer ncia. (64) A equa o de Maxwell aponta a exist ncia de monop los magn ticos que funcionam como fontes de campos magn ticos. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 13 Quest o 14 As informa es contidas nos textos apresentados e os conhecimentos das Ci ncias Naturais permitem afirmar: (01) A teoria de Darwin enfatiza a exist ncia de uma for a seletiva na natureza, criada pela necessidade de adapta o de cada indiv duo. (02) As diferen as observadas por Darwin entre os bicos dos tentilh es das ilhas Gal pagos refletem a ocorr ncia de sele o natural, condicionada a varia es heredit rias sob press es ambientais diversificadas. (04) As part culas emitidas por elementos que possuem radioatividade natural, quando submetidas a o de um campo el trico uniforme, deslocam-se para os pontos de maior potencial el trico do campo. (08) A express o da lei de Faraday, prev que, quando em um circuito qualquer h uma varia o do fluxo do campo magn tico em fun o do tempo, ser criado um campo el trico na regi o em que se encontra o circuito. (16) A ordem de grandeza da energia potencial el trica do sistema, quando a dist ncia entre a part cula e o centro do n cleo do tomo de ouro for igual a 5,0.10 14m, de 10 15J, sendo a constante eletrost tica do meio igual a 9,0.109N.m2C 2 e a carga el trica do el tron igual a 1,6.10 19C, em m dulo. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 14 Quest o 15 Uma equipe de cientistas alem es e americanos desenvolveu uma nova tecnologia para aplica o em microsc pios, que permite duplicar a resolu o de imagens de estruturas extremamente pequenas, como o n cleo das c lulas. Esses cientistas puderam registrar recentemente o processo pelo qual o n cleo de uma c lula se prepara para a divis o algo que a ci ncia moderna n o tinha visto antes de forma t o clara. (NOVA tecnologia..., 2008). Com base nessas informa es e em conhecimentos sobre o microsc pio e sua aplica o, pode-se afirmar: (01) As novas tecnologias utilizadas em microsc pios possibilitaram a vis o do n cleo at mico, confirmando as previs es de Dalton feitas no s culo XIX. (02) Os feixes de el trons utilizados em microsc pios eletr nicos, para iluminar as amostras em an lise, t m a mesma natureza dos raios cat dicos. (04) A imagem final de um objeto conjugada pela ocular de um microsc pio composto real, direta e ampliada. (08) A imagem de uma bact ria de di metro igual 3,0 m obtida por um microsc pio composto, com poder de amplia o da objetiva 100 vezes e o da ocular 10 vezes tem rea igual a (1,5)2.10 7mm2. (16) A compreens o da estrutura b sica da c lula eucari tica, consagrada na Teoria Celular, est associada ao desenvolvimento da microscopia. (32) As altera es observadas nas c lulas som ticas em reprodu o incluem a montagem de estruturas microtubulares, condi o essencial para a separa o eq itativa das crom tides irm s. (64) Fen menos nucleares que iniciam a divis o de uma c lula incluem a compacta o m xima da cromatina. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 15 Quest o 16 O aquecimento e a ilumina o foram as primeiras aplica es da eletricidade. A possibilidade de transformar o calor dissipado num fio muito fino em luz foi percebida muito cedo, mas a sua realiza o pr tica demorou d cadas. Durante mais de 30 anos, in meros pesquisadores e inventores buscaram um filamento capaz de brilhar de forma intensa e duradoura. A foto ao lado mostra uma das primeiras l mpadas fabricadas pelo inventor e empres rio norte-americano Thomas Alva Edison, que conseguiu sucesso com um filamento de bambu previamente carbonizado e protegido da oxida o num bulbo de vidro a v cuo. (GASPAR, 2000, p. 107). Sobre o funcionamento e a utiliza o da l mpada, correto afirmar: (01) O tungst nio utilizado como filamento de l mpadas incandescentes, porque possui reduzida ductilidade e ponto de fus o dos mais baixos entre os metais. (02) As l mpadas incandescentes de filamentos mais espessos desenvolvem maior pot ncia quando submetidas mesma tens o do que aquelas de filamentos mais finos e de mesmo comprimento, feitos do mesmo material. (04) A diferen a de cor da luz emitida por l mpadas de merc rio e por l mpadas de s dio, utilizadas na ilumina o p blica, independe da cor que esses metais apresentam quando no estado s lido. (08) O princ pio b sico da ilumina o el trica o mesmo utilizado para obten o de luz a partir da combust o de querosene em lamparinas. (16) A l mpada de valores nominais (40W-120V) apresenta menor brilho quando associada em s rie com outra de valores nominais (60W-120V), e essa associa o submetida a uma ddp de 120V. (32) A rela o entre as resist ncias el tricas de dois filamentos de tungst nio de mesmo comprimento e com raio da sec o transversal do primeiro filamento igual ao triplo do raio do segundo UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 16 Quest o 17 Decis o hist rica do STF d aval busca da primeira linhagem brasileira de c lulas-tronco embrion rias. (LIBERDADE para..., 2008, p. 28). A ilustra o a seguir destaca a diferencia o celular a partir de c lulas-tronco embrion rias submetidas a diferentes condi es de cultivo. A obten o de c lulas especializadas a partir de c lulas-tronco embrion rias pode permitir a recupera o de tecidos comprometidos, relacionados a diferentes danos inclusive no sistema nervoso at ent o considerados irrevers veis. Com base nessas informa es, s o verdadeiras as seguintes proposi es: (01) As c lulas-tronco embrion rias s o obtidas a partir de blastocistos e t m a capacidade de proliferar e se diferenciar sob condi es especiais do meio. (02) Os adip citos, diferenciados a partir de c lulas-tronco, armazenam subst ncias que, em laborat rio, s o produzidas na rea o entre cidos graxos e lcoois, a exemplo do propanotriol. (04) As c lulas-tronco presentes na medula ssea t m se mostrado ineficientes em gerar alguns tipos celulares, por terem perdido parte da informa o gen tica no processo de desenvolvimento do organismo. (08) Tecidos derivados de c lulas-tronco embrion rias podem ser usados, com seguran a, em indiv duos de gen tipos distintos, por n o provocarem rea es imunol gicas de incompatibilidade. (16) As discuss es ticas relacionadas ao estudo de c lulas-tronco decorrem, entre outros aspectos, do uso das c lulas-tronco embrion rias que, sob determinada interpreta o, se contrap e a uma prote o vida humana em seus diferentes est gios. (32) A for a el trica de m dulo igual a 1,6.10 12N atua sobre um on de s dio que se desloca atrav s da membrana de uma c lula nervosa de espessura 7,0 nm, quando submetida a uma diferen a de potencial el trico de 7,0.10 2V, considerando-se o campo el trico no interior da membrana como sendo uniforme e a carga el trica elementar igual a 1,6.10 19C, em m dulo. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 17 Quest o 18 Pessoas de olhos azuis t m o mesmo ancestral, diz estudo. Segundo os especialistas, uma muta o ocorrida num gene de apenas uma pessoa h cerca de dez mil anos teria alterado a produ o de melanina na ris. [...] O coordenador da pesquisa, Hans Eidberg, acredita que todos os seres humanos tinham olhos castanhos at que uma muta o gen tica que afetou a express o do gene OCA2 gene regulador desencadeou um processo que controla a capacidade de produ o da cor castanha na ris. Os cientistas analisaram o DNA de 800 pessoas com olhos azuis de v rias regi es do mundo. Todos eles, com exce o de possivelmente um, tinham exatamente a mesma seq ncia de DNA na regi o do gene OCA2. (PESSOAS de olhos azuis..., 2008). Uma abordagem da F sica, da Qu mica e da Biologia, aplicada s informa es do texto, permite afirmar: (01) A grande varia o observada na cor dos olhos de seres humanos sugere tratar-se de uma caracter stica multifatorial. (02) A distribui o da cor dos olhos, em suas diferentes tonalidades, nas popula es humanas condicionada a fatores evolutivos, como fluxo g nico e deriva gen tica. (04) As subst ncias compostas eumelanina de cor acastanhada ou preta e a feomelanina de cor avermelhada ou amarelada s o consideradas variedades alotr picas da melanina. (08) O sistema ptico do globo ocular conjuga ao objeto uma imagem real e invertida, projetada no fundo da retina. (16) A ancestralidade comum s pessoas de olhos azuis est associada seq ncia de nucleot deos do gene OCA2, que permite a s ntese de um novo pigmento. (32) A tirosina , composto do qual se deriva a melanina, apresenta, em sua estrutura molecular, o grupo funcional dos lcoois. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 18 Quest o 19 O tratamento da gua para o consumo p blico segue, em geral, os passos mostrados no esquema a seguir. Uma an lise da ilustra o, com base em conhecimentos das Ci ncias Naturais, permite afirmar: (01) O tratamento inadequado da gua pode levar ingest o de ovos de Schistosoma mansoni, contaminando o homem sem a necessidade de um hospedeiro intermedi rio. (02) A bomba de suc o instalada na tubula o consegue elevar a gua at 9,7m de altura em rela o ao n vel do lago, submetido a press o de 1atm, levando-se em considera o a press o de vapor da gua de 0,3mH2O, existente na tubula o. (04) Uma bomba de 0,5kW de pot ncia til eleva 1000,0 litros de gua por minuto at uma altura de 3,0m, considerando-se a densidade absoluta da gua igual a 1,0g/cm3 e o m dulo da acelera o da gravidade, 10,0m/s2. (08) A sedimenta o de part culas que ocorre no passo (IV) tem como fundamento a diferen a de densidade das subst ncias envolvidas no processo. (16) A opera o sugerida no passo (V) um processo f sico de separa o de misturas homog neas. (32) A gua pr pria para o consumo da popula o uma subst ncia pura composta. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 19 QUEST ES 20 e 21 A busca por fontes de energia menos poluentes e o custo elevado do petr leo tem incentivado pesquisadores brasileiros a estudar, com mais afinco, a cana-de-a car, fonte prim ria da produ o de a car e de lcool no Brasil. Experimentos feitos em laborat rio, em universidades paulistas, demonstraram que a cana-de-a car mantida em ambiente com o dobro da concentra o atual de CO2 realiza 30% a mais de fotoss ntese e produz 30% a mais de a car do que aquela que cresce sob a concentra o normal de CO2. Destacam, entretanto, os bi logos que outras condi es, como gua, nutrientes, luz e temperatura, deveriam ser favor veis. Falta portanto testar a produtividade da cana-de-a car em condi es reais em campo. Outros estudos alertam para a possibilidade de a taxa de fotoss ntese cair quando a temperatura ultrapassar 30oC. Apesar das pondera es, os canaviais emergem como uma possibilidade de deter o cont nuo ac mulo de CO2 na atmosfera. Entretanto, essa situa o deve ser examinada com cautela. O papel dos canaviais para retirar g s carb nico do ar seria muito modesto se comparado ao das florestas tropicais. Segundo estimativas, os canaviais de todo o pa s absorveriam apenas um mil simo dos tr s bilh es de toneladas do g s carb nico liberado todo ano, nas queimadas da Amaz nia. (FIORAVANTI, 2008, p. 40). Quest o 20 Em rela o produ o e s propriedades do a car e do lcool, pode-se afirmar: (01) Os produtos imediatos das rea es do ciclo de Calvin constituem a base para a forma o dos a cares, incluindo a sacarose, principal carboidrato de transporte nas plantas. (02) O a car da cana, representado pela f rmula qu mica C12H22O11 , reage com a gua, sob certas condi es, produzindo compostos que possuem grupos funcionais dos alde dos e das cetonas. (04) A cana-de-a car mantida em um ambiente a 86oF consegue maximizar a potencializa o da energia solar em forma de a car. (08) A massa de CO2 necess ria forma o de 1,0 mol de glicose seis vezes maior do que a massa do a car formado, de acordo com a equa o qu mica 6CO2(g)+ 6H2O(l) C6H12O6(s) + 6O2(g). (16) A produ o industrial do lcool exige a a o de fungos, como Saccharomyces cerevisiae, no processo anaer bico de fermenta o, que utiliza um composto org nico como aceptor final de hidrog nio. (32) A combust o completa de 0,2kg de etanol, cujo calor de combust o igual a 26 880,0J/kg, libera 537,0kJ de energia. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 20 Quest o 21 Considerando-se o processo fotossint tico e as informa es apresentadas, correto afirmar: (01) O maior impacto ecol gico decorrente da evolu o do processo fotossint tico, que utiliza como doador de hidrog nio a gua, foi o consumo de CO2 e o estabelecimento de uma atmosfera redutora. (02) A taxa de fotoss ntese cresce de modo linear, em fun o do aumento nas concentra es de CO2, o que torna vi vel a expans o de cultivos agr colas como forma de limpar o ar e produzir riqueza na forma de alimento e de combust vel. (04) O volume de CO2 absorvido pelos canaviais do pa s em um ano superior a 1 bilh o de litros, nas CNTP. (08) O g s carb nico reage com o vapor d gua presente na atmosfera, formando um cido forte, = 0,18%, que respons vel pelo fen meno conhecido como chuva cida . (16) As queimadas da Amaz nia liberam, por ano, cerca de 4,0.1037 mol culas de CO2 na atmosfera. (32) O g s carb nico liberado na atmosfera pelas queimadas forma um escudo gasoso que promove difra o das radia es infravermelhas. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 21 Quest o 22 A mandioca faz parte da alimenta o di ria em muitos pa ses em desenvolvimento. Cultivada amplamente na Am rica do Sul, a Manihot esculenta fonte prim ria de calorias para cerca de 800 milh es de pessoas em todo o mundo. Diante da import ncia desse alimento, constitu do basicamente de carboidratos, uma equipe internacional de cientistas desenvolve um projeto de engenharia gen tica de vegetais que j possibilitou a descoberta de um processo para fortificar a planta de mandioca com vitaminas, minerais e prote nas, visando ao combate desnutri o. Os cientistas tamb m realizam estudos para aumentar a durabilidade da mandioca, permitindo que ela seja armazenada por mais tempo. Para tanto, cruzaram duas plantas nativas do Texas e do Brasil e est o utilizando genes adicionais que tem produtos antioxidantes, para retardar o apodrecimento das ra zes. (CIENTISTAS criam... 2008). Com base nas informa es do texto e considerando-se conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) Manihot esculenta, Manihot brasiliensis e Manihot glaziovi s o variedades de uma mesma esp cie, podendo estabelecer um livre fluxo g nico. (02) Os estudos com a mandioca envolvem as estrat gias de melhoramento gen tico hibrida o e de transgenia inser o de genes de outras esp cies. (04) Subst ncias consideradas antioxidantes se oxidam no processo metab lico. (08) O amido um pol mero de condensa o que, ao entrar em contato com a gua, dissolve-se rapidamente gerando glicose. (16) O afinamento da ponta da raiz da mandioca favorece, entre outros fatores, o seu crescimento, porque a press o que a raiz exerce sobre a terra diretamente proporcional sua rea. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 22 Quest o 23 * * (*) Valores m dios por faixa et ria Os dados apresentados no quadro foram extra dos da tabela de cotas diet ticas di rias recomendadas para crian as, jovens e adultos em bom estado de sa de, divulgada pelo Food and Nutrition Board, Nacional Academy of Sciences, National Research Council, Washington, D.C., rg o governamental norte-americano. A energia, obtida a partir dos alimentos, pode ser determinada, levando-se em conta que, no processo de metabolismo, 1,0g de prote nas libera 5,7kcal, 1,0g de hidratos de carbono libera 4,1kcal e 1,0g de gorduras libera 9,3kcal, sendo 1,0 cal aproximadamente igual a 4,2J. A partir dessas informa es, da an lise da ilustra o e considerando-se os conhecimentos das Ci ncias Naturais, pode-se afirmar: (01) As necessidades energ ticas das c lulas podem ser atendidas a partir de tr s grupos de compostos org nicos presentes nos alimentos, sendo que, na etapa citoss lica da degrada o da glicose, h produ o de ATP sem a participa o de oxig nio molecular. (02) O ATP proveniente da mitoc ndria gerado na fosforila o oxidativa, processo associado ao transporte na cadeia respirat ria dos el trons gerados na oxida o de NADH + H+ e FADH2, mol culas na forma reduzida, produzidas principalmente no ciclo de Krebs. (04) O transporte da glicose sang nea ap s a refei o, para o interior de c lulas como as musculares e os adip citos depende do controle hormonal exercido pelo glucagon. (08) A combust o de 3,0 m ol de glicose, de acordo com a equa o qu mica 6 C6H12O6(s) + 6O2(g) 6CO2(g)+6H2O(l) + 2,8.10 J, libera quantidade de energia compat vel com a cota di ria recomendada a uma mulher de 50 anos de idade, com 1,63m de altura e pesando 55,0kg. (16) O equivalente mec nico de calor pode ser obtido com a transforma o integral da varia o da energia potencial gravitacional de um corpo preso a uma corda que cai de uma certa altura em energia interna da gua do calor metro, devido agita o provocada pelas p s introduzidas nesse recipiente. (32) Um alimento de massa igual a 10,0g, com valor energ tico de 100,0kcal contendo 30% de prote na, 50% de carboidrato e 19% de gordura libera, no processo metab lico, 30,0kcal de energia proveniente de prote nas. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 23 Quest o 24 A fome como um inc ndio frio... ... como uma corrente de anz is que nos crava por dentro. O poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) descreveu assim a dor da car ncia de comida e termina pedindo utopicamente ...um prato grande como a Lua, onde todos almocemos . Do ponto de vista biol gico, a fome pode ser assim descrita: Nas primeiras horas, um suave vazio no est mago. Nos primeiros dias, come as for as. Os movimentos s o lentos, a gua fundamental. Os n veis de glicose e press o est o baixos. Nas primeiras semanas, a fome um desespero que transforma o corpo no reino da doen a e da dor. (PETRY, 2008, p. 75). Considerando-se aspectos relacionados alimenta o, s o verdadeiras as proposi es: (01) A sensa o de suave vazio no est mago nas primeiras horas de fome um sintoma decorrente de informa es da car ncia de alimento, detectadas pelos sistemas de regula o. (02) A defici ncia na ingest o de prote nas compromete a disponibilidade de amino cidos na c lula, podendo inviabilizar a express o da informa o gen tica. (04) A fome, em est gios avan ados, conduz ao consumo das reservas de lip dios como fonte de energia, preservando os suprimentos de glic dios e de prote nas. (08) Os efeitos sist micos da fome excluem o comprometimento do sistema imunol gico. (16) A temperatura de uma pessoa que, no estado febril, sente frio inferior a 310,0K. (32) A vitamina D3 estrutura representada ao lado , cuja car ncia pode provocar raquitismo, apresenta insatura es e aus ncia de tomos de carbono no menor estado de oxida o. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 24 Quest o 25 Uma pessoa de 60kg que more na cidade de Cubat o (S o Paulo) e coma 100g de siri por dia estar ingerindo nessa refei o, al m dos alimentos presentes no crust ceo, 27% do c dmio, 50% do cobre, 56% do chumbo, 2,5% do zinco e 7% do cromo que seu corpo pode receber diariamente. Todos esses elementos s o metais pesados que podem causar graves danos sa de humana se consumidos em excesso. As concentra es encontradas nos siris est o abaixo dos n veis estabelecidos como seguros pela legisla o brasileira ( exce o do cromo), mas j fazem soar o sinal de alerta entre pesquisadores. Os siris foram usados como indicadores da condi o ambiental em Cubat o, regi o que j foi muito contaminada por res duos t xicos industriais e que hoje considerada exemplo de recupera o ambiental. (OS SIRIS de..., 2008, p. 49). Em rela o aos aspectos referidos no texto, correto afirmar: (01) Os siris flutuam na gua do mar, porque sua densidade absoluta maior do que a densidade absoluta dessa gua. (02) Os percentuais de metais pesados encontrados nesses siris podem ainda ser potencializados pela bio-acumula o, com maiores riscos a popula es humanas. (04) O c dmio, entre os elementos citados, o que apresenta maior raio at mico. (08) Os metais presentes no corpo dessa pessoa que ingeriu 100,0g de siri de Cubat o, por dia, e que se encontra submersa numa piscina t rmica, em equil brio t rmico, absorvem a mesma quantidade de calor. (16) A massa de chumbo presente em 10,0mL de solu o saturada de PbSO4 superior ao limite de ingest o di ria m xima de 210,0 g/dia, dessa subst ncia, estabelecido na legisla o brasileira, o para uma pessoa de 60kg, considerando-se o Ks do PbSO4 igual a 1,21.10 8 (mol.L 1)2, 25 C. (32) Os siris de Cubat o s o considerados bioindicadores, porque limpam o ambiente, ajudando recupera o ambiental. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 25 Quest o 26 Com base em conhecimentos cient ficos, uma an lise das informa es apresentadas, permite afirmar: (01) A heterogeneidade do lixo dom stico uma caracter stica enriquecedora, vez que todo o lixo pode ser utilizado na obten o de energia, potencializando a gera o de biog s. (02) A obten o do g s, a partir do lixo, depende de um processo realizado pela a o de microorganismos que atuam sobre a biomassa, em todos os n veis tr ficos. (04) O vapor da gua a subst ncia operante que realiza convers o de energia t rmica em energia mec nica para produzir a rota o da turbina da usina termoel trica. 4 (08) A energia liberada na combust o de 10 milh es de litros de g s equivalente a 2,26.10 kWh. (16) A combust o total de 4,0mol de metano, CH4, libera maior quantidade de g s carb nico do que a de 1,0mol de butano, C4H10. (32) A energia necess ria ao rompimento das liga es do metano e do oxig nio inferior envolvida na forma o das liga es no di xido de carbono e na gua, de acordo com a rea o qu mica representada por CH4 (g)+ 2O2(g) CO2(g) + 2H 2O(g), = 890,4kJ/mol. UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 26 Quest o 27 A Terra enfrenta hoje uma situa o sem precedentes em sua hist ria recente e, segundo muitos cientistas, alarmante. Tal situa o, que pode amea ar a sobreviv ncia futura de todos os seres vivos, inclusive a esp cie humana, o chamado aquecimento global. [...] Para entender o problema e auxiliar no desenvolvimento de estrat gias eficazes para reduzir seus impactos, cientistas de todo o mundo empenham-se em identificar e quantificar os principais processos que influenciam o balan o dos gases de efeito estufa na atmosfera. A queima de combust veis f sseis a fonte mais conhecida de CO2, mas processos biol gicos tamb m afetam a concentra o atmosf rica desse e de outros gases de efeito estufa. S o exemplos o consumo de g s carb nico pelas plantas, na fotoss ntese, e a libera o desse g s e do metano por comunidades biol gicas durante o metabolismo e a decomposi o de material org nico, que, em lagos profundos e reas alagadas, uma das maiores fontes de metano [...]. [...] O represamento dos rios, para gerar energia el trica, aumentou muito as reas alagadas no mundo. Em geral, os reservat rios das hidrel tricas alagam v rias reas com vegeta o terrestre. [...] Hoje, a maioria dos novos reservat rios surgem em regi es tropicais, onde ainda grande o potencial hidrel trico subexplorado. (AS HIDREL TRICAS e o aquecimento..., 2008, p. 21-22). Sobre os aspectos relacionados cria o e ao funcionamento de hidrel tricas e suas rela es com o aquecimento global, correto afirmar: (01) reas alagadas que acumulam mat ria org nica vegetal constituem ambientes favor veis prolifera o de arqueobact rias. (02) O grau de acidez do meio aqu tico independe da presen a de metano nas regi es alagadas. (04) Medidas de prote o biosfera incluem reduzir o efeito estufa a n veis pr ximos de zero, condi o necess ria para a continuidade da vida. (08) O metano produzido pela decomposi o de vegetais menos nocivo ao meio ambiente do que o emanado no interior de minas de carv o mineral, devido origem org nica. (16) A press o nas bolhas de metano e nas de g s carb nico nos reservat rios das hidrel tricas diminui medida que as bolhas s o liberadas na sa da das turbinas. (32) A produ o de energia el trica com a queima do metano no gerador de uma usina termoel trica ocorre com a presen a dos campos el tricos. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 27 Quest o 28 Imaginemos um mergulhador iniciando sua descida no mar, carregando, nas costas, cilindros de a o cheios de ar. Ao n vel do mar, a press o 1atm. E, como o ar cont m aproximadamente 20% de O2 e 80% de N2, podemos dizer que a press o parcial do oxig nio aproximadamente 0,2atm e a do nitrog nio 0,8atm. A cada 10m de descida, a press o aumenta aproximadamente 1atm.[...] Vamos considerar os efeitos das elevadas press es parciais de O2 e N2 sobre o corpo humano. A press o parcial do oxig nio n o pode ser muito alta (recomenda-se abaixo de 1,6atm), porque o oxig nio em excesso acelera o metabolismo; como defesa do organismo, o ritmo respirat rio diminui; com isso, diminui tamb m a elimina o do CO2 [...]. A press o parcial elevada do nitrog nio, por sua vez, causa a chamada embriaguez do nitrog nio , que faz o mergulhador perder a no o da realidade. Por essas raz es, mergulhos mais profundos s o feitos com misturas de oxig nio e h lio. [...] Se a subida do mergulhador for muito r pida, a descompress o faz com que os gases dissolvidos se separem rapidamente do sangue, resultando na forma o de bolhas na corrente sang nea. (FELTRE, 2004, p. 11). De acordo com as informa es do texto e com os conhecimentos das Ci ncias Naturais, correto afirmar: (01) As dificuldades enfrentadas pelo mergulhador devem ser associadas ao fato de que mecanismos homeost ticos no organismo humano s o restritos manuten o da temperatura corp rea em n veis fisiol gicos. (02) A redu o do ritmo respirat rio favorece a redu o do pH sangu neo do mergulhador. (04) O ritmo respirat rio de um mergulhador preservado, quando a profundidade do mergulho inferior a 30,0m. (08) O volume, V, de ar contido em um cilindro de a o, ao n vel do mar, sofre redu o de uma profundidade de 40,0m. em (16) Volumes iguais dos gases h lio e nitrog nio cont m o mesmo n mero de mol culas nas mesmas condi es de press o e temperatura. (32) A presen a de bolhas gasosas em um sistema de circula o fechada, como o humano, interfere na distribui o do sangue, ocasionando acidentes vasculares que podem levar a morte. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 28 Quest o 29 Lei seca prev pris o para quem dirige ap s beber. O desafio a fiscaliza o. [...] A nova lei passou a valer em todo o pa s: ilegal dirigir com concentra o a partir de dois decigramas de lcool por litro de sangue. [...] [...] [...] A Pol cia Rodovi ria Federal (PRF) prendeu 296 motoristas e multou 369 nos primeiros dez dias de vigor da Lei 11.705, que busca impedir que motoristas dirijam ap s consumir bebidas alco licas. (BAHIA, 2008, p. 6). Na fiscaliza o do cumprimento da nova lei, os policiais brasileiros t m utilizado aparelhos, conhecidos como baf metros, que permitem a avalia o da concentra o de lcool no sangue do motorista a partir de amostras de ar expirado. Embora existam alguns tipos de baf metros, todos eles s o fundamentados em rea es qu micas envolvendo o lcool et lico, presente no h lito da pessoa, e um reagente. O mais convencional utiliza a rea o representada a seguir: 3CH3CH2OH + 2K2Cr2O7 + 8H2SO4 3CH3COOH + 2Cr2 (SO4)3 + 2K2SO4 + 11H2O. O baf metro mais usado entre os policiais, no Brasil, o de c lula de combust vel, que utiliza a rea o de oxida o do lcool et lico pelo oxig nio. Aspectos relacionados ao tema abordado no texto permitem afirmar: (01) Na rea o qu mica ocorrida em um dispositivo do baf metro convencional, o nitrato de prata funciona de forma equivalente a uma enzima no sistema biol gico, reduzindo a energia de ativa o necess ria rea o. (02) A c lula de combust vel utilizada no baf metro mede uma ddp alternada, proveniente do deslocamento dos el trons na rea o qu mica. (04) O lcool et lico o agente redutor nas rea es qu micas que ocorrem nos baf metros. (08) A resposta diferenciada das pessoas ao lcool reflete, entre outros fatores, varia es gen ticas entre os indiv duos, expressas em diferen as metab licas. (16) A concentra o de dois decigramas de lcool por litro de sangue pode ser identificada em uma solu o preparada misturando-se 0,1g de lcool puro a 0,5L de gua. (32) Nos pulm es o etanol presente no sangue passa, parcialmente, para o ar alveolar por transporte ativo, podendo ser detectado pelo baf metro. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 29 Quest o 30 A preserva o da gua come a em casa. Essa a id ia central de um projeto de manejo integrado de bacias hidrogr ficas do semi- rido nordestino, que culminou no desenvolvimento de uma ecorresid ncia. A casa foi concebida por uma equipe multidisciplinar constitu da por pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande, na Para ba, e tem diversas caracter sticas que ajudam na preserva o do meio ambiente, como telhado inclinado e cisterna ligada casa. Os tijolos usados na constru o s o feitos com uma t cnica que elimina a necessidade de queima. Os tijolos tradicionais s o aquecidos em olarias, que usam madeira para gerar calor. A gua utilizada na ecorresid ncia reaproveitada e os res duos do banheiro, depois de acondicionados em uma fossa s ptica e degradados, transformam-se em um l quido que liberado numa vala ao longo de um tubo perfurado [...]. Esse l quido pode ser utilizado na irriga o sem comprometer a qualidade do alimento. (FERRAZ, 2008, p. 50-51). Conhecimentos relacionados constru o e ao funcionamento das ecorresid ncias e suas repercuss es incluem os seguintes: (01) A preserva o da gua a partir de ecorresid ncias prev a interfer ncia humana nos processos fisiol gicos que participam do ciclo h drico na biosfera. (02) As gotas de chuva que se deslocam sobre o telhado inclinado do ngulo , em rela o horizontal, ficam submetidas acelera o de intensidade igual a gsen , sendo g o m dulo da acelera o da gravidade local. (04) A gua armazenada nas cisternas resulta de processo natural de liquefa o fracionada do ar atmosf rico mido. (08) O manejo inadequado do esgoto dom stico torna as bacias hidrogr ficas da regi o suscept veis a contamina o principalmente por res duos t xicos, o que determina a perda irrecuper vel desses recursos h dricos. (16) O tijolo ecol gico preserva as propriedades f sicas e qu micas das subst ncias que constituem a mat ria-prima usada na sua fabrica o solo arenoso e cimento. (32) A massa de gua reaproveitada que sai por um orif cio inferior de rea igual a 1,0cm2 de um tubo de 40,0cm de comprimento, enterrado verticalmente a partir do solo, ejetada com for a de m dulo aproximadamente igual a 0,4N, considerando-se a densidade absoluta da gua 1,0g/cm3, e o m dulo da acelera o da gravidade local, 10,0m/s2. RASCUNHO UFBA/2009 CPL 1a Fase // BI / CST Fase nica C. Naturais 30 REFER NCIAS AS HIDREL TRICAS e o aquecimento global. Ci ncia Hoje, Rio de Janeiro, v. 41, n. 245, jan/fev. 2006. CIENTISTAS criam supermandioca para combater desnutri o. Dispon vel em: <http://www.estadao.com.br/ vidas/not_vid198590,0htm>. Acesso em: 11 jun. 2008. Adaptado. EIBERG, H. et al. Blue eye color in humans may be caused by ... Human Genetics, v. 123, n. 2, p. 177-187, Mar. 2008. 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PROPOSI ES VERDADEIRAS 02 + 08 + 16 + 32 01 + 04 + 08 + 16 + 64 01 + 04 + 32 02 + 08 02 + 16 + 32 02 + 04 + 32 01 + 02 + 16 + 32 01 + 02 + 08 02 + 04 + 08 01 + 02 + 04 + 16 04 + 16 02 + 04 01 + 02 + 08 + 16 01 + 02 + 32 02 + 16 02 + 04 + 08 + 32 01 + 02 + 16 02 + 04 + 16 + 32 01 + 04 + 08 02 + 32 GABARITO 58 93 37 10 50 38 51 11 14 23 20 06 27 35 18 46 19 54 13 34 Em 16 de novembro de 2008 Nelson Almeida e Silva Filho Diretor do SSOA/UFBA OBSERVA O

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