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Enem Exame de 2004 - PROVAS - Versão Amarela

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MINIST RIO DA EDUCA O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira EXAME NACIONAL DO ENSINO M DIO 2004 PROVA 1 - AMARELA L EIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRU ES 01. Voc deve receber do fiscal o material abaixo: a) este CADERNO, com a proposta de reda o e 63 quest es objetivas, sem repeti es ou falhas; b) 1 CART O-RESPOSTA destinado marca o das respostas da parte objetiva da prova; c) 1 FOLHA DE REDA O para desenvolvimento da reda o. 02. Verifique se este material est em ordem, se o seu nome e n mero de inscri o conferem com os que aparecem: a) no CART O-RESPOSTA; b) na FOLHA DE REDA O; e se a cor de seu CADERNO DE QUEST ES coincide com a mencionada no alto da capa e nos rodap s de cada p gina. Caso contr rio, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03. Ap s a confer ncia, o participante dever assinar nos espa os pr prios a) do CART O-RESPOSTA; e b) da FOLHA DE REDA O; utilizando, preferivelmente, caneta esferogr fica de tinta preta. 04. No CART O-RESPOSTA, a marca o das letras, correspondentes s respostas de sua op o, deve ser feita preenchendo todo o espa o compreendido no c rculo, a l pis preto n 2 ou caneta esferogr fica de tinta preta, com um tra o cont nuo e denso. A LEITORA TICA sens vel a marcas escuras. Portanto, preencha os campos de marca o completamente, sem deixar claros. 05. No CART O-RESPOSTA, o participante dever assinalar tamb m, no espa o pr prio, o gabarito correspondente cor de sua prova (1 Amarela; 2 Branca; 3 Rosa ou 4 Verde). Se assinalar um gabarito que n o corresponda cor de sua prova ou deixar de assinal -lo, sua prova objetiva ser anulada. 06. Tenha muito cuidado com o CART O-RESPOSTA e com a FOLHA DE REDA O para n o DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CART O-RESPOSTA e a FOLHA DE REDA O SOMENTE poder o ser substitu dos caso estejam danificados na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA TICA. 07. Para cada uma das quest es s o apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); s uma responde adequadamente ao quesito proposto. Voc deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA CADA QUEST O. A marca o em mais de uma alternativa anula a quest o, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08. As quest es s o identificadas pelo n mero que se situa acima e esquerda de seu enunciado. 09. SER EXCLU DO DO EXAME o participante que: a) se utilizar, durante a realiza o da prova, de m quinas e/ou de rel gios de calcular, bem como de r dios gravadores, de headphones , de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer esp cie; b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUEST ES e/ou o CART O-RESPOSTA e/ou a FOLHA DE REDA O. c) deixar de assinalar corretamente o gabarito correspondente cor de sua prova. 10. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CART O-RESPOSTA. Os rascunhos e as marca es assinaladas no CADERNO DE QUEST ES N O SER O LEVADOS EM CONTA. 11. Quando terminar, entregue ao fiscal este CADERNO DE QUEST ES, o CART O-RESPOSTA, a FOLHA DE REDA O e ASSINE A LISTA DE PRESEN A. 12. O TEMPO DISPON VEL PARA ESTA PROVA, INCLUINDO A REDA O, DE CINCO HORAS. Recomendamos que voc n o ultrapasse o per odo de uma hora e meia para elaborar sua reda o. 13. Por motivos de seguran a, voc somente poder se ausentar do recinto de prova ap s decorridas 2 horas do in cio da mesma. Caso permane a na sala, no m nimo, 4 horas ap s o in cio da prova, voc poder levar este CADERNO DE QUEST ES. PROVA 1 - AMARELA ENEM 2004 REDA O Leia com aten o os seguintes textos: Caco Galhardo. 2001. Os programas sensacionalistas do r dio e os programas policiais de final da tarde em televis o saciam curiosidades perversas e at m rbidas tirando sua mat ria-prima do drama de cidad os humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, s o entrevistados por intimida o. As c meras invadem barracos e corti os, e gravam sem pedir licen a a estupefa o de fam lias de baix ssima renda que n o sabem direito o que se passa: um parente suspeito de estupro, ou o vizinho acaba de ser preso por tr fico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A pol cia chega atirando; a m dia chega filmando. Eug nio Bucci. Sobre tica e imprensa. S o Paulo: Companhia das Letras, 2000. Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a quest o da responsabilidade n o s das empresas de comunica o como tamb m dos jornalistas. Alguns pa ses, como a Su cia e a Gr -Bretanha, v m h anos tentando resolver o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a auto-regula o da m dia. http://www.eticanatv.org.br Acesso em 30/05/2004. No Brasil, entre outras organiza es, existe o Observat rio da Imprensa entidade civil, n o-governamental e n opartid ria , que pretende acompanhar o desempenho da m dia brasileira. Em sua p gina eletr nica , l -se: Os meios de comunica o de massa s o majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas decis es atendem legitimamente aos des gnios de seus acionistas ou representantes. Mas o produto jornal stico , inquestionavelmente, um servi o p blico, com garantias e privil gios espec ficos previstos na Constitui o Federal, o que pressup e contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais. http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado) Acesso em 30/05/04. Incisos do Artigo 5 da Constitui o Federal de 1988: IX livre a express o da atividade intelectual, art stica, cient fica e de comunica o, independentemente de censura ou licen a; X s o inviol veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o. Com base nas id ias presentes nos textos acima, redija uma disserta o em prosa sobre o seguinte tema: Como garantir a liberdade de informa o e evitar abusos nos meios de comunica o? Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflex es feitas ao longo de sua forma o. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opini es para defender seu ponto de vista e suas propostas. Observa es: Seu texto deve ser escrito na modalidade culta da l ngua portuguesa. O texto n o deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narra o. O texto dever ter no m nimo 15 (quinze) linhas escritas. A reda o dever ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha pr pria. O rascunho poder ser feito na ltima folha deste Caderno. 2 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 PARTE OBJETIVA ANTES DE MARCAR SUAS RESPOSTAS, ASSINALE, NO ESPA O PR PRIO DO CART O-RESPOSTA, A COR DE SEU CADERNO DE QUEST ES. CASO CONTR RIO, AS QUEST ES DA PARTE OBJETIVA DA SUA PROVA SER O ANULADAS. 1. As Olimp adas s o uma oportunidade para o congra amento de um grande n mero de pa ses, sem discrimina o pol tica ou racial, ainda que seus resultados possam refletir caracter sticas culturais, socioecon micas e tnicas. Em 2000, nos Jogos Ol mpicos de Sydney, o total de 300 medalhas de ouro conquistadas apresentou a seguinte distribui o entre os 196 pa ses participantes como mostra o gr fico. Esses resultados mostram que, na distribui o das medalhas de ouro em 2000, (A) (B) (C) (D) (E) cada pa s participante conquistou pelo menos uma. cerca de um ter o foi conquistado por apenas tr s pa ses. os cinco pa ses mais populosos obtiveram os melhores resultados. os cinco pa ses mais desenvolvidos obtiveram os melhores resultados. cerca de um quarto foi conquistado pelos Estados Unidos. 2. O n mero de atletas nas Olimp adas vem aumentando nos ltimos anos, como mostra o gr fico. Mais de 10.000 atletas participaram dos Jogos Ol mpicos de Sydney, em 2000. Nas ltimas cinco Olimp adas, esse aumento ocorreu devido ao crescimento da participa o de (A) (B) (C) (D) (E) homens e mulheres, na mesma propor o. homens, pois a de mulheres vem diminuindo a cada Olimp ada. homens, pois a de mulheres praticamente n o se alterou. mulheres, pois a de homens vem diminuindo a cada Olimp ada. mulheres, pois a de homens praticamente n o se alterou. 3. Os Jogos Ol mpicos tiveram in cio na Gr cia, em 776 a.C., para celebrar uma declara o de paz. Na sociedade contempor nea, embora mantenham como ideal o congra amento entre os povos, os Jogos Ol mpicos t m sido palco de manifesta es de conflitos pol ticos. Dentre os acontecimentos apresentados abaixo, o nico que evoca um conflito armado e sugere sua supera o, reafirmando o ideal ol mpico, ocorreu (A) em 1980, em Moscou, quando os norte-americanos deixaram de comparecer aos Jogos Ol mpicos. (B) em 1964, em T quio, quando um atleta nascido em Hiroshima foi escolhido para carregar a tocha ol mpica. (C) em 1956, em Melbourne, quando a China abandonou os Jogos porque a representa o de Formosa tamb m havia sido convidada para participar. (D) em 1948, em Londres, quando os alem es e os japoneses n o foram convidados a participar. (E) em 1936, em Berlim, quando Hitler abandonou o est dio ao serem anunciadas as vit rias do universit rio negro, Jesse Owens, que recebeu quatro medalhas. AMARELA PROVA 1 3 ENEM 2004 4. Nos X-Games Brasil, em maio de 2004, o skatista brasileiro Sandro Dias, apelidado Mineirinho , conseguiu realizar a manobra denominada 900 , na modalidade skate vertical, tornando-se o segundo atleta no mundo a conseguir esse feito. A denomina o 900 refere-se ao n mero de graus que o atleta gira no ar em torno de seu pr prio corpo, que, no caso, corresponde a (A) (B) (C) (D) (E) uma volta completa. uma volta e meia. duas voltas completas. duas voltas e meia. cinco voltas completas. 5. Em 2003, deu-se in cio s discuss es do Plano Amaz nia Sustent vel, que rebatiza o Arco do Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rond nia ao Maranh o, como Arco do Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da popula o que vive na regi o. A Amaz nia Ocidental, em contraste, considerada nesse plano como uma rea ainda amplamente preservada, na qual se pretende encontrar alternativas para tirar mais renda da floresta em p do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as tr s macrorregi es e tr s estrat gias que constam do Plano. Estrat gias: I. Pavimenta o de rodovias para levar a soja at o rio Amazonas, por onde ser escoada. II. Apoio produ o de f rmacos, extratos e couros vegetais. III. Orienta o para a expans o do plantio de soja, atraindo os produtores para reas j desmatadas e atualmente abandonadas. Considerando as caracter sticas geogr ficas da Amaz nia, aplicam-se s macrorregi es Amaz nia Ocidental, Amaz nia Central e Arco do Povoamento Adensado, respectivamente, as estrat gias (A) I, II e III. (B) I, III e II. (C) III, I e II. (D) II, I e III. (E) III, II e I. 6. A produ o agr cola brasileira evoluiu, na ltima d cada, de forma diferenciada. No caso da cultura de gr os, por exemplo, verifica-se nos ltimos anos um crescimento significativo da produ o da soja e do milho, como mostra o gr fico. Pelos dados do gr fico poss vel verificar que, no per odo considerado, (A) (B) (C) (D) (E) a produ o de alimentos b sicos dos brasileiros cresceu muito pouco. a produ o de feij o foi a maior entre as diversas culturas de gr os. a cultura do milho teve taxa de crescimento superior da soja. as culturas voltadas para o mercado mundial decresceram. as culturas voltadas para a produ o de ra o animal n o se alteraram. 7. A grande produ o brasileira de soja, com expressiva participa o na economia do pa s, vem avan ando nas regi es do Cerrado brasileiro. Esse tipo de produ o demanda grandes extens es de terra, o que gera preocupa o, sobretudo (A) (B) (C) (D) (E) econ mica, porque desestimula a mecaniza o. social, pois provoca o fluxo migrat rio para o campo. clim tica, porque diminui a insola o na regi o. pol tica, pois deixa de atender ao mercado externo. ambiental, porque reduz a biodiversidade regional. 4 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 8. VENDEDORES JOVENS F brica de LONAS Vendas no Atacado 10 vagas para estudantes, 18 a 20 anos, sem experi ncia. Sal rio: R$ 300,00 fixo + comiss o de R$ 0,50 por m2 vendido. Contato: 0xx97-43421167 ou atacadista@lonaboa.com.br Na sele o para as vagas deste an ncio, feita por telefone ou correio eletr nico, propunha-se aos candidatos uma quest o a ser resolvida na hora. Deveriam calcular seu sal rio no primeiro m s, se vendessem 500 m de tecido com largura de 1,40 m, e no segundo m s, se vendessem o dobro. Foram bem sucedidos os jovens que responderam, respectivamente, (A) (B) (C) (D) (E) R$ 300,00 e R$ 500,00. R$ 550,00 e R$ 850,00. R$ 650,00 e R$ 1000,00. R$ 650,00 e R$ 1300,00. R$ 950,00 e R$ 1900,00. 9. Em uma f brica de equipamentos eletr nicos, cada componente, ao final da linha de montagem, submetido a um rigoroso controle de qualidade, que mede o desvio percentual (D) de seu desempenho em rela o a um padr o ideal. O fluxograma a seguir descreve, passo a passo, os procedimentos executados por um computador para imprimir um selo em cada componente testado, classificando-o de acordo com o resultado do teste: Os s mbolos usados no fluxograma t m os seguintes significados: Entrada e sa da de dados Decis o (testa uma condi o, executando opera es diferentes caso essa condi o seja verdadeira ou falsa) Opera o Segundo essa rotina, se D =1,2%, o componente receber um selo com a classifica o (A) (B) (C) (D) (E) Rejeitado , impresso na cor vermelha. 3 Classe , impresso na cor amarela. 3 Classe , impresso na cor azul. 2 Classe , impresso na cor azul. 1 Classe , impresso na cor azul. 10. Em quase todo o Brasil existem restaurantes em que o cliente, ap s se servir, pesa o prato de comida e paga o valor correspondente, registrado na nota pela balan a. Em um restaurante desse tipo, o pre o do quilo era R$ 12,80. Certa vez a funcion ria digitou por engano na balan a eletr nica o valor R$ 18,20 e s percebeu o erro algum tempo depois, quando v rios clientes j estavam almo ando. Ela fez alguns c lculos e verificou que o erro seria corrigido se o valor incorreto indicado na nota dos clientes fosse multiplicado por (A) 0,54. AMARELA PROVA 1 (B) 0,65. (C) 0,70. (D) 1,28. 5 (E) 1,42. ENEM 2004 11. As margarinas e os chamados cremes vegetais s o produtos diferentes, comercializados em embalagens quase id nticas. O consumidor, para diferenciar um produto do outro, deve ler com aten o os dizeres do r tulo, geralmente em letras muito pequenas. As figuras que seguem representam r tulos desses dois produtos. Uma fun o dos lip dios no preparo das massas aliment cias torn -las mais macias. Uma pessoa que, por desaten o, use 200 g de creme vegetal para preparar uma massa cuja receita pede 200 g de margarina, n o obter a consist ncia desejada, pois estar utilizando uma quantidade de lip dios que , em rela o recomendada, aproximadamente (A) (B) (C) (D) (E) o triplo. o dobro. a metade. um ter o. um quarto. 12. VILA DAS FLORES Um leitor encontra o seguinte an ncio entre os classificados de um jornal: Interessado no terreno, o leitor vai ao endere o indicado e, l chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde estavam destacados os terrenos ainda n o vendidos, numerados de I a V: Vende-se terreno plano medindo 200 m 2. Frente voltada para o sol no per odo da manh . F cil acesso. (443)0677-0032 Considerando as informa es do jornal, poss vel afirmar que o terreno anunciado o (A) I. (B) II. (C) III. (D) IV. (E) V. 13. No Nordeste brasileiro, comum encontrarmos pe as de artesanato constitu das por garrafas preenchidas com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um artes o deseja fazer pe as com areia de cores cinza, azul, verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a figura. O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a casa, nas cores azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas cores cinza ou verde. Se o fundo n o pode ter a mesma cor nem da casa nem da palmeira, por uma quest o de contraste, ent o o n mero de varia es que podem ser obtidas para a paisagem (A) 6. (B) 7. (C) 8. (D) 9. 6 (E) 10. AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 14. Para medir o perfil de um terreno, um mestre-deobras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e igualmente graduadas em cent metros, s quais foi acoplada uma mangueira pl stica transparente, parcialmente preenchida por gua (figura ao lado). Ele fez 3 medi es que permitiram levantar o perfil da linha que cont m, em seq ncia, os pontos P1, P2, P3 e P4. Em cada medi o, colocou as varas em dois diferentes pontos e anotou suas leituras na tabela a seguir. A figura representa a primeira medi o entre P1 e P2. MEDI O PONTO 1 2 3 P1 P2 P3 VARA I LEITURA LI (cm) 239 189 229 PONTO P2 P3 P4 VARA II LEITURA LII (cm) 164 214 174 DIFEREN A (L I - L II) (cm) 75 -25 55 Ao preencher completamente a tabela, o mestre-de-obras determinou o seguinte perfil para o terreno: (A) (B) (C) (D) (E) 15. Uma empresa produz tampas circulares de alum nio para tanques cil ndricos a partir de chapas quadradas de 2 metros de lado, conforme a figura. Para 1 tampa grande, a empresa produz 4 tampas m dias e 16 tampas pequenas. As sobras de material da produ o di ria das tampas grandes, m dias e pequenas dessa empresa s o doadas, respectivamente, a tr s entidades: I, II e III, para efetuarem reciclagem do material. A partir dessas informa es, pode-se concluir que (A) (B) (C) (D) (E) a entidade I recebe mais material do que a entidade II. a entidade I recebe metade de material do que a entidade III. a entidade II recebe o dobro de material do que a entidade III. as entidade I e II recebem, juntas, menos material do que a entidade III. as tr s entidades recebem iguais quantidades de material. 16. Um fabricante de cosm ticos decide produzir tr s diferentes cat logos de seus produtos, visando a p blicos distintos. Como alguns produtos estar o presentes em mais de um cat logo e ocupam uma p gina inteira, ele resolve fazer uma contagem para diminuir os gastos com originais de impress o. Os cat logos C1, C2 e C3 ter o, respectivamente, 50, 45 e 40 p ginas. Comparando os projetos de cada cat logo, ele verifica que C1 e C2 ter o 10 p ginas em comum; C1 e C3 ter o 6 p ginas em comum; C2 e C3 ter o 5 p ginas em comum, das quais 4 tamb m estar o em C1. Efetuando os c lculos correspondentes, o fabricante concluiu que, para a montagem dos tr s cat logos, necessitar de um total de originais de impress o igual a: (A) 135. AMARELA PROVA 1 (B) 126. (C) 118. (D) 114. 7 (E) 110. ENEM 2004 17. Antes de uma elei o para prefeito, certo instituto realizou uma pesquisa em que foi consultado um n mero significativo de eleitores, dos quais 36% responderam que iriam votar no candidato X; 33%, no candidato Y e 31%, no candidato Z. A margem de erro estimada para cada um desses valores de 3% para mais ou para menos. Os t cnicos do instituto conclu ram que, se confirmado o resultado da pesquisa, (A) (B) (C) (D) (E) apenas o candidato X poderia vencer e, nesse caso, teria 39% do total de votos. apenas os candidatos X e Y teriam chances de vencer. o candidato Y poderia vencer com uma diferen a de at 5% sobre X. o candidato Z poderia vencer com uma diferen a de, no m ximo, 1% sobre X. o candidato Z poderia vencer com uma diferen a de at 5% sobre o candidato Y. 18. O poema abaixo pertence poesia concreta brasileira. O termo latino de seu t tulo significa epital mio , poema ou canto em homenagem aos que se casam. EPITHALAMIUM II he = ele &=e She = ela S = serpens h = homo e = eva (Pedro Xisto) Considerando que s mbolos e sinais s o utilizados geralmente para demonstra es objetivas, ao serem incorporados no poema Epithalamium - II , (A) (B) (C) (D) (E) adquirem novo potencial de significa o. eliminam a subjetividade do poema. op em-se ao tema principal do poema. invertem seu sentido original. tornam-se confusos e equivocados. 19. A conversa entre Mafalda e seus amigos (A) (B) (C) (D) (E) revela a real dificuldade de entendimento entre posi es que pareciam convergir. desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. expressa o predom nio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posi es divergentes. ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate pol tico de id ias. mostra a preponder ncia do ponto de vista masculino nas discuss es pol ticas para superar diverg ncias. 8 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 Instru es: As quest es de n meros 20 e 21 referem-se ao poema abaixo. Brasil O Z Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem Sois crist o? N o. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teter tet Quiz Quiz Quec ! L longe a on a resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo sa do da fornalha Tomou a palavra e respondeu Sim pela gra a de Deus Canhem Bab Canhem Bab Cum Cum! E fizeram o Carnaval (Oswald de Andrade) 20. Este texto apresenta uma vers o humor stica da forma o do Brasil, mostrando-a como uma jun o de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, correto afirmar que a vis o apresentada pelo texto (A) amb gua, pois tanto aponta o car ter desconjuntado da forma o nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem. (B) inovadora, pois mostra que as tr s ra as formadoras portugueses, negros e ndios pouco contribu ram para a forma o da identidade brasileira. (C) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da forma o crist do Brasil como causa da predomin ncia de elementos primitivos e pag os. (D) preconceituosa, pois critica tanto ndios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas. (E) negativa, pois retrata a forma o do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade. 21. A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifesta o do (A) (B) (C) (D) (E) poeta e do colonizador apenas. colonizador e do negro apenas. negro e do ndio apenas. colonizador, do poeta e do negro apenas. poeta, do colonizador, do ndio e do negro. 22. O jivaro Um Sr. Matter, que fez uma viagem de explora o Am rica do Sul, conta a um jornal sua conversa com um ndio jivaro, desses que sabem reduzir a cabe a de um morto at ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas opera es, e o ndio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo. O Sr. Matter: N o, n o! Um homem, n o. Fa a isso com a cabe a de um macaco. E o ndio: Por que um macaco? Ele n o me fez nenhum mal! (Rubem Braga) O assunto de uma cr nica pode ser uma experi ncia pessoal do cronista, uma informa o obtida por ele ou um caso imagin rio. O modo de apresentar o assunto tamb m varia: pode ser uma descri o objetiva, uma exposi o argumentativa ou uma narrativa sugestiva. Quanto finalidade pretendida, pode-se promover uma reflex o, definir um sentimento ou t o-somente provocar o riso. Na cr nica O jivaro, escrita a partir da reportagem de um jornal, Rubem Braga se vale dos seguintes elementos: (A) (B) (C) (D) (E) Assunto caso imagin rio informa o colhida informa o colhida experi ncia pessoal experi ncia pessoal AMARELA PROVA 1 Modo de apresentar descri o objetiva narrativa sugestiva descri o objetiva narrativa sugestiva exposi o argumentativa 9 Finalidade provocar o riso promover reflex o definir um sentimento provocar o riso promover reflex o ENEM 2004 23. C ndido Portinari (1903-1962), em seu livro Retalhos de Minha Vida de Inf ncia, descreve os p s dos trabalhadores. P s disformes. P s que podem contar uma hist ria. Confundiam-se com as pedras e os espinhos. P s semelhantes aos mapas: com montes e vales, vincos como rios. (...) P s sofridos com muitos e muitos quil metros de marcha. P s que s os santos t m. Sobre a terra, dif cil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo franzino e doente. (C ndido Portinari, Retrospectiva, Cat logo MASP) As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversidade da natureza e do homem americano e a cr tica social foram temas que inspiraram muitos artistas ao longo de nossa Hist ria. Dentre estas imagens, a que melhor caracteriza a cr tica social contida no texto de Portinari (A) (B) (D) (C) (E) 24. O movimento hip-hop t o urbano quanto as grandes constru es de concreto e as esta es de metr , e cada dia se torna mais presente nas grandes metr poles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova Iorque. formado por tr s elementos: a m sica (o rap), as artes pl sticas (o grafite) e a dan a (o break). No hip-hop os jovens usam as express es art sticas como uma forma de resist ncia pol tica. Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso pol tico a favor dos exclu dos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento origin rio das periferias norte-americanas, n o encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade o que, no entanto, n o significa que o hip-hop brasileiro n o tenha sofrido influ ncias locais. O movimento no Brasil h brido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas. (Adaptado de Ci ncia e Cultura, 2004) De acordo com o texto, o hip-hop uma manifesta o art stica tipicamente urbana, que tem como principais caracter sticas (A) (B) (C) (D) (E) a nfase nas artes visuais e a defesa do car ter nacionalista. a aliena o pol tica e a preocupa o com o conflito de gera es. a afirma o dos socialmente exclu dos e a combina o de linguagens. a integra o de diferentes classes sociais e a exalta o do progresso. a valoriza o da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos. 25. Nesta tirinha, a personagem faz refer ncia a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para (A) (B) (C) (D) (E) condenar a pr tica de exerc cios f sicos. valorizar aspectos da vida moderna. desestimular o uso das bicicletas. caracterizar o di logo entre gera es. criticar a falta de perspectiva do pai. 10 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 Instru es: As quest es de n meros 26 e 27 referem-se ao poema abaixo. Cidade grande Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta ind stria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe t o not ria, prima-rica do Rio de Janeiro, que j tem cinco favelas por enquanto, e mais promete. (Carlos Drummond de Andrade) 26. Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a (A) (B) (C) (D) (E) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se pr pria linguagem. intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. ironia, que consiste em se dizer o contr rio do que se pensa, com inten o cr tica. denota o, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido pr prio e objetivo. prosopop ia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida. 27. No trecho Montes Claros cresceu tanto,/ (...),/ que j tem cinco favelas , a palavra que contribui para estabelecer uma rela o de conseq ncia. Dos seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse mesmo tipo de rela o: (A) (B) Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu n o era Deus / se sabias que eu era fraco. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu / chamava para o caf . (C) Teus ombros suportam o mundo / e ele n o pesa mais que a m o de uma crian a. (D) A aus ncia um estar em mim. / E sinto-a, branca, t o pegada, aconchegada nos meus bra os, / que rio e dan o e invento exclama es alegres. (E) Penetra surdamente no reino das palavras. / L est o os poemas que esperam ser escritos. 28. Ao longo do s culo XX, as caracter sticas da popula o brasileira mudaram muito. Os gr ficos mostram as altera es na distribui o da popula o da cidade e do campo e na taxa de fecundidade (n mero de filhos por mulher) no per odo entre 1940 e 2000. (IBGE) Comparando-se os dados dos gr ficos, pode-se concluir que (A) (B) (C) (D) (E) o aumento relativo da popula o rural acompanhado pela redu o da taxa de fecundidade. quando predominava a popula o rural, as mulheres tinham em m dia tr s vezes menos filhos do que hoje. a diminui o relativa da popula o rural coincide com o aumento do n mero de filhos por mulher. quanto mais aumenta o n mero de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade. com a intensifica o do processo de urbaniza o, o n mero de filhos por mulher tende a ser menor. AMARELA PROVA 1 11 ENEM 2004 29. Algumas doen as que, durante v rias d cadas do s culo XX, foram respons veis pelas maiores percentagens das mortes no Brasil, n o s o mais significativas neste in cio do s culo XXI. No entanto, aumentou o percentual de mortalidade devida a outras doen as, conforme se pode observar no diagrama: No per odo considerado no diagrama, deixaram de ser predominantes, como causas de morte, as doen as (A) (B) (C) (D) (E) infecto-parasit rias, eliminadas pelo xodo rural que ocorreu entre 1930 e 1940. infecto-parasit rias, reduzidas por maior saneamento b sico, vacinas e antibi ticos. digestivas, combatidas pelas vacinas, verm fugos, novos tratamentos e cirurgias. digestivas, evitadas gra as melhoria do padr o alimentar do brasileiro. respirat rias, contidas pelo melhor controle da qualidade do ar nas grandes cidades. 30. A distribui o da Popula o Economicamente Ativa (PEA) no Brasil variou muito ao longo do s culo XX. O gr fico representa a distribui o por setores de atividades (em %) da PEA brasileira em diferentes d cadas. As transforma es socioecon micas ocorridas ao longo do s culo XX, no Brasil, mudaram a distribui o dos postos de trabalho do setor (A) (B) (C) (D) (E) agropecu rio para o industrial, em virtude da queda acentuada na produ o agr cola. industrial para o agropecu rio, como conseq ncia do aumento do subemprego nos centros urbanos. comercial e de servi os para o industrial, como conseq ncia do desemprego estrutural. agropecu rio para o industrial e para o de com rcio e servi os, por conta da urbaniza o e do avan o tecnol gico. comercial e de servi os para o agropecu rio, em virtude do crescimento da produ o destinada exporta o. 31. O que t m em comum Noel Rosa, Castro Alves, Franz Kafka, lvares de Azevedo, Jos de Alencar e Fr d ric Chopin? Todos eles morreram de tuberculose, doen a que ao longo dos s culos fez mais de 100 milh es de v timas. Aparentemente controlada durante algumas d cadas, a tuberculose voltou a matar. O principal obst culo para seu controle o aumento do n mero de linhagens de bact rias resistentes aos antibi ticos usados para combat -la. Esse aumento do n mero de linhagens resistentes se deve a (A) (B) (C) (D) (E) modifica es no metabolismo das bact rias, para neutralizar o efeito dos antibi ticos e incorpor -los sua nutri o. muta es selecionadas pelos antibi ticos, que eliminam as bact rias sens veis a eles, mas permitem que as resistentes se multipliquem. muta es causadas pelos antibi ticos, para que as bact rias se adaptem e transmitam essa adapta o a seus descendentes. modifica es fisiol gicas nas bact rias, para torn -las cada vez mais fortes e mais agressivas no desenvolvimento da doen a. modifica es na sensibilidade das bact rias, ocorridas depois de passarem um longo tempo sem contato com antibi ticos. 12 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 32. O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) permite avaliar as condi es de qualidade de vida e de desenvolvimento de um pa s, de uma regi o ou de uma cidade, a partir de seus indicadores de renda, longevidade e educa o. Cada indicador varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (desenvolvimento m ximo). A tabela apresenta os valores de IDH de tr s munic pios brasileiros, X, Y e Z, medidos nos anos de 1991 e 2000. Munic pio X Y Z IDH Renda 1991 2000 0,431 0,402 0,374 0,379 0,501 0,420 IDH Longevidade 1991 2000 0,456 0,551 0,459 0,548 0,611 0,648 IDH Educa o 1991 2000 0,328 0,568 0,422 0,634 0,188 0,448 (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil) Mudan as desses indicadores de IDH podem ser obtidas com a implanta o de pol ticas p blicas tais como: I. Expans o dos empregos com melhoria de renda m dia. II. A es de promo o de sa de e de preven o de doen as. III. Amplia o de escolas de ensino b sico e de educa o de jovens e adultos. Os resultados apresentados em 2000 s o compat veis com a implementa o bem sucedida em todos esses tr s munic pios, ao longo da d cada de noventa, das pol ticas (A) (B) (C) (D) (E) I, II e III. I e II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. II, apenas. 33. Uma pesquisa sobre or amentos familiares, realizada recentemente pelo IBGE, mostra alguns itens de despesa na distribui o de gastos de dois grupos de fam lias com rendas mensais bem diferentes. TIPO DE DESPESA Habita o Alimenta o Transporte Sa de Educa o Outros RENDA AT R$ 400,00 37% 33% 8% 4% 0,3% 17,7% RENDA MAIOR OU IGUAL A R$ 6.000,00 23% 9% 17% 6% 5% 40% Considere duas fam lias com rendas de R$ 400,00 e R$ 6.000,00, respectivamente, cujas despesas variam de acordo com os valores das faixas apresentadas. Nesse caso, os valores, em R$, gastos com alimenta o pela fam lia de maior renda, em rela o aos da fam lia de menor renda, s o, aproximadamente, (A) (B) (C) (D) (E) dez vezes maiores. quatro vezes maiores. equivalentes. tr s vezes menores. nove vezes menores. 34. A necessidade de gua tem tornado cada vez mais importante a reutiliza o planejada desse recurso. Entretanto, os processos de tratamento de guas para seu reaproveitamento nem sempre as tornam pot veis, o que leva a restri es em sua utiliza o. Assim, dentre os poss veis empregos para a denominada gua de reuso , recomenda-se (A) (B) (C) (D) (E) o uso dom stico, para preparo de alimentos. o uso em laborat rios, para a produ o de f rmacos. o abastecimento de reservat rios e mananciais. o uso individual, para banho e higiene pessoal. o uso urbano, para lavagem de ruas e reas p blicas. AMARELA PROVA 1 13 ENEM 2004 35. O Aq fero Guarani se estende por 1,2 milh o de km2 e um dos maiores reservat rios de guas subterr neas do mundo. O aq fero como uma esponja gigante de arenito, uma rocha porosa e absorvente, quase totalmente confinada sob centenas de metros de rochas imperme veis. Ele recarregado nas reas em que o arenito aflora superf cie, absorvendo gua da chuva. Uma pesquisa realizada em 2002 pela Embrapa apontou cinco pontos de contamina o do aq fero por agrot xico, conforme a figura: Considerando as conseq ncias socioambientais e respeitando as necessidades econ micas, pode-se afirmar que, diante do problema apresentado, pol ticas p blicas adequadas deveriam (A) (B) (C) (D) (E) proibir o uso das guas do aq fero para irriga o. impedir a atividade agr cola em toda a regi o do aq fero. impermeabilizar as reas onde o arenito aflora. construir novos reservat rios para a capta o da gua na regi o. controlar a atividade agr cola e agroindustrial nas reas de recarga. 36. Por que o n vel dos mares n o sobe, mesmo recebendo continuamente as guas dos rios? Essa quest o j foi formulada por s bios da Gr cia antiga. Hoje responder amos que (A) a evapora o da gua dos oceanos e o deslocamento do vapor e das nuvens compensam as guas dos rios que des guam no mar. (B) a forma o de geleiras com gua dos oceanos, nos p los, contrabalan a as guas dos rios que des guam no mar. (C) as guas dos rios provocam as mar s, que as transferem para outras regi es mais rasas, durante a vazante. (D) o volume de gua dos rios insignificante para os oceanos e a gua doce diminui de volume ao receber sal marinho. (E) as guas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade, onde s o comprimidas pela enorme press o resultante da coluna de gua. 37. O jornal de uma pequena cidade publicou a seguinte not cia: CORREIO DA CIDADE ABASTECIMENTO COMPROMETIDO O novo p lo agroindustrial em nossa cidade tem atra do um enorme e constante fluxo migrat rio, resultando em um aumento da popula o em torno de 2000 habitantes por ano, conforme dados do nosso censo: Ano Popula o 1995 11.965 1997 15.970 1999 19.985 2001 23.980 2003 Esse crescimento tem amea ado nosso fornecimento de gua, pois os mananciais que abastecem a cidade t m capacidade para fornecer at 6 milh es de litros de gua por dia. A prefeitura, preocupada com essa situa o, vai iniciar uma campanha visando estabelecer um consumo m dio de 150 litros por dia, por habitante. 27.990 A an lise da not cia permite concluir que a medida oportuna. Mantido esse fluxo migrat rio e bem sucedida a campanha, os mananciais ser o suficientes para abastecer a cidade at o final de (A) 2005. (B) 2006. (C) 2007. (D) 2008. 14 (E) 2009. AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 38. O crescimento da demanda por energia el trica no Brasil tem provocado discuss es sobre o uso de diferentes processos para sua gera o e sobre benef cios e problemas a eles associados. Est o apresentados no quadro alguns argumentos favor veis (ou positivos, P1, P2 e P3) e outros desfavor veis (ou negativos, N1, N2 e N3) relacionados a diferentes op es energ ticas. P1 P2 Argumentos favor veis Elevado potencial no pa s do recurso utilizado para a gera o de energia. Diversidade dos recursos naturais que pode utilizar para a gera o de energia. P3 N1 Argumentos desfavor veis Destrui o de reas de lavoura e deslocamento de popula es. N2 N3 Fonte renov vel de energia. Emiss o de poluentes. Necessidade de condi es clim ticas adequadas para sua instala o. Ao se discutir a op o pela instala o, em uma dada regi o, de uma usina termoel trica, os argumentos que se aplicam s o (A) P1 e N2. (B) P1 e N3. (C) P2 e N1. (D) P2 e N2. (E) P3 e N3. 39. Os sistemas de cogera o representam uma pr tica de utiliza o racional de combust veis e de produ o de energia. Isto j se pratica em algumas ind strias de a car e de lcool, nas quais se aproveita o baga o da cana, um de seus subprodutos, para produ o de energia. Esse processo est ilustrado no esquema ao lado. Entre os argumentos favor veis a esse sistema de cogera o pode-se destacar que ele (A) (B) (C) (D) (E) otimiza o aproveitamento energ tico, ao usar queima do baga o nos processos t rmicos da usina e na gera o de eletricidade. aumenta a produ o de lcool e de a car, ao usar o baga o como insumo suplementar. economiza na compra da cana-de-a car, j que o baga o tamb m pode ser transformado em lcool. aumenta a produtividade, ao fazer uso do lcool para a gera o de calor na pr pria usina. reduz o uso de m quinas e equipamentos na produ o de a car e lcool, por n o manipular o baga o da cana. 40. O debate em torno do uso da energia nuclear para produ o de eletricidade permanece atual. Em um encontro internacional para a discuss o desse tema, foram colocados os seguintes argumentos: I. II. Uma grande vantagem das usinas nucleares o fato de n o contribu rem para o aumento do efeito estufa, uma vez que o ur nio, utilizado como combust vel , n o queimado mas sofre fiss o. Ainda que sejam raros os acidentes com usinas nucleares, seus efeitos podem ser t o graves que essa alternativa de gera o de eletricidade n o nos permite ficar tranq ilos. A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que (A) (B) (C) (D) (E) o primeiro v lido e o segundo n o , j que nunca ocorreram acidentes com usinas nucleares. o segundo v lido e o primeiro n o , pois de fato h queima de combust vel na gera o nuclear de eletricidade. o segundo valido e o primeiro irrelevante, pois nenhuma forma de gerar eletricidade produz gases do efeito estufa. ambos s o v lidos para se compararem vantagens e riscos na op o por essa forma de gera o de energia. ambos s o irrelevantes, pois a op o pela energia nuclear est -se tornando uma necessidade inquestion vel. 41. Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regi es Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os rel gios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado hor rio de ver o. Essa medida, que se repete todos os anos, visa (A) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do per odo de ilumina o natural do dia, que maior nessa poca do ano. (B) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribui o da demanda entre o per odo da manh e da tarde. (C) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrel tricas ao regime de chuvas, abundantes nessa poca do ano nas regi es que adotam esse hor rio. (D) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do per odo da tarde, hor rio em que os bares e restaurantes s o mais freq entados. (E) responder a uma exig ncia das ind strias, possibilitando que elas realizem um melhor escalonamento das f rias de seus funcion rios. AMARELA PROVA 1 15 ENEM 2004 42. H estudos que apontam raz es econ micas e ambientais para que o g s natural possa vir a tornar-se, ao longo deste s culo, a principal fonte de energia em lugar do petr leo. Justifica-se essa previs o, entre outros motivos, porque o g s natural (A) (B) (C) (D) (E) al m de muito abundante na natureza um combust vel renov vel. tem novas jazidas sendo exploradas e menos poluente que o petr leo. vem sendo produzido com sucesso a partir do carv o mineral. pode ser renovado em escala de tempo muito inferior do petr leo. n o produz CO2 em sua queima, impedindo o efeito estufa. 43. As previs es de que, em poucas d cadas, a produ o mundial de petr leo possa vir a cair t m gerado preocupa o, dado seu car ter estrat gico. Por essa raz o, em especial no setor de transportes, intensificou-se a busca por alternativas para a substitui o do petr leo por combust veis renov veis. Nesse sentido, al m da utiliza o de lcool, vem se propondo, no Brasil, ainda que de forma experimental, (A) (B) (C) (D) (E) a mistura de percentuais de gasolina cada vez maiores no lcool. a extra o de leos de madeira para sua convers o em g s natural. o desenvolvimento de tecnologias para a produ o de biodiesel. a utiliza o de ve culos com motores movidos a g s do carv o mineral. a substitui o da gasolina e do diesel pelo g s natural. 44. J s o comercializados no Brasil ve culos com motores que podem funcionar com o chamado combust vel flex vel, ou seja, com gasolina ou lcool em qualquer propor o. Uma orienta o pr tica para o abastecimento mais econ mico que o motorista multiplique o pre o do litro da gasolina por 0,7 e compare o resultado com o pre o do litro de lcool. Se for maior, deve optar pelo lcool. A raz o dessa orienta o deve-se ao fato de que, em m dia, se com um certo volume de lcool o ve culo roda dez quil metros, com igual volume de gasolina rodaria cerca de (A) 7 km. (B) 10 km. (C) 14 km. (D) 17 km. (E) 20 km. 45. O excesso de ve culos e os congestionamentos em grandes cidades s o temas de freq entes reportagens. Os meios de transportes utilizados e a forma como s o ocupados t m reflexos nesses congestionamentos, al m de problemas ambientais e econ micos. No gr fico a seguir, podem-se observar valores m dios do consumo de energia por passageiro e por quil metro rodado, em diferentes meios de transporte, para ve culos em duas condi es de ocupa o (n mero de passageiros): ocupa o t pica e ocupa o m xima. Esses dados indicam que pol ticas de transporte urbano devem tamb m levar em conta que a maior efici ncia no uso de energia ocorre para os (A) (B) (C) (D) (E) nibus, com ocupa o t pica. autom veis, com poucos passageiros. transportes coletivos, com ocupa o m xima. autom veis, com ocupa o m xima. trens, com poucos passageiros. 16 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 46. Programas de reintrodu o de animais consistem em soltar indiv duos, criados em cativeiro, em ambientes onde sua esp cie se encontra amea ada ou extinta. O mico-le o-dourado da Mata Atl ntica faz parte de um desses programas. Como faltam aos micos criados em cativeiro habilidades para sobreviver em seu habitat, s o formados grupos sociais desses micos com outros capturados na natureza, antes de solt -los coletivamente. O gr fico mostra o n mero total de animais, em uma certa regi o, a cada ano, ao longo de um programa de reintrodu o desse tipo. A an lise do gr fico permite concluir que o sucesso do programa deveu-se (A) adapta o dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural, mostrada pelo aumento do n mero de nascidos na natureza. (B) ao aumento da popula o total, resultante da reintrodu o de um n mero cada vez maior de animais. (C) elimina o dos animais nascidos em cativeiro pelos nascidos na natureza, que s o mais fortes e selvagens. (D) ao pequeno n mero de animais reintroduzidos, que se mantiveram isolados da popula o de nascidos na natureza. (E) grande sobreviv ncia dos animais reintroduzidos, que compensou a mortalidade dos nascidos na natureza. 47. O bicho-fur o-dos-citros causa preju zos anuais de US$ 50 milh es citricultura brasileira, mas pode ser combatido eficazmente se um certo agrot xico for aplicado planta o no momento adequado. poss vel determinar esse momento utilizando-se uma armadilha constitu da de uma caixinha de papel o, contendo uma pastilha com o ferom nio da f mea e um adesivo para prender o macho. Verificando periodicamente a armadilha, percebe-se a poca da chegada do inseto. Uma vantagem do uso dessas armadilhas, tanto do ponto de vista ambiental como econ mico, seria (A) (B) (C) (D) (E) otimizar o uso de produtos agrot xicos. diminuir a popula o de predadores do bicho-fur o. capturar todos os machos do bicho-fur o. reduzir a rea destinada planta o de laranjas. espantar o bicho-fur o das proximidades do pomar. 48. No ver o de 2000 foram realizadas, para an lise, duas coletas do lixo deixado pelos freq entadores em uma praia no litoral brasileiro. O lixo foi pesado, separado e classificado. Os resultados das coletas feitas est o na tabela a seguir. DADOS OBTIDOS (em rea de cerca de 1900 m2) COLETA DE LIXO 1a coleta PESO TOTAL 8,3 kg Itens de Pl stico 399 (86,4%) Itens de Vidro 10 (2,1%) Itens de Metal 14 (3,0%) Itens de Papel 17 (3,7%) N MERO DE PESSOAS NA PRAIA 270 2a coleta 3,2 kg 174 (88,8%) 03 (1,6%) 07 (3,6%) 06 (3,0%) 80 Adaptado de Ci ncia Hoje Embora fosse grande a venda de bebidas em latas nessa praia, n o se encontrou a quantidade esperada dessas embalagens no lixo coletado, o que foi atribu do exist ncia de um bom mercado para a reciclagem de alum nio. Considerada essa hip tese, para reduzir o lixo nessa praia, a iniciativa que mais diretamente atende variedade de interesses envolvidos, respeitando a preserva o ambiental, seria (A) (B) (C) (D) (E) proibir o consumo de bebidas e de outros alimentos nas praias. realizar a coleta de lixo somente no per odo noturno. proibir a comercializa o apenas de produtos com embalagem. substituir embalagens pl sticas por embalagens de vidro. incentivar a reciclagem de pl sticos, estimulando seu recolhimento. AMARELA PROVA 1 17 ENEM 2004 49. Um rio que localmente degradado por dejetos org nicos nele lan ados pode passar por um processo de autodepura o. No entanto, a recupera o depende, entre outros fatores, da carga de dejetos recebida, da extens o e do volume do rio. Nesse processo, a distribui o das popula es de organismos consumidores e decompositores varia, conforme mostra o esquema: (B. Braga et al. Introdu o Engenharia Ambiental) Com base nas informa es fornecidas pelo esquema, s o feitas as seguintes considera es sobre o processo de depura o do rio: I. a vida aqu tica superior pode voltar a existir a partir de uma certa dist ncia do ponto de lan amento dos dejetos; II. os organismos decompositores s o os que sobrevivem onde a oferta de oxig nio baixa ou inexistente e a mat ria org nica abundante; III. as comunidades biol gicas, apesar da polui o, n o se alteram ao longo do processo de recupera o. Est correto o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E) I, apenas. II, apenas. III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. 50. Em setembro de 1998, cerca de 10.000 toneladas de cido sulf rico (H2SO4) foram derramadas pelo navio Bahamas no litoral do Rio Grande do Sul. Para minimizar o impacto ambiental de um desastre desse tipo, preciso neutralizar a acidez resultante. Para isso pode-se, por exemplo, lan ar calc rio, min rio rico em carbonato de c lcio (CaCO3), na regi o atingida. A equa o qu mica que representa a neutraliza o do H2SO4 por CaCO3, com a propor o aproximada entre as massas dessas subst ncias : Pode-se avaliar o esfor o de mobiliza o que deveria ser empreendido para enfrentar tal situa o, estimando a quantidade de caminh es necess ria para carregar o material neutralizante. Para transportar certo calc rio que tem 80% de CaCO3, esse n mero de caminh es, cada um com carga de 30 toneladas, seria pr ximo de (A) 100. (B) 200. (C) 300. (D) 400. (E) 500. 51. Em conflitos regionais e na guerra entre na es tem sido observada a ocorr ncia de seq estros, execu es sum rias, torturas e outras viola es de direitos. Em 10 de dezembro de 1948, a Assembl ia Geral das Na es Unidas adotou a Declara o Universal dos Direitos do Homem, que, em seu artigo 5 , afirma: Ningu m ser submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cru is, desumanos ou degradantes. Assim, entre na es que assinaram essa Declara o, coerente esperar que (A) (B) (C) (D) (E) a Constitui o de cada pa s deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto houver conflito. a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, at mesmo em situa es de conflito. a viola o dos direitos humanos por uma na o autorize a mesma viola o pela na o advers ria. sejam estabelecidos limites de toler ncia, para al m dos quais a viola o aos direitos humanos seria permitida. a autodefesa nacional legitime a supress o dos Direitos Universais do Homem. 18 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 52. Um certo carro esporte desenhado na Calif rnia, financiado por T quio, o prot tipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem feita nos EUA e M xico, com componentes eletr nicos inventados em Nova J rsei (EUA), fabricados no Jap o. ( ). J a ind stria de confec o norte-americana, quando inscreve em seus produtos made in USA , esquece de mencionar que eles foram produzidos no M xico, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundializa o e Cultura) O texto ilustra como em certos pa ses produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando o pa s produtor. De fato, tais roupas costumam ser feitas em f bricas chamadas maquiladoras situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre t m direitos trabalhistas garantidos. A produ o nessas condi es indicaria um processo de globaliza o que (A) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econ micas entre eles pela aproxima o entre um centro rico e uma periferia pobre. (B) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identifica o da origem de produ o dos bens e mercadorias. (C) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circula o de bens e capitais e do interc mbio de tecnologia. (D) compensa as disparidades econ micas pela socializa o de novas tecnologias e pela circula o globalizada da m o-de-obra. (E) reafirma as diferen as entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora das fronteiras dos Estados Nacionais. 53. Constitui o de 1824: Art. 98. O Poder Moderador a chave de toda a organiza o pol tica, e delegado privativamente ao Imperador ( ) para que incessantemente vele sobre a manuten o da Independ ncia, equil brio, e harmonia dos demais poderes pol ticos (...) dissolvendo a C mara dos Deputados nos casos em que o exigir a salva o do Estado. Frei Caneca: O Poder Moderador da nova inven o maquiav lica a chave mestra da opress o da na o brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a C mara dos Deputados, que a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que o representante dos apaniguados do imperador. (Voto sobre o juramento do projeto de Constitui o) Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constitui o outorgada pelo Imperador em 1824 era (A) (B) (C) (D) (E) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador. eficaz e respons vel pela liberdade dos povos, porque garantia a representa o da sociedade nas duas esferas do poder legislativo. arbitr rio, porque permitia ao Imperador dissolver a C mara dos Deputados, o poder representativo da sociedade. neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Na o. capaz de responder s exig ncias pol ticas da na o, pois supria as defici ncias da representa o pol tica. 54. A quest o tnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o Dia Nacional da Consci ncia Negra em 20 de novembro, ao inv s da tradicional celebra o do 13 de maio. Essa nova data o anivers rio da morte de Zumbi, que hoje simboliza a cr tica segrega o e exclus o social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta conviv ncia harmoniosa entre as diversas etnias. Tamb m sobre essa quest o, estudiosos fazem diferentes reflex es: Entre n s [brasileiros], (...) a separa o imposta pelo sistema de produ o foi a mais fluida poss vel. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e at de uma ra a para outra. Esse amor, acima de preconceitos de ra a e de conven es de classe, do branco pela cabocla, pela cunh , pela ndia (...) agiu poderosamente na forma o do Brasil, ado ando-o. (Gilberto Freire. O mundo que o portugu s criou.) [Por m] o fato que ainda hoje a miscigena o n o faz parte de um processo de integra o das ra as em condi es de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda s o pouco numerosos os segmentos da popula o de cor que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, correto aproximar (A) (B) (C) (D) (E) a posi o de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente s duas atitudes. a posi o de Gilberto Freire atitude I e a de Florestan Fernandes atitude II. a posi o de Florestan Fernandes atitude I e a de Gilberto Freire atitude II. somente a posi o de Gilberto Freire a ambas as atitudes. somente a posi o de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. AMARELA PROVA 1 19 ENEM 2004 55. Algumas transforma es que antecederam a Revolu o Francesa podem ser exemplificadas pela mudan a de significado da palavra restaurante . Desde o final da Idade M dia, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, ra zes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as for as dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolu o, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em p ginas emolduradas e servidos n o mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolu o, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patr es, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta pr pria. Apenas em 1835, o Dicion rio da Academia Francesa oficializou a utiliza o da palavra restaurante com o sentido atual. A mudan a do significado da palavra restaurante ilustra (A) (B) (C) (D) (E) a ascens o das classes populares aos mesmos padr es de vida da burguesia e da nobreza. a apropria o e a transforma o, pela burguesia, de h bitos populares e dos valores da nobreza. a incorpora o e a transforma o, pela nobreza, dos ideais e da vis o de mundo da burguesia. a consolida o das pr ticas coletivas e dos ideais revolucion rios, cujas origens remontam Idade M dia. a institucionaliza o, pela nobreza, de pr ticas coletivas e de uma vis o de mundo igualit ria. 56. As empresas querem a metade das pessoas trabalhando o dobro para produzir o triplo. (Revista Voc S/A, 2004) Preocupado em otimizar seus ganhos, um empres rio encomendou um estudo sobre a produtividade de seus funcion rios nos ltimos quatro anos, entendida por ele, de forma simplificada, como a rela o direta entre seu lucro anual (L) e o n mero de oper rios envolvidos na produ o (n). Do estudo, resultou o gr fico ao lado. Ao procurar, no gr fico, uma rela o entre seu lucro, produtividade e n mero de oper rios, o empres rio concluiu que a maior produtividade ocorreu em 2002, e o maior lucro (A) (B) (C) (D) (E) em 2000, indicando que, quanto maior o n mero de oper rios trabalhando, maior o seu lucro. em 2001, indicando que a redu o do n mero de oper rios n o significa necessariamente o aumento dos lucros. tamb m em 2002, indicando que lucro e produtividade mant m uma rela o direta que independe do n mero de oper rios. em 2003, devido significativa redu o de despesas com sal rios e encargos trabalhistas de seus oper rios. tanto em 2001, como em 2003, o que indica n o haver rela o significativa entre lucro, produtividade e n mero de oper rios. 57. A identifica o da estrutura do DNA foi fundamental para compreender seu papel na continuidade da vida. Na d cada de 1950, um estudo pioneiro determinou a propor o das bases nitrogenadas que comp em mol culas de DNA de v rias esp cies. Exemplos de materiais analisados Espermatoz ide humano F gado humano Medula ssea de rato Espermatoz ide de ouri o-do-mar Pl ntulas de trigo Bact ria E. coli ADENINA 30,7% 30,4% 28,6% 32,8% 27,9% 26,1% BASES NITROGENADAS GUANINA CITOSINA 19,3% 18,8% 19,5% 19,9% 21,4% 21,5% 17,7% 18,4% 21,8% 22,7% 24,8% 23,9% TIMINA 31,2% 30,2% 28,5% 32,1% 27,6% 25,1% A compara o das propor es permitiu concluir que ocorre emparelhamento entre as bases nitrogenadas e que elas formam (A) (B) (C) (D) (E) pares de mesmo tipo em todas as esp cies, evidenciando a universalidade da estrutura do DNA. pares diferentes de acordo com a esp cie considerada, o que garante a diversidade da vida. pares diferentes em diferentes c lulas de uma esp cie, como resultado da diferencia o celular. pares espec ficos apenas nos gametas, pois essas c lulas s o respons veis pela perpetua o das esp cies. pares espec ficos somente nas bact rias, pois esses organismos s o formados por uma nica c lula. 20 AMARELA PROVA 1 ENEM 2004 58. Nas recentes expedi es espaciais que chegaram ao solo de Marte, e atrav s dos sinais fornecidos por diferentes sondas e formas de an lise, vem sendo investigada a possibilidade da exist ncia de gua naquele planeta. A motiva o principal dessas investiga es, que ocupam freq entemente o notici rio sobre Marte, deve-se ao fato de que a presen a de gua indicaria, naquele planeta, (A) (B) (C) (D) (E) a exist ncia de um solo rico em nutrientes e com potencial para a agricultura. a exist ncia de ventos, com possibilidade de eros o e forma o de canais. a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante da Terra. a possibilidade de extra o de gua visando ao seu aproveitamento futuro na Terra. a viabilidade, em futuro pr ximo, do estabelecimento de col nias humanas em Marte. 59. Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E n o do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro) A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heter nimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma id ia: a de que a compreens o que temos do mundo condicionada, essencialmente, (A) (B) (C) (D) (E) pelo alcance de cada cultura. pela capacidade visual do observador. pelo senso de humor de cada um. pela idade do observador. pela altura do ponto de observa o. 60. Na fabrica o de qualquer objeto met lico, seja um parafuso, uma panela, uma j ia, um carro ou um foguete, a metalurgia est presente na extra o de metais a partir dos min rios correspondentes, na sua transforma o e sua moldagem. Muitos dos processos metal rgicos atuais t m em sua base conhecimentos desenvolvidos h milhares de anos, como mostra o quadro: MIL NIO ANTES DE CRISTO quinto mil nio a.C. quarto mil nio a.C. terceiro mil nio a.C. segundo mil nio a.C. primeiro mil nio a.C. M TODOS DE EXTRA O E OPERA O Conhecimento do ouro e do cobre nativos Conhecimento da prata e das ligas de ouro e prata Obten o do cobre e chumbo a partir de seus min rios T cnicas de fundi o Obten o do estanho a partir do min rio Uso do bronze Introdu o do fole e aumento da temperatura de queima In cio do uso do ferro Obten o do merc rio e dos am lgamas Cunhagem de moedas (J. A. VANIN, Alquimistas e Qu micos) Podemos observar que a extra o e o uso de diferentes metais ocorreram a partir de diferentes pocas. Uma das raz es para que a extra o e o uso do ferro tenham ocorrido ap s a do cobre ou estanho (A) (B) (C) (D) (E) a inexist ncia do uso de fogo que permitisse sua moldagem. a necessidade de temperaturas mais elevadas para sua extra o e moldagem. o desconhecimento de t cnicas para a extra o de metais a partir de min rios. a necessidade do uso do cobre na fabrica o do ferro. seu emprego na cunhagem de moedas, em substitui o ao ouro. AMARELA PROVA 1 21 ENEM 2004 61. Ferramentas de a o podem sofrer corros o e enferrujar. As etapas qu micas que correspondem a esses processos podem ser representadas pelas equa es: Uma forma de tornar mais lento esse processo de corros o e forma o de ferrugem engraxar as ferramentas. Isso se justifica porque a graxa proporciona (A) (B) (C) (D) (E) lubrifica o, evitando o contato entre as ferramentas. impermeabiliza o, diminuindo seu contato com o ar mido. isolamento t rmico, protegendo-as do calor ambiente. galvaniza o, criando superf cies met licas imunes. polimento, evitando ranhuras nas superf cies. 62. Comprimam-se todos os 4,5 bilh es de anos de tempo geol gico em um s ano. Nesta escala, as rochas mais antigas reconhecidas datam de mar o. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares, em maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de novembro. (Don L. Eicher, Tempo Geol gico) Meses (em milh es de anos) JAN 4500 FEV MAR 4125 3750 ABR 3375 MAI 3000 JUN 2625 JUL AGO 2250 1875 SET 1500 OUT 1125 NOV 750 DEZ 375 Na escala de tempo acima, o sistema solar surgiu no in cio de janeiro e vivemos hoje meia-noite de 31 de dezembro. Nessa mesma escala, Pedro lvares Cabral chegou ao Brasil tamb m no m s de dezembro, mais precisamente na (A) (B) (C) (D) (E) manh do dia 01. tarde do dia 10. noite do dia 15. tarde do dia 20. noite do dia 31. 63. O consumo di rio de energia pelo ser humano vem crescendo e se diversificando ao longo da Hist ria, de acordo com as formas de organiza o da vida social. O esquema apresenta o consumo t pico de energia de um habitante de diferentes lugares e em diferentes pocas. (E. Cooks, Man, Energy and Society) Segundo esse esquema, do est gio primitivo ao tecnol gico, o consumo de energia per capita no mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a raz o entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O per odo em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada est associado passagem (A) do habitante das cavernas ao homem ca ador. (B) do homem ca ador utiliza o do transporte por tra o animal. (C) da introdu o da agricultura ao crescimento das cidades. (D) da Idade M dia m quina a vapor. (E) da Segunda Revolu o Industrial aos dias atuais. 22 AMARELA PROVA 1 Exame de 2004 GABARITOS Quest es Prova Amarela Prova Branca Prova Rosa Prova Verde 1 B E E E 2 E A E C 3 B B E D 4 D E A D 5 D A B B 6 A C E D 7 E E D B 8 C A B B 9 D C A D 10 C D B A 11 C E C C 12 D D E D 13 B B A A 14 A D E B 15 E B A C 16 C B E C 17 D E C C 18 A E D C 19 A A B D 20 E E E A 21 A D B C 22 B A D D 23 E D B B 24 C A D E 25 E B D C 26 C C A A 27 D C D D 28 E C A E 29 B B C E 30 D D B A 31 B E C B 32 D B C C 33 B D D A 34 E A E E 35 E E A E 36 A C C E 37 E C B A 38 D C C E 39 A B C A 40 D D A D 41 A A D E 42 B E D D 43 C D D A 44 C D E E 45 C C C B 46 A A E B 47 A E B C 48 E A C C 49 D D C B 50 D D B A 51 B E B B 52 E B D A 53 C A A E 54 C B E C 55 B E A E 56 B A D B 57 A C E E 58 C B B D 59 A C A A 60 B B B D 61 B E E B 62 E B A B 63 E C C E ENEM 2004 Ve r s o A m a r e l a REDA O Leia com aten o os seguintes textos: Caco Galhardo. 2001. Os programas sensacionalistas do r dio e os programas policiais de final da tarde em televis o saciam curiosidades perversas e at m rbidas tirando sua mat ria-prima do drama de cidad os humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, s o entrevistados por intimida o. As c meras invadem barracos e corti os, e gravam sem pedir licen a a estupefa o de fam lias de baix ssima renda que n o sabem direito o que se passa: um parente suspeito de estupro, ou o vizinho acaba de ser preso por tr fico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A pol cia chega atirando; a m dia chega filmando. Eug nio Bucci. Sobre tica e imprensa. S o Paulo: Companhia das Letras, 2000. Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a quest o da responsabilidade n o s das empresas de comunica o como tamb m dos jornalistas. Alguns pa ses, como a Su cia e a Gr -Bretanha, v m h anos tentando resolver o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a auto-regula o da m dia. http://www.eticanatv.org.br Acesso em 30/05/2004. No Brasil, entre outras organiza es, existe o Observat rio da Imprensa entidade civil, n o-governamental e n o-partid ria , que pretende acompanhar o desempenho da m dia brasileira. Em sua p gina eletr nica , l -se: Os meios de comunica o de massa s o majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas decis es atendem legitimamente aos des gnios de seus acionistas ou representantes. Mas o produto jornal stico , inquestionavelmente, um servi o p blico, com garantias e privil gios espec ficos previstos na Constitui o Federal, o que pressup e contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais. http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado) Acesso em 30/05/04. Incisos do Artigo 5 da Constitui o Federal de 1988: IX livre a express o da atividade intelectual, art stica, cient fica e de comunica o, independenOBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 temente de censura ou licen a; X s o inviol veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o. Com base nas id ias presentes nos textos acima, redija uma disserta o em prosa sobre o seguinte tema: Como garantir a liberdade de informa o e evitar abusos nos meios de comunica o? Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflex es feitas ao longo de sua forma o. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opini es para defender seu ponto de vista e suas propostas. Observa es: Seu texto deve ser escrito na modalidade culta da l ngua portuguesa. O texto n o deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narra o. O texto dever ter no m nimo 15 (quinze) linhas escritas. A reda o dever ser apresentada a tinta e desenvolvida na folha pr pria. O rascunho poder ser feito na ltima folha deste Caderno. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 Coment rio Reda o Fiel ao compromisso de propor temas de cunho social, o Enem desta feita convidou o estudante a refletir sobre uma das quest es mais comentadas na atualidade: Como garantir a liberdade de informa o e evitar abusos nos meios de comunica o? Em outras palavras, como contar, numa democracia, com jornalistas independentes, desobrigados de qualquer "acordo" com patr es, pol ticos ou quaisquer outras figuras influentes? Como garantir que a isen o prevale a no exerc cio de fun o t o relevante? Com vistas a facilitar o desempenho do estudante e, ao mesmo tempo, nortear sua discuss o, a Banca Examinadora forneceu-lhe alguns subs dios, constitu dos de uma tira e de quatro fragmentos, dentre os quais dois incisos de artigo constitucional que asseguram a liberdade de express o de intelectuais e profissionais de comunica o entre outros , sem deixar, contudo, de buscar proteger, de qualquer viola o, a imagem e a privacidade dos cidad os. Para proceder pr pria an lise da quest o proposta, o estudante deveria, antes de mais nada, reconhecer a exist ncia de abusos praticados, por exemplo, por profissionais especializados em reportagens, exibidas exaust o na tev , que transformam, de maneira totalmente inescrupulosa, trag dias pessoais em espet culo. Caberia, ainda, mencionar o papel da imprensa escrita, cuja atua o, ainda que por vias discut veis, tem contribu do para trazer a p blico diversos esc ndalos de corrup o, como desvio de dinheiro p blico, sonega o de impostos etc., envolvendo at mesmo integrantes do alto escal o governamental. Caso estivesse acompanhando o notici rio recente, o estudante poderia lembrar a pol mica em torno do projeto de cria o do Conselho Federal de Jornalismo, defendido com veem ncia pelo governo como forma de "disciplinar e fiscalizar" o trabalho dos jornalistas brasileiros, evitando dessa forma o "denuncismo" ou o emprego de m todos il citos como grampo telef nico que colocariam sob suspeita a reputa o de homens p blicos de integridade teoricamente inquestion vel. Resultaria, dessas considera es, um prov vel impasse, que deveria ser resolvido pelo estudante: a quem atribuir a responsabilidade de conter os excessos dos meios de comunica o? Ao Estado, ainda que isso representasse uma forma de censura ou de intimida o do profissional de imprensa? Outra op o seria apostar na cria o de entidades independentes, representativas da sociedade, que, por meio de mecanismos de auto-regula o, promovessem uma constante fiscaliza o que garantisse liberdade acompanhada de tica e responsabilidade. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 1b As Olimp adas s o uma oportunidade para o congra amento de um grande numero de pa ses, sem discrimina o pol tica ou racial, ainda que seus resultados possam refletir caracter sticas culturais, socioecon micas e tnicas. Em 2000, nos Jogos Ol mpicos de Sydney, o total de 300 medalhas de ouro conquistadas apresentou a seguinte distribui o entre os 196 pa ses participantes, como mostra o gr fico. Esses resultados mostram que, na distribui o das medalhas de ouro em 2000, a) cada pa s participante conquistou pelo menos uma. b) cerca de um ter o foi conquistado por apenas tr s pa ses. c) os cinco pa ses mais populosos obtiveram os melhores resultados. d) os cinco pa ses mais desenvolvidos obtiveram os melhores resultados. e) cerca de um quarto foi conquistado pelos Estados Unidos. Resolu o As medalhas de ouro conquistadas por EUA, R ssia e China foram respectivamente 40, 32 e 28, num total de 100 medalhas, que representam um ter o do total das medalhas de ouro (300), portanto, cerca de um ter o das medalhas foi conquistado por apenas tr s pa ses. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 2e O n mero de atletas nas Olimp adas vem aumentando nos ltimos anos, como mostra o gr fico. Mais de 10.000 atletas participaram dos Jogos Ol mpicos de Sydney, em 2000. Nas ltimas cinco Olimp adas, esse aumento ocorreu devido ao crescimento da participa o de a) homens e mulheres, na mesma propor o. b) homens, pois a de mulheres vem diminuindo a cada Olimp ada. c) homens, pois a de mulheres praticamente n o se alterou. d) mulheres, pois a de homens vem diminuindo a cada Olimp ada. e) mulheres, pois a de homens praticamente n o se alterou. Resolu o A partir do gr fico apresentado, nas ltimas cinco Olimp adas, o n mero de participantes aumentou devido ao crescimento da participa o de mulheres (1498, 2438, 2705, 3549 e 3905), pois a de homens praticamente n o se alterou (6434, 6983, 6659, 7075, 6416). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 3b Os Jogos Ol mpicos tiveram in cio na Gr cia, em 776 a.C., para celebrar uma declara o de paz. Na sociedade contempor nea, embora mantenham como ideal o congra amento entre os povos, os Jogos Ol mpicos t m sido palco de manifesta es de conflitos pol ticos. Dentre os acontecimentos apresentados abaixo, o nico que evoca um conflito armado e sugere sua supera o, reafirmando o ideal ol mpico, ocorreu a) em 1980, em Moscou, quando os norte-americanos deixaram de comparecer aos Jogos Ol mpicos. b) em 1964, em T quio, quando um atleta nascido em Hiroshima foi escolhido para carregar a tocha ol mpica. c) em 1956, em Melbourne, quando a China abandonou os Jogos porque a representa o de Formosa tamb m havia sido convidada para participar. d) em 1948, em Londres, quando os alem es e os japoneses n o foram convidados a participar. e) em 1936, em Berlim, quando Hitler abandonou o est dio ao serem anunciadas as vit rias do universit rio negro, Jesse Owens, que recebeu quatro medalhas. Resolu o Alternativa que pode ser escolhida por exclus o, pois todas as demais se referem a situa es de pr -conflito (antecedentes da II Guerra Mundial, em 1936), conflito (China Comunista China Nacionalista, em 1956; e Guerra Fria, em 1980) ou de p s-conflito sem supera o (ressentimentos resultantes da II Guerra Mundial, em 1948). 4d Nos X-Games Brasil, em maio de 2004, o skatista brasileiro Sandro Dias, apelidado Mineirinho , conseguiu realizar a manobra denominada 900 , na modalidade skate vertical, tornando-se o segundo atleta no mundo a conseguir esse feito. A denomina o 900 referese ao n mero de graus que o atleta gira no ar em torno de seu pr prio corpo, que, no caso, corresponde a a) uma volta completa. b) uma volta e meia. c) duas voltas completas. d) duas voltas e meia. e) cinco voltas completas. Resolu o Lembrando que cada volta completa tem sempre 360 , o skatista que realiza a manobra 900 gira, no ar, 900 = 2,5 voltas. 360 OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 5d Em 2003, deu-se in cio s discuss es do Plano Amaz nia Sustent vel, que rebatiza o Arco do Desmatamento, uma extensa faixa que vai de Rond nia ao Maranh o, como Arco do Povoamento Adensado, a fim de reconhecer as demandas da popula o que vive na regi o. A Amaz nia Ocidental, em contraste, considerada nesse plano como uma rea ainda amplamente preservada, na qual se pretende encontrar alternativas para tirar mais renda da floresta em p do que por meio do desmatamento. O quadro apresenta as tr s macrorregi es e tr s estrat gias que constam do Plano. Estrat gias: I. Pavimenta o de rodovias para levar a soja at o rio Amazonas, por onde ser escoada. II. Apoio produ o de f rmacos, extratos e couros vegetais. III. Orienta o para a expans o do plantio de soja, atraindo os produtores para reas j desmatadas e atualmente abandonadas. Considerando as caracter sticas geogr ficas da Amaz nia, aplicam-se s macrorregi es Amaz nia Ocidental, Amaz nia Central e Arco do Povoamento Adensado, respectivamente, as estrat gias a) I, II e III. b) I, III e II. c) III, I e II. d) II, I e III. e) III, II e I. Resolu o A Amaz nia, dada a sua extens o territorial, sempre necessitou do apoio governamental para o desenvolvimento da suas potencialidades. A interven o mais intensa do planejamento estatal, na regi o, teve in cio nos governos militares, mas mant m-se at hoje como forma de incrementar a evolu o regional. Na vis o do governo atual, a Amaz nia foi dividida em tr s regi es, quais sejam: 1 Amaz nia Ocidental uma rea de dif cil acesso devido precariedade das vias, a qual se presta melhor produ o de f rmacos, extratos e couros vegetais (item II). 2 Amaz nia Central regi o intimamente relacionada ao rio Amazonas, onde a pavimenta o de rodovias, como, por exemplo, a Cuiab -Santar m, poder ajudar a levar a produ o de soja da regi o OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 Centro-Oeste at o vale do rio (item I). 3 O Arco de Povoamento Adensado, uma regi o de ocupa o mais antiga, j alterada, onde se prop e a expans o da soja nas reas desmatadas ou j abandonadas, mas lim trofes s reas da regi o Centro-Oeste (item III). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 6a A produ o agr cola brasileira evoluiu, na ltima d cada, de forma diferenciada. No caso da cultura de gr os, por exemplo, verifica-se nos ltimos anos um crescimento significativo da produ o da soja e do milho, como mostra o gr fico. Pelos dados do gr fico poss vel verificar que, no per odo considerado, a) a produ o de alimentos b sicos dos brasileiros cresceu muito pouco. b) a produ o de feij o foi a maior entre as diversas culturas de gr os. c) a cultura do milho teve taxa de crescimento superior da soja. d) as culturas voltadas para o mercado mundial decresceram. e) as culturas voltadas para a produ o de ra o animal n o se alteraram. Resolu o A produ o crescente da soja, como pode ser observada no gr fico, no per odo considerado, pode ser atribu da sua destina o ao mercado externo. Quanto ao segundo maior volume de produ o, pode ser destacada a cultura do milho, que visa atender produ o de ra o para consumo animal, bem como parte da soja obtida, que tamb m pode abastecer a produ o interna de ra o animal. Quanto produ o de alimentos b sicos para o mercado consumidor brasileiro, foi, efetivamente, o que menos cresceu, como observado com as culturas do arroz e do feij o, respectivamente, as menores. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 7e A grande produ o brasileira de soja, com expressiva participa o na economia do pa s, vem avan ando nas regi es do Cerrado brasileiro. Esse tipo de produ o demanda grandes extens es de terra, o que gera preocupa o, sobretudo a) econ mica, porque desestimula a mecaniza o. b) social, pois provoca o fluxo migrat rio para o campo. c) clim tica, porque diminui a insola o na regi o. d) pol tica, pois deixa de atender ao mercado externo. e) ambiental, porque reduz a biodiversidade regional. Resolu o Um dos aspectos mais significativos da economia brasileira atual est relacionado expans o do agroneg cio. Essa forma de expans o do capitalismo financeiro est ordenando a produ o agr cola com investimentos de capital e tecnologia, gerando um ciclo virtuoso para a economia, com sucessivos recordes de produ o. O agroneg cio constitui-se como importante instrumento de crescimento nas exporta es, como forma de promover super vits comerciais. Por outro lado, a quest o da expans o das reas agr colas tem pressionado os ecossistemas do interior do Brasil, ao longo da fronteira pioneira, notadamente nas reas de Cerrado e floresta equatorial, com fortes impactos ambientais. Destaca-se a a o antr pica com desflorestamento e queimadas, que provocam extin o de esp cies, eros o, contamina o das guas e dos solos pelo uso de defensivos agr colas. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 8c VENDEDORES JOVENS F brica de LONAS Vendas no Atacado 10 vagas para estudantes, 18 a 20 anos, sem experi ncia. Sal rio: R$ 300,00 fixo + comiss o de R$ 0,50 por m2 vendido. Contato: 0xx97-43421167 ou atacadista@lonaboa.com.br Na sele o para as vagas deste an ncio, feita por telefone ou correio eletr nico, propunha-se aos candidatos uma quest o a ser resolvida na hora. Deveriam calcular seu sal rio no primeiro m s, se vendessem 500 m de tecido com largura de 1,40 m, e no segundo m s, se vendessem o dobro. Foram bem sucedidos os jovens que responderam, respectivamente, a) R$ 300,00 e R$ 500,00. b) R$ 550,00 e R$ 850,00. c) R$ 650,00 e R$ 1000,00. c) R$ 650,00 e R$ 1300,00. d) R$ 950,00 e R$ 1900,00. Resolu o 1) Sal rio no primeiro m s: R$ 300,00 + R$ 0,50 . 500 . 1,40 = = R$ 300,00 + R$ 350,00 = R$ 650,00 2) Sal rio no segundo m s: R$ 300,00 + R$ 0,50 . 2 . (500 . 1,40) = = R$ 300,00 + R$ 700,00 = R$ 1000,00 OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 9d Em uma f brica de equipamentos eletr nicos, cada componente, ao final da linha de montagem, submetido a um rigoroso controle de qualidade, que mede o desvio percentual (D) de seu desempenho em rela o a um padr o ideal. O fluxograma a seguir descreve, passo a passo, os procedimentos executados por um computador para imprimir um selo em cada componente testado, classificando-o de acordo com o resultado do teste: Os s mbolos usados no fluxograma t m os seguintes significados: Entrada e sa da de dados Decis o (testa uma condi o, executando opera es diferentes caso essa condi o seja verdadeira ou falsa) Opera o Segundo essa rotina, se D = 1,2%, o componente receber um selo com a classifica o a) Rejeitado , impresso na cor vermelha. b) 3 Classe , impresso na cor amarela. c) 3 Classe , impresso na cor azul. d) 2 Classe , impresso na cor azul. e) 1 Classe , impresso na cor azul. Resolu o De acordo com o fluxograma apresentado, os componentes eletr nicos recebem o selo e a classifica o conforme a tabela: Valor de D Selo Classifica o D > 5,0% vermelho rejeitado 3,0% < D 5,0% amarelo 3 classe 1,0% < D 3,0% azul 2 classe 0% D 1,0% azul 1 classe Se D = 1,2%, o componente receber um selo azul com a classifica o de 2 classe. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 10 c Em quase todo o Brasil existem restaurantes em que o cliente, ap s se servir, pesa o prato de comida e paga o valor correspondente, registrado na nota pela balan a. Em um restaurante desse tipo, o pre o do quilo era R$ 12,80. Certa vez a funcion ria digitou por engano na balan a eletr nica o valor R$ 18,20 e s percebeu o erro algum tempo depois, quando v rios clientes j estavam almo ando. Ela fez alguns c lculos e verificou que o erro seria corrigido se o valor incorreto indicado na nota dos clientes fosse multiplicado por a) 0,54. b) 0,65. c) 0,70. d) 1,28. e) 1,42. Resolu o Se m representar a quantidade de comida consumida, em quilograma, e x o fator multiplicativo para corrigir o valor incorreto, ent o: 12,80 m . 12,80 = m . 18,20 . x x = x = 0,70 18,20 OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 11 c As margarinas e os chamados cremes vegetais s o produtos diferentes, comercializados em embalagens quase id nticas. O consumidor, para diferenciar um produto do outro, deve ler com aten o os dizeres do r tulo, geralmente em letras muito pequenas. As figuras que seguem representam r tulos desses dois produtos. Uma fun o dos lip dios no preparo das massas aliment cias torn -las mais macias. Uma pessoa que, por desaten o, use 200 g de creme vegetal para preparar uma massa cuja receita pede 200 g de margarina, n o obter a consist ncia desejada, pois estar utilizando uma quantidade de lip dios que , em rela o recomendada, aproximadamente a) o triplo. b) o dobro. c) a metade. d) um ter o. e) um quarto. Resolu o As quantidades de lip dios em 200 g de creme vegetal e 200 g de margarina s o, respectivamente, 35% . 200 g = 70 g e 65% . 200 g = 130 g. Uma pessoa que, inadvertidamente, utiliza creme vegetal ao inv s de margarina estar usando 70 g 7 = 130 g 13 0,54% = 54% da quantidade necess ria de lip dios. A melhor aproxima o desse resultado a metade . OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 12 d Um leitor encontra o seguinte an ncio entre os classificados de um jornal: VILA DAS FLORES Vende-se terreno plano medindo 200 m2. Frente voltada para o sol no per odo da manh . F cil acesso. (443)0677-0032 Interessado no terreno, o leitor vai ao endere o indicado e, l chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde estavam destacados os terrenos ainda n o vendidos, numerados de I a V: Considerando as informa es do jornal, poss vel afirmar que o terreno anunciado o a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V. Resolu o Dadas as informa es do mapa e do an ncio, os nicos terrenos com 200 m2 s o III e IV. Contudo, apenas o terreno IV recebe o sol de frente no per odo da manh , pois tem sua frente voltada para o leste. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 13 b No Nordeste brasileiro, comum encontrarmos pe as de artesanato constitu das por garrafas preenchidas com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um artes o deseja fazer pe as com areia de cores cinza, azul, verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a figura. O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a casa, nas cores azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas cores cinza ou verde. Se o fundo n o pode ter a mesma cor nem da casa nem da palmeira, por uma quest o de contraste, ent o o n mero de varia es que podem ser obtidas para a paisagem a) 6. b) 7. c) 8. d) 9. e) 10. Resolu o De acordo com o enunciado, temos as seguintes varia es que podem ser obtidas para a paisagem: Fundo Casa Palmeira azul verde cinza azul verde verde azul amarela cinza azul amarela verde cinza azul verde cinza verde verde cinza amarela verde Elas totalizam sete. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 14 a Para medir o perfil de um terreno, um mestre-de-obras utilizou duas varas (VI e VII), iguais e igualmente graduadas em cent metros, s quais foi acoplada uma mangueira pl stica transparente, parcialmente preenchida por gua (figura abaixo). Ele fez 3 medi es que permitiram levantar o perfil da linha que cont m, em seq ncia, os pontos P1, P2, P3 e P4. Em cada medi o, colocou as varas em dois diferentes pontos e anotou suas Ieituras (terreno fora de escala) na tabela a seguir. A figura representa a primeira medi o entre P1 e P2. Vara I Medi o Vara II Diferen a (LI LII) Leitura Leitura Ponto L (cm) Ponto L (cm) (cm) I II 1 P1 239 P2 164 75 2 P2 189 P3 214 25 3 P3 229 P4 174 55 Ao preencher completamente a tabela, o mestre-deobras determinou o seguinte perfil para o terreno: Resolu o Observamos pela tabela dada que: 1 ) o ponto B (da figura) tem uma eleva o, em rela o a A, de 75 cm; 2 ) o ponto C (da figura) tem um desn vel, em rela o a B, de 25 cm; 3 ) o ponto D (da figura) tem uma eleva o, em rela o a C, de +55 cm. Assim, conclu mos que o perfil o da figura abaixo OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 e est melhor representado pela alternativa a. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 15 e Uma empresa produz tampas circulares de alum nio para tanques cil ndricos a partir de chapas quadradas de 2 metros de lado, conforme a figura. Para 1 tampa grande, a empresa produz 4 tampas m dias e 16 tampas pequenas. As sobras de material da produ o di ria das tampas grandes, m dias e pequenas dessa empresa s o doadas, respectivamente, a tr s entidades: I, II e III, para efetuarem reciclagem do material. A partir dessas informa es, pode-se concluir que a) a entidade I recebe mais material do que a entidade II. b) a entidade I recebe metade de material do que a entidade III. c) a entidade II recebe o dobro de material do que a entidade III. d) as entidade I e II recebem, juntas, menos material do que a entidade III. e) as tr s entidades recebem iguais quantidades de material. Resolu o Os raios das tampas grandes, m dias e pequenas s o, 1 1 respectivamente, 1 m, m e m. 2 4 Em metros quadrados, as sobras SI, SII e SIII das tampas grandes, m dias e pequenas s o, respectivamente, tais que: SI = 4 . 12 = 4 SII = 4 4 . . 2 () () SIII = 4 16 . . 1 2 1 4 =4 2 =4 Supondo que as quantidades de chapas quadradas usadas diariamente para produzir as tampas grandes seja a mesma para as tampas m dias e para as tampas pequenas, as sobras ser o iguais, pois SI = SII = SIII. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 16 c Um fabricante de cosm ticos decide produzir tr s diferentes cat logos de seus produtos, visando a p blicos distintos. Como alguns produtos estar o presentes em mais de um cat logo e ocupam uma p gina inteira, ele resolve fazer uma contagem para diminuir os gastos com originais de impress o. Os cat logos C1, C2 e C3 ter o, respectivamente, 50, 45 e 40 p ginas. Comparando os projetos de cada cat logo, ele verifica que C1 e C2 ter o 10 p ginas em comum; C1 e C3 ter o 6 p ginas em comum; C2 e C3 ter o 5 p ginas em comum, das quais 4 tamb m estar o em C1. Efetuando os c lculos correspondentes, o fabricante concluiu que, para a montagem dos tr s cat logos, necessitar de um total de originais de impress o igual a: a) 135. b) 126. c) 118. d) 114. e) 110. Resolu o No diagrama de Venn-Euler abaixo, os conjuntos C1, C2 e C3 representam os cat logos de mesmo nome e suas quantidades de p ginas. O n mero total de originais de impress o necess rio 38 + 6 + 34 + 2 + 4 + 1 + 33 = 118. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 17 d Antes de uma elei o para prefeito, certo instituto realizou uma pesquisa em que foi consultado um n mero significativo de eleitores, dos quais 36% responderam que iriam votar no candidato X; 33%, no candidato Y e 31%, no candidato Z. A margem de erro estimada para cada um desses valores de 3% para mais ou para menos. Os t cnicos do instituto conclu ram que, se confirmado o resultado da pesquisa, a) apenas o candidato X poderia vencer e, nesse caso, teria 39% do total de votos. b) apenas os candidatos X e Y teriam chances de vencer. c) o candidato Y poderia vencer com uma diferen a de at 5% sobre X. d) o candidato Z poderia vencer com uma diferen a de, no m ximo, 1% sobre X. e) o candidato Z poderia vencer com uma diferen a de at 5% sobre o candidato Y. Resolu o A partir da pesquisa e com a margem de erro ( 3%), temos: 1) 36% ( 3%) iriam votar no candidato X. M ximo de 39% M nimo de 33% 2) 33% ( 3%) iriam votar no candidato Y. M ximo de 36% M nimo de 30% 3) 31% ( 3%) iriam votar no candidato Z. M ximo de 34% M nimo de 28% A an lise das alternativas permite concluir que a alternativa d correta, visto que o candidato Z poderia vencer com 34% dos votos, com uma diferen a de, no m ximo, 1% sobre X (33%) e com uma diferen a de, no m ximo, 4% sobre Y (30%). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 18 a O poema abaixo pertence poesia concreta brasileira. O termo latino de seu t tulo significa epital mio , poema ou canto em homenagem aos que se casam. Epithalamium - II S h e he = ele &=e She = ela S = serpens h = homo e = eva (Pedro Xisto) Considerando que s mbolos e sinais s o utilizados geralmente para demonstra es objetivas, ao serem incorporados no poema Epithalamium - II , a) adquirem novo potencial de significa o. b) eliminam a subjetividade do poema. c) op em-se ao tema principal do poema. d) invertem seu sentido original. e) tornam-se confusos e equivocados. Resolu o A explora o dos aspectos materiais do significante (a disposi o tipogr fica, a letra impressa) e a incorpora o de outros signos instauram diversas possibilidades de leitura do poema, proposto como uma esp cie de enigma visual cifrado. Uma delas, a mais evidente, sugere o envolvimento do homem ( he = ele , h = homo ) pela mulher ( She = ela , e = eva ), na ambig idade sugerida pela imagem continente S (serpente, ela) e pela id ia do epital mio, do casamento, da uni o, da sociedade (&). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 19 a A conversa entre Mafalda e seus amigos a) revela a real dificuldade de entendimento entre posi es que pareciam convergir. b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. c) expressa o predom nio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posi es divergentes. d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate pol tico de id ias. e) mostra a preponder ncia do ponto de vista masculino nas discuss es pol ticas para superar diverg ncias. Resolu o A disc rdia entre os amigos de Mafalda, ap s concordarem em que a humanidade estivesse indo para a frente , j se insinua no segundo quadro, com as retic ncias que truncam a express o que se subentende: claro . No terceiro quadro, a contraposi o dos meninos ( esquerda e direita) introduz a no o de subjetividade, de posi o pessoal, j que, para cada um dos interlocutores, para frente aponta uma dire o contr ria. A conclus o amargamente ir nica de Mafalda envolve a compreens o de que, para que a humanidade fosse para frente, seria necess rio superar a irredutibilidade das posi es pessoais. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 20 a resposta oficial: e Instruc es: As quest es de n meros 20 e 21 referemse ao poema abaixo. Brasil O Z Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem Sois crist o? N o. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teter tet Quiz Quiz Quec ! L longe a on a resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo sa do da fornalha Tomou a palavra e respondeu Sim pela gra a de Deus Canhem Bab Canhem Bab Cum Cum! E fizeram o Carnaval (Oswald de Andrade) Este texto apresenta uma vers o humor stica da forma o do Brasil, mostrando-a como uma jun o de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, correto afirmar que a vis o apresentada pelo texto a) amb gua, pois tanto aponta o car ter desconjuntado da forma o nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem. b) inovadora, pois mostra que as tr s ra as formadoras portugueses, negros e ndios pouco contribu ram para a forma o da identidade brasileira. c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da forma o crist do Brasil como causa da predomin ncia de elementos primitivos e pag os. d) preconceituosa, pois critica tanto ndios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas. e) negativa, pois retrata a forma o do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade. Resolu o Segundo o poema de Oswald de Andrade, a mistura de portugueses, ndios e negros que n o se entenderam em diversas l nguas (portugu s, l nguas ind genas e l nguas africanas) teria resultado numa cultura h brida e an rquica cujo s mbolo seria o Carnaval. Sem d vida, trata-se de um texto amb guo, em que a forma o do Brasil celebrada com humor e ironia. A resposta tida como correta pela Banca Examinadora (alternativa e) ignora o sentido positivo que o Carnaval teve para os modernistas e, especialmente, para Oswald de Andrade. Essa resposta seria discut vel se n o se levasse em considera o o autor e o contexto do poema; levando-os em conta, uma resposta inaceit vel. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 21 e resposta oficial: a A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifesta o do a) poeta e do colonizador apenas. b) colonizador e do negro apenas. c) negro e do ndio apenas. d) colonizador, do poeta e do negro apenas. e) poeta, do colonizador, do ndio e do negro. Resolu o Al m do emissor do poema (o poeta), que narra a historieta e estabelece sua perspectiva, os outros actantes (= figuras que atuam) do texto s o o Z Pereira (o portugu s colonizador), o ndio e o negro. Ainda que as falas do ndio e do negro reproduzam, em sua primeira parte, o discurso colonizador (o ndio fala como Gon alves Dias e o negro, como um cat lico), trata-se de falas de ndio e negro colonizados, e n o de falas do colonizador, como a segunda parte do que diz cada um deles n o nos permite esquecer. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 22 b O jivaro Um Sr. Matter, que fez uma viagem de explora o Am rica do Sul, conta a um jornal sua conversa com um ndio jivaro, desses que sabem reduzir a cabe a de um morto at ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas opera es, e o ndio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo. O Sr. Matter: N o, n o! Um homem, n o. Fa a isso com a cabe a de um macaco. E o ndio: Por que um macaco? Ele n o me fez nenhum mal! (Rubem Braga) O assunto de uma cr nica pode ser uma experi ncia pessoal do cronista, uma informa o obtida por ele ou um caso imagin rio. O modo de apresentar o assunto tamb m varia: pode ser uma descri o objetiva, uma exposi o argumentativa ou uma narrativa sugestiva. Quanto finalidade pretendida, pode-se promover uma reflex o, definir um sentimento ou t o-somente provocar o riso. Na cr nica O jivaro, escrita a partir da reportagem de um jornal, Rubem Braga se vale dos seguintes elementos: Assunto Modo de apresentar Finalidade a) caso descri o objetiva provocar o riso imagin rio b) informa o narrativa sugestiva promover colhida reflex o c) informa o descri o objetiva definir um colhida sentimento d) experi ncia narrativa sugestiva provocar o riso pessoal e) experi ncia exposi o promover pessoal argumentativa reflex o Resolu o O assunto do texto n o um caso imagin rio (alternativa a) nem uma experi ncia pessoal (alternativas d e e). Trata-se, evidentemente, da informa o colhida (alternativas b e c) colhida, como informa o enunciado do teste, na reportagem de um jornal . O modo de apresenta o , claramente, narrativo, tratando-se de uma hist ria sugestiva, ou seja, que sugere significa o que vai al m do que contado. Portanto, tratase de um texto cuja finalidade promover reflex o no caso, reflex o acerca da vis o das rela es humanas e da justi a contida na fala final do ndio jivaro. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 23 e C ndido Portinari (1903-1962), em seu livro Retalhos de Minha Vida de Inf ncia, descreve os p s dos trabalhadores. P s disformes. P s que podem contar uma hist ria. Confundiam-se com as pedras e os espinhos. P s semelhantes aos mapas: com montes e vales, vincos como rios. (..) P s sofridos com muitos e muitos quil metros de marcha. P s que s os santos t m. Sobre a terra, dif cil era distingui-los. Agarrados ao solo, eram como alicerces, muitas vezes suportavam apenas um corpo franzino e doente. (C ndido Portinari, Retrospectiva, Cat logo MASP) As fantasias sobre o Novo Mundo, a diversidade da natureza e do homem americano e a cr tica social foram temas que inspiraram muitos artistas ao longo de nossa Hist ria. Dentre estas imagens, a que melhor caracteriza a cr tica social contida no texto de Portinari a) b) c) d) e) Resolu o Os p s sofridos e vincados de que fala Portinari p s que funcionam como sin doques (parte pelo todo) dos trabalhadores oprimidos e da condi o desumana do trabalho no Brasil correspondem imagem da alterOBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 nativa e, que parece apresentar p s maltratados de homens pobres. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 24 c O movimento hip-hop t o urbano quanto as grandes constru es de concreto e as esta es de metr , e cada dia se torna mais presente nas grandes metr poles mundiais. Nasceu na periferia dos bairros pobres de Nova lorque. formado por tr s elementos: a m sica (o rap), as artes pl sticas (o grafite) e a dan a (o break). No hip-hop os jovens usam as express es art sticas como uma forma de resist ncia pol tica. Enraizado nas camadas populares urbanas, o hip-hop afirmou-se no Brasil e no mundo com um discurso pol tico a favor dos exclu dos, sobretudo dos negros. Apesar de ser um movimento origin rio das periferias norte-americanas, n o encontrou barreiras no Brasil, onde se instalou com certa naturalidade o que, no entanto, n o significa que o hip-hop brasileiro n o tenha sofrido influ ncias locais. O movimento no Brasil h brido: rap com um pouco de samba, break parecido com capoeira e grafite de cores muito vivas. (Adaptado de Ci ncia e Cultura, 2004) De acordo com o texto, o hip-hop uma manifesta o art stica tipicamente urbana, que tem como principais caracter sticas a) a nfase nas artes visuais e a defesa do car ter nacionalista. b) a aliena o pol tica e a preocupa o com o conflito de gera es. c) a afirma o dos socialmente exclu dos e a combina o de linguagens. d) a integra o de diferentes classes sociais e a exalta o do progresso. e) a valoriza o da natureza e o compromisso com os ideais norte-americanos. Resolu o As afirma es da alternativa c correspondem, precisamente, a dados do texto: a afirma o dos socialmente exclu dos = um discurso pol tico a favor dos exclu dos e a combina o de linguagens = formado por tr s elementos: a m sica (o rap), as artes pl sticas (o grafite) e a dan a (o break) . OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 25 e FRANK & ERNEST/Bob Thaves Nesta tirinha, a personagem faz refer ncia a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para a) condenar a pr tica de exerc cios f sicos. b) valorizar aspectos da vida moderna. c) desestimular o uso das bicicletas. d) caracterizar o di logo entre gera es. e) criticar a falta de perspectiva do pai. Resolu o O garoto da tirinha estabelece uma rela o de semelhan a (base da met fora) entre os exerc cios que o pai pratica numa bicicleta ergom trica (que n o conduzem a lugar nenhum) e a falta de perspectiva da vida do pai. Instru es: As quest es de n meros 26 e 27 referem-se ao poema abaixo. Cidade grande Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta ind stria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe t o not ria, prima-rica do Rio de Janeiro, que j tem cinco favelas por enquanto, e mais promete. (Carlos Drummond de Andrade) 26 c Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se pr pria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contr rio do que se pensa, com inten o cr tica. d) denota o, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido pr prio e objetivo. e) prosopop ia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida. Resolu o No texto de Drummond, a no o de progresso e a vis o da cidade grande aparecem indissoluvelmente associadas a mazelas como o surgimento de favelas. Trata-se de uma vis o ir nica do desenvolvimento. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 27 d No trecho Montes Claros cresceu tanto, / (...),/ que j tem cinco favelas , a palavra que contribui para estabelecer uma rela o de conseq ncia. Dos seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse mesmo tipo de rela o: a) Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu n o era Deus / se sabias que eu era fraco. b) No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu / chamava para o caf . c) Teus ombros suportam o mundo / e ele n o pesa mais que a m o de uma crian a. d) A aus ncia um estar em mim. / E sinto-a, branca, t o pegada, aconchegada nos meus bra os, / que rio e dan o e invento exclama es alegres. e) Penetra surdamente no reino das palavras. / L est o os poemas que esperam ser escritos. Resolu o A conjun o que estabelece rela o de conseq ncia entre as ora es rio e dan o e invento exclama es alegres e a anterior. O conectivo que precedido de palavras como tanto(a), t o, tamanho(a) estabelece a rela o consecutiva. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 28 e Ao longo do s culo XX, as caracter sticas da popula o brasileira mudaram muito. Os gr ficos mostram as altera es na distribui o da popula o da cidade e do campo e na taxa de fecundidade (n mero de filhos por mulher) no per odo entre 1940 e 2000. Comparando-se os dados dos gr ficos, pode-se concluir que a) o aumento relativo da popula o rural acompanhado pela redu o da taxa de fecundidade. b) quando predominava a popula o rural, as mulheres tinham em m dia tr s vezes menos filhos do que hoje. c) a diminui o relativa da popula o rural coincide com o aumento do n mero de filhos por mulher. d) quanto mais aumenta o n mero de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade. e) com a intensifica o do processo de urbaniza o, o n mero de filhos por mulher tende a ser menor. Resolu o Ao longo do per odo observado, da d cada de 1940 ao ano 2000, em termos comparativos com a evolu o da popula o urbana e rural do Brasil, evidenciam-se a redu o da popula o rural e o aumento da popula o urbana. De forma an loga, o gr fico que apresenta a taxa de fecundidade no Brasil tamb m denota a redu o da taxa de fecundidade. Dessa forma, fica assim demonstrado que a intensifica o do processo de urbaniza o reduz o n mero de filhos por mulher. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 29 b Algumas doen as que, durante v rias d cadas do s culo XX, foram respons veis pelas maiores percentagens das mortes no Brasil, n o s o mais significativas neste in cio do s culo XXI. No entanto, aumentou o percentual de mortalidade devida a outras doen as, conforme se pode observar no diagrama: No per odo considerado no diagrama, deixaram de ser predominantes, como causas de morte, as doen as a) infecto-parasit rias, eliminadas pelo xodo rural que ocorreu entre 1930 e 1940. b) infecto-parasit rias, reduzidas por maior saneamento b sico, vacinas e antibi ticos. c) digestivas, combatidas pelas vacinas, verm fugos, novos tratamentos e cirurgias. d) digestivas, evitadas gra as melhoria do padr o alimentar do brasileiro. e) respirat rias, contidas pelo melhor controle da qualidade do ar nas grandes cidades. Resolu o O diagrama mostra que as doen as infectoparasit rias eram predominantes em 1930 e que deixaram de s -lo nas d cadas seguintes. Os principais fatores respons veis por essa mudan a foram os antibi ticos, as vacinas e o saneamento b sico. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 30 d A distribui o da Popula o Economicamente Ativa (PEA) no Brasil variou muito ao longo do s culo XX. O gr fico representa a distribui o por setores de atividades (em %) da PEA brasileira em diferentes d cadas As transforma es socioecon micas ocorridas ao longo do s culo XX, no Brasil, mudaram a distribui o dos postos de trabalho do setor a) agropecu rio para o industrial, em virtude da queda acentuada na produ o agr cola. b) industrial para o agropecu rio, como conseq ncia do aumento do subemprego nos centros urbanos. c) comercial e de servi os para o industrial, como conseq ncia do desemprego estrutural. d) agropecu rio para o industrial e para o de com rcio e servi os, por conta da urbaniza o e do avan o tecnol gico. e) comercial e de servi os para o agropecu rio, em virtude do crescimento da produ o destinada exporta o. Resolu o Ao longo das d cadas consideradas no gr fico, o Brasil passou por um processo de moderniza o e automa o da economia. O setor agropecu rio mecanizou-se, liberando m o-de-obra para a cidade, onde se desenvolvem as atividades dos setores secund rio e terci rio. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 31 b O que t m em comum Noel Rosa, Castro Alves, Franz Kafka, lvares de Azevedo, Jos de Alencar e Fr d ric Chopin? Todos eles morreram de tuberculose, doen a que ao longo dos s culos fez ma s de 100 milh es de v timas. Aparentemente controlada durante algumas d cadas, a tuberculose voltou a matar. O principal obst culo para seu controle o aumento do n mero de linhagens de bact rias resistentes aos antibi ticos usados para combat -Ia. Esse aumento do n mero de linhagens resistentes se deve a a) modifica es no metabolismo das bact rias, para neutralizar o efeito dos antibi ticos e incorpor -los sua nutri o. b) muta es selecionadas pelos antibi ticos, que eliminam as bact rias sens veis a eles, mas permitem que as resistentes se multipliquem. c) muta es causadas pelos antibi ticos, para que as bact rias se adaptem e transmitam essa adapta o a seus descendentes. d) modifica es fisiol gicas nas bact rias, para torn Ias cada vez mais fortes e mais agressivas no desenvolvimento da doen a. e) modifica es na sensibilidade das bact rias, ocorridas depois de passarem um longo tempo sem contato com antibi ticos. Resolu o Linhagens bacterianas resistentes s o resultantes de muta es casuais e espont neas sofridas por estes microorganismos. A aplica o indiscriminada de antibi ticos contribui para a sele o das formas resistentes, eliminando apenas as sens veis. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 32 d O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) permite avaliar as condi es de qualidade de vida e de desenvolvimento de um pa s, de uma regi o ou de uma cidade, a partir de seus indicadores de renda, longevidade e educa o. Cada indicador varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (desenvolvimento m ximo). A tabela apresenta os valores de IDH de tr s munic pios brasileiros, X, Y e Z, medidos nos anos de 1991 e 2000. IDH Renda IDH Longevidade IDH Educa o 1991 2000 1991 2000 1991 2000 Munic pio X 0,431 0,402 0,456 0,551 0,328 0,568 Y 0,374 0,379 0,459 0,548 0,422 0,634 Z 0,501 0,420 0,611 0,648 0,188 0,448 (Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil) Mudan as desses indicadores de IDH podem ser obtidas com a implanta o de pol ticas p blicas, tais como: I. Expans o dos empregos com melhoria de renda m dia. II. A es de promo o de sa de e de preven o de doen as. III. Amplia o de escolas de ensino b sico e de educa o de jovens e adultos. Os resultados apresentados em 2000 s o compativeis com a implementa o bem sucedida em todos esses tr s munic pios, ao longo da d cada de noventa, das pol ticas a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) II, apenas. Resolu o A implanta o de pol ticas p blicas, como: promo o de sa de e preven o de doen as, investimentos em educa o e a amplia o do n mero de empregos, pode refletir nessa varia o positiva do IDH. A tabela mostra a evolu o dos tr s munic pios em rela o ao IDH-longevidade e IDH-educa o, embora em ritmos diferentes. No entanto, no munic pio X, o IDH-renda diminuiu, excluindo a possibilidade de melhorias na renda nacional. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 33 b Uma pesquisa sobre or amentos familiares, realizada recentemente pelo IBGE, mostra alguns itens de despesa na distribui o de gastos de dois grupos de fam lias com rendas mensais bem diferentes. TIPO DE RENDA AT RENDA MAIOR OU DESPESA R$ 400,00 IGUAL A R$ 6.000,00 Habita o 37% 23% Alimenta o 33% 9% Transporte 8% 17% Sa de 4% 6% Educa o 0,3% 5% Outros 17,7% 40% Considere duas fam lias com rendas de R$ 400,00 e R$ 6.000,00, respectivamente, cujas despesas variam de acordo com os valores das faixas apresentadas. Nesse caso, os valores, em R$, gastos com alimenta o pela fam lia de maior renda, em rela o aos da fam lia de menor renda, s o, aproximadamente, a) dez vezes maiores. b) quatro vezes maiores. d) equivalentes. d) tr s vezes menores. e) nove vezes menores. Resolu o Os gastos com alimenta o pelas duas fam lias s o a) na de menor renda, 33% de R$ 400,00 = R$ 132,00 b) na de maior renda, 9% de R$ 6000,00 = R$ 540,00 Dessa forma, o valor, em reais, gasto com alimenta o da fam lia de maior renda aproximadamente quatro vezes maior que o da fam lia de menor renda. 34 e A necessidade de gua tem tornado cada vez mais importante a reutiliza o planejada desse recurso. Entretanto, os processos de tratamento de guas para seu reaproveitamento nem sempre as tornam pot veis, o que leva a restri es em sua utiliza o. Assim, dentre os poss veis empregos para a denominada gua de reuso , recomenda-se a) o uso dom stico, para preparo de alimentos. b) o uso em laborat rios, para a produ o de f rmacos. c) o abastecimento de reservat rios e mananciais. d) o uso individual, para banho e higiene pessoal. e) o uso urbano, para lavagem de ruas e reas p blicas. Resolu o Considerando que os processos de tratamento n o resultam necessariamente em gua pot vel, a gua de reuso n o deve ser empregada em atividades ligadas higiene e ao consumo da popula o, nem direcionada aos mananciais, nos quais pode comprometer reservas estrat gicas. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 35 e O Aq fero Guarani se estende por 1,2 milh o de km2 e um dos maiores reservat rios de guas subterr neas do mundo. O aq fero como uma esponja gigante de arenito, uma rocha porosa e absorvente, quase totalmente confinada sob centenas de metros de rochas imperme veis. Ele recarregado nas reas em que o arenito aflora superf cie, absorvendo gua da chuva. Uma pesquisa realizada em 2002 pela Embrapa apontou cinco pontos de contamina o do aq fero por agrot xico, conforme a figura: Considerando as conseq ncias socioambientais e respeitando as necessidades econ micas, pode-se afirmar que, diante do problema apresentado, pol ticas p blicas adequadas deveriam a) proibir o uso das guas do aq fero para irriga o. b) impedir a atividade agr cola em toda a regi o do aq fero. c) impermeabilizar as reas onde o arenito aflora. d) construir novos reservat rios para a capta o da gua na regi o. e) controlar a atividade agr cola e agroindustrial nas reas de recarga. Resolu o O aq fero Guarani poder ser uma resposta s necessidades da utiliza o de gua, tanto para consumo urbano quanto para a irriga o agr cola, cujo gasto se intensificou acentuadamente no Centro-Sul do pa s nos ltimos anos. Sua localiza o, contudo, est muito pr xima de reas de intensa atividade agr cola (com plantios como soja, cana e algod o) que utilizam enormes quantidades de agrot xicos, os quais, dispersos no solo, poder o penetrar na rocha, atingindo o aq fero. A fun o das pol ticas p blicas controlar essas OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 atividades agro-industriais, a fim de se garantir um m nimo de prote o do aq fero, permitindo seu futuro uso pelas comunidades vizinhas. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 36 a Por que o n vel dos mares n o sobe, mesmo recebendo continuamente as guas dos rios? Essa quest o j foi formulada por s bios da Gr cia antiga. Hoje responder amos que a) a evapora o da gua dos oceanos e o deslocamento do vapor e das nuvens compensam as guas dos rios que des guam no mar. b) a forma o de geleiras com gua dos oceanos, nos p los, contrabalan a as guas dos rios que des guam no mar. c) as guas dos rios provocam as mar s, que as transferem para outras regi es mais rasas, durante a vazante. d) o volume de gua dos rios insignificante para os oceanos e a gua doce diminui de volume ao receber sal marinho. e) as guas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade, onde s o comprimidas pela enorme press o resultante da coluna de gua. Resolu o A gua dos mares est em permanente processo de evapora o e a massa de gua que passa para o estado gasoso compensada pela massa de gua que os mares recebem dos rios. H , entretanto, outros fatores, como infiltra o de gua, que tamb m contribuem para a manuten o do n vel dos mares. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 37 e O jornal de uma pequena cidade publicou a seguinte not cia: CORREIO DA CIDADE ABASTECIMENTO COMPROMETIDO O novo p lo agroindustrial em nossa cidade tem atra do um enorme e constante fluxo migrat rio, resultando em um aumento da popula o em torno de 2000 habitantes por ano, conforme dados do nosso censo: Ano Popula o 1995 11.965 1997 15.970 1999 19.985 2001 23.980 2003 27.990 Esse crescimento tem amea ado nosso fornecimento de gua, pois os mananciais que abastecem a cidade t m capacidade para fornecer at 6 milh es de litros de gua por dia. A prefeitura, preocupada com essa situa o, vai iniciar uma campanha visando estabelecer um consumo m dio de 150 litros por dia, por habitante. A an lise da not cia permite concluir que a medida oportuna. Mantido esse fluxo migrat rio e bem sucedida a campanha, os mananciais ser o suficientes para abastecer a cidade at o final de a) 2005. b) 2006. c) 2007. d) 2008. e) 2009. Resolu o Se 6 milh es de litros de gua por dia a capacidade dos mananciais e o consumo m dio di rio for de 150 litros por dia por habitante, ent o o n mero de habitantes em condi o de ser abastecido ser igual a: 6000000 = 40000 habitantes 150 Considerando a popula o, em 2003, de 28000 habitantes, com um aumento da popula o em torno de 2000 habitantes por ano, pode-se concluir que os mananciais ser o suficientes para abastecer a cidade at o final de 2009. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 38 d O crescimento da demanda por energia el trica no Brasil tem provocado discuss es sobre o uso de diferentes processos para sua gera o e sobre benef cios e problemas a eles associados. Est o apresentados no quadro alguns argumentos favor veis (ou positivos, P1, P2 e P3) e outros desfavor veis (ou negativos, N1, N2 e N3) relacionados a diferentes op es energ ticas. Argumentos favor veis Argumentos desfavor veis Elevado potencial no Destrui o de reas pa s do recurso P1 utilizado para a de lavoura e deslo- N1 gera o de energia. camento de popula es. Diversidade dos P2 recursos naturais que N 2 pode utilizar para a Emiss o de poluentes. gera o de energia. Necessidade de con- P3 Fonte renov vel de energia. N3 di es clim ticas adequadas para sua instala o. Ao se discutir a op o pela instala o, em uma dada regi o, de uma usina termoel trica, os argumentos que se aplicam s o a) P1 e N2. b) P1 e N3. c) P2 e N1. e) P3 e N3. d) P2 e N2. Resolu o Uma usina termoel trica produz energia mediante a combust o de determinados recursos naturais, como petr leo, carv o ou biomassa em geral. Contudo, a combust o desses recursos libera t xicos para a atmosfera. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 39 a Os sistemas de cogera o representam uma pr tica de utiliza o racional de combust veis e de produ o de energia. Isto j se pratica em algumas ind strias de a car e de lcool, nas quais se aproveita o baga o da cana, um de seus subprodutos, para produ o de energia. Esse processo est ilustrado no esquema abaixo. Entre os argumentos favor veis a esse sistema de cogera o pode-se destacar que ele a) otimiza o aproveitamento energ tico, ao usar queima do baga o nos processos t rmicos da usina e na gera o de eletricidade. b) aumenta a produ o de lcool e de a car, ao usar o baga o como insumo suplementar. d) economiza na compra da cana-de-a car, j que o baga o tamb m pode ser transformado em lcool. d) aumenta a produtividade, ao fazer uso do lcool para a gera o de calor na pr pria usina. e) reduz o uso de m quinas e equipamentos na produ o de a car e lcool, por n o manipular o baga o da cana. Resolu o Pelo fluxograma fornecido, percebemos que o baga o aproveitado para produ o de calor e eletricidade, que s o utilizados no processo industrial para se obter a car e lcool. Esse sistema de cogera o otimiza o aproveitamento energ tico. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 40 d O debate em torno do uso da energia nuclear para produ o de eletricidade permanece atual. Em um encontro internacional para a discuss o desse tema, foram colocados os seguintes argumentos: I. Uma grande vantagem das usinas nucleares o fato de n o contribu rem para o aumento do efeito estufa, uma vez que o ur nio, utilizado como combust vel , n o queimado mas sofre fiss o. II. Ainda que sejam raros os acidentes com usinas nucleares, seus efeitos podem ser t o graves que essa alternativa de gera o de eletricidade n o nos permite ficar tranq ilos. A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que a) o primeiro v lido e o segundo n o , j que nunca ocorreram acidentes com usinas nucleares. b) o segundo v lido e o primeiro n o , pois de fato h queima de combust vel na gera o nuclear de eletricidade. c) o segundo valido e o primeiro irrelevante, pois nenhuma forma de gerar eletricidade produz gases do efeito estufa. d) ambos s o v lidos para se compararem vantagens e riscos na op o por essa forma de gera o de energia. e) ambos s o irrelevantes, pois a op o pela energia nuclear est -se tornando uma necessidade inquestion vel. Resolu o A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que ambos s o v lidos para se compararem vantagens e riscos na op o por essa forma de gera o de energia. O ur nio utilizado na usina nuclear sofre um processo chamado de fiss o, pois ocorre a quebra de um n cleo grande (ur nio), originado n cleos menores. Portanto, n o h queima de combust vel na gera o nuclear de eletricidade. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 41 a Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regi es Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os rel gios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado hor rio de ver o. Essa medida, que se repete todos os anos, visa a) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do per odo de ilumina o natural do dia, que maior nessa poca do ano. b) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribui o da demanda entre o per odo da manh e da tarde. c) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrel tricas ao regime de chuvas, abundantes nessa poca do ano nas regi es que adotam esse hor rio. d) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do per odo da tarde, hor rio em que os bares e restaurantes s o mais freq entados. e) responder a uma exig ncia das ind strias, possibilitando que elas realizem um melhor escalonamento das f rias de seus funcion rios. Resolu o A transla o um dos movimentos astron micos da Terra e consiste numa rbita ligeiramente el ptica em torno do Sol. A composi o do movimento de transla o com a inclina o natural do eixo de rota o da Terra em rela o ao plano de rbita (plano imagin rio que une o centro da Terra ao centro do Sol) resulta nas esta es clim ticas do ano. O fen meno caracterizado por varia es de dura o dos dias e das noites proporcionais latitude. As regi es Sul, Sudeste e CentroOeste do Brasil est o em latitudes em que ocorre essa varia o de dura o dos dias entre o ver o e o inverno. Deste modo, no dia 21 de dezembro, temos o solst cio (dia com diferente dura o em rela o noite; o dia mais longo do ano) de ver o, com dias mais longos que as noites. Portanto, ao longo do per odo de outubro a fevereiro, as regi es Sul, Sudeste e CentroOeste, com dias mais prolongados ao adotar o artif cio do hor rio de ver o com uma hora a mais nos rel gios, consegue uma economia de energia. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 42 b H estudos que apontam raz es econ micas e ambientais para que o g s natural possa vir a tornar-se, ao longo deste s culo, a principal fonte de energia em lugar do petr leo. Justifica-se essa previs o, entre outros motivos, porque o g s natural a) al m de muito abundante na natureza um combust vel renov vel. b) tem novas jazidas sendo exploradas e menos poluente que o petr leo. c) vem sendo produzido com sucesso a partir do carv o mineral. d) pode ser renovado em escala de tempo muito inferior do petr leo. e) n o produz CO2 em sua queima, impedindo o efeito estufa. Resolu o O g s natural menos poluente que o petr leo e tem novas jazidas sendo exploradas. Recentemente foi descoberta uma enorme jazida de g s natural na Bacia de Santos. Todo combust vel f ssil produz CO2 em sua queima. CH4 + 2O2 CO2 + 2H2O Os combust veis f sseis (petr leo, carv o mineral e g s natural) n o s o renov veis. O g s natural pode ser produzido a partir do carv o mineral de acordo com as equa es: 1000 C C + H2O CO + H2 catalisador CO + 3H2 CH4 + H2O No entanto, a obten o do g s natural a partir do carv o mais dispendiosa que a explora o a partir de uma jazida. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 43 c As previs es de que, em poucas d cadas, a produ o mundial de petr leo possa vir a cair t m gerado preocupa o, dado seu car ter estrat gico. Por essa raz o, em especial no setor de transportes, intensificou-se a busca por alternativas para a substitui o do petr leo por combust veis renov veis. Nesse sentido, al m da utiliza o de lcool, vem se propondo, no Brasil, ainda que de forma experimental, a) a mistura de percentuais de gasolina cada vez maiores no lcool. b) a extra o de leos de madeira para sua convers o em g s natural. c) o desenvolvimento de tecnologias para a produ o de biodiesel. d) a utiliza o de ve culos com motores movidos a g s do carv o mineral. e) a substitui o da gasolina e do diesel pelo g s natural. Resolu o A busca de novas alternativas para a gera o de energia, com a utiliza o de combust veis renov veis, leva ao desenvolvimento de novas tecnologias, principalmente a produ o do biodiesel, a partir de leos vegetais. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 44 c J s o comercializados no Brasil ve culos com motores que podem funcionar com o chamado combust vel flex vel, ou seja, com gasolina ou lcool em qualquer propor o. Uma orienta o pr tica para o abastecimento mais econ mico que o motorista multiplique o pre o do litro da gasolina por 0,7 e compare o resultado com o pre o do litro de lcool. Se for maior, deve optar pelo lcool. A raz o dessa orienta o deve-se ao fato de que, em m dia, se com um certo volume de lcool o ve culo roda dez quil metros, com igual volume de gasolina rodaria cerca de a) 7 km. b) 10 km. c) 14 km. d) 17 km. e) 20 km. Resolu o De acordo com o texto, conclu mos que a equival ncia para o uso de lcool ou gasolina deve ser entendida como o mesmo custo para percorrer a mesma dist ncia. Indiquemos por VA volume de lcool para percorrer uma dist ncia d VG volume de gasolina para percorrer a mesma dist ncia d PA pre o do litro de lcool PG pre o do litro de gasolina PA . VA = PG . VG PA = 0,7 PG 0,7 PG VA = PG VG 1 VG = 0,7 VA VA = VG 0,7 Donde: VA 1,4VG Isto significa que o rendimento da gasolina da ordem de 40% superior ao do lcool. Assim, se com um dado volume de lcool percorremos 10km, com o mesmo volume de gasolina devemos percorrer cerca de 14km. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 45 c O excesso de ve culos e os congestionamentos em grandes cidades s o temas de freq entes reportagens. Os meios de transportes utilizados e a forma como s o ocupados t m reflexos nesses congestionamentos, al m de problemas ambientais e econ micos. No gr fico a seguir, podem-se observar valores m dios do consumo de energia por passageiro e por quil metro rodado, em diferentes meios de transporte, para ve culos em duas condi es de ocupa o (n mero de passageiros): ocupa o t pica e ocupa o m xima. Esses dados indicam que pol ticas de transporte urbano devem tamb m levar em conta que a maior efici ncia no uso de energia ocorre para os a) nibus, com ocupa o t pica. b) autom veis, com poucos passageiros. c) transportes coletivos, com ocupa o m xima. d) autom veis, com ocupa o m xima. e) trens, com poucos passageiros. Resolu o A maior efici ncia no uso de energia corresponde menor energia consumida por passageiro por km. De acordo com o gr fico os menores valores desta energia consumida por passageiro e por km correspondem ao nibus, metr e trem (nesta ordem) com ocupa o m xima. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 46 a Programas de reintrodu o de animais consistem em soltar indiv duos, criados em cativeiro, em ambientes onde sua esp cie se encontra amea ada ou extinta. O mico-le o-dourado da Mata Atl ntica faz parte de um desses programas. Como faltam aos micos criados em cativeiro habilidades para sobreviver em seu habitat, s o formados grupos sociais desses micos com outros capturados na natureza, antes de solt -Ios coletivamente. O gr fico mostra o n mero total de animais, em uma certa regi o, a cada ano, ao longo de um programa de reintrodu o desse tipo. A an lise do gr fico permite concluir que o sucesso do programa deveu-se a) adapta o dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural, mostrada pelo aumento do n mero de nascidos na natureza. b) ao aumento da popula o total, resultante da reintrodu o de um n mero cada vez maior de animais. c) elimina o dos animais nascidos em cativeiro pelos nascidos na natureza, que s o mais fortes e selvagens. d) ao pequeno n mero de animais reintroduzidos, que se mantiveram isolados da popula o de nascidos na natureza. e) grande sobreviv ncia dos animais reintroduzidos, que compensou a mortalidade dos nascidos na natureza. Resolu o O sucesso do programa de reintrodu o de animais deveuse adapta o dos animais nascidos em cativeiro ao ambiente natural, mostrada pelo aumento da natalidade. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 47 a O bicho-fur o-dos-citros causa preju zos anuais de US$ 50 milh es citricultura brasileira, mas pode ser combatido eficazmente se um certo agrot xico for aplicado planta o no momento adequado. poss vel determinar esse momento utilizando-se uma armadilha constitu da de uma caixinha de papel o, contendo uma pastilha com o ferom nio da f mea e um adesivo para prender o macho. Verificando periodicamente a armadilha, percebe-se a poca da chegada do inseto. Uma vantagem do uso dessas armadilhas, tanto do ponto de vista ambiental como econ mico, seria a) otimizar o uso de produtos agrot xicos. b) diminuir a popula o de predadores do bicho-fur o. c) capturar todos os machos do bicho-fur o. d) reduzir a rea destinada planta o de laranjas. e) espantar o bicho-fur o das proximidades do pomar. Resolu o O uso de armadilhas para atra o e apreens o dos machos permite evidenciar o aumento da popula o de insetos e correlacionar com o per odo de aplica o do agrot xico, no momento adequado, procurando reduzir a popula o desses animais. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 48 e No ver o de 2000 foram realizadas, para an lise, duas coletas do lixo deixado pelos freq entadores em uma praia no litoral brasileiro. O lixo foi pesado, separado e classificado. Os resultados das coletas feitas est o na tabela a seguir. DADOS OBTIDOS (em rea de cerca de 1900 m2) COLETA DE LIXO 1 coleta 2 coleta PESO TOTAL 8,3 kg 3,2 kg Itens de Pl stico 399 (86,4%) 174 (88,8%) Itens de Vidro 10 (2,1%) 03 (1,6%) Itens de Metal 14 (3,0%) 07 (3,6%) Itens de Papel 17 (3,7%) 06 (3,0%) N MERO DE PESSOAS NA PRAIA 270 80 Adaptado de Ci ncia Hoje Embora fosse grande a venda de bebidas em latas nessa praia, n o se encontrou a quantidade esperada dessas embalagens no lixo coletado, o que foi atribu do exist ncia de um bom mercado para a reciclagem de alum nio. Considerada essa hip tese, para reduzir o lixo nessa praia, a iniciativa que mais diretamente atende variedade de interesses envolvidos, respeitando a preserva o ambiental, seria a) proibir o consumo de bebidas e de outros alimentos nas praias. b) realizar a coleta de lixo somente no per odo noturno. c) proibir a comercializa o apenas de produtos com embalagem. d) substituir embalagens pl sticas por embalagens de vidro. e) incentivar a reciclagem de pl sticos, estimulando seu recolhimento. Resolu o Para reduzir o lixo nessa praia, a iniciativa que mais diretamente atende variedade de interesses envolvidos, respeitando a preserva o ambiental, seria incentivar a reciclagem de pl sticos, estimulando seu recolhimento. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 49 d Um rio que localmente degradado por dejetos org nicos nele lan ados pode passar por um processo de autodepura o. No entanto, a recupera o depende, entre outros fatores, da carga de dejetos recebida, da extens o e do volume do rio. Nesse processo, a distribui o das popula es de organismos consumidores e decompositores varia, conforme mostra o esquema: (B. Braga et aI. Introdu o Engenharia Ambiental.) Com base nas informa es fornecidas pelo esquema, s o feitas as seguintes considera es sobre o processo de depura o do rio: I. a vida aqu tica superior pode voltar a existir a partir de uma certa dist ncia do ponto de lan amento dos dejetos; II. os organismos decompositores s o os que sobrevivem onde a oferta de oxig nio baixa ou inexistente e a mat ria org nica abundante; III. as comunidades biol gicas, apesar da polui o, n o se alteram ao longo do processo de recupera o. Est correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e ll, apenas. e) I, II e III. Resolu o I. Correta. A vida aqu tica superior volta a existir desde que as guas sejam limpas. II. Correta. Os dejetos org nicos s o decompostos, inicialmente, por decompositores aer bios, levando ao d ficit de O2 dissolvido na gua. Nestas condi es s sobrevivem os decompositores anaer bios. III. Falsa. As comunidades biol gicas alteram-se ao longo do processo de recupera o do rio. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 50 d Em setembro de 1998, cerca de 10.000 toneladas de cido sulf rico (H2SO4) foram derramadas pelo navio Bahamas no litoral do Rio Grande do Sul. Para minimizar o impacto ambiental de um desastre desse tipo, preciso neutralizar a acidez resultante. Para isso pode-se, por exemplo, lan ar calc rio, min rio rico em carbonato de c lcio (CaCO3), na regi o atingida. A equa o qu mica que representa a neutraliza o do H2SO4 por CaCO3, com a propor o aproximada entre as massas dessas subst ncias : H2SO4 + CaCO3 1 tonelada reage 1 tonelada com CaSO4 + H2O s lido sedimentado + CO2 g s Pode-se avaliar o esfor o de mobiliza o que deveria ser empreendido para enfrentar tal situa o, estimando a quantidade de caminh es necess ria para carregar o material neutralizante. Para transportar certo calc rio que tem 80% de CaCO3, esse n mero de caminh es, cada um com carga de 30 toneladas, seria pr ximo de a) 100. b) 200. c) 300. d) 400. e) 500. Resolu o Como para neutralizar 1 tonelada de H2SO4 necess ria 1 tonelada de CaCO3, para neutralizar 10.000 toneladas de H2SO4 ser o necess rias 10.000 toneladas de CaCO3. Cada caminh o carrega 30 toneladas contendo 80% de CaCO3. A massa de CaCO3 carregada ser : 30 toneladas 100% x 80% x = 24 toneladas de CaCO3 C lculo do n mero de caminh es necess rios para carregar 10.000 toneladas: 1 caminh o 24 toneladas y 10.000 toneladas y = 416 caminh es Resposta aproximada: 400 caminh es. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 51 b Em conflitos regionais e na guerra entre na es tem sido observada a ocorr ncia de seq estros, execu es sum rias, torturas e outras viola es de direitos. Em 10 de dezembro de 1948, a Assembl ia Geral das Na es Unidas adotou a Declara o Universal dos Direitos do Homem, que, em seu artigo 5 , afirma: Ningu m ser submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cru is, desumanos ou degradantes. Assim, entre na es que assinaram essa Declara o, coerente esperar que a) a Constitui o de cada pa s deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto houver conflito. b) a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, at mesmo em situa es de conflito. c) a viola o dos direitos humanos por uma na o autorize a mesma viola o pela na o advers ria. d) sejam estabelecidos limites de toler ncia, para al m dos quais a viola o aos direitos humanos seria permitida. e) a autodefesa nacional legitime a supress o dos Direitos Universais do Homem. Resolu o Alternativa escolhida por exclus o, pois todas as outras admitem, de uma forma ou de outra, algum tipo de viola o dos direitos humanos. Todavia, n o cabe considerar que a soberania dos Estados deva estar em conformidade com os direitos universais do homem, pois soberania significa simplesmente independ ncia de um Estado, qualquer que seja sua posi o ideol gica. Obs. A Assembl ia Geral da ONU de 1948 aprovou a Declara o Universal dos Direitos Humanos (e n o do Homem ). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 52 e Um certo carro esporte desenhado na Calif rnia, financiado por T quio, o prot tipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem feita nos EUA e M xico, com componentes eletr nicos inventados em Nova J rsei (EUA), fabricados no Jap o. ( ). J a ind stria de confec o norte-americana, quando inscreve em seus produtos made in USA , esquece de mencionar que eles foram produzidos no M xico, Caribe ou Filipinas. (Renato Ortiz, Mundializa o e Cultura) O texto ilustra como em certos pa ses produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando o pa s produtor. De fato, tais roupas costumam ser feitas em f bricas chamadas maquiladoras situadas em zonas-francas, onde os trabalhadores nem sempre t m direitos trabalhistas garantidos. A produ o nessas condi es indicaria um processo de globaliza o que a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econ micas entre eles pela aproxima o entre um centro rico e uma periferia pobre. b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identifica o da origem de produ o dos bens e mercadorias. c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circula o de bens e capitais e do interc mbio de tecnologia. d) compensa as disparidades econ micas pela socializa o de novas tecnologias e pela circula o globalizada da m o-de-obra. e) reafirma as diferen as entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora das fronteiras dos Estados Nacionais. Resolu o Com o advento do processo de globaliza o uma tend ncia geral a descentraliza o do processo de produ o. Os pa ses centrais concentraram a gera o de tecnologia, as iniciativas de produ o e a produ o de itens de alto valor agregado. Para os pa ses perif ricos dirige-se a produ o de g neros de baixo valor agregado. Esses pa ses oferecem m o-de-obra barata entre tantos insumos cr ticos de produ o. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 53 c Constitui o de 1824: Art. 98. O Poder Moderador a chave de toda a organiza o pol tica, e delegado privativamente ao Imperador. (...) para que incessantemente vele sobre a manuten o da Independ ncia, equil brio, e harmonia dos demais poderes pol ticos (...) dissolvendo a C mara dos Deputados nos casos em que o exigir a salva o do Estado. Frei Caneca: O Poder Moderador da nova inven o maquiav lica a chave mestra da opress o da na o brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a C mara dos Deputados, que a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que o representante dos apaniguados do imperador. (Voto sobre o juramento do projeto de Constitui o) Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constitui o outorgada pelo Imperador em 1824 era a) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador. b) eficaz e respons vel pela liberdade dos povos, porque garantia a representa o da sociedade nas duas esferas do poder legislativo. c) arbrit rio, porque permitia ao Imperador dissolver a C mara dos Deputados, o poder representativo da sociedade. d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Na o. e) capaz de responder s exig ncias pol ticas da na o, pois supria as defici ncias da representa o pol tica. Resolu o Mera interpreta o de texto, pois a transcri o das observa es de Frei Caneca mostra que, para o revolucion rio pernambucano, o Poder Moderador era um instrumento de opress o, uma vez que poderia dissolver a C mara dos Deputados nica institui o pol tica origin ria do voto dos cidad os (ainda que censit rio). OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 54 c A quest o tnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o Dia Nacional da Consci ncia Negra em 20 de novembro, ao inv s da tradicional celebra o do 13 de maio. Essa nova data o anivers rio da morte de Zumbi, que hoje simboliza a cr tica segrega o e exclus o social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta conviv ncia harmoniosa entre as diversas etnias. Tamb m sobre essa quest o, estudiosos fazem diferentes reflex es: . Entre n s [brasileiros], (...) a separa o imposta pelo sistema de produ o foi a mais fluida poss vel. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e at de uma ra a para outra. Esse amor, acima de preconceitos de ra a e de conven es de classe, do branco pela cabocla, pela cunh , pela ndia (...) agiu poderosamente na forma o do Brasil, ado ando-o. (Gilberto Freire. O mundo que o portugu s criou.) [Por m] o fato que ainda hoje a miscigena o n o faz parte de um processo de integra o das ra as em condi es de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda s o pouco numerosos os segmentos da popula o de cor que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, correto aproximar a) a posi o de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente s duas atitudes. b) a posi o de Gilberto Freire atitude I e a de Florestan Fernandes atitude II. c) a posi o de Florestan Fernandes atitude I e a de Gilberto Freire atitude II. d) somente a posi o de Gilberto Freire a ambas as atitudes. e) somente a posi o de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. Resolu o Mera interpreta o de texto. A atitude I se refere atual posi o dos afro-descendentes na luta pela igualdade social. J a atitude II reflete uma posi o de integra o (ainda que circunstancial) tnica e racial. Ora, as observa es de Florestan Fernandes e de Gilberto Freyre concordam, respectivamente, com as atitudes I e II. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 55 b Algumas transforma es que antecederam a Revolu o Francesa podem ser exemplificadas pela mudan a de significado da palavra restaurante . Desde o final da Idade M dia, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, ra zes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as for as dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolu o, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em p ginas emolduradas e servidos n o mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolu o, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patr es, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta pr pria. Apenas em 1835, o Dicion rio da Academia Francesa oficializou a utiliza o da palavra restaurante com o sentido atual. A mudan a do significado da palavra restaurante ilustra a) a ascens o das classes populares aos mesmos padr es de vida da burguesia e da nobreza. b) a apropria o e a transforma o, pela burguesia, de h bitos populares e dos valores da nobreza. c) a incorpora o e a transforma o, pela nobreza, dos ideais e da vis o de mundo da burguesia. d) a consolida o das pr ticas coletivas e dos ideais revolucion rios, cujas origens remontam Idade M dia. e) a institucionaliza o, pela nobreza, de pr ticas coletivas e de uma vis o de mundo igualit ria. Resolu o Interessante quest o que aborda um aspecto s ciocultural significativo da Revolu o Francesa: a ascens o da burguesia, ocupando o espa o de camada dominante at ent o preenchido pela nobreza. Visando legitimar sua nova posi o, os burgueses procuraram incorporar h bitos e atitudes de refinamento at ent o privativos dos aristocratas; mas, simultaneamente, adotaram costumes populares que se lhe afiguravam convenientes, como a prepara o de refei es nutritivas, com uma apresenta o mais atraente. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 56 b As empresas querem a metade das pessoas trabalhando o dobro para produzir o triplo. (Revista Voc S/A, 2004) Preocupado em otimizar seus ganhos, um empres rio encomendou um estudo sobre a produtividade de seus funcion rios nos ltimos quatro anos, entendida por ele, de forma simplificada, como a rela o direta entre seu lucro anual (L) e o n mero de oper rios envolvidos na produ o (n). Do estudo, resultou o gr fico abaixo. Ao procurar, no gr fico, uma rela o entre seu lucro, produtividade e n mero de oper rios, o empres rio concluiu que a maior produtividade ocorreu em 2002, e o maior lucro a) em 2000, indicando que, quanto maior o n mero de oper rios trabalhando, maior o seu lucro. b) em 2001, indicando que a redu o do n mero de oper rios n o significa necessariamente o aumento dos lucros. c) tamb m em 2002, indicando que lucro e produtividade mant m uma rela o direta que independe do n mero de oper rios. d) em 2003, devido significativa redu o de despesas com sal rios e encargos trabalhistas de seus oper rios. e) tanto em 2001, como em 2003, o que indica n o haver rela o significativa entre lucro, produtividade e n mero de oper rios. Resolu o L Considerando que a produtividade a raz o entre n () o lucro (L) e o n mero de oper rios (n), tem-se que L= L ( ) . n n Assim sendo, Em Produtividade N de oper rios Lucro 2000 20 20 R$ 40 000,00 2001 40 16 R$ 64 000,00 2002 45 12 R$ 54 000,00 2003 40 10 R$ 40 000,00 OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 O maior lucro ocorreu em 2001 e a redu o do n mero de oper rios n o gera, necessariamente, aumento nos lucros, pois de 2002 para 2003 o n mero de oper rios diminuiu e os lucros tamb m. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 57 a A identifica o da estrutura do DNA foi fundamental para compreender seu papel na continuidade da vida. Na d cada de 1950, um estudo pioneiro determinou a propor o das bases nitrogenadas que comp em mol culas de DNA de v rias esp cies. Exemplos de materiais BASES NITROGENADAS analisados Adenina Guanina Citosina Timina Espermatoz ide humano F gado humano 30,7% 19,3% 18,8% 31,2% 30,4% 19,5% 19,9% 30,2% Medula ssea de rato Espermatoz ide de ouri o-do-mar Pl ntulas de trigo 28,6% 21,4% 21,5% 28,5% 32,8% 17,7% 18,4% 32,1% 27,9% 21,8% 22,7% 27,6% Bact ria E. coli 26,1% 24,8% 23,9% 25,1% A compara o das propor es permitiu concluir que ocorre emparelhamento entre as bases nitrogenadas e que elas formam a) pares de mesmo tipo em todas as esp cies, evidenciando a universalidade da estrutura do DNA. b) pares diferentes de acordo com a esp cie considerada, o que garante a diversidade da vida. c) pares diferentes em diferentes c lulas de uma esp cie, como resultado da diferencia o celular. d) pares espec ficos apenas nos gametas, pois essas c lulas s o respons veis pela perpetua o das esp cies. e) pares espec ficos somente nas bact rias, pois esses organismos s o formados por uma nica c lula. Resolu o A an lise da tabela permite concluir que as bases nitrogenadas formam pares (A T e C G) do mesmo tipo em diferentes esp cies. O fato evidencia a universalidade da estrutura do DNA. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 58 c Nas recentes expedi es espaciais que chegaram ao solo de Marte, e atrav s dos sinais fornecidos por diferentes sondas e formas de an lise, vem sendo investigada a possibilidade da exist ncia de gua naquele planeta. A motiva o principal dessas investiga es, que ocupam freq entemente o notici rio sobre Marte, deve-se ao fato de que a presen a de gua indicaria, naquele planeta, a) a exist ncia de um solo rico em nutrientes e com potencial para a agricultura. b) a exist ncia de ventos, com possibilidade de eros o e forma o de canais. c) a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante da Terra. d) a possibilidade de extra o de gua visando ao seu aproveitamento futuro na Terra. e) a viabilidade, em futuro pr ximo, do estabelecimento de col nias humanas em Marte. Resolu o A gua um elemento precioso para a vida, bem como para a sobreviv ncia de esp cies. Foram obtidos sinais pelas sondas em Marte, nos quais o solo e as rochas demonstravam ind cios da presen a de gua naquele planeta em algum momento da sua hist ria geol gica. Isto poderia evidenciar a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante da Terra em Marte. Quanto viabilidade do estabelecimento de col nias humanas em Marte, a hip tese foi cogitada pelos investigadores, mas n o para um futuro pr ximo. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 59 b resposta oficial: a Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E n o do tamanho da minha altura... (Alberto Caeiro) A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heter nimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma id ia: a de que a compreens o que temos do mundo condicionada, essencialmente, a) pelo alcance de cada cultura. b) pela capacidade visual do observador. c) pelo senso de humor de cada um. d) pela idade do observador. e) pela altura do ponto de observa o. Resolu o Tanto no quadrinho de Dik Browne como no fragmento de Alberto Caeiro, a compreens o que se tem do mundo condicionada essencialmente pelo que se v : Hagar n o v que a Terra redonda e, por isso, n o admite a opini o de seu interlocutor; Caeiro v , a partir de sua aldeia, tanto quanto poderia ver a partir de qualquer outra, e por isso sua aldeia n o seria menor que nenhuma outra. Nada na tira nem no texto permite associar a vis o cultura , como quer a Banca Examinadora. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 60 b Na fabrica o de qualquer objeto met lico, seja um parafuso, uma panela, uma j ia, um carro ou um foguete, a metalurgia est presente na extra o de metais a partir dos min rios correspondentes, na sua transforma o e sua moldagem. Muitos dos processos metal rgicos atuais t m em sua base conhecimentos desenvolvidos h milhares de anos, como mostra o quadro: MIL NIO ANTES DE CRIS- TO quinto mil nio a.C. quarto mil nio a.C. terceiro mil nio a.C. segundo mil nio a.C. primeiro mil nio a.C. M TODOS DE EXTRA O E OPERA O Conhecimento do ouro e do cobre nativos Conhecimento da prata e das ligas de ouro e prata Obten o do cobre e chumbo a partir de seus min rios T cnicas de fundi o Obten o do estanho a partir do min rio Uso do bronze Introdu o do fole e aumento da temperatura de queima In cio do uso do ferro Obten o do merc rio e dos am lgamas Cunhagem de moedas Podemos observar que a extra o e o uso de diferentes metais ocorreram a partir de diferentes pocas. Uma das raz es para que a extra o e o uso do ferro tenham ocorrido ap s a do cobre ou estanho a) a inexist ncia do uso de fogo que permitisse sua moldagem. b) a necessidade de temperaturas mais elevadas para sua extra o e moldagem. c) o desconhecimento de t cnicas para a extra o de metais a partir de min rios. d) a necessidade do uso do cobre na fabrica o do ferro. e) seu emprego na cunhagem de moedas, em substitui o ao ouro. Resolu o Uma das raz es para que a extra o e o uso do ferro tenham ocorrido ap s a do cobre ou estanho a necessidade de temperaturas mais elevadas para sua extra o e moldagem. A equa o qu mica global do processo de obten o do ferro, a partir de um min rio e carv o, : alta 2 Fe2O3 + 6 C + 3 O2 4 Fe + 6 CO2 temperatura OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 61 b Ferramentas de a o podem sofrer corros o e enferrujar. As etapas qu micas que correspondem a esses processos podem ser representadas pelas equa es: Fe + H2O + 1/2 O2 Fe(OH)2 Fe(OH)2 + 1/2 H2O + 1/4 O2 Fe(OH)3 Fe(OH)3 + n H2O Fe(OH)3 . n H2O (ferrugem) Uma forma de tornar mais lento esse processo de corros o e forma o de ferrugem engraxar as ferramentas. Isso se justifica porque a graxa proporciona a) lubrifica o, evitando o contato entre as ferramentas. b) impermeabiliza o, diminuindo seu contato com o ar mido. c) isolamento t rmico, protegendo-as do calor ambiente. d) galvaniza o, criando superf cies met licas imunes. e) polimento, evitando ranhuras nas superf cies. Resolu o De acordo com as equa es qu micas, para haver a corros o, o ferro deve entrar em contato com o oxig nio (O2) e gua (H2O). A graxa diminui o contato do ferro com o ar mido e, conseq entemente, o processo de corros o fica mais lento. Portanto, a graxa proporciona uma impermeabiliza o das ferramentas de a o. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 62 e Comprimam-se todos os 4,5 bilh es de anos de tempo geol gico em um s ano. Nesta escala, as rochas mais antigas reconhecidas datam de mar o. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares, em maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de novembro. (Don L. Eicher, Tempo Geol gico) Meses (em milh es JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 4500 4125 3750 3375 3000 2625 2250 1875 1500 1125 750 375 de anos) Na escala de tempo acima, o sistema solar surgiu no in cio de janeiro e vivemos hoje meia-noite de 31 de dezembro. Nessa mesma escala, Pedro lvares Cabral chegou ao Brasil tamb m no m s de dezembro, mais precisamente na a) manh do dia 01. b) tarde do dia 10. c) noite do dia 15. d) tarde do dia 20. e) noite do dia 31. Resolu o A escala de tempo geol gico decrescente desde a origem da Terra at o tempo presente. Se hoje, 2004, vivemos meia-noite de 31 de dezembro e os 31 dias de dezembro representam 365 milh es de anos, ent o 504 anos atr s corresponde noite do dia 31, pois Anos 375 000 000 504 Horas 31 . 24 horas x 504 . 31 . 24 x = horas 0,001 hora, 375000000 portanto o fato (chegada de Pedro lvares Cabral ao Brasil) ocorreu pouco antes da meia-noite de 31 de dezembro. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4 63 e O consumo di rio de energia pelo ser humano vem crescendo e se diversificando ao longo da Hist ria, de acordo com as formas de organiza o da vida social. O esquema apresenta o consumo t pico de energia de um habitante de diferentes lugares e em diferentes pocas. Segundo esse esquema, do est gio primitivo ao tecnol gico, o consumo de energia per capita no mundo cresceu mais de 100 vezes, variando muito as taxas de crescimento, ou seja, a raz o entre o aumento do consumo e o intervalo de tempo em que esse aumento ocorreu. O per odo em que essa taxa de crescimento foi mais acentuada est associado passagem a) do habitante das cavernas ao homem ca ador. b) do homem ca ador utiliza o do transporte por tra o animal. c) da introdu o da agricultura ao crescimento das cidades. d) da Idade M dia m quina a vapor. e) da Segunda Revolu o Industrial aos dias atuais. Resolu o Em 100 anos (ou seja, entre aproximadamente 1860/in cio da II Revolu o Industrial e 1960), o consumo de energia cresceu cerca de 200%; por outro lado, para efeito de compara o, num per odo de 400.000 anos (entre 500.000 a.C./utiliza o do fogo e 100.000 a.C./aparecimento do Homem de Neanderthal), o consumo de energia cresceu aproximadamente 100%. OBJETIVO ENEM Agosto/ 2 0 0 4

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