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PUC-RS Vestibular de Inverno 2009 - 2º dia : Literatura Brasileira

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31) As afirmativas corretas s o LITERATURA BRASILEIRA A) I e II. A exclus o social tema frequente na literatura. O olhar sobre os exclu dos pode parecer novo; mas na verdade tem ra zes antigas na literatura brasileira, ra zes rom nticas. Os exclu dos n o s o apenas rejeitados fisicamente (pelo racismo ou pelo sexismo), espacialmente (atrav s da segrega o geogr fica, da forma o de guetos, de campos de perman ncia) ou materialmente (no caso da pobreza). Os exclu dos n o o s o apenas do mercado, do consumo, da troca. Os exclu dos s o tamb m exclu dos do simb lico, das artes, das produ es culturais, das coisas do esp rito. B) I e IV. C) II e III. D) III e IV. E) I, III e IV. ___________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 32, leia os textos I (Pai contra m e, de Machado de Assis) e II (Negrinha, de Monteiro Lobato). Esta prova focaliza o tema da exclus o e o tratamento a ele concedido por escritores brasileiros, em momentos diversos de nossa hist ria liter ria. TEXTO I A escravid o levou consigo of cios e aparelhos, como ter sucedido a outras institui es sociais. N o cito alguns aparelhos sen o por se ligarem a certo of cio. Um deles era o ferro ao pesco o, outro o ferro ao p ; havia tamb m a m scara de folha-de-flandres. A m scara fazia perder o v cio da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha s tr s buracos, dous para ver, um para respirar, e era fechada atr s da cabe a por um cadeado. Com o v cio de beber perdiam a tenta o de furtar, porque geralmente era dos vint ns do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e a ficavam dous pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. [...] O ferro ao pesco o era aplicado aos escravos fuj es. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa tamb m direita ou esquerda, at ao alto da cabe a e fechada atr s com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. INSTRU O: Para responder quest o 31, leia o trecho abaixo, extra do de Navio Negreiro, de Castro Alves, e as alternativas. Era um sonho dantesco!... o tombadilho, Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de a oite... Legi es de homens negros como a noite, Horrendos a dan ar... Negras mulheres, suspendendo s tetas Magras crian as, cujas bocas pretas Rega o sangue das m es: Outras, mo as, mas nuas e espantadas, No turbilh o de espectros arrastadas, Em nsia e m goa v s! TEXTO II Nesse fragmento, o poeta I. Negrinha era uma pobre rf de sete anos. Preta? N o; fusca, mulatinha escura, de cabelos ru os e olhos assustados. Nascera na senzala, de m e escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa n o gostava de crian as. Excelente senhora, a patroa. (...) Vinha da escravid o, fora senhora de escravos e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo essa indec ncia de negro igual a branco e qualquer coisinha: a pol cia! denuncia a perman ncia do tr fico de escravos, embora esse tenha sido proibido pela Lei Eus bio de Queir s, de 1850. II. descreve a luta dos negros, transportados no navio, contra os seus opressores, apontando para a possibilidade de liberta o. III. usa as exclama es como suporte para o tom de indigna o e rep dio ao ato escravocrata. IV. alude, com a express o sonho dantesco ao Inferno , de A Divina Com dia, para enfatizar o drama dos condenados escravid o. PUCRS www.pucrs.br 10 Concurso Vestibular Inverno 2009 Sobre os textos, afirma-se: I. INSTRU O: Para responder quest o 34, leia o texto O Bicho, de Manuel Bandeira, e as afirmativas, preenchendo os par nteses com V para verdadeiro e F para falso. No texto I, h refer ncia aos castigos sofridos pelos negros. II. No texto I, os elementos caracterizadores do negro s o o v cio de beber e a tenta o de furtar e de fugir. Vi ontem um bicho Na imund cie do p tio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, N o examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho n o era um c o, N o era um gato, N o era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. III. No texto II, Dona In cia representa a perman ncia da escravid o e do racismo na sociedade brasileira ap s o 13 de maio. IV. Em ambos os textos, h o reconhecimento de um p lo da rela o cotidiana entre o escravo e seu senhor: a viol ncia. A leitura do texto leva conclus o de que 32) Est o corretas as afirmativas ( ) o poeta situa-se cr tica e perplexamente diante da mis ria humana. A) I, II e III, apenas. B) I, II e IV, apenas. C) II, III e IV, apenas. D) I, III e IV, apenas. E) I, II, III e IV. ____________________________________________________ ( ) o bicho e o homem convivem na imund cie do p tio. ( ) o homem cata alimentos, examina-os e cheira, antes de os engolir vorazmente. ( ) o poema tipicamente modernista em todos os aspectos: sonoro, lexical, sint tico e sem ntico. INSTRU O: Para responder quest o 33, leia o poema Irene do c u, de Manuel Bandeira. ( ) c o , gato e rato , no poema, apontam para a degrada o do homem. Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. 34) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : A) V F V V F B) V V F V F C) F V F F V D) V F F V V E) F F V F V __________________________________________________ Imagino Irene entrando no c u: Licen a, meu branco! E S o Pedro bonach o: Entra, Irene. Voc n o precisa pedir licen a. No texto, o poeta sugere a possibilidade de reden o do exclu do diante da morte. INSTRU O: Para responder quest o 35, leia o trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos. II. o orgulho e prepot ncia da preta ao chegar ao c u. Na plan cie avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem tr s l guas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, atrav s dos galhos pelados na catinga rala. Arrastaram-se para l , devagar, sinh Vit ria com o filho mais novo escanchado no quarto e o ba de folha na cabe a, Fabiano sombrio, cambaio, o ai a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cintur o, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atr s. I. III. a inautenticidade da atitude humilde de Irene. IV. a simplicidade e a for a humanizadora de Irene. 33) Est o corretas apenas as afirmativas A) B) C) D) E) I e II. I e III. I e IV. III e IV. II, III e IV. PUCRS www.pucrs.br 11 Concurso Vestibular Inverno 2009 35) O texto, extra do de Vidas secas, apresenta outro tipo de exclu do na sociedade brasileira o retirante. Leia as afirmativas abaixo e assinale a que N O corresponde ao texto: INSTRU O: Para responder quest o 37, leia o trecho de Oper rio em constru o de Vinicius de Moraes, e as afirmativas, preenchendo os par nteses com V para verdadeiro e F para falso. A) O narrador relata o drama do retirante diante da seca implac vel e da extrema pobreza. Era ele quem os fazia Ele, um humilde oper rio, Um oper rio em constru o. Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeir o Vidro, parede, janela Casa, cidade, na o! Tudo, tudo o que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde oper rio Um oper rio que sabia Exercer a profiss o. B) As dificuldades, postas desde o in cio da narrativa, apontam para uma natureza in spita. C) Na constru o narrativa, alternam-se a descri o da paisagem e das atitudes humanas. D) Fabiano e Sinh Vit ria representam o n cleo da trama: Fabiano mant m-se fiel a seus h bitos de vaqueiro. E) Fabiano, sua mulher, seus filhos, a rodar num mbito restrito, refletem sobre os seus problemas. ___________________________________________________ Ah, homens de pensamento N o sabereis nunca o quanto Aquele humilde oper rio Soube naquele momento! Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava. O oper rio emocionado Olhou sua pr pria m o Sua rude m o de oper rio De oper rio em constru o E olhando bem para ela Teve um segundo a impress o De que n o havia no mundo Coisa que fosse mais bela. INSTRU O: Para responder quest o 36, leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector. Ol mpico de Jesus trabalhava de oper rio numa metal rgica e ela nem notou que ele n o se chamava de oper rio e sim de metal rgico . Macab a ficava contente com a posi o social dele porque tamb m tinha orgulho de ser datil grafa , embora ganhasse menos que o sal rio m nimo. [...] As poucas conversas entre os namorados versavam sobre farinha, carne-de-sol, carne-seca, rapadura e melado. Pois esse era o passado de ambos e eles esqueciam o amargor da inf ncia, porque essa j que passou acre-doce e d at nostalgia. Com base no fragmento de texto, correto afirmar: I. Macab a percebe a ascens o social de Ol mpico de Jesus. Foi dentro da compreens o Desse instante solit rio Que, tal sua constru o Cresceu tamb m o oper rio. Cresceu em alto e profundo Em largo e no cora o E como tudo que cresce Ele n o cresceu em v o Pois al m do que sabia Exercer a profiss o O oper rio adquiriu Uma nova dimens o: A dimens o da poesia. II. Os protagonistas migram para a cidade grande. III. Macab a sente-se satisfeita por ser datil grafa. IV. Macab a e Ol mpico de Jesus est o esquecidos da vida que levavam no Nordeste. 36) As afirmativas corretas s o, apenas, A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) I, II e III. E) II, III e IV. PUCRS www.pucrs.br 12 Concurso Vestibular Inverno 2009 O fragmento do poema Oper rio em constru o, de Vin cius de Moraes, apresenta INSTRU O: Para responder quest o 39 leia o par grafo abaixo, preencha adequadamente as lacunas e assinale a alternativa correta. ( ) o papel do oper rio na constru o das coisas e a import ncia da sua profiss o. 39) O romance A ferro e fogo I _________, do autor ga cho _________, apresenta-nos o primeiro painel de uma conturbada poca rio-grandense, em que imigrantes alem es chegaram ao Brasil atra dos por promessas e garantias passageiras. Destaca-se, tamb m, a religiosidade primitiva que aproxima a fam lia alem de _________, futura l der dos Mucker, e a for a rec ndita das mulheres, principalmente de _________. ( ) a consci ncia dos homens intelectuais sobre a import ncia do trabalho dos que empilham os tijolos com suor e cimento. ( ) o conhecimento do oper rio de que o produto de seu trabalho modifica o mundo. ( ) o crescimento da consci ncia do oper rio, que o leva a perceber a dimens o de seu papel na sociedade. A) Tempo de guerra Erico Verissimo Ana Terra Jacobina B) Tempo de solid o Josu Guimar es Jacobina Maurer Catarina 37) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : C) Tempo de guerra Ciro Martins Ana Terra Bibiana A) V F F V B) V F V V D) Tempo de solid o Reynaldo Moura Dona Anja Catarina C) F V F V E) Tempo de guerra Tabajara Ruas Ana Terra Jacobina __________________________________________________ _________________________________________________ D) V V F F E) F F V F INSTRU O: Para responder quest o 40, leia o poema V cio na fala, de Oswald de Andrade. _______________________________________________________ Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mi Para pior pi Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E v o fazendo telhados. 38) Sobre o romance Capit es de areia, de Jorge Amado, N O correto afirmar que A) essa obra se constitui como um retrato da burguesia baiana. 40) Sobre o poema V cio na fala, N O correto afirmar: B) uma narrativa de cunho realista, que descreve o cotidiano do grupo dos capit es da areia e seus expedientes para arranjar alimento e dinheiro. A) O uso da linguagem popular n o impede as pessoas de serem produtivas para a sociedade. B) Formas n o cultas est o associadas, no poema, a trabalhos bra ais. C) os capit es da areia formam um grupo de cerca de cem crian as que moram num trapiche abandonado. C) Do ponto de vista da forma po tica, a regularidade m trica est de acordo com a est tica modernista. D) o narrador mostra o problema dos capit es da areia e da sociedade local, que os trata como delinquentes. D) A repeti o da preposi o para enfatiza a id ia de inadequa o da linguagem norma culta. E) o romance supervaloriza a humanidade das crian as e ironiza a gan ncia e o ego smo das classes dominantes. PUCRS www.pucrs.br E) mio , mi , pi , teia e teiado caracterizam a linguagem dos falantes pouco escolarizados. 13 Concurso Vestibular Inverno 2009 Vestibular de Inverno 2009 2 . Dia Qu mica, Geografia, Hist ria, Literatura Brasileira, Matem tica, L ngua Espanhola e L ngua Inglesa Gabarito Importante: A 6 . coluna refere-se s quest es da prova de de l ngua inglesa. 1-C 11 - A 21 - C 31 - E 41 - C 51 - C 2-B 12 - E 22 - B 32 - E 42 - A 52 - B 3-D 13 - C 23 - D 33 - C 43 - E 53 - B 4-A 14 - A 24 - E 34 - D 44 - C 54 - E 5-E 15 - B 25 - E 35 - E 45 - A 55 - D 6-A 16 - D 26 - A 36 - D 46 - E 56 - A 7-D 17 - C 27 - D 37 - B 47 - B 57 - E 8-C 18 - E 28 - E 38 - A 48 - C 58 - A 9-E 19 - C 29 - D 39 - B 49 - D 59 - D 10 - B 20 - A 30 - B 40 - C 50 - A 60 - D l ngua espanhola, e a 7 ., s da prova 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 - C E D B E B A C A E

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