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PUC-RS Vestibular de Verão 2011 - 2º dia : Literatura Brasileira

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INSTRU O: Para responder quest o 32, leia as seguintes afirmativas a respeito de Mem rias P stumas de Br s Cubas, de Machado de Assis. LITERATURA BRASILEIRA A explora o de paisagens e lugares ermos e sombrios, prop cios ao aparecimento do estranho ou do fant stico, foi uma das marcas do Romantismo. Enquanto o fant stico rompe com a l gica do real, apresentando fatos sem explica o, situados no mbito do sobrenatural, o estranho relata acontecimentos que podem ser racionalmente explicados, mas s o ins litos, inquietantes, chocantes. Ap s o per odo rom ntico, o fant stico e o estranho n o cessam de surgir na literatura, muitas vezes como recurso para traduzir as ang stias, os medos e as incertezas do ser humano. I. II. 32) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III apenas. D) II e III, apenas. E) I, II, III. ________________________________________________________ Era em Roma. Uma noite a lua ia bela como vai ela no ver o por aquele c u morno, o fresco das guas se exalava como um suspiro do leito do Tibre. A noite ia bela. Eu passeava a s s pela ponte de... As luzes se apagaram uma por uma nos pal cios, as ruas se faziam ermas, e a lua de sonolenta se escondia no leito de nuvens. Uma sombra de mulher apareceu numa janela solit ria e escura. Era uma forma branca. A face daquela mulher era como a de uma est tua p lida lua. Pelas faces dela, como gotas de uma ta a ca da, rolavam fios de l grimas. INSTRU O: Para responder quest o 33, ler o texto que segue, de Clarice Lispector, e as afirmativas, preenchendo os par nteses com V para verdadeiro e F para falso. Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distra da edif cios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda n o percebera que na verdade n o estava distra da, estava era de uma aten o sem esfor o, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e toa. (...) E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eri ada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilha ava-me toda em p nico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteir o encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que n o queriam mais ver. Mas a imagem colava-se s p lpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os p s esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.Toda tr mula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conex o entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era in til. Pelo menos a contig idade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de s bito me tomou: ent o n o podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Sobre o excerto acima, afirma-se: A sequ ncia de fatos sugere a imin ncia de um acontecimento excepcional. II. A paisagem descrita com adjetivos que contrastam serenidade e beleza com inquietude e mist rio. III. A jovem vislumbrada pelo observador a mulher que ele buscava encontrar naquela noite erma. 31) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. PUCRS www.pucrs.br O narrador um defunto-autor que relata suas mem rias no al m-t mulo, para, de modo ir nico, expressar seu pessimismo em rela o ao ser humano e sociedade. III. inusitada a forma como Br s Cubas, por meio de um del rio, empreende uma jornada atrav s dos s culos. INSTRU O: Para responder quest o 31, leia o seguinte excerto do conto Solfieri , de Noite na Taverna, de lvares de Azevedo. I. O ins lito no romance adv m do fato de que Br s Cubas, escritor do Rio de Janeiro, utiliza um narrador-fantasma que assombra os vivos. 10 Concurso Vestibular Ver o 2011 ( ) O texto apresenta uma caminhante que inicia um processo de reflex o interior, a partir de um encontro inusitado com um rato. ( ) A narradora divaga sobre uma poss vel conex o divina entre a sua liberdade e o seu estranho encontro. ( ) Inserida na prosa urbana, esta narrativa realista, desprovida de uma consci ncia interior, discute os problemas da cidade contempor nea. ( ) O texto materializa, de modo ins lito, uma esp cie de prosa po tica na qual inexistem certezas absolutas sobre a condi o humana. 33) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : A) F V F V B) V F F V C) V V F V D) V F V F E) F V V F _____________________________________________________________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 34, ler o poema Retrato de fam lia , de Carlos Drummond de Andrade. Este retrato de fam lia est um tanto empoeirado. J n o se v no rosto do pai quanto dinheiro ele ganhou. Vinte anos um grande tempo. Modela qualquer imagem. Se uma figura vai murchando, outra, sorrindo, se prop e. A casa tem muitas gavetas e pap is, escadas compridas. Quem sabe a mal cia das coisas, quando a mat ria se aborrece? Nas m os dos tios n o se percebem as viagens que ambos fizeram. A av ficou lisa, amarela, sem mem rias da monarquia. Esses estranhos assentados, meus parentes? N o acredito. S o visitas se divertindo numa sala que se abre pouco. O retrato n o me responde, ele me fita e se contempla nos meus olhos empoeirados. E no cristal se multiplicam Os meninos, como est o mudados. O rosto de Pedro tranq ilo, usou os melhores sonhos. E Jo o n o mais mentiroso. Ficaram tra os da fam lia perdidos nos jeitos dos corpos. Bastante para sugerir que um corpo cheio de surpresas. os parentes mortos e vivos. J n o distingo os que se foram dos que restaram. Percebo apenas a estranha id ia de fam lia O jardim tornou-se fant stico. As flores s o placas cinzentas. E a areia, sob p s extintos, um oceano de n voa. A moldura deste retrato em v o prende suas personagens. Est o ali voluntariamente, saberiam se preciso voar. viajando atrav s da carne. No semic rculo de cadeiras nota-se certo movimento. As crian as trocam de lugar, mas sem barulho: um retrato. Poderiam sutilizar-se no claro-escuro do sal o, ir morar no fundo de m veis ou no bolso de velhos coletes. Com base no texto, afirma-se: I. Ao remontar lembran as familiares, o retrato assume contornos fantasm ticos nos seus pequenos detalhes, que parecem metamorfosear elementos como o jardim e os pr prios parentes. II. Os limites f sicos do retrato, definidos pela moldura, s o ultrapassados pela sugest o de imagens que simbolizam uma realidade l rica de reminisc ncias. III. O retrato de fam lia caracteriza-se como um elemento m gico que responde fielmente s d vidas do cotidiano dos familiares. IV. O poema prop e uma met fora sobre a inven o do passado, enquanto perspectiva do observador. PUCRS www.pucrs.br 11 Concurso Vestibular Ver o 2011 35) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : 34) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I, II e IV, apenas. E) I, II, III e IV. __________________________________________________________ A) V V F V F B) V F F V V C) F V V V F D) F V V F V E) V F V F V __________________________________________________________ INSTRU O: Para responder s quest es 35 e 36, leia o trecho do poema Retrato falante , de Cec lia Meireles, e as afirmativas. 36) No poema Retrato falante , de Cec lia Meireles, percebe-se I. N o h quem n o se espante, quando mostro o retrato desta sala, que o dia inteiro est mirando, e meia-noite em ponto fala. a retomada de um tema fant stico, que a representa o do sujeito atrav s da sombra, do reflexo, da fotografia ou do s sia. II. Cada um tem sua raridade: selo, flor, dente de elefante. Uns tem at felicidade! Eu tenho o retrato falante um Eu po tico sugerindo que o retrato falante t o raro quanto a felicidade. III. um retrato que, de modo coercitivo, impele o Eu po tico a ter uma experi ncia triste. A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o: [...] Na outra noite me disse: A morte leva a gente. Mas os retratos s o de natureza mais forte, al m de serem mais exatos. A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III apenas. E) I, II e III. ________________________________________________________ Quem tiver tentado destru -los, por mais que os reduza a peda os, encontra os seus olhos tranquilos mesmo rotos, sobre os seus passos. INSTRU O: Para responder quest o 37, leia o que segue. Depois que estejas morta, um dia, tu, que s s desprezo e ternura, saber s que ainda te vigia meu olhar, nesta sala escura. Tendo como cen rio um arrabalde de Porto Alegre, o romance ________ apresenta como personagem principal Naziazeno Barbosa. Este romance urbano constru do de tal forma que, na estrutura narrativa, o tempo da narra o coincide com o tempo da a o. Realizando experimenta es est ticas, _________ produz um relato concentrado em _________. Em cada meia-noite em ponto, direi o que viste e o que ouviste. Que eu mais que tu conhe o e aponto quem e o que te deixou t o triste. Com base na leitura do poema, preencha os par nteses com V para verdadeiro e F para falso. 37) A alternativa que preenche corretamente as lacunas acima : ( ) O retrato tem uma determinada hora para dialogar com o Eu po tico, primeira voz no poema. A) Ex rcito de um Homem S Moacyr Scliar uma hora ( ) O leitor pode ser levado, pelo retrato, a pensar sobre a brevidade da vida. B) Clarissa Erico Verissimo uma semana ( ) O retrato uma esp cie de duplo amea ador do Eu po tico. C) Hotel Atl ntico Jo o Gilberto Noll um ano D) Manh Transfigurada Luiz Antonio de Assis Brasil uma d cada ( ) O poema sugere que o retrato mais duradouro do que a vida. E) Os Ratos Dyon lio Machado vinte e quatro horas ( ) O retrato suscita terror na alma do Eu po tico. PUCRS www.pucrs.br 12 Concurso Vestibular Ver o 2011 INSTRU O: Para responder quest o 38, leia o seguinte trecho do conto O espelho , do livro Primeiras Est rias, de Guimar es Rosa, e as afirmativas, preenchendo os par nteses com V (verdadeiro) ou F (falso). incr dulos outros, erguerem-se de seus f retros os sete mortos que estavam insepultos por culpa desses grevistas. Tomados de p nico os oper rios romperam em fuga desabalada. Um deles tombou v tima dum colapso card aco, felizmente n o fatal. Sim, s o para se ter medo, os espelhos. Temi-os, desde menino, por instintiva suspeita. Tamb m os animais negam-se a encar -los, salvo as cr veis exce es. Sou do interior, o senhor tamb m; na nossa terra, diz-se que nunca se deve olhar em espelho s horas mortas da noite, estando-se sozinho. Porque, neles, s vezes, em lugar de nossa imagem, assombra-nos alguma outra e medonha vis o. Sou, por m, positivo, um racional, piso o ch o a p s e patas. Satisfazer-se com fant sticas n oexplica es? jamais. Que amedrontadora vis o seria ent o aquela? Quem o Monstro? Sendo talvez meu medo a revivesc ncia de impress es at vicas? O espelho inspirava receio supersticioso aos primitivos, aqueles povos com a ideia de que o reflexo de uma pessoa fosse a alma. ( ( ( ( 39) Todas as afirmativas est o corretamente associadas ao excerto, EXCETO: A) B) A liberta o dos sete mortos est diretamente relacionada com a greve dos oper rios de Antares. C) O amanhecer na cidade, antes da apari o dos mortos, est marcado por uma absoluta normalidade e por um sentimento de paz. D) Diante do surgimento dos mortos, os oper rios reagem naturalmente, pois trata-se de mais um fato sobrenatural na rotina da cidade. ) O narrador demonstra conhecer cren as antigas a respeito do perigo de se mirar em um espelho. ) Segundo essas hist rias populares, nem sempre os espelhos projetam a imagem de quem se mira, podendo refletir seres assombrosos. ) Por ser racional e realista, o narrador sente-se tranquilo em olhar-se no espelho, ciente de que n o ir flagrar alguma vis o medonha. ) De acordo com as cren as, h certas horas perigosas para refletir-se no espelho, sobretudo quando se est s . E) A f bula de La Fontaine utilizada para exemplificar uma natureza em perfeita harmonia. __________________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 40, ler o poema Magias , de Mario Quintana, e as afirmativas. Os antigos retratos de parede N o conseguem ficar por longo tempo abstratos. s vezes os seus olhos te fitam, obstinados. Porque eles nunca se desumanizam de todo. 38) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : A) B) C) D) E) Jamais te voltes para tr s de repente: Poderias peg -los em flagrante. F V F F V F F V V V F V V F V F F F V V N o, n o olhes nunca! O melhor cantares cantigas loucas e sem fim... Sem fim e sem sentido... Dessas que a gente inventava para enganar a solid o [dos caminhos sem lua. __________________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 39, ler o seguinte excerto do livro Incidentes em Antares, de Erico Verissimo. Neste poema, os retratos antigos I. buscam uma esp cie de di logo com o observador, porque nunca perdem a sua humanidade. II. Foi na ltima sexta-feira 13 deste c lido e, j agora, tr gico dezembro. O dia amanheceu luminoso, de c u limpo, e transl cido, e a nossa cidade, o rio e as campinas em derredor semelhavam o interior duma imensa catedral plateresca, toda laminada pelo ouro dum sol que mais parecia um ostens rio suspenso no altar do firmamento. As cigarras cantavam nas rvores e as formigas trabalhavam na terra, bem como na f bula do grande La Fontaine. Tudo parecia em paz no mundo. Era mais um dia na vida de Antares pensavam decerto os que despertavam para a faina cotidiana. Mas ai! Mal sabiam eles do lgido horror que os esperava! Segundo o testemunho dos grevistas que guardavam a boca das ruas que, por assim dizer, des guam como rios de pedra no estu rio da esplanada do campo-santo local, seriam cerca de sete horas da manh quando, ao se aproximarem do cemit rio, eles viram, estupefatos uns, PUCRS www.pucrs.br O texto est repleto de imagens da natureza para contextualizar a atmosfera que precede os ins litos acontecimentos em Antares. mesmo pendurados na parede, parecem ter vida pr pria. III. simbolizam um passado fantasmag rico que pode continuar aterrorizando, por isso devem ser olhados com cautela. 40) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e III, apenas. E) I, II e III. 13 Concurso Vestibular Ver o 2011 Vestibular de Ver o 2011 2 . Dia Qu mica, Geografia, Hist ria, Literatura Brasileira, Matem tica, L ngua Espanhola e L ngua Inglesa Gabarito Importante: A 6 . coluna refere-se s quest es da prova de l ngua espanhola, e a 7 ., s da prova de l ngua inglesa. 1-D 11 - B 21 - D 31 - B 41 - C 51 - E 51 - B 2-A 12 - D 22 - C 32 - D 42 - B 52 - A 52 - E 3-C 13 - D 23 - E 33 - C 43 - A 53 - D 53 - B 4-B 14 - A 24 - B 34 - D 44 - A 54 - D 54 - E 5-B 15 - E 25 - D 35 - A 45 - B 55 - D 55 - C 6-B 16 - A 26 - A 36 - B 46 - D 56 - A 56 - E 7-A 17 - C 27 - C 37 - E 47 - C 57 - C 57 - B 8-D 18 - C 28 - D 38 - C 48 - B 58 - B 58 - A 9-C 19 - C 29 - B 39 - D 49 - E 59 - E 59 - C 10 - E 20 - A 30 - B 40 - E 50 - C 60 - E 60 - D

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