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Enem Exame de 2003 - PROVAS - Versão Amarela

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MINIST RIO DA EDUCA O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira EXAME NACIONAL DO ENSINO M DIO 2003 PROVA 1 - AMARELA L EIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRU ES 01. Voc deve receber do fiscal o material abaixo: a) este CADERNO, com a proposta de reda o e 63 quest es objetivas, sem repeti es ou falhas. b) 1 CART O-RESPOSTA destinado marca o das respostas da parte objetiva da prova. c) 1 FOLHA DE REDA O para desenvolvimento da reda o. 02. Verifique se este material est em ordem, se o seu nome e n mero de inscri o conferem com os que aparecem a) no CART O-RESPOSTA; b) na FOLHA DE REDA O; e se a cor de seu CADERNO DE QUEST ES coincide com a mencionada no alto da capa e nos rodap s de cada p gina. Caso contr rio, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03. Ap s a confer ncia, o participante dever assinar, nos espa os pr prios a) do CART O-RESPOSTA; e b) da FOLHA DE REDA O; utilizando, preferivelmente, caneta esferogr fica de tinta preta. 04. No CART O-RESPOSTA, a marca o das letras, correspondentes s respostas de sua op o, deve ser feita preenchendo todo o espa o compreendido no c rculo, a l pis preto n 2 ou caneta esferogr fica de tinta preta, com um tra o cont nuo e denso. A LEITORA TICA sens vel a marcas escuras. Portanto, preencha os campos de marca o completamente, sem deixar claros. 05. No CART O-RESPOSTA, o participante dever assinalar tamb m, no espa o pr prio, o gabarito correspondente cor de sua prova (1 Amarela; 2 Branca; 3 Rosa ou 4 Verde). Se assinalar um gabarito que n o corresponda cor de sua prova ou deixar de assinal -lo, sua prova objetiva ser anulada. 06. Tenha muito cuidado com o CART O-RESPOSTA e com a FOLHA DE REDA O para n o DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CART O-RESPOSTA e a FOLHA DE REDA O SOMENTE poder o ser substitu dos caso estejam danificados na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA TICA. 07. Para cada uma das quest es s o apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); s uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA CADA QUEST O. A marca o em mais de uma alternativa anula a quest o, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08. As quest es s o identificadas pelo n mero que se situa acima e esquerda de seu enunciado. 09. SER EXCLU DO DO EXAME o participante que: a) se utilizar, durante a realiza o da prova, de m quinas e/ou de rel gios de calcular, bem como de r dios gravadores, de headphones , de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer esp cie; b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUEST ES e/ou o CART ORESPOSTA; c) deixar de assinalar corretamente o gabarito correspondente cor de sua prova. 10. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CART O-RESPOSTA. Os rascunhos e as marca es assinaladas no CADERNO DE QUEST ES N O SER O LEVADOS EM CONTA. 11. Quando terminar, entregue ao fiscal este CADERNO DE QUEST ES, o CART O-RESPOSTA, a FOLHA DE REDA O e ASSINE A LISTA DE PRESEN A. 12. O TEMPO DISPON VEL PARA ESTA PROVA, INCLUINDO A REDA O, DE CINCO HORAS. Recomendamos que voc n o ultrapasse o per odo de uma hora e meia para elaborar sua reda o. 13. Por motivos de seguran a, voc somente poder se ausentar do recinto de prova ap s decorridas 2 horas do in cio da mesma. Caso permane a na sala, no m nimo, 4 horas ap s o in cio da prova, voc poder levar este CADERNO DE QUEST ES. PROVA 1 - AMARELA ENEM 2003 REDA O Para desenvolver o tema da reda o, observe o quadro e leia os textos apresentados a seguir: ( poca, 02.06.03) Entender a viol ncia, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualdade social, n o nos leva a desculpar os criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar viol ncia por meio da repress o ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais grav ssimos? (Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo) Ao expor as pessoas a constantes ataques sua integridade f sica e moral, a viol ncia come a a gerar expectativas, a fornecer padr es de respostas. Epis dios truculentos e situa es-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de legitimar a id ia de que s a for a resolve conflitos. A viol ncia torna-se um item obrigat rio na vis o de mundo que nos transmitida. O problema, ent o, entender como chegamos a esse ponto. Penso que a quest o crucial, no momento, n o a de saber o que deu origem ao jogo da viol ncia, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou n o, come a a querer continuar jogando. (Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.) Considerando a leitura do quadro e dos textos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A viol ncia na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? Instru es: Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflex es feitas ao longo de sua forma o. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opini es para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solu o do problema discutido em seu texto. Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos humanos. Lembre-se de que a situa o de produ o de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da l ngua portuguesa. O texto n o deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa. O texto dever ter no m nimo 15 (quinze) linhas escritas. A reda o dever ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha pr pria. O rascunho poder ser feito na ltima folha deste Caderno. AMARELA PROVA 1 2 ENEM 2003 PARTE OBJETIVA ANTES DE MARCAR SUAS RESPOSTAS, ASSINALE, NO ESPA O PR PRIO DO CART O-RESPOSTA, A COR DE SEU CADERNO DE QUEST ES. CASO CONTR RIO, AS QUEST ES DA PARTE OBJETIVA DA SUA PROVA SER O ANULADAS. 01 No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os ndices de viol ncia. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete: CAMPANHA CONTRA A VIOL NCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da not cia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte reda o: (A) (B) (C) (D) (E) Campanha contra o governo do Estado e a viol ncia entram em nova fase. A viol ncia do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de viol ncia. A viol ncia da campanha do governo do Estado entra em nova fase. Campanha do governo do Estado contra a viol ncia entra em nova fase. 02 A Propaganda pode ser definida como divulga o intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado audit rio visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fen menos. A Propaganda est muitas vezes ligada id ia de manipula o de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princ pios da Propaganda s o: o princ pio da simplifica o, da satura o, da deforma o e da parcialidade. (Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicion rio de Pol tica) Segundo o texto, muitas vezes a propaganda (A) (B) (C) (D) (E) n o permite que minorias imponham id ias maioria. depende diretamente da qualidade do produto que vendido. favorece o controle das massas difundindo as contradi es do produto. est voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. convida o comprador reflex o sobre a natureza do que se prop e vender. 03 A efici ncia de an ncios num painel eletr nico localizado em uma certa avenida movimentada foi avaliada por uma empresa. Os resultados mostraram que, em m dia: passam, por dia, 30000 motoristas em frente ao painel eletr nico; 40% dos motoristas que passam observam o painel; um mesmo motorista passa tr s vezes por semana pelo local. Segundo os dados acima, se um an ncio de um produto ficar exposto durante sete dias nesse painel, esperado que o n mero m nimo de motoristas diferentes que ter o observado o painel seja: (A) (B) (C) (D) (E) 15000 28000 42000 71000 84000 3 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 04 O tempo que um nibus gasta para ir do ponto inicial ao ponto final de uma linha varia, durante o dia, conforme as condi es do tr nsito, demorando mais nos hor rios de maior movimento. A empresa que opera essa linha forneceu, no gr fico abaixo, o tempo m dio de dura o da viagem conforme o hor rio de sa da do ponto inicial, no per odo da manh . De acordo com as informa es do gr fico, um passageiro que necessita chegar at as 10h30min ao ponto final dessa linha, deve tomar o nibus no ponto inicial, no m ximo, at as: (A) (B) (C) (D) (E) 9h20min 9h30min 9h00min 8h30min 8h50min 05 Jo o e Ant nio utilizam os nibus da linha mencionada na quest o anterior para ir trabalhar, no per odo considerado no gr fico, nas seguintes condi es: trabalham vinte dias por m s; Jo o viaja sempre no hor rio em que o nibus faz o trajeto no menor tempo; Ant nio viaja sempre no hor rio em que o nibus faz o trajeto no maior tempo; na volta do trabalho, ambos fazem o trajeto no mesmo tempo de percurso. Considerando-se a diferen a de tempo de percurso, Ant nio gasta, por m s, em m dia, (A) (B) (C) (D) (E) 05 horas a mais que Jo o. 10 horas a mais que Jo o. 20 horas a mais que Jo o. 40 horas a mais que Jo o. 60 horas a mais que Jo o. 06 Uma editora pretende despachar um lote de livros, agrupados em 100 pacotes de 20 cm x 20 cm x 30 cm. A transportadora acondicionar esses pacotes em caixas com formato de bloco retangular de 40 cm x 40 cm x 60 cm. A quantidade m nima necess ria de caixas para esse envio : (A) (B) (C) (D) (E) 9 11 13 15 17 AMARELA PROVA 1 4 ENEM 2003 07 Na literatura de cordel, os textos s o impressos, em geral, com 8, 16, 24 ou 32 p ginas de formato 10,5 cm x 15,5 cm. As raz es hist ricas que explicam tal fato est o relacionadas forma artesanal como s o montadas as publica es e ao melhor aproveitamento poss vel do papel dispon vel. Considere, abaixo, a confec o de um texto de cordel com 8 p ginas (4 folhas): Utilizando o processo descrito acima, pode-se produzir um exemplar de cordel com 32 p ginas de 10,5 cm x 15,5 cm, com o menor gasto poss vel de material, utilizando uma nica folha de (A) (B) (C) (D) (E) 84 cm x 62 cm 84 cm x 124 cm 42 cm x 31 cm 42 cm x 62 cm 21 cm x 31 cm 08 Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa dist ncia. Mas o que o escritor quer, mesmo, isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta tima para aplacar a f ria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel melhor ainda. O per odo de matura o na gaveta necess rio, mas n o deve se prolongar muito. Textos guardados acabam cheirando mal , disse Silvia Plath, (...) que, com esta frase, deu testemunho das d vidas que atormentam o escritor: publicar ou n o publicar? guardar ou jogar fora? (Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.) Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da cria o liter ria. A id ia de que o processo de matura o do texto nem sempre o que garante bons resultados est sugerida na seguinte frase: (A) (B) (C) (D) (E) A gaveta tima para aplacar a f ria criativa. Em certos casos, a cesta de papel melhor ainda. O per odo de matura o na gaveta necess rio, (...). Mas o que o escritor quer, mesmo, isso: ver o seu texto em letra de forma. ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. 09 Eu come aria dizendo que poesia uma quest o de linguagem. A import ncia do poeta que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais belos versos da l ngua portuguesa com duas palavras comuns: c o e cheirando. Um c o cheirando o futuro (Entrevista com M rio Carvalho. Folha de SP, 24/05/1988. adapta o) O que deu ao verso de Drummond o car ter de inovador da l ngua foi (A) (B) (C) (D) (E) o modo raro como foi tratado o futuro . a refer ncia ao c o como animal de estima o . a flex o pouco comum do verbo cheirar (ger ndio). a aproxima o n o usual do agente citado e a a o de cheirar . o emprego do artigo indefinido um e do artigo definido o na mesma frase. 5 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 Instru es: As quest es de n meros 10 e 11 referem-se ao poema abaixo. Ep grafe* Murm rio de gua na clepsidra** gotejante, Lentas gotas de som no rel gio da torre, Fio de areia na ampulheta vigilante, Leve sombra azulando a pedra do quadrante*** Assim se escoa a hora, assim se vive e morre... Homem, que fazes tu? Para que tanta lida, T o doidas ambi es, tanto dio e tanta amea a? Procuremos somente a Beleza, que a vida um punhado infantil de areia ressequida, Um som de gua ou de bronze e uma sombra que passa... (Eug nio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa) (*) Ep grafe: inscri o colocada no ponto mais alto; tema. (**) Clepsidra: rel gio de gua. (***) Pedra do quadrante: parte superior de um rel gio de sol. 10 A imagem contida em lentas gotas de som (verso 2) retomada na segunda estrofe por meio da express o: (A) (B) (C) (D) (E) tanta amea a. som de bronze. punhado de areia. sombra que passa. somente a Beleza. 11 Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas a es humanas (versos 6 e 7) a (A) (B) (C) (D) (E) infantilidade do ser humano. destrui o da natureza. exalta o da viol ncia. inutilidade do trabalho. brevidade da vida. 12 A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada. (...) andava l guas e l guas a p , de engenho a engenho, como uma edi o viva das hist rias de Mil e Uma Noites (...) era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma mem ria de prod gio. Recitava contos inteiros em versos, intercalando peda os de prosa, como notas explicativas. (...) Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinha es. O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. (...) Os rios e as florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com o Para ba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco. (Jos Lins do Rego. Menino de engenho) A cor local que a personagem velha Totonha colocava em suas hist rias ilustrada, pelo autor, na seguinte passagem: (A) (B) (C) (D) (E) O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco . Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinha es . Era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma mem ria de prod gio . Andava l guas e l guas a p , como uma edi o viva das Mil e Uma Noites . Recitava contos inteiros em versos, intercalando peda os de prosa, como notas explicativas . AMARELA PROVA 1 6 ENEM 2003 13 Pequenos tormentos da vida De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, o azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas como quem vai inventando pregui osamente uma hist ria sem fim...Sem fim a aula: e nada acontece, nada...Bocejos e moscas. Se ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avi o entrasse por uma janela e sa sse por outra! (M rio Quintana. Poesias) Na cena retratada no texto, o sentimento do t dio (A) (B) (C) (D) (E) provoca que os meninos fiquem contando hist rias. leva os alunos a simularem bocejos, em protesto contra a monotonia da aula. acaba estimulando a fantasia, criando a expectativa de algum imprevisto m gico. prevalece de modo absoluto, impedindo at mesmo a distra o ou o exerc cio do pensamento. decorre da morosidade da aula, em contraste com o movimento acelerado das nuvens e das moscas. 14 Os alunos de uma escola organizaram um torneio individual de pingue-pongue nos hor rios dos recreios, disputado por 16 participantes, segundo o esquema abaixo: Foram estabelecidas as seguintes regras: Em todos os jogos, o perdedor ser eliminado; Ningu m poder jogar duas vezes no mesmo dia; Como h cinco mesas, ser o realizados, no m ximo, 5 jogos por dia. Com base nesses dados, correto afirmar que o n mero m nimo de dias necess rio para se chegar ao campe o do torneio : (A) (B) (C) (D) (E) 8 7 6 5 4 15 O tabagismo (v cio do fumo) respons vel por uma grande quantidade de doen as e mortes prematuras na atualidade. O Instituto Nacional do C ncer divulgou que 90% dos casos diagnosticados de c ncer de pulm o e 80% dos casos diagnosticados de enfisema pulmonar est o associados ao consumo de tabaco. Paralelamente, foram mostrados os resultados de uma pesquisa realizada em um grupo de 2000 pessoas com doen as de pulm o, das quais 1500 s o casos diagnosticados de c ncer, e 500 s o casos diagnosticados de enfisema. Com base nessas informa es, pode-se estimar que o n mero de fumantes desse grupo de 2000 pessoas , aproximadamente: (A) (B) (C) (D) (E) 740 1100 1310 1620 1750 7 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 16 Os acidentes de tr nsito, no Brasil, em sua maior parte s o causados por erro do motorista. Em boa parte deles, o motivo o fato de dirigir ap s o consumo de bebida alco lica. A ingest o de uma lata de cerveja provoca uma concentra o de aproximadamente 0,3 g/L de lcool no sangue. A tabela abaixo mostra os efeitos sobre o corpo humano provocados por bebidas alco licas em fun o de n veis de concentra o de lcool no sangue: Concentra o de lcool no sangue (g/L) 0,1 - 0,5 0,3 - 1,2 0,9 - 2,5 1,8 - 3,0 2,7 - 4,0 3,5 - 5,0 Efeitos Sem influ ncia aparente, ainda que com altera es cl nicas Euforia suave, sociabilidade acentuada e queda da aten o Excita o, perda de julgamento cr tico, queda da sensibilidade e das rea es motoras Confus o mental e perda da coordena o motora Estupor, apatia, v mitos e desequil brio ao andar Coma e morte poss vel (Revista Pesquisa FAPESP no 57, setembro 2000) Uma pessoa que tenha tomado tr s latas de cerveja provavelmente apresenta (A) (B) (C) (D) (E) queda de aten o, de sensibilidade e das rea es motoras. aparente normalidade, mas com altera es cl nicas. confus o mental e falta de coordena o motora. disfun o digestiva e desequil brio ao andar. estupor e risco de parada respirat ria. 17 Ap s a ingest o de bebidas alco licas, o metabolismo do lcool e sua presen a no sangue dependem de fatores como peso corporal, condi es e tempo ap s a ingest o. O gr fico mostra a varia o da concentra o de lcool no sangue de indiv duos de mesmo peso que beberam tr s latas de cerveja cada um, em diferentes condi es: em jejum e ap s o jantar. Tendo em vista que a concentra o m xima de lcool no sangue permitida pela legisla o brasileira para motoristas 0,6 g/L, o indiv duo que bebeu ap s o jantar e o que bebeu em jejum s poder o dirigir ap s, aproximadamente, (A) (B) (C) (D) (E) uma hora e uma hora e meia, respectivamente. tr s horas e meia hora, respectivamente. tr s horas e quatro horas e meia, respectivamente. seis horas e tr s horas, respectivamente. seis horas, igualmente. (Revista Pesquisa FAPESP no 57, setembro 2000) 18 Na embalagem de um antibi tico, encontra-se uma bula que, entre outras informa es, explica a a o do rem dio do seguinte modo: O medicamento atua por inibi o da s ntese prot ica bacteriana. Essa afirma o permite concluir que o antibi tico (A) (B) (C) (D) (E) impede a fotoss ntese realizada pelas bact rias causadoras da doen a e, assim, elas n o se alimentam e morrem. altera as informa es gen ticas das bact rias causadoras da doen a, o que impede manuten o e reprodu o desses organismos. dissolve as membranas das bact rias respons veis pela doen a, o que dificulta o transporte de nutrientes e provoca a morte delas. elimina os v rus causadores da doen a, pois n o conseguem obter as prote nas que seriam produzidas pelas bact rias que parasitam. interrompe a produ o de prote na das bact rias causadoras da doen a, o que impede sua multiplica o pelo bloqueio de fun es vitais. AMARELA PROVA 1 8 ENEM 2003 19 Quando o corpo humano invadido por elementos estranhos, o sistema imunol gico reage. No entanto, muitas vezes o ataque t o r pido que pode levar a pessoa morte. A vacina o permite ao organismo preparar sua defesa com anteced ncia. Mas, se existe suspeita de mal j instalado, recomend vel o uso do soro, que combate de imediato os elementos estranhos, enquanto o sistema imunol gico se mobiliza para entrar em a o. Considerando essas informa es, o soro espec fico deve ser usado quando (A) (B) (C) (D) (E) um idoso deseja se proteger contra gripe. uma crian a for picada por cobra pe onhenta. um beb deve ser imunizado contra poliomielite. uma cidade quer prevenir uma epidemia de sarampo. uma pessoa vai viajar para regi o onde existe febre amarela. 20 O botulismo, intoxica o alimentar que pode levar morte, causado por toxinas produzidas por certas bact rias, cuja reprodu o ocorre nas seguintes condi es: inibida por pH inferior a 4,5 (meio cido), temperaturas pr ximas 0 a 100 C, concentra es de sal superiores a 10% e presen a de nitritos e nitratos como aditivos. A ocorr ncia de casos recentes de botulismo em consumidores de palmito em conserva levou a Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria (ANVISA) a implementar normas para a fabrica o e comercializa o do produto. No r tulo de uma determinada marca de palmito em conserva, encontram-se as seguintes informa es: I. II. III. Ingredientes: Palmito a a , sal dilu do a 12% em gua, cido c trico; Produto fabricado conforme as normas da ANVISA; Ecologicamente correto. As informa es do r tulo que t m rela o com as medidas contra o botulismo est o contidas em: (A) (B) (C) (D) (E) II, apenas. III, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III. 21 Levando-se em conta os fatores que favorecem a reprodu o das bact rias respons veis pelo botulismo, mencionadas no item anterior, conclui-se que as toxinas que o causam t m maior chance de ser encontradas (A) (B) (C) (D) (E) em conservas com concentra o de 2g de sal em 100 g de gua. nas ling i as fabricadas com nitrito e nitrato de s dio. nos alimentos logo ap s terem sido fervidos. no suco de lim o, cujo pH varia de 2,5 a 3,6. no charque (carne salgada e seca ao sol). 22 A mal ria uma doen a t pica de regi es tropicais. De acordo com dados do Minist rio da Sa de, no final do s culo XX, foram registrados mais de 600 mil casos de mal ria no Brasil, 99% dos quais na regi o amaz nica. Os altos ndices de mal ria nessa regi o podem ser explicados por v rias raz es, entre as quais: (A) (B) (C) (D) (E) as caracter sticas gen ticas das popula es locais facilitam a transmiss o e dificultam o tratamento da doen a. a falta de saneamento b sico propicia o desenvolvimento do mosquito transmissor da mal ria nos esgotos n o tratados. a inexist ncia de predadores capazes de eliminar o causador e o transmissor em seus focos impede o controle da doen a. a temperatura elevada e os altos ndices de chuva na floresta equatorial favorecem a prolifera o do mosquito transmissor. o Brasil o nico pa s do mundo que n o implementou medidas concretas para interromper sua transmiss o em n cleos urbanos. 9 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 23 Houve uma grande eleva o do n mero de casos de mal ria na Amaz nia que, de 30 mil casos na d cada de 1970, chegou a cerca de 600 mil na d cada de 1990. Esse aumento pode ser relacionado a mudan as na regi o, como (A) (B) (C) (D) (E) as transforma es no clima da regi o decorrentes do efeito estufa e da diminui o da camada de oz nio. o empobrecimento da classe m dia e a conseq ente falta de recursos para custear o caro tratamento da doen a. o aumento na migra o humana para fazendas, grandes obras, assentamentos e garimpos, instalados nas reas de floresta. as modifica es radicais nos costumes dos povos ind genas, que perderam a imunidade natural ao mosquito transmissor. a destrui o completa do ambiente natural de reprodu o do agente causador, que o levou a migrar para os grandes centros urbanos. 24 Produtos de limpeza, indevidamente guardados ou manipulados, est o entre as principais causas de acidentes dom sticos. Leia o relato de uma pessoa que perdeu o olfato por ter misturado gua sanit ria, amon aco e sab o em p para limpar um banheiro: A mistura ferveu e come ou a sair uma fuma a asfixiante. N o conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta come aram a arder de maneira insuport vel. Sa correndo procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar. O trecho sublinhado poderia ser reescrito, em linguagem cient fica, da seguinte forma: (A) (B) (C) (D) (E) As subst ncias qu micas presentes nos produtos de limpeza evaporaram. Com a mistura qu mica, houve produ o de uma solu o aquosa asfixiante. As subst ncias sofreram transforma es pelo contato com o oxig nio do ar. Com a mistura, houve transforma o qu mica que produziu rapidamente gases t xicos. Com a mistura, houve transforma o qu mica, evidenciada pela dissolu o de um s lido. 25 Entre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza, aquele que deixou de ser cumprido, na situa o discutida na quest o anterior, foi: (A) (B) (C) (D) (E) N o armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais. Leia atentamente os r tulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos. N o armazene produtos de limpeza e subst ncias qu micas em locais pr ximos a alimentos. Verifique, nos r tulos das embalagens originais, todas as instru es para os primeiros socorros. Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros, fora do alcance de crian as. 26 A biodiversidade garantida por intera es das v rias formas de vida e pela estrutura heterog nea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a possibilidade de se preservarem esp cies por meio da constru o de bancos gen ticos de sementes, vulos e espermatoz ides. Apesar de os bancos preservarem esp cimes (indiv duos), sua constru o considerada question vel do ponto de vista ecol gico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de estrat gia I. II. III. n o preservaria a variabilidade gen tica das popula es; dependeria de t cnicas de preserva o de embri es, ainda desconhecidas; n o reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas. Est correto o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E) I, apenas. II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. I, II e III AMARELA PROVA 1 10 ENEM 2003 27 A biodiversidade diz respeito tanto a genes, esp cies, ecossistemas, como a fun es, e coloca problemas de gest o muito diferenciados. carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: a elimina o da a o humana, como a proposta da ecologia radical; a prote o das popula es cujos sistemas de produ o e cultura repousam num dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como mat ria-prima, para produzir mercadorias. (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conserva o da biodiversidade em ecossistemas tropicais) De acordo com o texto, no tratamento da quest o da biodiversidade no Planeta, (A) (B) (C) (D) (E) o principal desafio conhecer todos problemas dos ecossistemas, para conseguir proteg -los da a o humana. os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equil brio ecol gico. deve-se valorizar o equil brio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos. o enfoque ecol gico mais importante do que o social, pois as necessidades das popula es n o devem constituir preocupa o para ningu m. h diferentes vis es em jogo, tanto as que s consideram aspectos ecol gicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econ micos. 28 Sabe-se que uma rea de quatro hectares de floresta, na regi o tropical, pode conter cerca de 375 esp cies de plantas enquanto uma rea florestal do mesmo tamanho, em regi o temperada, pode apresentar entre 10 e 15 esp cies. O not vel padr o de diversidade das florestas tropicais se deve a v rios fatores, entre os quais poss vel citar (A) (B) (C) (D) (E) altitudes elevadas e solos profundos. a ainda pequena interven o do ser humano. sua transforma o em reas de preserva o. maior insola o e umidade e menor varia o clim tica. altern ncia de per odos de chuvas com secas prolongadas. 29 A falta de gua doce no Planeta ser , possivelmente, um dos mais graves problemas deste s culo. Prev -se que, nos pr ximos vinte anos, a quantidade de gua doce dispon vel para cada habitante ser drasticamente reduzida. Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da gua, alterando (A) (B) (C) (D) (E) a quantidade total, mas n o a qualidade da gua dispon vel no Planeta. a qualidade da gua e sua quantidade dispon vel para o consumo das popula es. a qualidade da gua dispon vel, apenas no sub-solo terrestre. apenas a disponibilidade de gua superficial existente nos rios e lagos. o regime de chuvas, mas n o a quantidade de gua dispon vel no Planeta. 30 Considerando a riqueza dos recursos h dricos brasileiros, uma grave crise de gua em nosso pa s poderia ser motivada por (A) (B) (C) (D) (E) reduzida rea de solos agricult veis. aus ncia de reservas de guas subterr neas. escassez de rios e de grandes bacias hidrogr ficas. falta de tecnologia para retirar o sal da gua do mar. degrada o dos mananciais e desperd cio no consumo. 31 guas de mar o definem se falta luz este ano . Esse foi o t tulo de uma reportagem em jornal de circula o nacional, pouco antes do in cio do racionamento do consumo de energia el trica, em 2001. No Brasil, a rela o entre a produ o de eletricidade e a utiliza o de recursos h dricos, estabelecida nessa manchete, se justifica porque (A) (B) (C) (D) (E) a gera o de eletricidade nas usinas hidrel tricas exige a manuten o de um dado fluxo de gua nas barragens. o sistema de tratamento da gua e sua distribui o consomem grande quantidade de energia el trica. a gera o de eletricidade nas usinas termel tricas utiliza grande volume de gua para refrigera o. o consumo de gua e de energia el trica utilizadas na ind stria compete com o da agricultura. grande o uso de chuveiros el tricos, cuja opera o implica abundante consumo de gua. 11 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 32 Considerando os custos e a import ncia da preserva o dos recursos h dricos, uma ind stria decidiu purificar parte da gua que consome para reutiliz -la no processo industrial. De uma perspectiva econ mica e ambiental, a iniciativa importante porque esse processo (A) (B) (C) (D) (E) permite que toda gua seja devolvida limpa aos mananciais. diminui a quantidade de gua adquirida e comprometida pelo uso industrial. reduz o preju zo ambiental, aumentando o consumo de gua. torna menor a evapora o da gua e mant m o ciclo hidrol gico inalterado. recupera o rio onde s o lan adas as guas utilizadas. 33 Visando adotar um sistema de reutiliza o de gua, uma ind stria testou cinco sistemas com diferentes fluxos de entrada de gua suja e fluxos de sa da de gua purificada. Fluxo de entrada ( gua suja) Fluxo de sa da ( gua purificada) Sistema I 45 L/h 15 L/h Sistema II 40 L/h 10 L/h Sistema III 40 L/h 5 L/h Sistema IV 20 L/h 10 L/h Sistema V 20 L/h 5 L/h Supondo que o custo por litro de gua purificada seja o mesmo, obt m-se maior efici ncia na purifica o por meio do sistema (A) I (B) II (C) III (D) IV (E) V 34 Na m sica "Bye, bye, Brasil", de Chico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos "puseram uma usina no mar talvez fique ruim pra pescar" poderiam estar se referindo usina nuclear de Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser causadas (A) (B) (C) (D) (E) pelo aquecimento das guas, utilizadas para refrigera o da usina, que alteraria a fauna marinha. pela oxida o de equipamentos pesados e por detona es que espantariam os peixes. pelos rejeitos radioativos lan ados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes. pela contamina o por metais pesados dos processos de enriquecimento do ur nio. pelo vazamento de lixo at mico colocado em ton is e lan ado ao mar nas vizinhan as da usina. 35 Prevenindo-se contra o per odo anual de seca, um agricultor pretende construir um reservat rio fechado, que acumule toda a gua proveniente da chuva que cair no telhado de sua casa, ao longo de um per odo anual chuvoso. As ilustra es a seguir apresentam as dimens es da casa, a quantidade m dia mensal de chuva na regi o, em mil metros, e a forma do reservat rio a ser constru do. Sabendo que 100 mil metros de chuva equivalem ao ac mulo de 100 litros de gua em uma superf cie plana horizontal de um metro quadrado, a profundidade (p) do reservat rio dever medir (A) 4m AMARELA PROVA 1 (B) 5m (C) 6m (D) 7m 12 (E) 8m ENEM 2003 36 Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostraram o processo de devasta o sofrido pela Regi o Amaz nica entre agosto de 1999 e agosto de 2000. Analisando fotos de sat lites, os especialistas conclu ram que, nesse per odo, sumiu do mapa um total de 20 000 quil metros quadrados de floresta. Um rg o de imprensa noticiou o fato com o seguinte texto: O assustador ritmo de destrui o de um campo de futebol a cada oito segundos. 6 Considerando que um ano tem aproximadamente 32 x 10 s (trinta e dois milh es de segundos) e que a medida da -2 2 rea oficial de um campo de futebol aproximadamente 10 km (um cent simo de quil metro quadrado), as informa es apresentadas nessa not cia permitem concluir que tal ritmo de desmatamento, em um ano, implica a destrui o de uma rea de (A) (B) (C) (D) (E) 2 10 000 km , e a compara o d a id ia de que a devasta o n o t o grave quanto o dado num rico nos indica. 2 10 000 km , e a compara o d a id ia de que a devasta o mais grave do que o dado num rico nos indica. 2 20 000 km , e a compara o retrata exatamente o ritmo da destrui o. 2 40 000 km , e o autor da not cia exagerou na compara o, dando a falsa impress o de gravidade a um fen meno natural. 2 40 000 km e, ao chamar a aten o para um fato realmente grave, o autor da not cia exagerou na compara o. 37 A efici ncia do fog o de cozinha pode ser analisada em rela o ao tipo de energia que ele utiliza. O gr fico abaixo mostra a efici ncia de diferentes tipos de fog o. Pode-se verificar que a efici ncia dos fog es aumenta (A) (B) (C) (D) (E) medida que diminui o custo dos combust veis. medida que passam a empregar combust veis renov veis. cerca de duas vezes, quando se substitui fog o a lenha por fog o a g s. cerca de duas vezes, quando se substitui fog o a g s por fog o el trico. quando s o utilizados combust veis s lidos. 38 A caixinha utilizada em embalagens como as de leite longa vida chamada de tetra brick , por ser composta de quatro camadas de diferentes materiais, incluindo alum nio e pl stico, e ter a forma de um tijolo (brick, em ingl s). Esse material, quando descartado, pode levar at cem anos para se decompor. Considerando os impactos ambientais, seria mais adequado (A) (B) (C) (D) (E) utilizar soda c ustica para amolecer as embalagens e s ent o descart -las. promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as embalagens para outros fins. aumentar a capacidade de cada embalagem, ampliando a superf cie de contato com o ar para sua decomposi o. constituir um aterro espec fico de embalagens tetra brick , acondicionadas de forma a reduzir seu volume. proibir a fabrica o de leite longa vida , considerando que esse tipo de embalagem n o adequado para conservar o produto. 13 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 39 Um grupo de estudantes, saindo de uma escola, observou uma pessoa catando latinhas de alum nio jogadas na cal ada. Um deles considerou curioso que a falta de civilidade de quem deixa lixo pelas ruas acaba sendo til para a subsist ncia de um desempregado. Outro estudante comentou o significado econ mico da sucata recolhida, pois ouvira dizer que a maior parte do alum nio das latas estaria sendo reciclada. Tentando sintetizar o que estava sendo observado, um terceiro estudante fez tr s anota es, que apresentou em aula no dia seguinte: I. II. III. A cata o de latinhas prejudicial ind stria de alum nio; A situa o observada nas ruas revela uma condi o de duplo desequil brio: do ser humano com a natureza e dos seres humanos entre si; Atividades humanas resultantes de problemas sociais e ambientais podem gerar reflexos (refletir) na economia. Dessas afirma es, voc tenderia a concordar, apenas, com (A) (B) (C) (D) (E) I e II I e III II e III II III 40 O setor de transporte, que concentra uma grande parcela da demanda de energia no pa s, continuamente busca alternativas de combust veis. Investigando alternativas ao leo diesel, alguns especialistas apontam para o uso do leo de girassol, menos poluente e de fonte renov vel, ainda em fase experimental. Foi constatado que um trator pode rodar, nas mesmas condi es, mais tempo com um litro de leo de girassol, que com um litro de leo diesel. Essa constata o significaria, portanto, que usando leo de girassol, (A) (B) (C) (D) (E) o consumo por km seria maior do que com leo diesel. as velocidades atingidas seriam maiores do que com leo diesel. o combust vel do tanque acabaria em menos tempo do que com leo diesel. a pot ncia desenvolvida, pelo motor, em uma hora, seria menor do que com leo diesel. a energia liberada por um litro desse combust vel seria maior do que por um de leo diesel. 41 No Brasil, o sistema de transporte depende do uso de combust veis f sseis e de biomassa, cuja energia convertida em movimento de ve culos. Para esses combust veis, a transforma o de energia qu mica em energia mec nica acontece (A) (B) (C) (D) (E) na combust o, que gera gases quentes para mover os pist es no motor. nos eixos, que transferem torque s rodas e impulsionam o ve culo. na igni o, quando a energia el trica convertida em trabalho. na exaust o, quando gases quentes s o expelidos para tr s. na carbura o, com a difus o do combust vel no ar. 42 Nos ltimos anos, o g s natural (GNV: g s natural veicular) vem sendo utilizado pela frota de ve culos nacional, por ser vi vel economicamente e menos agressivo do ponto de vista ambiental. O quadro compara algumas caracter sticas do g s natural e da gasolina em condi es ambiente. GNV Gasolina Densidade (kg /m3) 0,8 738 Poder Calor fico (kJ /kg) 50.200 46.900 Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utiliza o implica algumas adapta es t cnicas, pois, em condi es ambiente, o volume de combust vel necess rio, em rela o ao de gasolina, para produzir a mesma energia, seria (A) (B) (C) (D) (E) muito maior, o que requer um motor muito mais potente. muito maior, o que requer que ele seja armazenado a alta press o. igual, mas sua pot ncia ser muito menor. muito menor, o que o torna o ve culo menos eficiente. muito menor, o que facilita sua dispers o para a atmosfera. AMARELA PROVA 1 14 ENEM 2003 43 Os gases liberados pelo esterco e por alimentos em decomposi o podem conter sulfeto de hidrog nio (H2S), g s com cheiro de ovo podre, que t xico para muitos seres vivos. Com base em tal fato, foram feitas as seguintes afirma es: I. II. III. Gases t xicos podem ser produzidos em processos naturais; Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque polui o ar das zonas rurais; Esterco e alimentos em decomposi o podem fazer parte no ciclo natural do enxofre (S). Est correto, apenas, o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E) I II III I e III II e III 44 Em um debate sobre o futuro do setor de transporte de uma grande cidade brasileira com tr nsito intenso, foi apresentado um conjunto de propostas. Entre as propostas reproduzidas abaixo, aquela que atende, ao mesmo tempo, a implica es sociais e ambientais presentes nesse setor (A) (B) (C) (D) (E) proibir o uso de combust veis produzidos a partir de recursos naturais. promover a substitui o de ve culos a diesel por ve culos a gasolina. incentivar a substitui o do transporte individual por transportes coletivos. aumentar a importa o de diesel para substituir os ve culos a lcool. diminuir o uso de combust veis vol teis devido ao perigo que representam. 45 Do ponto de vista ambiental, uma distin o importante que se faz entre os combust veis serem provenientes ou n o de fontes renov veis. No caso dos derivados de petr leo e do lcool de cana, essa distin o se caracteriza (A) (B) (C) (D) (E) pela diferen a nas escalas de tempo de forma o das fontes, per odo geol gico no caso do petr leo e anual no da cana. pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combust vel utilizado, tempo muito maior no caso do lcool. pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combust vel utilizado, tempo muito maior no caso dos derivados do petr leo. pelo tempo de combust o de uma mesma quantidade de combust vel, tempo muito maior para os derivados do petr leo do que do lcool. pelo tempo de produ o de combust vel, pois o refino do petr leo leva dez vezes mais tempo do que a destila o do fermento de cana. 46 Para o registro de processos naturais e sociais devem ser utilizadas diferentes escalas de tempo. Por exemplo, para a data o do sistema solar necess ria uma escala de bilh es de anos, enquanto que, para a hist ria do Brasil, basta uma escala de centenas de anos. Assim, para os estudos relativos ao surgimento da vida no Planeta e para os estudos relativos ao surgimento da escrita, seria adequado utilizar, respectivamente, escalas de (A) (B) (C) (D) (E) Vida no Planeta Milhares de anos Milh es de anos Milh es de anos Bilh es de anos Bilh es de anos Escrita Centenas de anos Centenas de anos Milhares de anos Milh es de anos Milhares de anos 15 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 47 DOCUMENTO I DOCUMENTO II Considerando os dois documentos, podemos afirmar que a natureza do pensamento que permite a data o da Terra de natureza (A) (B) (C) (D) (E) cient fica no primeiro e m gica no segundo. social no primeiro e pol tica no segundo. religiosa no primeiro e cient fica no segundo. religiosa no primeiro e econ mica no segundo. matem tica no primeiro e alg brica no segundo. 48 Observe as duas afirma es de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravid o: A escravid o n o boa por natureza; n o til nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; quele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus h bitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, col rico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da Am rica, tiveram que escravizar os da frica para utiliz -los para abrir tantas terras. O a car seria muito caro se n o fiz ssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu. O esp rito das leis.) Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu, (A) (B) (C) (D) (E) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa. a pol tica econ mica e a moral justificaram a escravid o. a escravid o era indefens vel de um ponto de vista econ mico. o conv vio com os europeus foi ben fico para os escravos africanos. o fundamento moral do direito pode submeter-se s raz es econ micas. AMARELA PROVA 1 16 ENEM 2003 49 O mapa abaixo apresenta parte do contorno da Am rica do Sul destacando a bacia amaz nica. Os pontos assinalados representam fortifica es militares instaladas no s culo XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750. Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopol tica e teoria de fronteiras. Pode-se afirmar que a constru o dos fortes pelos portugueses visava, principalmente, dominar (A) (B) (C) (D) (E) militarmente a bacia hidrogr fica do Amazonas. economicamente as grandes rotas comerciais. as fronteiras entre na es ind genas. o escoamento da produ o agr cola. o potencial de pesca da regi o. 50 A seguir s o apresentadas declara es de duas personalidades da Hist ria do Brasil a respeito da localiza o da capital do pa s, respectivamente um s culo e uma d cada antes da proposta de constru o de Bras lia como novo Distrito Federal. Declara o I: Jos Bonif cio Com a mudan a da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se chama para as prov ncias centrais o excesso de popula o vadia das cidades mar timas. Desta Corte central dever-se- o logo abrir estradas para as diversas prov ncias e portos de mar. (Carlos de Meira Matos. Geopol tica e modernidade: geopol tica brasileira.) Declara o II: Eurico Gaspar Dutra Na Am rica do Sul, o Brasil possui uma grande rea que se pode chamar tamb m de Terra Central. Do ponto de vista da geopol tica sul-americana, sob a qual devemos encarar a seguran a do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes realizar a ocupa o da nossa Terra Central, mediante a interioriza o da Capital. (Adaptado de Jos W. Vesentini. A Capital da geopol tica.) Considerando o contexto hist rico que envolve as duas declara es e comparando as id ias nelas contidas, podemos dizer que (A) (B) (C) (D) (E) ambas limitam as vantagens estrat gicas da defini o de uma nova capital a quest es econ micas. apenas a segunda considera a mudan a da capital importante do ponto de vista da estrat gia militar. ambas consideram militar e economicamente importante a localiza o da capital no interior do pa s. apenas a segunda considera a mudan a da capital uma estrat gia importante para a economia do pa s. nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a regi o central do pa s a partir da mudan a da capital. 17 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 51 A primeira imagem abaixo (publicada no s culo XVI) mostra um ritual antropof gico dos ndios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa. (Theodor De Bry -s culo XVI) (Pedro Am rico. Tiradentes esquartejado, 1893) A compara o entre as reprodu es possibilita as seguintes afirma es: I. II. III. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil. A antropofagia era parte do universo cultural ind gena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justi a entre luso-brasileiros. A compara o das imagens faz ver como relativa a diferen a entre b rbaros e civilizados , ind genas e europeus. Est correto o que se afirma em: (A) (B) (C) (D) (E) I apenas. II apenas. III apenas. I e II apenas. I, II e III. 52 Jean de L ry viveu na Fran a na segunda metade do s culo XVI, poca em que as chamadas guerras de religi o opuseram cat licos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas cat licas. ( ) desde que os canh es come aram a atirar sobre n s com maior freq ncia, tornou-se necess rio que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um len ol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados, de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...). Neste texto, Jean de L ry (A) (B) (C) (D) (E) despreza a cultura e rejeita o patrim nio dos ind genas americanos. revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de selvagens . reconhece a superioridade das sociedades ind genas americanas com rela o aos europeus. valoriza o patrim nio cultural dos ind genas americanos, adaptando-o s suas necessidades. valoriza os costumes dos ind genas americanos porque eles tamb m eram perseguidos pelos cat licos. AMARELA PROVA 1 18 ENEM 2003 53 Segundo Samuel Huntington (autor do livro, O choque das civiliza es e a recomposi o da ordem mundial), o mundo est dividido em nove civiliza es conforme o mapa abaixo. Na opini o do autor, o ideal seria que cada civiliza o principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Seguran a das Na es Unidas. Sabendo-se que apenas EUA, China, R ssia, Fran a e Inglaterra s o membros permanentes do Conselho de Seguran a, e analisando o mapa acima pode-se concluir que (A) (B) (C) (D) (E) atualmente apenas tr s civiliza es possuem membros permanentes no Conselho de Seguran a. o poder no Conselho de Seguran a est concentrado em torno de apenas dois ter os das civiliza es citadas pelo autor. o poder no Conselho de Seguran a est desequilibrado, porque seus membros pertencem apenas civiliza o Ocidental. existe uma concentra o de poder, j que apenas um continente est representado no Conselho de Seguran a. o poder est dilu do entre as civiliza es, de forma que apenas a frica n o possui representante no Conselho de Seguran a. 54 No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Gr -Bretanha declararam guerra ao regime Talib , no Afeganist o. Leia trechos das declara es do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, l der mu ulmano, nessa ocasi o: George Bush: Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos batalha em territ rio estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrif cio das pr prias vidas. A partir de 11 de setembro, uma gera o inteira de jovens americanos teve uma nova percep o do valor da liberdade, do seu pre o, do seu dever e do seu sacrif cio. Que Deus continue a aben oar os Estados Unidos. Osama Bin Laden: Deus aben oou um grupo de vanguarda de mu ulmanos, a linha de frente do Isl , para destruir os Estados Unidos. Um milh o de crian as foram mortas no Iraque, e para eles isso n o uma quest o clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nair bi e Dar-es-Salaam, o Afeganist o e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atr s da cabe a dos infi is internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fi is e o campo dos infi is. Que Deus nos proteja deles. (Adaptados de O Estado de S. Paulo, 8/10/2001) Pode-se afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) a justificativa das a es militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush. a justificativa das a es militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden. ambos ap iam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrif cio e reivindicar a justi a. ambos tentam associar a no o de justi a a valores de ordem pol tica, dissociando-a de princ pios religiosos. ambos tentam separar a no o de justi a das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estrat gia militar. 19 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 55 O texto abaixo um trecho do discurso do primeiro-ministro brit nico, Tony Blair, pronunciado quando da declara o de guerra ao regime Talib : Essa atrocidade [o atentado de 11 de setembro, em Nova York] foi um ataque contra todos n s, contra pessoas de todas e nenhuma religi o. Sabemos que a Al-Qaeda amea a a Europa, incluindo a Gr -Bretanha, e qualquer na o que n o compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque vida e aos meios de vida. As empresas a reas, o turismo e outras ind strias foram afetadas e a confian a econ mica sofreu, afetando empregos e neg cios brit nicos. Nossa prosperidade e padr o de vida requerem uma resposta aos ataques terroristas. (O Estado de S. Paulo, 8/10/2001) Nesta declara o, destacaram-se principalmente os interesses de ordem (A) (B) (C) (D) (E) moral. militar. jur dica. religiosa. econ mica. 56 Os dados abaixo referem-se origem do petr leo consumido no Brasil em dois diferentes anos. Analisando os dados, pode-se perceber que o Brasil adotou determinadas estrat gias energ ticas, dentre as quais podemos citar: (A) (B) (C) (D) (E) a diminui o das importa es dos pa ses mu ulmanos e redu o do consumo interno. a redu o da produ o nacional e diminui o do consumo do petr leo produzido no Oriente M dio. a redu o da produ o nacional e o aumento das compras de petr leo dos pa ses rabes e africanos. o aumento da produ o nacional e redu o do consumo de petr leo vindo dos pa ses do Oriente M dio. o aumento da depend ncia externa de petr leo vindo de pa ses mais pr ximos do Brasil e redu o do consumo interno. AMARELA PROVA 1 20 ENEM 2003 57 O quadro abaixo mostra a taxa de crescimento natural da popula o brasileira no s culo XX. Per odo Taxa anual m dia de crescimento natural (%) 1,90 2,40 2,99 2,89 2,48 1,93 1,64 1920-1940 1940-1950 1950-1960 1960-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 Fonte: IBGE, Anu rios Estat sticos do Brasil Analisando os dados podemos caracterizar o per odo entre (A) (B) (C) (D) (E) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar. 1950 e 1970, como de n tida explos o demogr fica. 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade. 1970 e 1990, como de decr scimo da densidade demogr fica. 1980 e 2000, como de estabiliza o do crescimento demogr fico. 58 Ainda com base na tabela da quest o anterior, correto afirmar que a popula o brasileira (A) (B) (C) (D) (E) apresentou crescimento percentual menor nas ltimas d cadas. apresentou crescimento percentual maior nas ltimas d cadas. decresceu em valores absolutos nas cinco ltimas d cadas. apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980. permaneceu praticamente inalterada desde 1950. 59 Um dos aspectos utilizados para avaliar a posi o ocupada pela mulher na sociedade a sua participa o no mercado de trabalho. O gr fico mostra a evolu o da presen a de homens e mulheres no mercado de trabalho entre os anos de 1940 e 2000. (Fonte: IBGE, Anu rios Estat sticos do Brasil) Da leitura do gr fico, pode-se afirmar que a participa o percentual do trabalho feminino no Brasil (A) (B) (C) (D) (E) teve valor m ximo em 1950, o que n o ocorreu com a participa o masculina. apresentou, tanto quanto a masculina, menor crescimento nas tr s ltimas d cadas. apresentou o mesmo crescimento que a participa o masculina no per odo de 1960 a 1980. teve valor m nimo em 1940, enquanto que a participa o masculina teve o menor valor em 1950. apresentou-se crescente desde 1950 e, se mantida a tend ncia, alcan ar , a curto prazo, a participa o masculina. 21 AMARELA PROVA 1 ENEM 2003 60 Leia o texto I de Josu de Castro, publicado em 1947. O Brasil, como pa s subdesenvolvido, em fase de acelerado processo de industrializa o n o conseguiu ainda se libertar da fome. Os baixos ndices de produtividade agr cola se constitu ram como fatores de base no condicionamento de um abastecimento alimentar insuficiente e inadequado s necessidades alimentares do nosso povo. (Adaptado de Josu de Castro. Geografia da Fome) Leia o texto II sobre a fome no Brasil, publicado em 2001. Uma das evid ncias contidas no mapa da fome consiste na constata o de que o problema alimentar no Brasil n o reside na disponibilidade e produ o interna de gr os e dos produtos tradicionalmente consumidos no Pa s, mas antes no descompasso entre o poder aquisitivo de ampla parcela da popula o e o custo de aquisi o de uma quantidade de alimentos compat vel com as necessidades do trabalhador e de sua fam lia. (http://www.mct.gov.br) Comparando os textos I e II podemos concluir que a persist ncia da fome no Brasil resulta principalmente (A) (B) (C) (D) (E) da renda insuficiente dos trabalhadores. de uma rede de transporte insuficiente. da car ncia de terras produtivas. do processo de industrializa o. da pequena produ o de gr os. 61 (Folha de SP, 29/06/03) O gr fico e a frase acima, tirados de um jornal, est o ambos relacionados evolu o m dia da viol ncia no Estado de S o Paulo. A associa o entre estas duas linguagens a gr fica e a escrita permite concluir que, percentualmente, (A) (B) (C) (D) (E) a capital tornou-se mais rica. as cidades do interior enriqueceram e atra ram roubos. a regi o metropolitana enriqueceu e o crime se estabilizou. diminui, em geral, a criminalidade no Estado. diminui especialmente a incid ncia de roubos no Estado. AMARELA PROVA 1 22 ENEM 2003 62 (Quino. Mafalda) O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda (A) (B) (C) (D) (E) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador. considerar seu dedo indicador t o importante quanto o dos patr es. atribuir, no primeiro e no ltimo quadrinhos, um mesmo sentido ao voc bulo indicador . usar corretamente a express o indicador de desemprego , mesmo sendo crian a. atribuir, no ltimo quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patr es. 63 (Tarsila do Amaral, Oper rios.) (N dia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que tamb m se encontra nos versos transcritos em: (A) (D) Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas. (Vin cius de Moraes) N o sou nada. Nunca serei nada. N o posso querer ser nada. parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. (Fernando Pessoa) (B) Somos muitos severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima. (E) (Jo o Cabral de Melo Neto) (C) O funcion rio p blico n o cabe no poema com seu sal rio de fome sua vida fechada em arquivos. Os inocentes do Leblon N o viram o navio entrar (...) Os inocentes, definitivamente inocentes tudo ignoravam, mas a areia quente, e h um leo suave que eles passam pelas costas, e aquecem. (Carlos Drummond de Andrade) (Ferreira Gullar) 23 AMARELA PROVA 1 Exame de 2003 GABARITOS AMARELA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 31/08/2003 GAB E D B E C C D B A B E A C D E A C E B C A D C D B C E D B E A B D A D E C B C E A B BRANCA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 GAB C E D B E A B D A D E B C C E A B D C A E D B E C C D B A B E A C D E A C E B C A D ROSA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 GAB E A C E B C A D C D B C E D B E A B D A D E B C C E A B D C A E D B E C C D B A B E VERDE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 GAB C E E A C A E D C D E B A E A B C B E A C E B C A D C D B C E D B E A B D A D E B C 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 D C A E C E A C E D A C E D B A E A B C B 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 C D B E C E A C E D A C E D B A E A B C B 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 A C D E C E A C E D A C E D B A E A B C B 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 C E A B D C A E D B E C C D B A B E A C D ENEM/2003 REDA O Para desenvolver o tema da reda o, observe o quadro e leia os textos apresentados a seguir: Entender a viol ncia, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualdade social, n o nos leva a desculpar os criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar viol ncia por meio da repress o ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais grav ssimos? (Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo) Ao expor as pessoas a constantes ataques sua integridade f sica e moral, a viol ncia come a a gerar expectativas, a fornecer padr es de respostas. Epis dios truculentos e situa es-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de legitimar a id ia de que s a for a resolve conflitos. A viol ncia torna-se um item obrigat rio na vis o de mundo que nos transmitida. O problema, ent o, entender como chegamos a esse ponto. Penso que a quest o crucial, no momento, n o a de saber o que deu origem ao jogo da viol ncia, mas a de saber como parar um jogo que a maioria, coagida ou n o, come a a querer continuar jogando. (Adaptado de Jurandir Costa. O medo social.) Considerando a leitura do quadro e dos textos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: A viol ncia na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? Instru es: Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflex es feitas ao longo de sua forma o. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opini es para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solu o do problema discutido em seu texto. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Suas propostas devem demonstrar respeito aos direitos humanos. Lembre-se de que a situa o de produ o de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da l ngua portuguesa. O texto n o deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa. O texto dever ter no m nimo 15 (quinze) linhas escritas. A reda o dever ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha pr pria. O rascunho poder ser feito na ltima folha deste Caderno. Coment rio Mais uma vez, o Enem prop s como tema uma quest o social: A viol ncia na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo? Ofereceram-se, como base para discuss o, al m de um quadro publicado na revista poca indicando o valor dos gastos com seguran a no Brasil (102 bilh es de reais, 48 a mais do que em 1997), dois textos: o primeiro, escrito por Maria Rita Kehl, interpretando a viol ncia como "fruto de nossa horrenda desigualdade social", n o justificando, portanto, a mera repress o; j o segundo, de Jurandir Costa, alertava para o fen meno da legitima o da viol ncia, hoje tida como "item obrigat rio na vis o de mundo que nos transmitida". Ap s refletir sobre essas id ias e informa es, o candidato deveria proceder sua pr pria an lise do assunto. Assim, para al m de considerar as causas e conseq ncias da viol ncia, caberia propor solu es para combat -Ia, tendo o cuidado de faz -lo de forma equilibrada, demonstrando, de acordo com instru es da Banca Examinadora, "respeito aos direitos humanos". Para tanto, caberia questionar, por exemplo, a efic cia dos crescentes investimentos tanto estatais quanto privados no setor de seguran a, deixando em segundo qui , terceiro plano, reas cruciais para a preserva o da dignidade humana. Destinar mais recursos rea social talvez n o erradicasse a viol ncia, mas certamente romperia o ciclo vicioso que leva os exclu dos a recorrerem ao crime para sobreviver. PARTE OBJETIVA ANTES DE MARCAR SUAS RESPOSTAS, ASSINALE, NO ESPA O PR PRIO DO CART O-RESPOSTA, A COR DE SEU CADERNO DE QUEST ES. CASO CONTR RIO, AS QUEST ES DA PARTE OBJETIVA DA SUA PROVA SER O ANULADAS. 1e No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os ndices de viol ncia. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete: CAMPANHA CONTRA A VIOL NCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da not cia, OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte reda o: a) Campanha contra o governo do Estado e a viol ncia entram em nova fase. b) A viol ncia do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de viol ncia. d) A viol ncia da campanha do governo do Estado entra em nova fase. e) Campanha do governo do Estado contra a viol ncia entra em nova fase. Resolu o A ambig idade da frase em quest o se deve a que, na ordem em que as palavras est o dispostas, o termo do governo do Estado pode referir-se, como adjunto adnominal, tanto a campanha quanto a viol ncia . Assim, poder-se-ia entender (1) campanha do governo do Estado ou (2) viol ncia do governo do Estado . O sentido , evidentemente, (1), como prop e a alternativa E. 2d A Propaganda pode ser definida como divulga o intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado audit rio visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fen menos. A Propaganda est muitas vezes ligada id ia de manipula o de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princ pios da Propaganda s o: o princ pio da simplifica o, da satura o, da deforma o e da parcialidade. (Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicion rio de Pol tica) Segundo o texto, muitas vezes a propaganda a) n o permite que minorias imponham id ias maioria. b) depende diretamente da qualidade do produto que vendido. c) favorece o controle das massas difundindo as contradi es do produto. d) est voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. e) convida o comprador reflex o sobre a natureza do que se prop e vender. Resolu o O texto n o afirma explicitamente o que est contido na alternativa D, mas permite que o leitor chegue a essa conclus o, ao afirmar que a Propaganda est muitas vezes ligada id ia de manipula o de grandes massas por parte de pequenos grupos . Quem vende o produto faz parte, evidentemente, dos pequenos grupos que, atrav s da propaganda, manipulam, conforme seus interesses, grandes massas de consumidores. 3b OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 A efici ncia de an ncios num painel eletr nico localizado em uma certa avenida movimentada foi avaliada por uma empresa. Os resultados mostraram que, em m dia: passam, por dia, 30000 motoristas em frente ao painel eletr nico; 40% dos motoristas que passam observam o painel; um mesmo motorista passa tr s vezes por semana pelo local. Segundo os dados acima, se um an ncio de um produto ficar exposto durante sete dias nesse painel, esperado que o n mero m nimo de motoristas diferentes que ter o observado o painel seja: a) 15000 b) 28000 c) 42000 d) 71000 e) 84000 Resolu o O n mero x de motoristas diferentes que passam por semana no local tal que 3 . x = 7 . 30 000 x = 70 000, pois cada motorista passa tr s vezes por semana no local e em cada um dos sete dias da semana passam 30 000 motoristas. Assim, o an ncio foi visto por 40%x = 40% . 70 000 = = 28 000 motoristas diferentes. 4e O tempo que um nibus gasta para ir do ponto inicial ao ponto final de uma linha varia, durante o dia, conforme as condi es do tr nsito, demorando mais nos hor rios de maior movimento. A empresa que opera essa linha forneceu, no gr fico abaixo, o tempo m dio de dura o da viagem conforme o hor rio de sa da do ponto inicial, no per odo da manh . De acordo com as informa es do gr fico, um passageiro que necessita chegar at as 10h30min ao ponto final dessa linha, deve tomar o nibus no ponto inicial, no m ximo, at as: a) 9h20min b) 9h30min c) 9h00min d) 8h30min e) 8h50min Resolu o De acordo com o gr fico, podemos construir a tabela abaixo. Ponto inicial OBJETIVO Tempo de percurso Ponto final E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 8h10min 1h50min 10 h 8h20min 1h50min 10h10min 8h30min 1h45min 10h15min 8h40min 1h40min 10h20min 8h50min 1h40min 10h30min 9h 1h35min 10h35min 9h10min 1h30min 10h40min Um passageiro que necessita chegar at as 10h30min ao ponto final dessa linha deve tomar o nibus no ponto inicial, no m ximo, at as 8h50. 5c Jo o e Ant nio utilizam os nibus da linha mencionada na quest o anterior para ir trabalhar, no per odo considerado no gr fico, nas seguintes condi es: trabalham vinte dias por m s: Jo o viaja sempre no hor rio em que o nibus faz o trajeto no menor tempo; Ant nio viaja sempre no hor rio em que o nibus faz o trajeto no maior tempo; na volta do trabalho, ambos fazem o trajeto no mesmo tempo de percurso. Considerando-se a diferen a de tempo de percurso, Ant nio gasta, por m s, em m dia, a) 05 horas a mais que Jo o. b) 10 horas a mais que Jo o. c) 20 horas a mais que Jo o. d) 40 horas a mais que Jo o. e) 60 horas a mais que Jo o. Resolu o a) Jo o faz o trajeto de ida em 50 minutos. b) Ant nio faz o trajeto de ida em 1h50min. c) Jo o e Ant nio fazem o trajeto de volta no mesmo tempo de percurso. d) Ant nio gasta por dia uma hora a mais que Jo o. e) Ant nio gasta, por m s, em m dia, 20 horas a mais que Jo o. 6c Uma editora pretende despachar um lote de livros, agrupados em 100 pacotes de 20 cm x 20 cm x 30 cm. A transportadora acondicionar esses pacotes em caixas com formato de bloco retangular de 40 cm x 40 cm x 60 cm. A quantidade m nima necess ria de caixas para esse envio : a) 9 b) 11 c) 13 d) 15 e) 17 Resolu o Em cada caixa de 40cm x 40cm x 60cm, a transportadora consegue acondicionar 8 pacotes de 20cm x 20cm x 30cm, conforme ilustra a figura seguinte. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 A quantidade de caixas desse tipo necess ria para o 100 envio de 100 pacotes = 12,5. Portanto, s o 8 necess rias no m nimo 13 caixas. 7d Na literatura de cordel, os textos s o impressos, em geral, com 8, 16, 24 ou 32 p ginas de formato 10,5 cm x 15,5 cm. As raz es hist ricas que explicam tal fato est o relacionadas forma artesanal como s o montadas as publica es e ao melhor aproveitamento poss vel do papel dispon vel. Considere, abaixo, a confec o de um texto de cordel com 8 p ginas (4 folhas): Utilizando o processo descrito acima, pode-se produzir um exemplar de cordel com 32 p ginas de 10,5 cm x 15,5 cm, com o menor gasto poss vel de material, utilizando uma nica folha de a) 84 cm x 62 cm b) 84 cm x 124 cm c) 42 cm x 31 cm d) 42 cm x 62 cm e) 21 cm x 31 cm Resolu o Para produzir um exemplar de cordel com 32 p ginas, s o necess rias 16 folhas de 10,5 cm x 15,5 cm dispostas como na figura seguinte, onde as medidas est o em cent metros: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 A folha mais econ mica dever ter 42 cm por 62 cm e ser dobrada como segue: 8b Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa dist ncia. Mas o que o escritor quer, mesmo, isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta tima para aplacar a f ria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel melhor ainda. O per odo de matura o na gaveta necess rio, mas n o deve se prolongar muito. Textos guardados acabam cheirando mal , disse Silvia Plath, (...) que, com esta frase, deu testemunho das d vidas que atormentam o escritor: publicar ou n o publicar? guardar ou jogar fora? (Moacyr Scliar. O escritor e seus desafios.) Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refletir sobre uma etapa da cria o liter ria. A id ia de que o processo de matura o do texto nem sempre o que garante bons resultados est sugerida na seguinte frase: a) A gaveta tima para aplacar a f ria criativa. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 b) Em certos casos, a cesta de papel melhor ainda. c) O per odo de matura o na gaveta necess rio, (...). d) Mas o que o escritor quer, mesmo, isso: ver o seu texto em letra de forma. e) ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Resolu o A frase da alternativa B, no contexto em que aparece, indica que nem sempre a gaveta, onde se daria a matura o do texto, garante que ele resulte bom. Por isso, a cesta de pap is pode ser ainda melhor do que a gaveta, como forma de tratamento de textos de qualidade insuficiente. 9a Eu come aria dizendo que poesia uma quest o de linguagem. A import ncia do poeta que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais belos versos da l ngua portuguesa com duas palavras comuns: c o e cheirando. Um c o cheirando o futuro (Entrevista com M rio Carvalho. Folha de SP, 24/05/1988. adapta o) O que deu ao verso de Drummond o car ter de inovador da l ngua foi a) o modo raro como foi tratado o futuro . b) a refer ncia ao c o como animal de estima o . c) a flex o pouco comum do verbo cheirar (ger ndio). d) a aproxima o n o usual do agente citado e a a o de cheirar . e) o emprego do artigo indefinido um e do artigo definido o na mesma frase. Resolu o O que surpreende, no verso de Carlos Drummond de Andrade, n o a aproxima o entre o agente (sujeito), c o , e a a o de cheirar , como afirma a alternativa D, mas sim o objeto de tal a o ( futuro ), como prop e a alternativa A. Instru es: As quest es de n meros 10 e 11 referemse ao poema abaixo. Ep grafe* Murm rio de gua na clepsidra** gotejante, Lentas gotas de som no rel gio da torre, Fio de areia na ampulheta vigilante, Leve sombra azulando a pedra do quadrante*** Assim se escoa a hora, assim se vive e morre... Homem, que fazes tu? Para que tanta lida, T o doidas ambi es, tanto dio e tanta amea a? Procuremos somente a Beleza, que a vida um punhado infantil de areia ressequida, Um som de gua ou de bronze e uma sombra que passa... (Eug nio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa) OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 (*) Ep grafe: inscri o colocada no ponto mais alto; tema. (**) Clepsidra: rel gio de gua. (***) Pedra do quadrante: parte superior de um rel gio de sol. 10 b A imagem contida em lentas gotas de som (verso 2) retomada na segunda estrofe por meio da express o: a) tanta amea a. b) som de bronze. c) punhado de areia. d) sombra que passa. e) somente a Beleza. Resolu o Gotas de som uma met fora sinest sica (porque envolve percep es sensoriais de rg os diversos vis o e audi o) que indica as badaladas de um rel gio a marcar a passagem do tempo. A mesma refer ncia ao rel gio ocorre em som... de bronze . 11 e Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas a es humanas (versos 6 e 7) a a) infantilidade do ser humano. b) destrui o da natureza. c) exalta o da viol ncia. d) inutilidade do trabalho. e) brevidade da vida. Resolu o O tema do poema transcrito a passagem do tempo ( assim se escoa a hora ) e a fr gil finitude da vida ( assim se vive e morre... ), sendo a dura o da vida comparada a um punhado infantil de areia ressequida . 12 a A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada. (..) andava l guas e l guas a p , de engenho a engenho, como uma edi o viva das hist rias de Mil e Uma Noites (..) era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma mem ria de prod gio. Recitava contos inteiros em versos, intercalando peda os de prosa, como notas explicativas. (..) Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinha es. O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. (..) Os rios e as florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com o Para ba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco. (Jos Lins do Rego. Menino de engenho) A cor local que a personagem velha Totonha colocava em suas hist rias ilustrada, pelo autor, na seguinte passagem: a) O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Pernambuco . b) Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinha es . c) Era uma grande artista para dramatizar. Tinha uma mem ria de prodigio . d) Andava l guas e l guas a p , como uma edi o viva das Mil e Uma Noites . e) Recitava contos inteiros em versos, intercalando peda os de prosa, como notas explicativas . Resolu o A cor local que a velha Totinha punha em suas descri es corresponde assimila o de paisagens e personagens ao meio f sico e social em que ela se movia. 13 c Pequenos tormentos da vida De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, o azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas como quem vai inventando pregui osamente uma hist ria sem fim... Sem fim a aula: e nada acontece, nada...Bocejos e moscas. Se ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avi o entrasse por uma janela e sa sse por outra! (M rio Quintana. Poesias) Na cena retratada no texto, o sentimento do t dio a) provoca que os meninos fiquem contando hist rias. b) leva os alunos a simularem bocejos, em protesto contra a monotonia da aula. c) acaba estimulando a fantasia, criando a expectativa de algum imprevisto m gico. d) prevalece de modo absoluto, impedindo at mesmo a distra o ou o exerc cio do pensamento. e) decorre da morosidade da aula, em contraste com o movimento acelerado das nuvens e das moscas. Resolu o A fantasia da menina, de que um avi o entrasse por uma janela e sa sse por outra , corresponde expectativa de algum imprevisto m gico , nos termos da alternativa c. 14 d Os alunos de uma escola organizaram um torneio individual de pingue-pongue nos hor rios dos recreios, disputado por 16 participantes, segundo o esquema abaixo: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Foram estabelecidas as seguintes regras: Em todos os jogos, o perdedor ser eliminado; Ningu m poder jogar duas vezes no mesmo dia; Como h cinco mesas, ser o realizados, no m ximo, 5 jogos por dia. Com base nesses dados, correto afirmar que o n mero m nimo de dias necess rio para se chegar ao campe o do torneio : a) 8 b) 7 c) 6 d) 5 e) 4 Resolu o Para a realiza o da semifinal (jogos 13 e 14) e final (jogo 15), s o necess rios, no m nimo, dois dias. Os jogos 9, 10, 11 e 12 n o podem ser realizados no mesmo dia dos jogos 13 e 14, e, para eles, necess rio mais um dia. Os jogos do primeiro grupo (jogos de 1 a 8) n o podem ser realizados todos no mesmo dia. Para eles, s o necess rios dois dias, e alguns dos jogos do primeiro grupo n o podem ser realizados juntos com jogos do segundo grupo. Dessa forma, o n mero m nimo de dias cinco. 15 e O tabagismo (v cio do fumo) respons vel por uma grande quantidade de doen as e mortes prematuras na atualidade. O Instituto Nacional do C ncer divulgou que 90% dos casos diagnosticados de c ncer de pulm o e 80% dos casos diagnosticados de enfisema pulmonar est o associados ao consumo de tabaco. Paralelamente, foram mostrados os resultados de uma pesquisa realizada em um grupo de 2000 pessoas com doen as de pulm o, das quais 1500 s o casos diagnosticados de c ncer, e 500 s o casos diagnosticados de enfisema. Com base nessas informa es, pode-se estimar que o n mero de fumantes desse grupo de 2000 pessoas , aproximadamente: a) 740 b) 1100 c) 1310 d) 1620 e) 1750 Resolu o 90% de 1 500 + 80% de 500 = 1 350 + 400 = 1 750. 16 a Os acidentes de tr nsito, no Brasil, em sua maior parte OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 s o causados por erro do motorista. Em boa parte deles, o motivo o fato de dirigir ap s o consumo de bebida alco lica. A ingest o de uma lata de cerveja provoca uma concentra o de aproximadamente 0,3 g/L de lcool no sangue. A tabela abaixo mostra os efeitos sobre o corpo humano provocados por bebidas alco licas em fun o de n veis de concentra o de lcool no sangue: Concentra o de lcool no sangue (g/L) Efeitos 0,1 0,5 Sem influ ncia aparente, ainda que com altera es cl nicas Euforia suave, sociabilidade acentuada e queda da aten o Excita o, perda de julgamento cr tico, queda da sensibilidade e das rea es motoras Confus o mental e perda da coordena o motora Estupor, apatia, v mitos e desequil brio ao andar Coma e morte poss vel 0,3 1,2 0,9 2,5 1,8 3,0 2,7 4,0 3,5 5,0 (Revista Pesquisa FAPESP n 57. setembro 2000) Uma pessoa que tenha tomado tr s latas de cerveja provavelmente apresenta a) queda de aten o, de sensibilidade e das rea es motoras. b) aparente normalidade, mas com altera es cl nicas. c) confus o mental e falta de coordena o motora. d) disfun o digestiva e desequil brio ao andar. e) estupor e risco de parada respirat ria. Resolu o Concentra o aproximada de lcool no sangue pela ingest o de tr s latas de cerveja: 1 lata de cerveja 0,3g/L 3 latas de cerveja x x = 0,9g/L Essa concentra o est nos intervalos de 0,3g/L a 1,2g/L e 0,9g/L a 2,5g/L. Portanto, essa pessoa apresenta queda de aten o, de sensibilidade e das rea es motoras. 17 c Ap s a ingest o de bebidas alco licas, o metabolismo do lcool e sua presen a no sangue dependem de fatores como peso corporal, condi es e tempo ap s a ingest o. O gr fico mostra a varia o da concentra o de lcool no sangue de indiv duos de mesmo peso que beberam tr s latas de cerveja cada um, em diferentes condi es: em jejum e ap s o jantar. Tendo em vista que a concentra o m xima de lcool no sangue permitida pela legisla o brasileira para motoristas 0,6 g/L, o indiv duo que bebeu ap s o janOBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 tar e o que bebeu em jejum s poder o dirigir ap s, aproximadamente, (Revista Pesquisa FAPESP n 57. setembro 2000) a) uma hora e uma hora e meia, respectivamente. b) tr s horas e meia hora, respectivamente. c) tr s horas e quatro horas e meia, respectivamente. d) seis horas e tr s horas, respectivamente. e) seis horas, igualmente. Resolu o Pela an lise do gr fico, o limite de 0,6g/L para o indiv duo que bebeu ap s o jantar come a a diminuir a partir de tr s horas. Para o indiv duo que bebeu em jejum, esse limite come a a diminuir a partir de, aproximadamente, quatro horas e meia. 18 e Na embalagem de um antibi tico, encontra-se uma bula que, entre outras informa es, explica a a o do rem dio do seguinte modo: O medicamento atua por inibi o da s ntese prot ica bacteriana. Essa afirma o permite concluir que o antibi tico a) impede a fotoss ntese realizada pelas bact rias causadoras da doen a e, assim, elas n o se alimentam e morrem. b) altera as informa es gen ticas das bact rias causadoras da doen a, o que impede manuten o e reprodu o desses organismos. c) dissolve as membranas das bact rias respons veis pela doen a, o que dificulta o transporte de nutrientes e provoca a morte delas. d) elimina os v rus causadores da doen a, pois n o conseguem obter as prote nas que seriam produziOBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 das pelas bact rias que parasitam. e) interrompe a produ o de prote na das bact rias causadoras da doen a, o que impede sua multiplica o pelo bloqueio de fun es vitais. Resolu o O antibi tico impede a s ntese de prote nas da bact ria, levando a altera es nas atividades vitais e impedimento da multiplica o do microorganismo. 19 b Quando o corpo humano invadido por elementos estranhos, o sistema imunol gico reage. No entanto, muitas vezes o ataque t o r pido que pode levar a pessoa morte. A vacina o permite ao organismo preparar sua defesa com anteced ncia. Mas, se existe suspeita de mal j instalado, recomend vel o uso do soro, que combate de imediato os elementos estranhos, enquanto o sistema imunol gico se mobiliza para entrar em a o. Considerando essas informa es, o soro espec fico deve ser usado quando a) um idoso deseja se proteger contra gripe. b) uma crian a for picada por cobra pe onhenta. c) um beb deve ser imunizado contra poliomielite. d) uma cidade quer prevenir uma epidemia de sarampo. e) uma pessoa vai viajar para regi o onde existe febre amarela. Resolu o O soro cont m anticorpos espec ficos e, como tal, apresenta a o terap utica, podendo ser usado quando uma crian a for picada por um animal pe onhento. 20 c O botulismo, intoxica o alimentar que pode levar morte, causado por toxinas produzidas por certas bact rias, cuja reprodu o ocorre nas seguintes condi es: inibida por pH inferior a 4,5 (meio cido), temperaturas pr ximas a 100 C, concentra es de sal superiores a 10% e presen a de nitritos e nitratos como aditivos. A ocorr ncia de casos recentes de botulismo em consumidores de palmito em conserva levou a Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria (ANVISA) a implementar normas para a fabrica o e comercializa o do produto. No r tulo de uma determinada marca de palmito em conserva, encontram-se as seguintes informa es: I. Ingredientes: Palmito a a , sal dilu do a 12% em gua, cido c trico; II. Produto fabricado conforme as normas da ANVISA; III. Ecologicamente correto. As informa es do r tulo que t m rela o com as medidas contra o botulismo est o contidas em: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 a) II, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Resolu o A conserva o do palmito em gua, contendo 12% de sal dilu do e cido c trico, para redu o do pH, est de acordo com as normas de preserva o do alimento, segundo a ANVISA. 21 a Levando-se em conta os fatores que favorecem a reprodu o das bact rias respons veis pelo botulismo, mencionadas no item anterior, conclui-se que as toxinas que o causam t m maior chance de ser encontradas a) em conservas com concentra o de 2g de sal em 100 g de gua. b) nas ling i as fabricadas com nitrito e nitrato de s dio. c) nos alimentos logo ap s terem sido fervidos. d) no suco de lim o, cujo pH varia de 2,5 a 3,6. e) no charque (carne salgada e seca ao sol). Resolu o Dos casos citados, a maior chance da presen a de toxinas do botulismo est na conserva o do alimento, contendo 2% de sal dilu do em gua. 22 d A mal ria uma doen a t pica de regi es tropicais. De acordo com dados do Minist rio da Sa de, no final do s culo XX, foram registrados mais de 600 mil casos de mal ria no Brasil, 99% dos quais na regi o amaz nica. Os altos ndices de mal ria nessa regi o podem ser explicados por v rias raz es, entre as quais: a) as caracter sticas gen ticas das popula es locais facilitam a transmiss o e dificultam o tratamento da doen a. b) a falta de saneamento b sico propicia o desenvolvimento do mosquito transmissor da mal ria nos esgotos n o tratados. c) a inexist ncia de predadores capazes de eliminar o causador e o transmissor em seus focos impede o controle da doen a. d) a temperatura elevada e os altos ndices de chuva na floresta equatorial favorecem a prolifera o do mosquito transmissor. e) o Brasil o nico pa s do mundo que n o implementou medidas concretas para interromper sua transmiss o em n cleos urbanos. Resolu o As condi es ambientais da Floresta Amaz nica, tais como temperatura elevada e altos ndices pluviom tricos, favorecem a prolifera o do mosquito anofelino, respons vel pela transmiss o do Plasmodium, agente etiol gico da mal ria. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 23 c Houve uma grande eleva o do n mero de casos de mal ria na Amaz nia que, de 30 mil casos na d cada de 1970, chegou a cerca de 600 mil na d cada de 1990. Esse aumento pode ser relacionado a mudan as na regi o, como a) as transforma es no clima da regi o decorrentes do efeito estufa e da diminui o da camada de oz nio. b) o empobrecimento da classe m dia e a conseq ente falta de recursos para custear o caro tratamento da doen a. c) o aumento na migra o humana para fazendas, grandes obras, assentamentos e garimpos, instalados nas reas de floresta. c) as modifica es radicais nos costumes dos povos ind genas, que perderam a imunidade natural ao mosquito transmissor. e) a destrui o completa do ambiente natural de reprodu o do agente causador, que o levou a migrar para os grandes centros urbanos. Resolu o O aumento dos casos de mal ria est relacionado com a ocupa o dos meios ambientes pelo Homem, entre eles: forma o de novas fazendas, garimpos e grandes obras, como a constru o de hidrel tricas etc. 24 d Produtos de limpeza, indevidamente guardados ou manipulados, est o entre as principais causas de acidentes dom sticos. Leia o relato de uma pessoa que perdeu o olfato por ter misturado gua sanit ria, amon aco e sab o em p para limpar um banheiro: A mistura ferveu e comecou a sair uma fuma a asfixiante. N o conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta come aram a arder de maneira insuport vel. Sa correndo procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar. O trecho sublinhado poderia ser reescrito, em linguagem cient fica, da seguinte forma: a) As subst ncias qu micas presentes nos produtos de limpeza evaporaram. b) Com a mistura qu mica, houve produ o de uma solu o aquosa asfixiante. c) As subst ncias sofreram transforma es pelo contato com o oxig nio do ar. d) Com a mistura, houve transforma o qu mica que produziu rapidamente gases t xicos. e) Com a mistura, houve transforma o qu mica, evidenciada pela dissolu o de um s lido. Resolu o Com a mistura dos materiais ( gua sanit ria, amon aco e sab o em p ) houve transforma o qu mica que produziu rapidamente gases t xicos. A libera o desses gases produz efervesc ncia, dando a impress o de OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 que a mistura est fervendo. 25 b Entre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza, aquele que deixou de ser cumprido, na situa o discutida na quest o anterior, foi: a) N o armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais. b) Leia atentamente os r tulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos. c) N o armazene produtos de limpeza e subst ncias qu micas em locais pr ximos a alimentos. d) Verifique, nos r tulos das embalagens originais, todas as instru es para os primeiros socorros. e) Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros, fora do alcance de crian as. Resolu o A libera o de gases t xicos resultou da transforma o qu mica que ocorreu devido mistura dos materiais. Portanto, deve-se ler atentamente os r tulos dos produtos e evitar fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos. 26 c A biodiversidade garantida por intera es das v rias formas de vida e pela estrutura heterog nea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a possibilidade de se preservarem esp cies por meio da constru o de bancos gen ticos de sementes, vulos e espermatoz ides. Apesar de os bancos preservarem esp cimes (indiv duos), sua constru o considerada question vel do ponto de vista ecol gico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de estrat gia I. n o preservaria a variabilidade gen tica das popula es; II. dependeria de t cnicas de preserva o de embri es, ainda desconhecidas; III. n o reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas. Est correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. c) II e III, apenas. e) I, II e III. Resolu o Os bancos gen ticos n o preservam a variabilidade gen tica das esp cies e n o reproduzem a variabilidade dos ecossistemas. 27 e A biodiversidade diz respeito tanto a genes, esp cies, ecossistemas, como a fun es, e coloca problemas de gest o muito diferenciados. carregada de normas de valor. Proteger a biodiversidade pode significar: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 a elimina o da a o humana, como a proposta da ecologia radical; a prote o das popula es cujos sistemas de produ o e cultura repousam num dado ecossistema; a defesa dos interesses comerciais de firmas que utilizam a biodiversidade como mat ria-prima, para produzir mercadorias. (Adaptado de GARAY, I. & DIAS, B. Conserva o da biodiversidade em ecossistemas tropicais) De acordo com o texto, no tratamento da quest o da biodiversidade no Planeta, a) o principal desafio conhecer todos os problemas dos ecossistemas, para conseguir proteg -los da a o humana. b) os direitos e os interesses comerciais dos produtores devem ser defendidos, independentemente do equil brio ecol gico. c) deve-se valorizar o equil brio do meio ambiente, ignorando-se os conflitos gerados pelo uso da terra e seus recursos. d) o enfoque ecol gico mais importante do que o social, pois as necessidades das popula es n o devem constituir preocupa o para ningu m. e) h diferentes vis es em jogo, tanto as que s consideram aspectos ecol gicos, quanto as que levam em conta aspectos sociais e econ micos. Resolu o Na preserva o da biodiversidade dos ecossistemas, devem ser considerados fatores sociais, econ micos e ecol gicos. 28 d Sabe-se que uma rea de quatro hectares de floresta, na regi o tropical, pode conter cerca de 375 esp cies de plantas enquanto uma rea florestal do mesmo tamanho, em regi o temperada, pode apresentar entre 10 e 15 esp cies. O not vel padr o de diversidade das florestas tropicais se deve a v rios fatores, entre os quais poss vel citar a) altitudes elevadas e solos profundos. b) a ainda pequena interven o do ser humano. c) sua transforma o em reas de preserva o. d) maior insola o e umidade e menor varia o clim tica. e) altern ncia de per odos de chuvas com secas prolongadas. Resolu o As florestas tropicais caracterizam-se pela not vel biodiversidade devido ao dom nio do clima quente e mido. 29 b A falta de gua doce no Planeta ser , possivelmente, um dos mais graves problemas deste s culo. Prev -se que, nos pr ximos vinte anos, a quantidade de gua doce dispon vel para cada habitante ser drasticamente reduzida. Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atiOBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 vidades humanas interferem no ciclo da gua, alterando a) a quantidade total, mas n o a qualidade da gua dispon vel no Planeta. b) a qualidade da gua e sua quantidade dispon vel para o consumo das popula es. c) a qualidade da gua dispon vel, apenas no sub-solo terrestre. d) apenas a disponibilidade de gua superficial existente nos rios e lagos. e) o regime de chuvas, mas n o a quantidade de gua dispon vel no Planeta. Resolu o Tanto a qualidade da gua quanto a sua quantidade sofrer o s rias altera es com o aumento desordenado do consumo, causado pelo crescimento da popula o mundial e do uso para a irriga o. 30 e Considerando a riqueza dos recursos h dricos brasileiros, uma grave crise de gua em nosso pa s poderia ser motivada por a) reduzida rea de solos agricult veis. b) aus ncia de reservas de guas subterr neas. c) escassez de rios e de grandes bacias hidrogr ficas. d) falta de tecnologia para retirar o sal da gua do mar. e) degrada o dos mananciais e desperd cio no consumo. Resolu o No Brasil h forte preocupa o com a degrada o dos mananciais e o desperd cio de gua, o que pode gerar grave crise nesse setor, apesar de o pa s ser detentor de uma grande riqueza em recursos h dricos. 31 a guas de mar o definem se falta luz este ano . Esse foi o t tulo de uma reportagem em jornal de circula o nacional, pouco antes do in cio do racionamento do consumo de energia el trica, em 2001. No Brasil, a rela o entre a produ o de eletricidade e a utiliza o de recursos h dricos, estabelecida nessa manchete, se justifica porque a) a gera o de eletricidade nas usinas hidrel tricas exige a manuten o de um dado fluxo de gua nas barragens. b) o sistema de tratamento da gua e sua distribui o consomem grande quantidade de energia el trica. c) a gera o de eletricidade nas usinas termel tricas utiliza grande volume de gua para refrigera o. d) o consumo de gua e de energia el trica utilizadas na ind stria compete com o da agricultura. e) grande o uso de chuveiros el tricos, cuja opera o implica abundante consumo de gua. Resolu o necess rio que se mantenha uma certa altura da gua para que se movimentem as turbinas. Com a OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 queda geral dos ndices pluviom tricos durante 2001, os volumes dos rios ca ram verticalmente, implicando tamb m numa diminui o no volume das represas. Durante a crise, muitas delas funcionaram no limite. 32 b Considerando os custos e a import ncia da preserva o dos recursos h dricos, uma ind stria decidiu purificar parte da gua que consome para reutiliz -la no processo industrial. De uma perspectiva econ mica e ambiental, a iniciativa importante porque esse processo a) permite que toda gua seja devolvida limpa aos mananciais. b) diminui a quantidade de gua adquirida e comprometida pelo uso industrial. c) reduz o preju zo ambiental, aumentando o consumo de gua. d) torna menor a evapora o da gua e mant m o ciclo hidrol gico inalterado. e) recupera o rio onde s o lan adas as guas utilizadas. Resolu o Observamos que a ind stria decidiu purificar parte da gua. Isto deve ser analisado sob pontos de vista econ mico e ambiental, que s o fundamentais, pois esse processo diminui a quantidade de gua adquirida e comprometida pelo uso industrial. 33 d Visando adotar um sistema de reutiliza o de gua, uma ind stria testou cinco sistemas com diferentes fluxos de entrada de gua suja e fluxos de sa da de gua purificada. Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema I II III IV V Fluxo de entrada ( gua suja) 45 L/h 40 L/h 40 L/h 20 L/h 20 L/h Fluxo de sa da ( gua purificada) 15 L/h 10 L/h 5 L/h 10 L/h 5 L/h Supondo que o custo por litro de gua purificada seja o mesmo, obt m-se maior efici ncia na purifica o por meio do sistema a) I b) II c) III d) IV e) V Resolu o A efici ncia conceituada como a raz o entre o fluxo de sa da e o fluxo de entrada: sa da = entrada Para os diversos sistemas temos, OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 15 1 I = = 0,33 45 3 10 1 II = = = 0,25 40 4 5 1 III = = = 0,125 40 8 10 1 IV = = = 0,5 20 2 5 1 V = = = 0,25 20 4 O sistema de maior efici ncia o de n mero IV. 34 a Na m sica Bye, bye, Brasil , de Chico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos puseram uma usina no mar talvez fique ruim pra pescar poderiam estar se referindo usina nuclear de Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser causadas a) pelo aquecimento das guas, utilizadas para refrigera o da usina, que alteraria a fauna marinha. b) pela oxida o de equipamentos pesados e por detona es que espantariam os peixes. c) pelos rejeitos radioativos lan ados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes. d) pela contamina o por metais pesados dos processos de enriquecimento do ur nio. e) pelo vazamento de lixo at mico colocado em ton is e lan ado ao mar nas vizinhan as da usina. Resolu o Para a refrigera o da usina coleta-se gua do mar. Esta devolvida ao mar aquecida. O aumento da temperatura da gua diminui a solubilidade do ar na gua. A diminui o da quantidade de O2 e CO2 dissolvidos afeta o fitopl ncton, que passa a realizar menos fotoss ntese. Ocorrendo diminui o da popula o de fitopl ncton, toda a cadeia alimentar sofrer altera o. 35 d Prevenindo-se contra o per odo anual de seca, um agricultor pretende construir um reservat rio fechado, que acumule toda a gua proveniente da chuva que cair no telhado de sua casa, ao longo de um per odo anual chuvoso. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 As ilustra es a seguir apresentam as dimens es da casa, a quantidade m dia mensal de chuva na regi o, em mil metros, e a forma do reservat rio a ser constru do. Sabendo que 100 mil metros de chuva equivalem ao ac mulo de 100 litros de gua em uma superf cie plana horizontal de um metro quadrado, a profundidade (p) do reservat rio dever medir a) 4m b) 5m c) 6m d) 7m e) 8m Resolu o Chovem 700 mil metros por ano e, portanto, s o acumulados 700 litros de gua por metro quadrado. O telhado ap ia-se em uma superf cie plana horizontal de 80 m2 e recebe 80 x 700 litros = 56000l = 56m3. Assim sendo, pm x 4 m x 2m = 56 m3 p = 7m. 36 e Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostraram o processo de devasta o sofrido pela Regi o Amaz nica entre agosto de 1999 e agosto de 2000. Analisando fotos de sat lites, os especialistas conclu ram que, nesse per odo, sumiu do mapa um total de 20 000 quil metros quadrados de floresta. Um rg o de imprensa noticiou o fato com o seguinte texto: O assustador ritmo de destrui o de um campo de futebol a cada oito segundos. Considerando que um ano tem aproximadamente 32 x 106s (trinta e dois milh es de segundos) e que a medida da rea oficial de um campo de futebol aproximadamente 10 2km2 (um cent simo de quil metro quadrado), as informa es apresentadas nessa not cia permitem concluir que tal ritmo de desmatamento, em um ano, implica a destrui o de uma rea de a) 10 000 km2, e a compara o d a id ia de que a devasta o n o t o grave quanto o dado num rico nos indica. b) 10 000 km2, e a compara o d a id ia de que a devasta o mais grave do que o dado num rico nos indica. c) 20 000 km2, e a compara o retrata exatamente o ritmo da destrui o. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 d) 40 000 km2, e o autor da not cia exagerou na compara o, dando a falsa impress o de gravidade a um fen meno natural. e) 40 000 km2 e, ao chamar a aten o para um fato realmente grave, o autor da not cia exagerou na compara o. Resolu o O ritmo de desmatamento, em um ano, implica a des32 . 106 trui o de uma rea de . 10 2 km2 = 4 . 104 km2= 8 = 40.000 km2, e a devasta o n o um fen meno natural. 37 c A efici ncia do fog o de cozinha pode ser analisada em rela o ao tipo de energia que ele utiliza. O gr fico abaixo mostra a efici ncia de diferentes tipos de fog o. Pode-se verificar que a efici ncia dos fog es aumenta a) medida que diminui o custo dos combust veis. b) medida que passam a empregar combust veis renov veis. c) cerca de duas vezes, quando se substitui fog o a lenha por fog o a g s. d) cerca de duas vezes, quando se substitui fog o a g s por fog o el trico. e) quando s o utilizados combust veis s lidos. Resolu o a) Falsa: o fog o a lenha tem custo mais baixo e o de menor efici ncia. b) Falsa: dos combust veis citados, o nico que sempre renov vel a lenha, que corresponde menor efici ncia. c) Correta: para o fog o a lenha, a efici ncia da ordem de 28%, e do fog o a g s da ordem de 56%. Observa o: na realidade, a efici ncia cerca de duas vezes maior e n o o aumento que de cerca de duas vezes (o que corresponderia a multiplicar a efici ncia por tr s). d) Falsa: a efici ncia passa de um valor da ordem de 56% para 62%. e) Falsa: lenha e carv o s o combust veis s lidos e correspondem s menores efici ncias. 38 b A caixinha utilizada em embalagens como as de leite longa vida chamada de tetra brick , por ser comOBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 posta de quatro camadas de diferentes materiais, incluindo alum nio e pl stico, e ter a forma de um tijolo (brick, em ingl s). Esse material, quando descartado, pode levar at cem anos para se decompor. Considerando os impactos ambientais, seria mais adequado a) utilizar soda c ustica para amolecer as embalagens e s ent o descart -Ias. b) promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as embalagens para outros fins. c) aumentar a capacidade de cada embalagem, ampliando a superf cie de contato com o ar para sua decomposi o. d) constituir um aterro espec fico de embalagens tetra brick , acondicionadas de forma a reduzir seu volume. e) proibir a fabrica o de leite longa vida , considerando que esse tipo de embalagem n o adequado para conservar o produto. Resolu o Seria mais adequado promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar o material das embalagens para outros fins. 39 c Um grupo de estudantes, saindo de uma escola, observou uma pessoa catando latinhas de alum nio jogadas na cal ada. Um deles considerou curioso que a falta de civilidade de quem deixa lixo pelas ruas acaba sendo til para a subsist ncia de um desempregado. Outro estudante comentou o significado econ mico da sucata recolhida, pois ouvira dizer que a maior parte do alum nio das latas estaria sendo reciclada. Tentando sintetizar o que estava sendo observado, um terceiro estudante fez tr s anota es, que apresentou em aula no dia seguinte: I. A cata o de latinhas prejudicial ind stria de alum nio; II. A situa o observada nas ruas revela uma condi o de duplo desequil brio: do ser humano com a natureza e dos seres humanos entre si; III. Atividades humanas resultantes de problemas sociais e ambientais podem gerar reflexos (refletir) na economia. Dessas afirma es, voc tenderia a concordar, apenas, com a) I e II b) I e III c) II e III d) II e) III Resolu o O Brasil chegou a ser elogiado pelo elevado ndice de reciclagem do alum nio, entretanto, uma observa o mais aprofundada da situa o nos faz perceber que a extrema pobreza de boa parcela da popula o leva-a a adotar o expediente de cata o de latas como forma de obter renda. Ao mesmo tempo, essa atividade reflete na economia, pois a reciclagem do alum nio evita o gasto de divisas com novas produ es de metal. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 40 e O setor de transporte, que concentra uma grande parcela da demanda de energia no pa s, continuamente busca alternativas de combust veis. Investigando alternativas ao leo diesel, alguns especialistas apontam para o uso do leo de girassol, menos poluente e de fonte renov vel, ainda em fase experimental. Foi constatado que um trator pode rodar, nas mesmas condi es, mais tempo com um litro de leo de girassol, que com um litro de leo diesel. Essa constata o significaria, portanto, que usando leo de girassol, a) o consumo por km seria maior do que com leo diesel. b) as velocidades atingidas seriam maiores do que com leo diesel. c) o combust vel do tanque acabaria em menos tempo do que com leo diesel. d) a pot ncia desenvolvida, pelo motor, em uma hora, seria menor do que com leo diesel. e) a energia liberada por um litro desse combust vel seria maior do que por um de leo diesel. Resolu o a) Falsa: se o rendimento do leo de girassol maior, o que gasto para percorrer 1km (consumo) menor. b) Falsa: o rendimento maior ou menor do combust vel n o implica, necessariamente, atingir velocidades maiores. c) Falsa: se o rendimento do leo de girassol maior, o tempo gasto para acabar o combust vel maior. d) Falsa: como o rendimento do leo de girassol maior, a pot ncia til de seu motor tamb m ser maior. e) Correta: como o rendimento do leo de girassol maior, para uma mesma quantidade de combust vel (1 litro), o girassol libera mais energia. 41 a No Brasil, o sistema de transporte depende do uso de combust veis f sseis e de biomassa, cuja energia convertida em movimento de ve culos. Para esses combust veis, a transforma o de energia qu mica em energia mec nica acontece a) na combust o, que gera gases quentes para mover os pist es no motor. b) nos eixos, que transferem torque s rodas e impulsionam o ve culo. c) na igni o, quando a energia el trica convertida em trabalho. d) na exaust o, quando gases quentes s o expelidos para tr s. e) na carbura o, com a difus o do combust vel no ar. Resolu o Os combust veis armazenam energia potencial qu OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 mica. Na combust o, a energia qu mica liberada e os gases formados aplicam for as nos pist es do motor, as quais realizam trabalho, usado para movimentar o ve culo (produ o de energia mec nica). 42 b Nos ltimos anos, o g s natural (GNV: g s natural veicular) vem sendo utilizado pela frota de ve culos nacional, por ser vi vel economicamente e menos agressivo do ponto de vista ambiental. O quadro compara algumas caracter sticas do g s natural e da gasolina em condi es ambiente. Densidade (kg/m3) Poder Calor fico (kJ/kg) GNV 0,8 50.200 Gasolina 738 46.900 Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utiliza o implica algumas adapta es t cnicas, pois, em condi es ambiente, o volume de combust vel necess rio, em rela o ao de gasolina, para produzir a mesma energia, seria a) muito maior, o que requer um motor muito mais potente. b) muito maior, o que requer que ele seja armazenado a alta press o. c) igual, mas sua pot ncia ser muito menor. d) muito menor, o que o torna o ve culo menos eficiente. e) muito menor, o que facilita sua dispers o para a atmosfera. Resolu o Volume de um quilograma de gasolina: 1kg m m d = V = = = 0,001355m3 738kg/m3 V d Volume de GNV que libera a mesma quantidade de energia que um quilograma de gasolina: 50 200kJ 1kg 46 900kJ x x = 0,934kg m 0,934kg V = = = 1,1675m3 d 0,8kg/m3 O volume de GNV bem maior: 1,1675m3 862 0,001355m3 Portanto, o volume de GNV seria muito maior, o que requer que ele seja armazenado sob alta press o. 43 d OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Os gases liberados pelo esterco e por alimentos em decomposi o podem conter sulfeto de hidrog nio (H2S), g s com cheiro de ovo podre, que t xico para muitos seres vivos. Com base em tal fato, foram feitas as seguintes afirma es: I. Gases t xicos podem ser produzidos em processos naturais; II. Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque polui o ar das zonas rurais; III. Esterco e alimentos em decomposi o podem fazer parte no ciclo natural do enxofre (S). Est correto, apenas, o que se afirma em a) I b) II c) III d) I e III e) II e III Resolu o I) Correta. Gases t xicos podem ser liberados em processos naturais: esterco, alimentos em decomposi o, vulc es etc. II) Incorreta. O efeito poluente do esterco o mesmo, seja ele usado como adubo ou n o. III) Correta. Esterco e alimentos em decomposi o podem fazer parte do ciclo natural do enxofre. 44 c Em um debate sobre o futuro do setor de transporte de uma grande cidade brasileira com tr nsito intenso, foi apresentado um conjunto de propostas. Entre as propostas reproduzidas abaixo, aquela que atende, ao mesmo tempo, a implica es sociais e ambientais presentes nesse setor a) proibir o uso de combust veis produzidos a partir de recursos naturais. b) promover a substitui o de ve culos a diesel por ve culos a gasolina. c) incentivar a substitui o do transporte individual por transportes coletivos. d) aumentar a importa o de diesel para substituir os ve culos a lcool. e) diminuir o uso de combust veis vol teis devido ao perigo que representam. Resolu o O crescimento das grandes cidades dificulta sobremaneira a aplica o de qualquer outra medida que n o seja substituir o transporte individual pelo coletivo, amenizando o problema do tr nsito e da polui o. 45 a Do ponto de vista ambiental, uma distin o importante que se faz entre os combust veis serem provenientes ou n o de fontes renov veis. No caso dos derivados de petr leo e do lcool de cana, essa distin o se caracteriza a) pela diferen a nas escalas de tempo de forma o das fontes, per odo geol gico no caso do petr leo e anual no da cana. b) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combust vel utilizado, tempo muito maior no caso do lcool. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 c) pelo maior ou menor tempo para se reciclar o combust vel utilizado, tempo muito maior no caso dos derivados do petr leo. d) pelo tempo de combust o de uma mesma quantidade de combust vel, tempo muito maior para os derivados do petr leo do que do lcool. e) pelo tempo de produ o de combust vel, pois o refino do petr leo leva dez vezes mais tempo do que a destila o do fermento de cana. Resolu o O petr leo formado pela decomposi o do pl ncton marinho, que foi depositado em rochas sedimentares durante a era Mesoz ica, entre 200 e 300 milh es de anos atr s. A cana, por sua vez, pode produzir pelo menos uma colheita por ano, resultando na produ o do lcool. 46 e Para o registro de processos naturais e sociais devem ser utilizadas diferentes escalas de tempo. Por exemplo, para a data o do sistema solar necess ria uma escala de bilh es de anos, enquanto que, para a hist ria do Brasil, basta uma escala de centenas de anos. Assim, para os estudos relativos ao surgimento da vida no Planeta e para os estudos relativos ao surgimento da escrita, seria adequado utilizar, respectivamente, escalas de Vida no Planeta Escrita a) Milhares de anos Centenas de anos b) Milh es de anos Centenas de anos c) Milh es de anos Milhares de anos d) Bilh es de anos Milh es de anos e) Bilh es de anos Milhares de anos Resolu o A vida surgiu na Terra h cerca de 4 bilh es de anos. J a escrita foi criada h mais de 5 milhares de anos. 47 c OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Considerando os dois documentos, podemos afirmar que a natureza do pensamento que permite a data o da Terra de natureza a) cient fica no primeiro e m gica no segundo. b) social no primeiro e pol tica no segundo. c) religiosa no primeiro e cient fica no segundo. d) religiosa no primeiro e econ mica no segundo. e) matem tica no primeiro e alg brica no segundo. Resolu o As refer ncias b blicas, no primeiro documento, e as alus es a is topos de ur nio e meias-vidas radioativas , no segundo, indiciam claramente o car ter religioso de um e a natureza cient fica do outro. Note-se a reda o tautol gica do enunciado: a natureza do pensamento de natureza 48 e Observe as duas afirma es de Montesquieu (16891755), a respeito da escravid o: A escravid o n o boa por natureza; n o til nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; quele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus h bitos e se acostuma OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, col rico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da Am rica, tiveram que escravizar os da frica para utiliz -los para abrir tantas terras. O a car seria muito caro se n o fiz ssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu, O esp rito das leis.) Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu, a) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa. b) a pol tica econ mica e a moral justificaram a escravid o. c) a escravid o era indefens vel de um ponto de vista econ mico. d) o conv vio com os europeus foi ben fico para os escravos africanos. e) o fundamento moral do direito pode submeter-se s raz es econ micas. Resolu o No primeiro texto, Montesquieu condena a escravid o sob o ponto-de-vista moral; no segundo, por m, admite que aquela pr tica se fez necess ria na Am rica tendo em vista raz es econ micas. 49 a O mapa abaixo apresenta parte do contorno da Am rica do Sul destacando a bacia amaz nica. Os pontos assinalados representam fortifica es militares instaladas no s culo XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750. Adaptado de Carlos de Meira Mattos. Geopol tica e teoria de fronteiras. Pode-se afirmar que a constru o dos fortes pelos portugueses visava, principalmente, dominar a) militarmente a bacia hidrogr fica do Amazonas. b) economicamente as grandes rotas comerciais. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 c) as fronteiras entre na es ind genas. d) o escoamento da produ o agr cola. e) o potencial de pesca da regi o. Resolu o A localiza o das fortifica es assinaladas no mapa mostra claramente que elas circundam a rea da Bacia Amaz nica que os portugueses tencionavam controlar. Nesse contexto, a posi o das fortifica es, situadas nos limites do territ rio em que se praticava a coleta das drogas do sert o , destinava-se a repelir poss veis ataques dos espanh is ou dos franceses (estes ltimos na regi o do Amap ). 50 c A seguir s o apresentadas declara es de duas personalidades da Hist ria do Brasil a respeito da localiza o da capital do pa s, respectivamente um s culo e uma d cada antes da proposta de constru o de Bras lia como novo Distrito Federal. Declara o I: Jos Bonif cio Com a mudan a da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de surpresa externa, e se chama para as prov ncias centrais o excesso de popula o vadia das cidades mar timas. Desta Corte central dever-se- o logo abrir estradas para as diversas prov ncias e portos de mar. (Carlos de Meira Matos. Geopol tica e modernidade: geopol tica brasileira.) Declara o II: Eurico Gaspar Dutra Na Am rica do Sul, o Brasil possui uma grande rea que se pode chamar tamb m de Terra Central. Do ponto de vista da geopol tica sul-americana, sob a qual devemos encarar a seguran a do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes realizar a ocupa o da nossa Terra Central, mediante a interioriza o da Capital. (Adaptado de Jos W. Vesentini. A Capital da geopol tica.) Considerando o contexto hist rico que envolve as duas declara es e comparando as id ias nelas contidas, podemos dizer que a) ambas limitam as vantagens estrat gicas da defini o de uma nova capital a quest es econ micas. b) apenas a segunda considera a mudan a da capital importante do ponto de vista da estrat gia militar. c) ambas consideram militar e economicamente importante a localiza o da capital no interior do pa s. d) apenas a segunda considera a mudan a da capital uma estrat gia importante para a economia do pa s. e) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a regi o central do pa s a partir da mudan a da capital. Resolu o Tanto o ministro Jos Bonif cio como o presidente Eurico Gaspar Dutra enfatizam a import ncia estrat gica da interioriza o da capital; mas ambos tamb m OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 abordam os benef cios econ micos daquela medida (de forma bastante clara no texto de Jos Bonif cio e implicitamente nas considera es de Dutra). 51 e A primeira imagem abaixo (publicada no s culo XVI) mostra um ritual antropof gico dos ndios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa. (Theodor De Bry s culo XVI) (Pedro Am rico Tiradentes esquartejado, 1893) A compara o entre as reprodu es possibilita as seguintes afirma es: I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil. II. A antropofagia era parte do universo cultural ind gena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justi a entre luso-brasileiros. III. A compara o das imagens faz ver como relativa a diferen a entre b rbaros e civilizados , ind genas e europeus. Est correto o que se afirma em: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 a) I apenas. b) II apenas. c) III apenas. d) I e II apenas. e) I, II e III. Resolu o As afirma es I e III est o corretas. A afirma o II deve ser igualmente considerada correta, tendo em vista os c digos oferecidos escolha dos candidatos. Entretanto, ela merece duas ressalvas: 1) Muitas na es ind genas brasileiras n o praticavam a antropofagia o que torna exagerada a express o universo cultural ind gena . 2) O esquartejamento s era praticado excepcionalmente, para servir de exemplo e impressionar a popula o. A forma de se fazer justi a entre luso-brasileiros , nos casos mais graves, consistia usualmente apenas na aplica o da pena capital (execu o do condenado). 52 d Jean de L ry viveu na Fran a na segunda metade do s culo XVI, poca em que as chamadas guerras de religi o opuseram cat licos e protestantes. No texto abaixo, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas cat licas. (...) desde que os canh es come aram a atirar sobre n s com maior freq ncia, tornou-se necess rio que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um len ol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados. de tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...). Neste texto, Jean de L ry a) despreza a cultura e rejeita o patrim nio dos ind genas americanos. b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de selvagens . c) reconhece a superioridade das sociedades ind genas americanas com rela o aos europeus. d) valoriza o patrim nio cultural dos ind genas americanos, adaptando-o s suas necessidades. e) valoriza os costumes dos ind genas americanos porque eles tamb m eram perseguidos pelos cat licos. Resolu o O texto se explica por si mesmo, mostrando como um europeu que vivera entre os ndios do Brasil assimilou algumas de suas pr ticas, adaptando uma delas (o uso da rede) a suas necessidades na Europa. 53 a Segundo Samuel Huntington (autor do livro, O choque das civiliza es e a recomposi o da ordem mundial), OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 o mundo est dividido em nove civiliza es conforme o mapa abaixo. Na opini o do autor, o ideal seria que cada civiliza o principal tivesse pelo menos um assento no Conselho de Seguran a das Na es Unidas. Sabendo-se que apenas EUA, China, R ssia, Fran a e Inglaterra s o membros permanentes do Conselho de Seguran a, e analisando o mapa acima pode-se concluir que a) atualmente apenas tr s civiliza es possuem membros permanentes no Conselho de Seguran a. b) o poder no Conselho de Seguran a est concentrado em torno de apenas dois ter os das civiliza es citadas pelo autor. c) o poder no Conselho de Seguran a est desequilibrado, porque seus membros pertencem apenas civiliza o Ocidental. d) existe uma concentra o de poder, j que apenas um continente est representado no Conselho de Seguran a. e) o poder est dilu do entre as civiliza es, de forma que apenas a frica n o possui representante no Conselho de Seguran a. Resolu o EUA, Fran a e Inglaterra fazem parte da civiliza o ocidental. A China pertence civiliza o s nica e a R ssia ortodoxa. Portanto, o Conselho de Seguran a da ONU tem a representa o de tr s civiliza es. 54 c No dia 7 de outubro de 2001, Estados Unidos e Gr Bretanha declararam guerra ao regime Talib , no Afeganist o. Leia trechos das declara es do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e de Osama Bin Laden, l der mu ulmano, nessa ocasi o: OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 George Bush: Um comandante-chefe envia os filhos e filhas dos Estados Unidos batalha em territ rio estrangeiro somente depois de tomar o maior cuidado e depois de rezar muito. Pedimos-lhes que estejam preparados para o sacrif cio das pr prias vidas. A partir de 11 de setembro, uma gera o inteira de jovens americanos teve uma nova percep o do valor da liberdade, do seu pre o, do seu dever e do seu sacrif cio. Que Deus continue a aben oar os Estados Unidos. Osama Bin Laden: Deus aben oou um grupo de vanguarda de mu ulmanos, a linha de frente do Isl , para destruir os Estados Unidos. Um milh o de crian as foram mortas no Iraque, e para eles isso n o uma quest o clara. Mas quando pouco mais de dez foram mortos em Nair bi e Dar-es-Salaam, o Afeganist o e o Iraque foram bombardeados e a hipocrisia ficou atr s da cabe a dos infi is internacionais. Digo a eles que esses acontecimentos dividiram o mundo em dois campos, o campo dos fi is e o campo dos infi is. Que Deus nos proteja deles. (Adaptados de O Estado de S. Paulo. 8/10/2001) Pode-se afirmar que a) a justificativa das a es militares encontra sentido apenas nos argumentos de George W. Bush. b) a justificativa das a es militares encontra sentido apenas nos argumentos de Osama Bin Laden. c) ambos ap iam-se num discurso de fundo religioso para justificar o sacrif cio e reivindicar a justi a. d) ambos tentam associar a no o de justi a a valores de ordem pol tica, dissociando-a de princ pios religiosos. e) ambos tentam separar a no o de justi a das justificativas de ordem religiosa, fundamentando-a numa estrat gia militar. Resolu o Tanto George Bush como Osama Bin Laden fazem alus o a religi es em seus discursos para reivindicar justi a. 55 e O texto abaixo um trecho do discurso do primeiroministro brit nico, Tony Blair, pronunciado quando da declara o de guerra ao regime Talib : Essa atrocidade [o atentado de 11 de setembro, em Nova York] foi um ataque contra todos n s, contra pessoas de todas e nenhuma religi o. Sabemos que a AlQaeda amea a a Europa, incluindo a Gr -Bretanha, e qualquer na o que n o compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque vida e aos meios de vida. As empresas a reas, o turismo e outras ind strias foram afetadas e a confian a econ mica sofreu, afetando empregos e neg cios brit nicos. Nossa prosperidade e OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 padr o de vida requerem uma resposta aos ataques terroristas. (O Estado de S. Paulo, 8/10/2001) Nesta declara o, destacaram-se principalmente os interesses de ordem a) moral. b) militar. c) jur dica. d) religiosa. e) econ mica. Resolu o No discurso de Tony Blair, est o claros os interesses de ordem econ mica, como empresas a reas, turismo, ind strias, neg cios etc. 56 d Os dados abaixo referem-se origem do petr leo consumido no Brasil em dois diferentes anos. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 Analisando os dados, pode-se perceber que o Brasil adotou determinadas estrat gias energ ticas, dentre as quais podemos citar: a) a diminui o das importa es dos pa ses mu ulmanos e redu o do consumo interno. b) a redu o da produ o nacional e diminui o do consumo do petr leo produzido no Oriente M dio. c) a redu o da produ o nacional e o aumento das compras de petr leo dos pa ses rabes e africanos. d) o aumento da produ o nacional e redu o do consumo de petr leo vindo dos pa ses do Oriente M dio. e) o aumento da depend ncia externa de petr leo vindo de pa ses mais pr ximos do Brasil e redu o do consumo interno. Resolu o Ao mesmo tempo em que o Brasil aumentava sua produ o interna pela incorpora o de novas reas produtoras na plataforma continental, procurava fugir da importa o de petr leo do Oriente M dio, uma regi o de reconhecida instabilidade pol tica, que pode ver interrompido, a qualquer momento, seu fornecimento. 57 b O quadro abaixo mostra a taxa de crescimento natural da popula o brasileira no s culo XX. Per odo 1920-1940 1940-1950 1950-1960 1960-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 Taxa anual m dia de crescimento natural (%) 1,90 2,40 2,99 2,89 2,48 1,93 1,64 Fonte: IBGE, Anu rios Estat sticos do Brasil. Analisando os dados podemos caracterizar o per odo entre a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar. b) 1950 e 1970, como de n tida explos o demogr fica. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade. d) 1970 e 1990, como de decr scimo da densidade demogr fica. e) 1980 e 2000, como de estabiliza o do crescimento demogr fico. Resolu o O per odo de 1950 a 1970 apresentou as maiores taxas de crescimento populacional, o que o caracterizou como um per odo de explos o demogr fica. 58 a Ainda com base na tabela da quest o anterior, correto afirmar que a populac o brasileira a) apresentou crescimento percentual menor nas ltimas d cadas. b) apresentou crescimento percentual maior nas ltimas d cadas. c) decresceu em valores absolutos nas cinco ltimas d cadas. d) apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980. e) permaneceu praticamente inalterada desde 1950. Resolu o A partir de 1970, notamos n tida diminui o do crescimento percentual da popula o brasileira, apesar do aumento absoluto da popula o brasileira. 59 e Um dos aspectos utilizados para avaliar a posi o ocupada pela mulher na sociedade a sua participa o no mercado de trabalho. O gr fico mostra a evolu o da presen a de homens e mulheres no mercado de trabalho entre os anos de 1940 e 2000. Da leitura do gr fico, pode-se afirmar que a participa o percentual do trabalho feminino no Brasil a) teve valor m ximo em 1950, o que n o ocorreu com a participa o masculina. b) apresentou, tanto quanto a masculina, menor crescimento nas tr s ltimas d cadas. c) apresentou o mesmo crescimento que a participaOBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 o masculina no per odo de 1960 a 1980. d) teve valor m nimo em 1940, enquanto que a participa o masculina teve o menor valor em 1950. e) apresentou-se crescente desde 1950 e, se mantida a tend ncia, alcan ar , a curto prazo, a participa o masculina. Resolu o O aumento da participa o feminina no mercado de trabalho um fato produzido ao mesmo tempo pela emancipa o da mulher, relacionada ao seu maior preparo intelectual e profissional e tamb m queda geral na renda familiar, que a empurra para o trabalho para complementar a renda. 60 a Leia o texto I de Josu de Castro, publicado em 1947. O Brasil, como pa s subdesenvolvido, em fase de acelerado processo de industrializa o n o conseguiu ainda se libertar da fome. Os baixos ndices de produtividade agr cola se constitu ram como fatores de base no condicionamento de um abastecimento alimentar insuficiente e inadequado s necessidades alimentares do nosso povo. (Adaptado de Josu de Castro. Geografia da Fome) Leia o texto II sobre a fome no Brasil, publicado em 2001. Uma das evid ncias contidas no mapa da fome consiste na constata o de que o problema alimentar no Brasil n o reside na disponibilidade e produ o interna de gr os e dos produtos tradicionalmente consumidos no Pa s, mas antes no descompasso entre o poder aquisitivo de ampla parcela da popula o e o custo de aquisi o de uma quantidade de alimentos compat vel com as necessidades do trabalhador e de sua fam l a. (http://www.mct.gov.br) Comparando os textos I e II podemos concluir que a persist ncia da fome no Brasil resulta principalmente a) da renda insuficiente dos trabalhadores. b) de uma rede de transporte insuficiente. c) da car ncia de terras produtivas. d) do processo de industrializa o. e) da pequena produ o de gr os. Resolu o O texto de Josu de Castro, produzido nos anos 40, n o poderia prever o crescimento na produ o de cereais, e na atual elevada produtividade. Assim, o problema da fome est associado ao baixo poder aquisitivo de ampla parcela da popula o. 61 b OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 (Folha de SP, 29/06/03) O gr fico e a frase acima, tirados de um jornal, est o ambos relacionados evolu o m dia da viol ncia no Estado de S o Paulo. A associa o entre estas duas linguagens a gr fica e a escrita permite concluir que, percentualmente, a) a capital tornou-se mais rica. b) as cidades do interior enriqueceram e atra ram roubos. c) a regi o metropolitana enriqueceu e o crime se estabilizou. d) diminui, em geral, a criminalidade no Estado. e) diminui especialmente a incid ncia de roubos no Estado. Resolu o O interior de S o Paulo vem apresentando um cont nuo crescimento econ mico, associado ao desenvolvimento agr cola e ao aumento de grandes cidades, com uma industrializa o relacionada agricultura. O enriquecimento do interior um fator de atra o criminalidade. 62 c OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda a) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador. b) considerar seu dedo indicador t o importante quanto o dos patr es. c) atribuir, no primeiro e no ltimo quadrinhos, um mesmo sentido ao voc bulo indicador . d) usar corretamente a express o indicador de desemprego , mesmo sendo crian a. e) atribuir, no ltimo quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patr es. Resolu o O humor da tirinha se deve sobretudo confus o da personagem com dois diferentes sentidos de indicador: (1) um dos dedos da m o e (2) ndice estat stico. Se Mafalda n o empregasse a palavra, no ltimo quadrinho, no mesmo sentido em que a empregara no primeiro (sentido 1), a tirinha n o teria o efeito humor stico que tem. No ltimo quadrinho, seria adequado o sentido 2, n o o sentido 1. 63 b (Tarsila do Amara, Oper rios) Desiguais na fisionomia, na cor e na ra a, o que lhes assegura identidade peculiar, s o iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chamin s das OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3 ind strias se al am verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pir mide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. (N dia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista) O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que tamb m se encontra nos versos transcritos em: a) Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas. (Vin cius de Moraes) b) Somos muitos severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima. (Jo o Cabral de Melo Neto) c) O funcion rio p blico n o cabe no poema com seu sal rio de fome sua vida fechada em arquivos. (Ferreira Gullar) d) N o sou nada. Nunca serei nada. N o posso querer ser nada. parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. (Fernando Pessoa) c) Os inocentes do Leblon N o viram o navio entrar (...) Os inocentes, definitivamente inocentes tudo ignoravam, mas a areia quente, e h um leo suave que eles passam pelas costas, e aquecem. (Carlos Drummond de Andrade) Resolu o A id ia de que a considera o das pessoas enquanto mera for a de trabalho desumanizadora, pois ignora caracter sticas e valores individuais, encontra-se tanto no quadro de Tarsila, segundo a cr tica N dia Gotlib, quanto nos versos de Jo o Cabral de Melo Neto, que correspondem fala de um flagelado migrante nordestino que foge da seca e da mis ria. OBJETIVO E N E M - A g o s t o /2 0 0 3

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