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PUC-RS Vestibular de Verão 2010 - 2º dia : Literatura Brasileira

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LITERATURA BRASILEIRA Viagens constituem um dos temas mais intrigantes na hist ria dos povos. Alguns homens deslocam-se de seus lugares de origem em busca de fortuna; outros viajam para alcan ar a gl ria ou o sucesso; outros, ainda, partem pelo simples prazer da aventura. H , contudo, os que apenas realizam uma jornada interior, sem sair do seu espa o, porque a viagem que realizam est dentro deles mesmos ou nas p ginas dos livros que leem. INSTRU O: Para responder quest o 31, ler o seguinte excerto do poema A viagem , de Mario Quintana. A louca agita o das v speras de partida! Com a algazarra das crian as atrapalhando tudo E a gente esquecendo o que devia trazer, Trazendo coisas que deviam ficar... Mas que as coisas tamb m querem partir, As coisas tamb m querem chegar A qualquer parte! desde que n o seja Este eterno mesmo lugar... E em v o o Pai procura assumir o comando: Mas acabou-se a autoridade... S existe no mundo esta grande novidade: VIAJAR! 31) Todas as afirmativas est o corretamente associadas ao poema, EXCETO: A) O objetivo, tanto das pessoas como das coisas, poder sair dos espa os da vida cotidiana. B) A autoridade paterna esvai-se porque viajar a coisa mais importante para a fam lia. C) A expectativa da viagem faz o viajante levar objetos necess rios e desnecess rios. D) A prepara o para a viagem altera completamente a rotina de quem vai viajar. E) O esquecimento de objetos necess rios impede desfrutar adequadamente a viagem programada. ________________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 32, ler o texto que segue, de Cec lia Meireles. Grande a diferen a entre o turista e o viajante. O primeiro uma criatura feliz, que parte por este mundo com a sua m quina fotogr fica a tiracolo, o guia no bolso, um sucinto vocabul rio entre os dentes (...) O viajante criatura menos feliz, de movimentos mais vagarosos, todo enredado em afetos, querendo morar em cada coisa, descer origem de tudo, amar loucamente cada aspecto do caminho, desde as pedras mais toscas s mais sublimadas almas do passado, do presente e at do futuro um futuro que ele nem conhecer . PUCRS www.pucrs.br 10 Concurso Vestibular Ver o 2010 INSTRU O: Para responder quest o 34, ler o trecho Mem rias sentimentais de Jo o Miramar, de Oswald de Andrade. 32) Sobre o turista e o viajante, correto afirmar que A) o turista pertence a classe social superior do viajante, motivo por que mais feliz. A costa brasileira depois de um pulo de farol sumiu como um peixe. O mar era um oleado azul. O sol afogado queimava arranha-c us de nuvens. Dois pontos sujaram o horizonte faiscando long nquos bons dias sem fio. Os olhos hip critas dos viajantes andavam longe dos livros agora polichinelos sentados nas cadeiras vazias. B) o movimento do viajante e do turista caracterizado pelo sentimento de intensa felicidade. C) a diferen a entre o viajante e o turista est no envolvimento pessoal que cada um experimenta ao visitar os lugares desconhecidos. D) o viajante e o turista partem em busca de conhecimento acerca do passado, do presente e do futuro das cidades inclu das em seu roteiro. 34) A aproxima o do texto liter rio prosa cinematogr fica, caracterizada pela _________, permite afirmar que o fragmento acima, de autoria de Oswald de Andrade, enquadra-se na est tica _________. E) o viajante e o turista preocupam-se em carregar uma m quina fotogr fica, um guia e um sucinto vocabul rio. _________________________________________________________ A) simultaneidade de imagens modernista B) exalta o de objetos rom ntica C) presen a da ironia realista D) idealiza o da paisagem p s-moderna E) explora o do local simbolista ____________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 33, ler o trecho do conto As margens da alegria , de Guimar es Rosa. ESTA A EST RIA. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se constru a a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produziase em caso de sonho. Sa am ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A M e e o Pai vinham traz -lo ao aeroporto. (...) O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acor oo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia s vezes raiar numa verdade extraordin ria. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de seguran a via forte afago, de prote o, e logo novo senso de esperan a: ao n o sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se certo como o ato de respirar o de fugir para o espa o em branco. O Menino. INSTRU O: Para responder quest o 35, ler o fragmento que segue. A travessia foi penosamente feita. O terreno inconsistente e m vel fugia sob os passos aos caminhantes; remorava a tra o das carretas absorvendo as rodas at ao meio dos raios; opunha, salteadamente, flex veis barreiras de espinheirais, que era for oso destramar a fac o; e reduplicava, no reverberar intenso das areias, a adust o da can cula. De sorte que ao chegar tarde, Serra Branca , a tropa estava exausta. Exausta e sequiosa. Caminhara oito horas sem parar, em pleno arder do sol bravio do ver o. De acordo com o texto, afirma-se: I. O menino experimentava sensa es at ent o inusitadas no enfrentamento do desconhecido, com sentimentos de entusiasmo e de descoberta. II. O fragmento pertence ao livro Os sert es, de Euclides da Cunha, que relata a Guerra de Canudos, travada no Nordeste brasileiro entre os homens liderados por Ant nio Conselheiro e as tropas militares republicanas. A viagem parecia encaminhar-se na dire o do n o sabido e da revela o de algo extraordin rio. Neste trecho da obra, I. III. O viajante sentia medo e at dificuldade de respirar durante o percurso, e tinha vontade de fugir do seu destino. alternam-se a linguagem coloquial e a inconformidade com a explora o do homem pelo homem. II. a complexidade vocabular e o predom nio da descri o constituem caracter sticas marcantes. IV. A viagem de avi o daria ao menino o acesso a uma cidade ainda sem hist ria. III. a reitera o de express es regionais e a preocupa o com a condi o humana permeiam o ponto de vista do narrador. 33) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o 35) A(s) afirmativa(s) correta(s) /s o A) B) C) D) E) I, apenas. II, apenas. III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. PUCRS www.pucrs.br A) B) C) D) E) 11 I, apenas. II, apenas. III, apenas. I e III, apenas. I, II e III. Concurso Vestibular Ver o 2010 Depois envolveu-se num magn fico sil ncio e deixouse levar para terra. O espet culo da cidade, que ele n o via h muito tempo, sempre lhe prendeu um pouco a aten o. N o tinha por m dentro da alma o alvoro o de Ulisses ao ver a terra da sua p tria. Era antes pasmo e t dio. INSTRU O: Para responder quest o 36, ler o seguinte trecho do romance Cana , de Gra a Aranha. Milkau cavalgava molemente o cansado cavalo que alugara para ir do Queimado cidade do Porto do Cachoeiro, no Esp rito Santo. Os seus olhos de imigrante pasciam na doce redondeza do panorama. Nessa regi o a terra exprime uma harmonia perfeita no conjunto das coisas: nem o rio largo e monstruoso, precipitando-se como espantosa torrente, nem a serra se comp e de grandes montanhas, dessas que enterram a cabe a nas nuvens e fascinam e atraem como inspiradoras de cultos tenebrosos, convidando morte como a um tentador abrigo...(...) A solid o formada pelo rio e pelos morros era naquele glorioso momento luminosa e calma. 37) De acordo com o texto, N O correto afirmar que Camilo A) sente-se como algu m que deixa a liberdade para entrar numa pris o. B) representa a elite brasileira que costumava enviar seus filhos para estudarem na Europa. C) havia sentido muita saudade da liberdade da sua terra natal, embora houvesse apreciado estudar na Fran a. Considerando o excerto e o romance de Gra a Aranha, assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) diante das seguintes afirma es a respeito do texto acima: D) n o sente entusiasmo ao desembarcar no Rio de Janeiro e, nesse sentido, diferente de Ulisses, her i da Odiss ia, de Homero, que fica feliz ao retornar a sua taca. ( ) O narrador do romance um estrangeiro que aprecia a natureza, comparando-a implicitamente com outras paisagens j vistas por ele. E) vira, na Europa, aquilo que uma pessoa que possui recursos e gosto costuma admirar. ______________________________________________________ ( ) A paisagem contemplada revela algo de harm nico e, ao mesmo tempo, de assustador. INSTRU O: Para responder quest o 38, ler o texto que segue. ( ) A vis o da serra brasileira suscita no observador, simbolicamente, a associa o direta a cultos funestos, e o desejo de morte. Acabava de desembarcar; durante dez dias de viagem tinha-me saturado da poesia do mar, que vive de espuma, de nuvens e de estrelas; povoara a solid o profunda do oceano, naquelas compridas noites veladas ao relento, de sonhos dourados e risonhas esperan as; sentia enfim a sede da vida em flor que desabrocha aos toques de uma imagina o de vinte anos, sob o c u azul da corte. (...) Que linda menina! Exclamei para meu companheiro que tamb m admirava. Como deve ser pura a alma naquele rosto mimoso! ( ) Os rios e as montanhas sugerem um locus ameno e uma do ura suave para aquele que descortina pela primeira vez a solid o da paisagem. 36) A sequ ncia correta de preenchimento dos par nteses, de cima para baixo, : A) F V F V B) V F F V C) F V V F D) V F F F E) F F V V _____________________________________________________ 38) O fragmento acima pertence ao romance A) A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e descreve o momento em que Seixas chega Ilha de ... e se encanta com a beleza de d. Carolina. INSTRU O: Para responder quest o 37, ler o seguinte trecho do conto A parasita azul, de Machado de Assis. B) Luc ola, de Jos de Alencar, e enfoca o instante em que Paulo, depois da festa da Gl ria, deitado em sua cama, entre o sono e a vig lia, lembra como e quando vira L cia pela primeira vez. H cerca de dezesseis anos, desembarcara no Rio de Janeiro, vindo da Europa, o Sr. Camilo Seabra, goiano de nascimento, que ali fora estudar medicina e voltava agora com o diploma na algibeira e umas saudades no cora o. Voltava depois de uma aus ncia de oito anos, tendo visto e admirado as principais coisas que um homem pode ver e admirar por l , quando n o lhe falta gosto nem meios. (...) Quando veio a hora de desembarcar f -lo com a mesma alegria com que o r u transp e os umbrais do c rcere. O escaler afastou-se do navio em cujo mastro flutuava uma bandeira tricolor; Camilo murmurou consigo: Adeus, Fran a! PUCRS www.pucrs.br C) Senhora, de Jos de Alencar, e narra o momento em que Augusto retorna de uma viagem e se depara pela primeira vez com a beleza de Aur lia. D) Dom Casmurro, de Machado de Assis, e relata o momento em que Bentinho regressa de sua estada no semin rio e admira a beleza de Capitu. E) O mulato, de Alu sio Azevedo, e documenta o instante em que Manoel Pescada, chegando a S o Lu s do Maranh o, observa a beleza de Ana Rosa. 12 Concurso Vestibular Ver o 2010 INSTRU O: Para responder quest o 39, ler os textos que seguem. TEXTO A No aeroporto, canso de esperar. Um cidad o grisalho explica a um funcion rio que as suas duas malas cont m vestidos para senhora. Trinta vestidos. Ante o espanto do outro, ele declara a meia voz: Eu tamb m acho muito, mas v convencer a minha mulher do contr rio... Uma inglesa de dois metros de altura trata de liberar dois c ezinhos foxterrier. Seus sapatos de bico fino est o encarregados de comprimir dois formosos p s quarenta e quatro. Por fim, subo a escada de bordo, procuro a poltrona n 12, ajeito a bagagem de m o, ato o cinto, reclino um pouco mais a poltrona. As pessoas que ficaram no aeroporto viram o avi o correr na pista de cimento, decolar, subir mais e mais e desaparecer nos c us claros daquela bela manh carioca. TEXTO B Quando o avi o aterrissou, sacudindo com guizos os metais e os vidros de bordo, Pl nio vinha dormitando. Camilo de um lado e Joan do outro amparavam o seu corpo para que se mantivesse em posi o vertical. Avisada, a companhia mandara para junto da escada uma cadeira de rodas e destacara alguns dos seus homens para conduzirem o doente escada abaixo. (...) foram os primeiros a sa rem da sala de espera das bagagens: entregaram os tal es das malas para dois carregadores, foram para a frente do aeroporto onde um vento de primavera aliviava o calor que haviam sentido a bordo. 39) Nos fragmentos acima, retirados, respectivamente, das obras As muralhas de Jeric e Camilo Mort gua, de Josu Guimar es, o narrador refere-se s condi es de viagem, usando pontos de vista diferenciados. O primeiro fragmento diz respeito partida do viajante e narrado em _________ pessoa; o segundo, ao momento de chegada e narrado em _________ pessoa. Em ambas as narrativas, o narrador apela para as sensa es das personagens, fazendo refer ncia s condi es _________ para express -las melhor. terceira clim ticas A) primeira B) terceira primeira alfandeg rias C) primeira terceira aeron uticas D) primeira terceira financeiras E) terceira primeira meteorol gicas ________________________________________________________________________________________________________ INSTRU O: Para responder quest o 40, ler o trecho de Noite na taverna, de lvares de Azevedo. Quem eu sou? na verdade fora dif cil diz -lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. Fui poeta e como poeta cantei. Fui soldado e banhei minha fronte juvenil nos ltimos raios de sol da guia de Waterloo. Apertei ao fogo da batalha a m o do homem do s culo. Bebi numa taverna com Bocage o portugu s, ajoelhei-me na It lia sobre o t mulo de Dante e fui Gr cia para sonhar como Byron naquele t mulo das gl rias do passado. Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta, sou um vagabundo sem p tria e sem cren as aos quarenta. Sentei-me sombra de todos os s is, beijei l bios de mulheres de todos os pa ses; e de todo esse peregrinar, s trouxe duas lembran as um amor de mulher que morreu nos meus bra os na primeira noite de embriaguez e de febre e uma agonia de poeta... Dela tenho uma rosa murcha e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou de um bolso um embrulho: era um len o vermelho o inv lucro; desataram-no: dentro estava uma caveira. 40) O trecho selecionado recupera a fala de um velho que interrompe a hist ria, contada pelo jovem Bertram, um dos rapazes presentes na Taverna. As palavras dessa personagem expressam, nas entrelinhas, A) a confiss o do arrependimento pela vida errante do passado e o desejo de um cotidiano mais regrado. B) a descri o de cada um dos lugares por onde passou e viveu. C) a indigna o frente mis ria e s injusti as presenciadas em todos os lugares visitados. D) a dificuldade de mostrar-se diante da plateia que escutava a narrativa de Bertram, o segundo, naquela noite, a relatar sua tr gica hist ria. E) o sofrimento de um amante e poeta que, durante toda a sua peregrina o, n o conseguiu realizar-se como Homem. PUCRS www.pucrs.br 13 Concurso Vestibular Ver o 2010 Vestibular de Ver o 2010 2 . Dia Qu mica, Geografia, Hist ria, Literatura Brasileira, Matem tica, L ngua Espanhola e L ngua Inglesa Gabarito Importante: A 6 . coluna refere-se s quest es da prova de de l ngua inglesa. 1-D 11 - ANULADA 21 - A 31 - E 2-C 12 - D 22 - D 32 - C 3-B 13 - D 23 - C 33 - D 4-B 14 - A 24 - D 34 - A 5-C 15 - E 25 - C 35 - B 6-E 16 - C 26 - E 36 - ANULADA 7-A 17 - C 27 - B 37 - C 8-D 18 - C 28 - C 38 - B 9-B 19 - C 29 - D 39 - A 10 - E 20 - A 30 - A 40 - E l ngua espanhola, e a 7 ., s da prova 41 - C 42 - B 43 - D 44 - D 45 - D 46 - A 47 - B 48 - A 49 - E 50 - C 51 - A 52 - D 53 - B 54 - A 55 - C 56 - E 57 - C 58 - C 59 - E 60 - B 51 - B 52 - B 53 - B 54 - D 55 - C 56 - E 57 - A 58 - A 59 - D 60 - C

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